Hoje fui um daqueles dias de extrema satisfacao pessoal, mas totalmente ligada ao trabalho.
Voltei pra Espanha essa semana pra finalizar oficialmente o projeto que estou trabalhando a quase um ano, e tivemos uma apresentacao de toda nova equipe. HR era o ultimo departamento a apresentar, e antes de comecar a falar, tive homenagem especial do diretor, enquanto percebia os olhares carinhosos de todos os funcionarios a minha volta, agradecendo por ter sido a “mae” da galera, garantindo seus direitos, propondo melhores condicoes de trabalho e sendo justa com todos e ter sido uma peca essencial ao projeto (a unica que perticipou ativamente do inicio ao fim, e a unica que teve MUITO contato com todos os funcionarios).
Depois tive mais umas boas noticias para dar individualmente, mas eram todas confidenciais, e quando chamei uma das operadoras do call centre numa salinha, de cara vi o olhar de pavor na cara dela. Gente, porque as pessoas tem tanto medo do RH?
A noticia era otima, de uma semi-promocao com uma aumento de salario. Semi promocao, porque ela teve que recusar a promocao oficial, pois nao poderia trocar de turno, jah que tem outro emprego de faxineira na parte da manha, e assim ajuda a criar seus netos na Colombia.
Entao convenci a gerente a adaptar o cargo ao horario dela, assim ela poderia disfrutar do novo cargo, novas responsabilidades e novo salario, sem ter que abrir mao de seu outro emprego.
Quando confirmei a noticia, ela comecou a chorar de alegria, e me deu uma abraco, daqueles apertados, cheio de sentimentos. Eu falava que eu era apenas a mensageira, que na verdade quem estava de parabens era ela, por ser uma excelente profissional, mas memso assim ela continuava repetindo “Gracias Adri, Gracias!” e segurando minhas maos.
Recursos Humanos eh considerado um dos trablhos mais chatos do mundo, mas eu absolutamente adoro saber de tenho um minimo poder de causar um impacto na vida das pessoas.
Comecei esse projeto muito descrente, e de saco cheio do “estilo” profissional espanhol, mas hoje estou com o coracao transbordando de carinho, de pessoas que mal me conhecem, mas que sabem que eu contribui para melhorar seu futuro. Como a mexicana PHD que depois de 8 anos de casa foi promovida a gerente, a Colombiana que recusou uma promocao de coracao partido, mas acabou sendo premiada assim mesmo, a Brasileira que mora aqui a 14 anos e nunca trabalhou com contrato assinado, e agora tem um emprego “de verdade”, e muitas outras.
Estou muito feliz, e vou voltar pra casa com uma sensacao enorme de dever cumprido!