29 Mar 2007
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O Fantasma da Opera

Dicas de Londres, Teatro / Musicais

Ontem foi dia de programacao cultural com papai e mamae, e fiz uma surpresa pra eles e fomos os 3 ao “Her Majesty’s Royal Theater” (Teatro Real de Sua Majestade – adoooooro a pompa real Britanica!) assistir O Fantasma da Opera.

Consegui uma super promocao no lastminute.com (nao falei que esse site era otimo pra viagens e entretenimento), e por um precinho camarada conseguimos assistir a peca num lugar bem bom, com otima visao do palco.

O teatro em si, como era se imaginar eh lindo de morrer por dentro, digno de Sua Majestade. Papy e mamy adoraram!

Tirando o brow de cabelo black power que (claro) sentou BEM na minha frente e tapava metade da minha visao do palco, tudo estava perfeito.

A Area de West End (Picadilly Circus e Leicester Square) eh considerado o equivalente da Broadway aqui em Londres, com zilhoes de teatros e cinemas um do lado do outro. Entre os Classicos estao Cats, O Fantasma da Opera e Les Miserables, que jah estao em cartaz ha uns 18 anos, inenterruptamente! As mesmas pecas tb estao (ha anos) em Nova iorque, mas como o produtor Andrew Lloyd Webber (de Cat’s e Fantasma) eh Ingles, entao eles adoram dizer que as producoes originais sao as de Londres, e nao as importadas pros EUA.

Abaixo, a historia da peca (musical/Opera):

Le Fantôme de l’Opéra (O fantasma da ópera em português) é uma novela francesa escrita por Gaston Leroux, inspirada na novela Trilby de George du Maurier. Publicada em 1910 pela primeira vez, bateu o recorde de permanência na Broadway (Nova Iorque) e no West End (Londres), continuando atualmente, após dezessete anos de atuações, em palco, com producao de Andrew Lloyd Webber.

O fantasma da ópera é considerado por muitos uma novela gótica, por combinar romance, horror, ficção, mistério e tragédia. Na novela original de Leroux, a ação desenvolve-se no século XIX, em Paris, na Ópera de Garnier, um monumental e luxuoso edifício, construído entre 1857 e 1874, sobre um enorme lago subterrâneo. Os empregados afirmam que a ópera se encontra assombrada por um misterioso fantasma, que causa uma variedade de acidentes. O Fantasma chantageia os dois administradores da Ópera exigindo que estes lhe entreguem uma renda de 20 mil francos mensais e que lhe reservem o camarote número cinco em todas as atuações.

Entretanto, a jovem inexperiente cantora Christine Daaé, acreditando ser guiada por um “Anjo da Música”, supostamente enviado pelo seu pai após a sua morte, consegue subitamente alguma proeminência nos palcos da ópera quando é confrontada a substituir Carlotta, a temperamental Diva do espectáculo. Christine conquista os corações da audiência na sua primeira atuação, incluindo o do seu amor de infância e entretanto patrocinador do teatro, Visconde Raoul de Chagny.

Erik, o Fantasma, não gosta da relação de Christine e Raoul e a força a ir com ela ao “seu mundo” subterrâneo ao qual Christine acha ser um lugar frio e sombrio.Christine percebe que o seu “Anjo da Música” é na verdade o Fantasma que aterroriza a ópera. Descobre então que o Fantasma é fisicamente deformado na face, razão pela qual usa uma máscara para esconder a sua “deficiência”. Ao olhar para a sua verdadeira imagem, Christine fica perplexa. O Fantasma decide prendê-la no seu mundo, ameaçando que apenas a deixará partir se ela prometer não amar ninguém além dele e voltar de livre vontade.

Christine debate-se entre o seu amor por Raoul e a sua fascinação pelo génio da personagem do Fantasma. Contudo quando se percebe que o Fantasma se torna um assassino obcecado, decide casar com Raoul em segredo e fugir de Paris e do alcance do Fantasma. No entanto, o seu plano é descoberto e durante uma atuação da Ópera “Fausto” de Charles Gounod, Christine é raptada do palco e levada para os labirintos por baixo da Ópera. Aí, nos aposentos do Fantasma, ocorre o confronto final entre Christine, o Fantasma e o Visconde Raoul.

