22 Jan 2009
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Higiene e Seguranca

Camboja, Dicas de Viagens, Lua de mel, Malasia, Tailandia, Vietnam

Ocidentais tem uma visao de que os Asiaticos sao sujos, pois comem na rua, fazem barulho pra comer, e comem coisas “estranhas” (como insetos, carrocho, etc), mas a impressao que tive eh que na verdade eles sao muito mais limpos doque os Europeus!


 

 

Vai uma baratinha frita?   


 

Ou uma agua viva seca?

 

Na vou entrar na discussao de que “gringo” nao toma banho, como os Brasileiros adoram falar, mas achei o cuidado com a higiene na Asia muito maior doque na Inglaterra por exemplo. Em viagens pra lugares diferentes, sempre temos que tomar certas precaucoes do tipo evitar beber agua da torneira, comer frutas sem lavar, comer coisas muito diferentes doque nosso estomago e intestino conhece, e fizemos isso tudo (depois que passei mal de se virar do avesso em Marrocos, nunca mais dou mole!).

Mas achei muito legal essa coisa de nao poder entrar nos lugares com sapato (lojas, restaurantes, hoteis), e as vezes eles deixavam sandalias “avulsas” que voce tinha que trocar antes de entrar no banheiro por exemplo, pra nao andar pelo templo/hotel com o mesmo peh/sapato que entrou no banheiro.

 

   

 

 

 

Um outro detalhe que tem em quase todos os restuarantes que fomos eh a toalinha quente/gelada que servem antes de colocar a mesa. E mesmo se vc recusar (porque as vezes nao gosto do cheiro da essencia que usam, ou jah tinha acabado de lavar as maos), eles insistem assim mesmo, pois acham super importante, estar “limpo” antes de comer.

Logo no primeiro dia passeando por Bangcoc me deparei com o banheiro “buraco no chao”, que tambem jah tinha visto em Marrocos e me lembrava do quanto fiquei chocada e enojada.

Realmente pra nos que estamos acostumados com privadas, e o banheiro da nossa casa esse tipo de banheiro parece uma coisa meio primitiva, que logo nos leva a pensar em sub-desenvolvimento e sujeira.

 

Mas depois de uns dias ateh me acostumei, pois em tudo quanto eh canto (tirando os hoteis) os banheiros sao assim.

E reparei tambem que no geral, eles eram bem limpos.

Entao, no Camboja os banheiros publicos de Angkor tinham as duas opcoes: coedental e oriental; respirei aliviada e fui no “ocidental”.

E nao eh que senti a diferenca?! O banheiro oriental eh MUITO mais confortavel!

 

Os leitores macho, me desculpem, mas teri que usar alguns detalhes na minha descricao…

Como mulheres nao “sentam” em privadas de banheiro publico, vc fica naquela posicao nem sentada nem em peh, tentando acertar sua mira (que eh sempre meio dificil, e nao eh atoa que banheiro publico eh sempre nojento!). Jah no banheiro Asiatico, a parada funciona direitinho pra vc encaixar os pes e conseguir agachar confortavelmente.

Por isso os banheiros publicos na Asia sao sempre (relativamente) limpos, e os ocidentais sao SEMPRE nojentos.

A unica coisa que realmente nao fiz, mesmo foi usar a descarga, que na verdade nao eh descarga, e sim um “tanque” de agua com um baldinho. Voce enche o baldinho e joga a agua buraco abaixo. Tenho muito nojo de pegar as coisas com a mao, e nao dava descarga. Quem era a nao-higienica, da historia? Eu, a ocidental da historia (em banheiros publicos que tem descarga normal, eu puxo descarga com os pes!).

Eu achei esse cartaz ai em cima muito engracado, mas nao eh que em alguns lugares eu vi marcas de sapato na tampa da privada?

Uma outra coisa que muita gente perguntou (principalmente minha familia!) eh sobre a seguranca de se viajar pela Asia.Na verdade os paises do Sudoeste Asiaticos sao super seguros. Mesmo nas areas mais isoladas, ou de muita pobreza, as pessoas nao tem essa cultura de violencia e agressao que existe no Brasil.

