Os Souks, os mercados das cidades arabes, sempre sao a alma de qualquer cidade. Em Marrakech, nao poderia ser diferente, e querendo ou nao, todos os caminhos te levam ao Souk.
Basta olhar qualquer mapa de Marrakech e tudo fica obvio: o Souk é o centro, é o coração, é a alma da cidade.
O primeiro contato eh sempre intimidador – portas e portoes te levam direto a um emaranhado de corredores, vielas, becos. E mais assustador que as entradas do souk, só mesmo a multidão de vendedores agressivos que esperando na porta.
E não adiante disfarçar. Você tem toda cara de gringo, e pelos Souks sempre que alguém olhar pra você, verão uma potencial compra esperando para ser feita.
Mas não se intimide. Se não quer, diga não e continue seu passeio. E não tenha medo/vergonha/pena de negociar preços – nunca, nunca pague o preço que estão te pedindo logo de primeira!
Se o preço oferecido não estiver garantindo um bom lucro, pode ter certeza que eles nunca vão aceitar a venda. Minha regra sempre é: o meu preço sempre começa em pelo menos 1/3 do preço original.
Eles vão reclamar, contar um história trágica e te dar uma contra proposta. Saia andando. Nada naquele Souk é único nem exclusivo. Pode ter certeza que mais umas outras 20 lojinhas vendem a mesma peça “rara feita a mão” – e eles sabem disso, então sabem que se deixarem um ciente sair andando de sua loja, alguma outra loja vai fechar a venda!
Na primeira viagem a Marrocos, uma das coisas que uma amiga tinha nos recomendado era sempre contratar um guia para navegar pelos Souks. Fizemos isso em todas as cidades, menos em Marrakech, pois lembro de ter achado a cidade super civilizada em comparação com outras cidades de marrocos!
Mas dessa vez resolvi repetir a dica, e ainda no nosso hotel, contratamos um guia local. Não peguei os contatos dele, mas ele é uma dos guias registrados pelo Le Meridien, e esta sempre por lá!
O preço foi 20 Euros, e ele passou a manha toda com a gente, falava Ingles perfeito e foi uma amor com a Isabella – se não me engano, ha 10 anos atrás paguei uns 15 Euros pelo mesmo servico, então achei o preço ultra correto.
E recomendo a mesma coisa a todos os visitantes a cidade. Sim, dá pra se virar pelos Souks em Marrakech numa boa (voltamos nos outros dias e não tivemos problemas), mas é incrível como as pessoas te respeitam mais quando você esta acompanhada por um local!
E como gostamos de fotografia, e estávamos com a Isabella, achamos que alguem que conhecesse melhor os corredores do mercado seria uma boa pedida – e foi!
Ele nos ofereceu também aquele “serviço pega turista” padrão, de te levar nas lojas e cooperativas de determinados produtos… recusamos todas, com exceção da cooperativa que produz óleo de Argan e uma fábrica de tapetes.
Acabamos não comprado o tapete (estávamos a procura de um, mas a relaidade é que não quero colocar um tapete caríssimo no chão da minha casa nesse momento da vida – suco +comida +farelo de biscoito +lápiz de cera + vômito voador e similares!), mas foi uma experiência até que legal de aprender um pouco sobre o processo de fabricação, os diferentes estilos e designs etc.
Mas o que gostei mesmo foi de conhecer a cooperativa de óleo de Argan, o famoso – e original – óleo Marroquino!
Foi super interessante ver como é o processo de “prenssado a frio” para retirar o óleo das sementes de Argan, e as senhoras trabalhando por lá enlouqueceram com a Isabella! Entnao elas nos mostraram tudo, todos os tipos de sementes, os tipos de pedras usados, os preocessos para torrar as sementes etc. Um amor!
A experiência foi sim super interessante e enriquecedora, e claro que não resisti em comprar umas garrafinhas de óleo lá mesmo! Lá no Beauty eu já contei algumas vezes minhas experiências com uso de óleo para beleza, e adorei a qualidade e consistência do óleo “de verdade” (já já tem post no Beauty!).
Eles também vendem várias ervas e temperos lá na lojinha da cooperativa, que são versões mais puras do que as vendidas no mercado.
E pra mim, estar em Marrakech e ir no Souk é tipo estar em Nova Iorque e passar pela Times Square, ou em Londres dar aquela espiadinha no Big Ben… Então voltamos todos os dias, não tinha como evitar! Meu dia só estava completo, depois de passear pelo Souk mais um pouquinho!
Voltamos a noite, fomos com guia, e fomos sozinhos.
E até nos arriscamos a tentar ler o mapa e achar algumas coisas lá dentro – foi difícil, nos perdemos e demos muitas voltas desnecessárias, mas acabamos achando a Mesquita Medressa Ben Youssef, que é a única em Marrakech que permite a entrada a não Muçulmanos, então super valeu termos nos perdido!
Assim como Igrejas são super únicas e diferentes em vários cantos do mundo, e refletem como determinado país ou povo celebra o cristianismo, o mesmo também acontece com o Islamismo, e diferentes países constroem suas mesquitas de maneira diferente.
As mesquitas Marroquinas são mini palácios, e a mesquita Medressa Ben Youssef é um óasis no meio da loucura do Souk!
Logo na entrada esta seu jardim interno, cerca do colunas e janelinhas, e com uma fonte de agua bem no centro.
A decoração das paredes é super intrincada – ora azulejos e mosaicos coloridíssimos, ora esculturas em gesso, que também snao típicas dessa região.
Lá em cima, mas janelinhas do pátio interno, escondem salas de oração e mais mini pátios internos, um verdadeiro labirinto!
No nosso caso, acabamos passando bastante tempo por lá, pois além de ser super fotogênico, foi um ótimo lugar pra deixar a Isabella brincar a vontade! Acabamos conhecendo outro pais e crianças por lá, e a Isabella adorou as cores dos azulejos, se esconder nas pilastras e as janelinhas da mesquita!
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