(Fonte Wikipedia)

Outras opcoes de otimos musicais pra quem vem pra Londres:

http://www.westendtheatrebookings.com/

 

Adriana Miller
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30 Jan 2007
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Islamofobia: O novo racismo

Vida na Inglaterra

Eu nao me considero das mais politizadas nem envolvidas em causas sociais e tal. Nao sou mesmo, nem to afim de fazer pose de pseudo-intelectual, mas gosto de estar bem informada sobre o mundo.

Uma das coisas que desde que eu vim morar em Londres, tem exercido uma certa fascinacao em mim eh o mundo Islamico. Aqui tem de tudo um pouco, e de tudo muito. Dependendo de onde e quando vc estiver na cidade, vc pode chegar a ter a impressao que nem sequer mora no norte da Europa, e sim em alguma cidade exotica do Oriente Medio ou Asia. Sempre quis aprender um pouco mais sobre essa cultura, a religiao e tal, mas nunca tive uma boa oportunidade.

Entao semana passada a Deia recebeu um convite pra assistir uma palestra organizada pela Associacao “Media Workers”, e a discussao do dia seria “Islamofobia: o novo racismo”. O debate foi super bem organizado e entre os palestrantes estavam pessoas como Gary Younge (Jornalista do The Guardian), Louise Christian (Advogada de prisioneiros de Guantanamo), Craig Murray (ex embaixador do UK no Uzbequistao), etc.

A palestra em si foi mais uma sucessao de discursos doque um debate propriamente dito, mas extremamente interessante. O principal ponto de discussao era: O crescimento da Islamofobia (palavra que nem existia a uns anos atras), e como isso afeta a vida das pessoas na Inglaterra.

Esse estigma tem um impacto gigantesco na vida dos Ingleses (ou da quelauqer pessoa que more aqui), pq gracas ao crescimento do racismo aos muculmanos, tudo mudou de perspectiva. Alguem que era apenas o vizinho “indiano” hoje esta sendo visto como um potencial terrorista.

Os palestrantes iam contando suas historias e dando suas opinioes, em situacaoes como o menino Bangladeshi que ao abrir sua mochila no metro teve o vagao inteiro olhando rpa ele com cara de terror, ou as manchetes de jornais sensacionalistas Ingleses que sempre se referem aos “os muculmanos” sem levar em consideracao nacionalidade, genero, etc.. Criando uma uniformidade irreal entre os praticantes dessa religiao, e ajudando a disseminar o odio.

Episodios como o tao falado Big Brother UK, onde uma participante Inglesa deliberadamente fazia comentarios racistas contra sua rival Indiana, e gerou uma indginacao tao grande na populacao que a organizacao do programa teve que “retirar” a participante racista, a expulsao dela da casa nao foi ao vivo nem teve presencao do publico e ela esta tendo que receber protecao, pois esta recebendo ameacas de morte etc, alem de ter tido varios contratos publicitarios concelados (ela era uma “celebridade”, dessas que naz faz po&$rra nenhuma da vida, mas escreve biografia, vira marca de perfume, participa de programas de auditorios, etc). A menina With-trash preferiada da Gran Bretanha que virou a inimiga numero um dos imgrantes, manchando o nome da “tolerancia” inglesa no mundo.

Eu confesso que no auge da briga, eu nao consegui resistir e assisti varios episodios do BB… a coisa era mesmo feia… Insultos do nivel “Indianos sao como chachorros”, “nao como a comida que ela encostar”, “o sonho dela eh ser branca” e se referirem a ela com nome de comidas indianas em vez de seu nome verdadeiro.

A unica coisa que eu achei que foi deixada de fora no debate sobre a Islamofobia (e aqui entra um pouco da minha opiniao pessoal), foi a relacao “intolerancia cria racismo”, e partindo da parte dos proprios muculmanos.

Acho que pro Ingles (ou morador da Inglaterra) comum, esse “racismo” nao eh tao real (Uma das discussoes nessa palestra era de que como a midia tem tentando criar essa ideia na sociedade, e que isso eh uma cosia recente). Porem a propria intolerancia dos muculmanos em relacao a outras religioes, crencas e culturas tem criado uma certa “implicancia” (digamos assim…) da parte dos Ingleses.

Um bom exemplo eh por exemplo as comemoracoes de cunho religioso tipico Ingles (que eh um pais Algicano – Cristao), como Natal. O Natal eh algo bem tipco Ingles. Tem comida tipica, bebida tipica, musica tipica… as cidades ficam enfeitadas, todo mundo troca cartoes de natal etc.