Em alguns paises, como a Malasia e o Vietnam, agredir ou ofender extrangeiros eh uma ofensa gravissima! Logico, eles sempre tentam te passar a perna e se dar bem, mas isso eh completamente diferente de ser assaltado, ou furtado, ou sofrer uma agressao.

Em cidades grandes como KL, Bangcoc e Hanoi, o seguro morreu de velho, e sempre eh bom ficar atento com carteira, bolsa, etc. Porem andavamos com a maquina no pescoco, carteira no bolso, etc o tempo todo, sem nunca nos sentir inseguros.

Uma mulher viajando sozinha nao seria exatamente ideal, pura e simplesmente porque a cultura deles eh super diferente na nossa, e querendo ou nao, uma mulher desacompanhada gera muita curiosidade. Nao acho que exista um perigo real, mas eh bom se prevenir.

Essa sensacao de seguranca foi uma das coisas que mais me fez pensar no Brasil durante a viagem. Andavamos pra cima e pra baixo de tuk-tuk, onibus, metro, andavamos de noite em lugares que nao conheciamos, em mercadinhos “camelodomos” etc, sem NUNCA sentir medo, ou inseguro. Isso eh uma coisa que nunca, jamais, aconteceria no Brasil. Entao pensei muito no quanto nosso pais tem a oferecer em termos de turismo, quantas oportunidades que nao sao aproveitadas, pura e simplesmente porque os turistas tem medo de ir pra lah.

Ao longo de nossas viagens conhecemos muitos outros viajantes/mochileiros etc, e quando eu falava que era Brasileira a reacao era sempre positiva. Isso vindo de pessoas que jah viajaram o mundo todo, jah pegaram trem noturno na India, carona no meio da estrada na Mongolia e muitas historias mas mirabolantes possiveis.

Mas quando eu perguntava “E o Brasil?” a resposta era sempre a mesma: morro de vontade, mas nao tenho coragem.

Ha uns anos atras o Brasil no exterior era sinonimo de: futebol, carnaval e mulheres. Agora eh sinonimo de Futebol, carnaval, mulheres (que por si soh tambem eh pessimo) e VIOLENCIA.

Todos tinham alguma historia de algum amigo do primo do tio do vizinho que foi ao Brasil e foi assaltado.

Oque eu podia falar numa hora dessas? Nada, neh?

Tive varias crises de “oque posso fazer pra ajudar a mudar essa situacao?”, mas infelizmente acho que nada…

 

No voo de volta pra Londres, fiquei toda animada que tinha na programacao um documentario da CNN sobre o cinema Brasileiro, novos diretores, e tal. Mas quando comecei a assistir, os proprios diretores Brasileiros, sendo entrevistados pela CNN internacional vendiam a imagem do Brasil como o “pais mais violento e perigoso do mundo” – pra vender mais filme sobre as favelas. Parecia que estava assistindo um documentario sobre Bagdad!!

Entao como podemos querer contruir hoteis, criar empregos, etc. se os turistas nao querem chegar nem perto?

Aff, desabafei! Foi mal, mas estava com isso na cabeca ha muito tempo.

Mas enfim, a conclusao eh que o Brasileiros partem do principio que por ser uma regiao pobre, a Asia deve ser perigosa tambem, porem nao eh. Felizmente no resto do mundo, violencia nao eh toleravel, e pobreza, ou menos acesso a certos privilegios nao eh desculpa pra fazer oque quiser e culpar a sociedade.

 

 

 

 

 

 

Adriana Miller
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21 Jan 2009
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Fotos da viagem!

Camboja, Dicas de Viagens, Lua de mel, Malasia, Tailandia, Vietnam

Ufa!

Demorou mais saiu! As fotos estavam muito pesadas e demorando HORAS pra baixar, entao resolvi comprimir tudo, e deixar as fotos pequenas…

Mas jah esta tudo lah!

Aviso logo que sao MUITAS centenas de fotos… Por algum motivo as pastas com as fotos de Ko Panhgan e Sien Rep esta dando problema e as fotos nao estao subindo… vou tentar de novo mais tarde. E ainda estao faltando as fotos tiradas com a camera do Aaron e com a camara a prova d’agua, que tambem vai ficar pra depois.

