06 Jan 2012
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KowLoon: o outro lado de Hong Kong

China, Dicas de Viagens, Hong Kong, Natal

KowLoon é o pequeno bairro, na pontinha da península Tsim sha Tsui, no lado oposto da ilha de Hong Kong.

Mas apesar de bem menor geograficamente, Kowloon tem quase o dobro da densidade populacional da ilha, atingindo quase 150.000 habitantes por quilometro quadrado em algumas áreas!

Kowloon é também uma ótima opção pra começar qualquer passeio pela área de Hong Kong, pois é de lá que se tem as melhores vistas da cidade!

Logo na pontinha da penisula esta a “Avenue of the Stars”, que é uma especial de calçada da fama da China – que por sinal tem a terceira maior industria cinematográfica do mundo, só ficando atras de Hollywood (EUA) e Bollywood (India)! – com estrelas com as assinaturas e impressão das palmas de seus principais atores e atrizes nacionais, incluindo alguns nomes internacionalmente conhecidos como o Bruce Lee, Chon Yun Fat e Jackie Chan!

O Bruce Lee tem tatus tão elevado, que sua estrela na calçada da fama é a mais disputada pra fotos, e ele ganhou até um estatua, fazendo pose de artes marciais, que os turistas – Chineses e não só! – ficam fazendo pose de “luta” na frente dele. Então entramos na onda também!

A “Avenida das Estrelas” é enorme, e sem duvidas é dali que tivemos as melhores vistas da cidade!

E é ali também que fica o terminal do Star Ferry, de onde regularmente saem as barcas que cruzam a baia de HK e levam os locais e turistas de um lado pro outro na cidade. A viagem de ferry dura apenas uns 10 minutos e a vista é incrivel e imperdivel!

E bem ali do lado do Star ferry fica também o ICC (International Commerce Centre) que é o prédio mais alto de HK e tem uma plataforma de observação no 100º andar, oferecendo ótimas vistas da cidade e da ilha de HK!

Mas que eu gostei mesmo foi do interior de KowLoon, pois achei que foi a parte de Hong Kong com mais “personalidade” – uma área mais autenticamente Chinesa, e menos internacional.

Então a maneira mais fácil de navegar pelo distrito é pela Nathan Road (que por sinal é onde fica a Chung King Mansion também), que começa lá na pontinha da península (quase na Avenue of the Stars) e sobre até lá em cima, cruzando vários outros bairros, e um afinidade de mercados.

E acho que foi justamente por isso que gostei tanto de KowLoon.

Depois de passear por Hong Kong, ver todas as lojas e grifes internacionais em lojas e fachadas suntuosas, a Nathan Road é um mundo a aparte.

Subimos a rua toda, sem pressa, nem destino especifico, tirando foto dos prédios antigos, os sinais de néon em Mandarin e entrando nas ruelas paralelas, descobrindo um mundo que nem imaginávamos que existia!

A medida que fomos subindo e nos perdendo pela Nathan Road, descobrimos uma infinidade de mercados divertidissimos, de colocar qualquer China Town do mundo no chinelo!

O mais divertido foi o “Ladies Market”, que em alguns quarteirões repletos de bancadinhas de feira, conseguiu exemplificar todos os estereótipos do Chineses e seus mercados no mundo!

O tal “mercado das Mulheres” é feira que vende de tudo, de comida pronto, a artigos de feira, roupas, sapatos objetos pra casa, souvenirs… E tudo “Made in China”! Mesmo!! :-)

Os preços, baixíssimos, e a qualidade idem – um prato cheio pra muambeiros e sacoleiros do mundo!

Mas para minha grande surpresa, a grandíssima maioria da pessoas comendo a fazendo compras por ali, eram realmente os locais, e além de nós dois, apenas um o outro gato pingado aqui e ali tirando fotos.

E subindo mais um pouco da Nathan Road, já chegando perto do bairro Mong Kok nós achamos o mercado mais inusitado e interessante do mundo: o “Goldfish Market”! Uma feira/mercado/bairro inteiro dedicado a aquários e peixinhos dourados!

Fascinante!

