Outra foto de compras que foi parar no Instagram (@DriMiller), mas ficou em falta por aqui, foi o resultado de uma visita a uma farmácia durante minha viagem pela Provence em Junho.
Entre alguns abastecimentos de produtos que já uso (e muita Mustella pra Isabella!), também comprei algumas novidades, convencida pelo feedback das amigas que estavam comigo na viagem.
O principal foram os produtos Caudalie: o Serum anti manchas “Serum Eclat Anti-Taches” da linha “Vinoperfect”, e a aginha refrescante “EUA de Beaute” e a embalagem miniatura pra viagem do ” Mousse Nettoyante”, que é um sabonete para o rosto em espuma.
O que eu tenho usado todo os dias é o Serum anti manchas (que passo no rosto limpo antes do filtro solar), e amo a textura hidratante podem levinha que ele tem!
Se realmente está ajudando a diminuir minhas manchinhas não sei (presente da amamentação!), mas deixa a pela uma delicia!
Ja o spray de água e o sabonete eu uso muito pouco…
A aguinha é mais por diversão mesmo, pois acho que essas coisas só tem efeito placebo (e como tem álcool, pode ressecar e irritar a pele, então nunca uso em aviões, por exemplo, apesar de que essa foi uma de minhas intenções quando comprei…).
Outra novidade que entrou na minha rotina foi o creme de olhos da Lilerac “Cohérence Yeux” (essa marca é desconhecida internacionalmente mas as Francesas AMAM – recomendação de uma menina do escritório de Paris!).
O creme tem uma consistência que me lembra demais o meu amado “All about Eyes Rich” da Clinique, sendo um creme bem grossinho e denso, mas que absorve rápido, deixa a pele em volta dos olhos hidratada o dia todo e é perfeito por baixo da maquiagem (essa área tem que estar sempre muito bem hidratada para evitar rugas e marcas – resultado das expressões marcando a pele seca! – e importante também hidratar bem antes de aplicar corretivo pra maquiagem não ressecar ainda mais a pele dos olhos e acabar acumulando (sabe quando você assa corretivo e fica com as dobrinhas marcadas e acumulando produto? Então, tem que hidratar!).
A maior dificuldade de planejar esse tipo de viagem é justamente decidir o que visitar.
Afinal, a região é enorme, interessantíssima e sempre vai ter aquele amigo do amigo no Facebook que vai deixar um comentário “Ah… não foi na cidadezinha tal?!? Mas é a mais bonita/interessante/exótica/autêntica etc.”
Ou seja, antes mesmo de sair de casa, saiba que é impossível conhecer tudo – e é impossível conhecer tudo que você quer conhecer.
No nosso caso, ainda tivemos que combinar os gostos turísticos de 4 famílias diferentes, com tempo e atrações pra 4 crianças em idades diferentes.
Então simplificamos: como ficaríamos hospedados numa Villa, e não trocando de hotel a cada par de dias, tínhamos que escolher cidades que ficassem no máximo a 1 ou 2 horas de distancia, num diâmetro perto de onde estaríamos hospedados.
Além disso, é imprescindível alugar um carro!
Basta a carteira de motorista de seu país + passaporte (não se preocupe com carteira internacional – entre todos nós tinhamos carteiras do Brasil, EUA, UK, Austrália e Africa do Sul e nenhum de nós teve problemas com aluguel de carro) e ter mais de 25 anos pra poder alugar um carro na Europa, então nem tente fazer esse roteiro usando transporte publico.
Por mais que trens e afins sejam eficientes na Europa, nessa região muitas das cidades mais interessantes ficam afastadas das estações de trem, não tem serviço de ônibus nem taxi – o que vai fazer com que você gaste muito tempo e saúde tentando chegar de um lugar ao outro.
E acredite, nós tentamos! (no geral achei meio estressante dirigir por lá, então tentamos adaptar nosso roteiro para poder usar transporte público, mas além de muito mais difícil, ainda sairia mais caro).
E minha principal dica: reserve um GPS/SatNav com seu carro!
As estradas são boas… mas são ruins!
São boas porque não são esburacadas, tem acostamentos e tal, mas no geral são bem estreitas e mal sinalizadas, e principalmente nessa região da Provence, muitas das cidades mais interessantes ficam em estradinhas secundárias, que achamos impossível de achar apenas usando mapas!