E ao longo da semana vou atualizando os posts, e ilustrando com fotos, links, etc, pra ir dando nome aos bois.

Vamos lah:

Tailandia: http://public.fotki.com/Adrisn/tailandia/

Malasia: http://public.fotki.com/Adrisn/malasia/

Camboja: http://public.fotki.com/Adrisn/camboja/

Vietnam: http://public.fotki.com/Adrisn/vietnam/

Divirtan-se!

 

Adriana Miller
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21 Jan 2009
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Moral e bons custumes

Camboja, Dicas de Viagens, Lua de mel, Malasia, Tailandia, Vietnam

Um dos grandes desafios de viajar pela Asia (ou qualquer outro lugar que seja diferente doque estamos acostumados ou familiarizados) eh se adaptar ao que eh “normal” pra eles, mesmo que seja muito estranho para nos.

Essa viagem como um todo foi um grande exercicio de paciencia e aprendizado, onde vimos que nao necessariamente ha uma maneira “correta” de fazer certas coisas, e sim que em diferentes partes do mundo os conceitos de certo e errado podem ser diferentes dos nossos.

A principal diferenca/dificuldade eh o proprio contato humano. Se por um lado os Asiaticos nao tem a mesma nocao de “espaco pessoal” que os Europeus tem (os Europeus tem essa mania de “personal espace” e nao gostam de chegar muito perto dos outros – jah no Brasil eh bem diferente!), eles sao muito conservadores no que diz respeito a relacionamentos homem-mulher.

Todos os guias de viagem que lemos eram bem especificos no que diz respeito a casais andando de maos dadas, abracos ou beijos em publico. Fizemos o possivel para manter a distancia, mas somos beijoqueiros e era nossa lua de mel, entao as vezes esqueciamos completamente, e recebemos varios olhares de indignacao!

Mas por outro lado, nao se surpreenda ao ver dois homens de bracos/maos dadas, ou se apoiando um no ombro do outro, e trocando abracos e beijinhos em publico. Coisa uqe no Brasil sairia ateh porradaria! (e aquí eu estou recriminando o comportamento dos Brasileiros e latinos em geral).

E tao pouco ache que as pessoas vao esperar voce sair do elevador/onibus/metro antes deles entrarem (ODEIO gente que faz isso! Acho o fim!), e ateh em banheiro publico eu vi isso acontecer!! Eu abri a porta para sair e uma mulherzinha jah entrou correndo e ficou lah dentro, comigo! Obviamente isso durou fracoes de segundos porque eu imediatamente sai correndo dali, mas que achei muito estranho isso eu achei!

As mulheres asiaiticas sao bastante submissas, e eu recebi mais olhares criticos de mulheres do que homens quando eu tinha comportametos de “lideranca”, como por exemplo pagar a conta, responder/decidir alguna coisa antes do Aaron, etc.

Obviamente isso nao chegou a ser um problema, mas que era engracado isso era, de ver um garcon se desdobrando pra puxar o saco do Aaron, Mr Miller pra ca, Mr. Miller para lah, e no final entregarem a conta nas maos dele e ele repassar diretamente para mim. Isso acontecia principalmente em restaurantes mais caros que fomos algunas (poucas) vezes.

Depois de uns dias, eu resolvi dar todo meu dinheiro pro Aaron, entao ele pagava tudo para nos dois, e teria que lidar com as negociacoes sozinho…

Aliais isso eh outra coisa bem engracada. Eu adoro passear em mercados, feiras, lojas e ver oque se usa/come/vende em paises diferentes, e por lah NADA, absolutamete NADA tem preco exposto.

Voce tem que preguntar quanto custa, ai eles te olham de cima a baixo, puxam um papo, perguntam de onde vc eh, e digitam numa calculadora o preco final.

Obviamente o preco final era sempre absurdamente acima do normal, e chegamos a receber precos diferentes – do mesmo vendedor! – pela mesma mercadoria na mesma Loja!

Pagar oque eles pedem eh quase uma ofensa, e barganhar eh um estilo de vida.