Porem nos ultimos anos a comunidade “etnica” da Inglaterra tem aumentado bastante, e pra eles o fato dos ingleses comemorarem o Natal, eh um ato de “preconceito” e exclusao social. Entao, na onda do “Politicamente Correto” muitas empresas, escolas, entidades, etc tem mudado suas comemoracoes Natalinas pra comemoracoes de “inverno” ou “da estacao”, oque convenhamos eh um pouco exagerado demais.

Entao, indiretamente isso tem contribuido pra aumentar a intolerancia dos ingleses em relacao as minorias etnicas em geral. Afinal, eles estao no pais deles, e por causa dos imigrantes nao podem celebrar suas proprias tradicoes. E isso tem gerado declaracoes e repsostas, que logicamente, a midia sensacionalista Inglesa dissemina desproporcionalmente.

Eu jah ateh tinha falado sobr isso aqui no Blog. Nao sou contra nada nem ninguem, mas convenhamos… Imagina se um dia a quantidade de imigrantes Argentinos (ou Italinaos, Portugueses, Americanos, etc) aumentasse muito e comecassem a exigir que os brasileiros nao comemorassem mais o Natal? Ou o Carnaval?!?!?

Imagina o pandemonio que nao ia ser…

 

Fotos tiradas em Granada, Espanha e Marrocos.

 

Adriana Miller
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17 Oct 2006
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Na medida

Bares & Baladas, Batendo perna, Dicas de Londres, Mercados, Museus, Pub & Restaurantes, Vida na Inglaterra

Esse finde foi na medida, como deveria ser.

Um fim de semana comdescanso na medida certa, diversao na medida certa e cultura na medida certa.

Depois da saida na sext, dormi tudo que tinha direito no sabado de manha. Dorme, acorda; Acorda, dorme, como eu sempre sonho a semana toda.

Mas quando finalmente me motivei a sair de casa, me encontrei com as meninas em Angel, mas acabamos nao ficando por lá. Andamos pela cidade e fomos almoçar no Noddles King da Bethnal Green Road.

E como a vida ‘dura e todas nós queremos que o mundo acabe em barranco pra morrer encostada, voltamos pr casa da Andrea pra descansar, que acabou virando uma sessao babozeira com festival de funk.

E já que estavamos na area, decimos fazer uma noitada ali por Old Street mesmo. Depois de analisar as opçoes, e perambular pelas ruas, acabamos indo parar no The Pool: boa musica, boa cidra e um otimo grupo de amigos.

Domingo entao nao poderia ser melhor…

Acordei relativamente cedo e fui com a Deia no Columbia Market, que fica na area de Hackney e é um mercado de flores. Foi facil achar o caminho por causa da quantidade de gente com flores, plantas e arranjos andando na rua naquela area…

Que vontade me deu de ter uma casa “de verdade” pra encher de plantinhas e florzinhas!!

Ficamos andando pelo mercado, vendo as pessoas, tirando fotos, e depois fomos tomar café d manha num dos café da rua. Comemos Bagel e café e sentamos no jardinzinho os fundos. O dia estava maravilhosos em todos os sentidos: sol, temperatura agradavel, gente na rua.

Sai de lá com vontade de ter uma casa “de verdade” pa encher de flors e plantinhas!!

Na sequencia fomos pra o National Gallery, o museu que fica em Trafalgar Square. Esse museu,na minha opiniao é um dos mais fracos em Londres, mas sempre tem boas exposiçoes, entao sempre é uma boa opçao por sempre ter coisa nova pra ver.

Vimos a exposicao de Cezánne, pintor frances, que eu já tinha ouvido falar mas nao sabia como era sua arte. Saimos de lá com um banho de cutura! Continuo sem saber muito sobre Cezánne, mas pelo menos sei que ele era um pintor polemico e conturbado, visto por muitos como impressionista (mas a exposicao defende que nao), e dono de um estilo proprio de repetiçoes de paisagens (uma colina no sul da França) e temas (pessoas tomando banho).

Pra completar o dia, ainda almoçamos uma bela comida Indiana e fizemos uma sozial no Vibe Bar em Brick Lane.

E o melhor de tudo foi que voltei pra casa cedo e finalmente arrumei a zona que estava a minha casa!!!

Adriana Miller
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