A uns 5 meses atras minhas amigas estavam planejando um fim de semana mulherzinha na Franca, assim como jah fizemos Madrid, Belgica e Madrid, e comemorar alguns aniversarios que acontecem por agora (meu incluido).
A passagem, mala, e animacao estavam prontos na sexta de manha, ateh eu receber o tal telefonema.
Nao consegui mais trabalhar, cancelei a viagem com as amigas e voltei pra casa. Passei o dia todo me destrambelhando em lagrimas questionando a vida. O falecimento do meu avo eh uma dessas coisas que sabiamos que ia acontecer em breve, mas quando acontece voce percebe que nao ha nada que possa fazer para te preparar.
Surpreendentemente todos no Brasil, que viram o quanto ele estava sofrendo, estao tristes, porem aliviados com a partida. Minha grande tristeza eh a impotencia da distancia.
Depois de horas conversando com a minha mae e avo, elas me convenceram a viajar, focar nas coisas boas, e bem, fazer oque ele gostaria que eu fizesse.
Entao de ultima hora refiz a mala e vim pra Paris com as amigas.
Eh um sentimento agridoce, pois sei que a vida segue, sofrer e ficar em casa chorando nao vai trazer ninguem de volta. Mas eh impossivel ficar feliz e contente num momento desses, e parte de mim nem quer fingir que estou tentando. Como se nao bastace o luto em si, ainda tem esse gosto amargo da distancia, da impotencia, e culpa de “porque tenho que fingir que esta tudo bem, enquanto o resto da familia esta lah, cuidando de papeladas, esvaziando armarios, etc”.
Ontem as meninas sairam e eu fiquei em casa, acordada ateh as 3 da manha pensando no Seu Avelino. Nas coisas legais que ele me ensinou, e o quanto dele eu tenho em mim…