São centenas de lojinhas vendendo suprimentos pra aquarios, peixes e plantas aquáticas de todas as especies, e tuso mais inimaginavel para criar um mundo aquatico no conforto do seu lar!

E apesar de termos ido lá num dia da semana no meio da manha, o merco estava lotado! Nunca que eu ia imaginar que existe uma demanda tão grande por peixinhos dourados e aquários no mundo!

E na mesma seqüência da Nathan road, existem outros mercados também, como o Jade Market ou o mercado de flores.

E claro, como tudo na China, barganhar é a alma do negócio!

E foi também nessa área de Kowloon que achamos os restaurantes mais interessantes e originais. Saem de cena os Starbucks e McDonalds, e entram os restaurantes de comida chinesa, os noodles e Dim Sum.

Um desses achados por acaso foi o Chuk Yuen que achamos que tinha uma cara bem simpática, um menu com uma cara gostosa e preço honesto e entramos na cara e na coragem pra jantar no dia 24 de Dezembro, e comemorar nosso Natal!

Afinal, já que não tínhamos um peru assado, nem bacalhau com batatas, nada melhor que um Pato Laqueado de Pequim!

A comida estava deliciosa, e eu gostei principalmente da experiência ser tão diferente e única!

Pra começar que éramos os únicos ocidentais no restaurante, que por si só já causou uma certa comoção, mas assim que entramos nos deram um menu em Ingles e os dois únicos garçons que falavam inglês vieram nos ajudar.

Ficamos horas lá dentro, e quando saímos toda área de Tsim Sha Tsui estava fechada para pedestres, muita gente nas ruas, muitas luzes e barraquinhas complementando as coloridissimas luzes de néon!

As 23:59:50 começou uma contagem regressiva e exatamente a meia noite do dia 24 pro dia 25 de Dezembro de 2011, Hong Kong se iluminou em fogos de artificio, gritos e abraços e desejos de Feliz Natal!

E se isso não foi um feliz Natal, então eu não sei que seria!

 

Adriana Miller
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30 Dec 2011
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Chung King Mansion – Hospedagem barata em Hong Kong

China, Dicas de Viagens, Hong Kong

Se voce vem pra Hong Kong e esta procurando hospedagem barata, provavelmente se deparou em algum momento com as diversas opcoes de pensoes e albergues na Chung King Mansion – um predio enorme no centro de Hong Kong com dezenas de hoteis/albergues espalhados por seus andares.

A unica maneira de descrever oque eh a Chung King Mansion de uma maneira familiar eh dizendo que esse predio eh uma 25 de Marco vertical (ou um Saara vertical pros Cariocas!).

Sao lojinhas, cacarecos, biroscas, restaurantes, cabeleireiros, casas de cambio, agencias de viagem e oque mais voce puder imaginar, todo empilhados nos diferentes andares do predio e se intercalando com hoteis e albergues.

A primeira impressao eh assustadora, e tivemos aquela sensacao familiar de ter sido convidado pra festa errada! Mas a realidade eh que uma vez la dentro, e depois de conseguir vencer o labirinto e achar seu hotel, a coisa nao eh tao ruim quanto a primeira impressao.

Na verdade entre os diferentes andares da Chung King estao alguns dos melhores albergues da cidade, e uns hoteis bacaninhas ate. E infelizmente a ma impressao do predio nao eh garantia de precos baixos nao! Nessa epoca de fim de ano (super alta temporada em HK) cheguei a ver alguns hoteis no predio com diarias de quase 200 dolares!

E isso minha gente, eh apenas um dos efeitos dos problemas super-populacionais da China/Hong Kong! Quando a oferta eh drasticamente menor que a demanda, acabamos pagando pelo que ha.

Nosso albergue em especial eh o New International Guest House que eh uma dos albergues com as melhores “notas” de feedback de outros hospedes, combinado com quarto + banheiro privado, porem com preco acessivel.

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Bem, não vou enganar ninguém e falar que é super ótimo ou que super recomendo… O lugar é mesmo um muquifo, mas não passamos mais de 6 ou 7 horas (todas dormindo) lá dentro e fizemos a escolha consciente de preferir gastar nosso dinheiro fazendo coisas que aproveitaríamos mais.