Porem o Aaron O-DEI-A ficar barganhando preco. Fica incomodado, inibido, e acaba pagando mais caro. Entao eu era sempre o “bad cop” e nao deixava ele comprar nada.

Respondia logo “sou do Brasil” e pedia no minimo 1/3 do preco inicial. As vezes sabia que isso era totalmente sem nocao, mas jogava o preco das cosias lah para baixo, fazia chantagem de que vi a mesma cosia em outra Loja pela metade do preco, e saia andando. Ai o vendedor vem correndo atrás de voce, e acaba fazendo uma contra proposta. Soh para constar, eu ainda pedia um descontinho.

O Aaron ficava para MORRER com minha cara de pau, mas economizamos uma boa grana comprando artes, presentinhos e cacarecos.

Minha outra tecnica (alem de falar que eramos Brasileiros – que eles ligam imediatamente a pais pobre como eles) era pesquisar em varias lojinhas o preco de alguna coisa, e definir: por uma cosia que custa em media X, eu soh aceito pagar, no maximo, 1/2 de X. Entao jah deixava o dinheiro separado no meu bolso, para nao ter que abrir a carteira, e jah falar logo “soh tenho isso. Meu dinheiro acabou”.

Alguns lugares, se o vendedor fosse homem, eles ficavam ateh ofendidos, e recebi varias respostas do tipo “pede dinheiro pro seu marido”, que recebiam uma desposta igualmente mal-criada “quem manda sou eu” e acabava comprando em outra barraca/Loja.

Um outro cuidado, que principalmente as mulheres tem que ter, eh com roupas. Roupa curta ou decotada eh realmente mal vista, recebe olhares de indignacao e cantadas. Nos templos, mulheres nao podem nem sequer chegar perto se estiverem mostrando os hombros/bracos, pernas e pes.

Ateh na praia rolavam uns avisos de que top-less nao era permitido (mas sempre tinha alguna europeia mais ousada que fazia mesmo assim), e nas pouquissimas vezes que vimos asiaticas nas praias ou piscinas de hoteis, eles estavam de roupa. Entravam na agua de roupa e tudo (camiseta largona e bermuda), ou ficavam apenas sentadas na beiradinha.

E por mais calor que esteja, andar sem camisa eh o fim do mundo!

Em paises como a Tailandia por exemplo, a prostituicao eh muito comum, e por mais que nao seja “aceita”, ela esta presente em todos os lugares (assim como no Brasil, e atrai uma quantidade enorme de turismo sexual por isso). Entao nas areas mais turisticas, a mulherada local fica sem nocao mesmo, e dao em cima de todo e qualquer homem occidental que passa pela frente, acompanhado ou nao.

As vezes ate saia de perto, soh para ver como o Aaron ia sair das roubadas!

Mas por outro lado, vimos MUITOS marmanjos de meia idade andando de maos dadas com meninas que poderiam ser suas netas, e as vezes 2 ou 3 ao mesmo tempo.

Jah em outros paises, como o Vietnam por exemplo a sociedade eh muito mais conservadora nesse sentido, e nosso guia ateh tinha uma secao de “aviso” para casais de mulher asiatica e homem occidental, pois automáticamente as pessoas supoe que essa mulher eh uma prostituta. No passeio de barco que fizemos em Ha Long bay conhecemos um casal de Americanos, onde a esposa era filha de Vietnamitas, e eles tambem estavam passando sua lua de mel viajando pelo pais; papo vai, papo vem, discretamente ela disse que a “recepcao” do casamento dela com um occidental nao estava sendo muito positiva e que eles tiveram varios “incidentes” ao viajar por vilarejos no interior do pais.

No nosso voo entre Hanoi e Bangkok havia um passageiro Tailandes que era travesti, e quando chegou a vez dele/dela fazer o check in, os atendentes simplesmente foram embora, e deixaram o coitado falando sozinho.

Achei o cumulo, de nao soh negarem servico, como aidna ficaram de risadinha na cara dele e de todos os outros passageiros, ateh que depois de uns minutos de constragimento, uma senhora veio fazer o check in dele, dando risadinhas e cochichando com os outros.

Mas como tudo nesse mundo, oque eh aceitavel para uns, eh deploravel para outros.

 

 

Adriana Miller
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