Nós cometemos a besteira de não reservar um GPS com os carros e eles já não tinham nenhum disponível na locadora, então tivemos que usar o Google Maps nos celulares! (que funciona super bem, mas como todos estávamos com celulares estrangeiros, a conta do fim do mês não vai ser bonita!)
Então como muita gente me pediu pra explicar direitinho nosso roteiro, aqui esta:
– 2 Dia: Pont du Gard e Nímes (saímos de casa já tarde e não nos demos conta de como seria difícil chegar/achar a Pont du Gard, portanto acabamos ficando sem tempo pra explorar bem Nímes)
– 3 Dia: Avignon (passamos o dia quase todo por lá, pois a cidade é bem grande. Além disso, Avignon foi um caos pra estacionar, entnao perdemos MUITO tempo procurando vaga e estacionamentos em suas ruas estreitas)
– 4 Dia: Châteauneuf du Pape (fizemos o tour na vinícola pela manha e depois fizemos uma degustação numa adega e almoçamos por lá. O resto da tarde ficamos passeando e fazendo compras pela cidadezinha)
– 5 Dia: Les Baux (fomos pela manha e passamos bastante tempo com as crianças no “Carrières de Lumières”, depois almoçamos na cidade antiga e passamos o resto da tarde por lá).
Nós ficamos um total de 7 dias, mas como estávamos com um grupo grande e várias crianças – além de estarmos hospedados numa casa maravilhosa – nossa intenção realmente não era explorar cada canto disponível da Provence.
Escolhemos a dedo o que preferíamos fazer, e deixamos muita coisa de lado de propósito, o que foi o grande segredo desse roteiro – misturamos algumas cidades grandes (Nímes e Avignon) com vilarejos belíssimos (Gordes e Les Baux), vinícolas, história etc e claro, muito tempo pra curtir os amigos e relaxar bastante!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Muitos séculos antes de sua fama turística, Les Baux já exercia um domínio na região – só que era um domínio feudal: os senhores feudais que moraram no castelo de Les Baux ao longo de várias gerações dominavam cerca de 79 cidades da vizinhança, controlando o fluxo comercial, de impostos e pessoas da vizinhança.
O feudalismo acabou no século 12, e a cidade foi assimilada pelo reino Francês até que no século 15, a cidade foi doada a família Grimaldi, de Mõnaco, que até hoje usa o título “Marquis des Baux” para identificar o herdeiro do trono (mais ou menos como a coroa Britânica usa o título “Principe de Gales” para identificar o herdeiro ao trono).
Hoje em dia a realidade de Les Baux é muito diferente, mas sua presença na lista das cidades mais bonitas da França (“Les Plus Beaux Villages de France”, assim como Gordes) garante que essa cidadezinha esquecida no tempo continue no topo da lista de quem visita a Provence.
Eles vivem inteiramente do turismo, com uma população oficial de apenas 22 residentes!
Outra característica de Les Baux são seus minérios, principalmente um derivado de alumínio, que foi descoberto nos arredores da cidade (e que portanto em Francês tem o mesmo nome, “Bauxite”), mas que depois de séculos de exploração desenfreada, deixaram apenas grutas e minas vazias…
Mas para uma cidade que vive de turismo, isso não chega a ser um problema, e uma de suas principais atrações atualmente é a gruta-galeria “Carrières de Lumières”, com exposições interativas de arte e música nas paredes da gruta (que foi um sucesso absoluto com as crianças da viagem!).
Eu sei que descrever uma cidade como essas falando que “parou no tempo” é mega clichê, mas realmente não consigo encontrar outros adjetivos!
A autenticidade e o peso dos séculos de história estão em cada esquina, com aquela sensação de tudo ainda esta no mesmo lugar, mas sem estar caindo aos pedaços.
A atração principal é o castelo, que hoje em dia esta em ruínas, mas ocupa uma posição de destaque no topo da cidade, dominando a paisagem e impossível de ignorar!
Lá em cima ha pouco pra ver – mas basta olhar pra baixo e se maravilhar! É de lá que temos as melhores vistas de Les Baux e é possível apreciar o domínio e imponência da cidade em sua vizinhança!
No caminho para Les Baux fica Saint Remy, outra das principais cidade da Provence, mas que infelizmente não conseguimos visitar (preferimos passar mais tempo e visitar Les Baux com calma), mas com um pouco mais de planejamento, pelo pouco que vimos, vale demais a pena parar por lá!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Adriana Miller, 35 anos, economista, casada e mãe da Isabella. Atualmente morando na Inglaterra, mas sempre dando umas voltinhas por aí. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e história.