Mas a verdade seja dita, que em relação a localização e preço os albergues e pensões da Chung King Mansions sao imbativeis em Hong Kong e definitivamente adoramos a experiência e serviu o propósito do que estávamos buscando.

Adriana Miller
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30 Dec 2011
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Hong Kong

China, Dicas de Viagens, Hong Kong

A ilha de Hong Kong é a area “original” da região e onde tudo acontece na cidade.

Existem outros bairros, outras ilhas e muitas outras partes legais, mas é ali no bairro “Central” que se conhece a Hong Kong que o mundo imagina.

Os predios altissimos, as placas de neon, os bancos internacionais, shoppings e lojas, muitas lojas!

Andando por central dá pra entender bem o significado da “crise da moradia” da cidade: afinal de contas é um ilhas relativamente pequena, com uma das maiores densidades populacionais do mundo, se expremendo entre as montanhas e o mar.

E sem esquecer o Feng Shui, claro, que significa literalmente “agua e vento” e que aparentemente guia quase todas as decisões tomadas na região. Os predios precisam sempre estar de frente pro mar, e de costas pras montanhas, e de acordo com a crença Cantonesa do sul da China, os predios precisam sempre deixar um espacinho entre eles, para que a energia possa fluir livremente, e os dragões consigam escapar!

Alguns predios até tem um “buraco” no meio, justamente para que os dragões possam transitar livremente entre as montanhas e o mar! Fascinante!

Então é ali em Central que estão os predios mais icônicos da cidade, incluindo o IBC, que é o predio mais alto de Hong Kong, o Banco da China e a sede principal e original do HSBC (que significa Hongkong and Shanghai Banking Corporation, e que foi fundado em HK).

Pra quem não resiste as compras, o IFC é o principal shopping da cidade, dominando o bairro Central e oferecendo uma infinidade de salas de cinema, restaurantes, lojas e tudo que se possa imaginar de uma cidade tão cosmopolita!

Nesse lado da cidade, na ilha de Hong Kong esta o principal cartão postal da cidade, o Victoria Peak, ou a montanha Victoria de onde se tem uma vista inesquecivel da baia de Hong Kong.

Pra chegar lá em cima é facilimo, e um trenzinho funicular (que me lembrou demais o bondinho do Cristo Redentor no Rio) te leva até lá em cima, em cerca de 8 minutos. O problema é mesmo conseguir pegar o tal bondinho, já que são apenas dois, subindo e descendo constantemente, então esperem filas quilometricas! Nós fizemos questão de estar lá em cima a tempo pro por do sol e esperamos quase 2 horas na fila!

Mas ô se valeu a pena!

Lá em cima existem inumeras lojas e restaurantes, com toda infraestrutura turistica imaginavel. No topo de tudo (que custa um ingresso separado) esta o Sky View, que é uma plataforma de observação que oferece vistas fenomenais!

O frio estava de matar, e demoramos quase mais uma hora pra conseguir voltar com o bondinho, então realmente tem que ser um programa bem planejado!

Uma outra area que também gostei bastante na ilha de Hong Kong é o Soho, que é sem duvidas o bairro boêmio de HK.

Para chegar lá a maneira mais facil é subir a escada rolante central (“Central Escalator”) que é a maior esteira/escada rolante do mundo e serve como transporte publico para a população que mora nos bairros mais altos de HK.

Durante a manha a esteira rola de cima pra baixo (pegando todo horario de rush do pessoal descendo pra trabalhar em Central) e no resto do dia a esteira rola de baixo pra cima!

E assim como o Soho Londrino e Nova Iorquino, o Soho de Hong Kong é lotado de barzinhos e restaurantes, variando entre os mais badalados, aos points que atraem a população expatriada da ilha, até as opções mais simples de comida local, onde a grandissima maioria dos clientes eram sempre os próprios Chineses.

Para transitar pela ilha,  a maneira mais facil é o metro ou a pé, mas a mais divertida são os bondes eletricos!

E conectando Hong Kong com as outras areas de região o Star Ferry é imperdivel, além claro das vistas lindas da cidade!

 

 

 

Adriana Miller
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