31 Aug 2010
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KIlimanjaro – Rotas e Trilhas

Dicas de Viagens, Kilimanjaro, Tanzania

Uma das coisas mais importantes durante a pesquisa sobre o Kilimanjaro é conhecer as diferentes trilhas que existem pra chager lá em cima. Algumas são consideradas bem faceis, com acomodação fixa (tipo umas cabaninhas comunitarias), bares e maquinas de coca-cola, enquanto outras são bem mais longas, ou mais ingremes, mais lotadas de turistas ou mais isoladas…

No total são seis rotas pre estabelecidas, e por ser um parque nacional e protegido, visitantes não podem subir a esmo e fazer qualquer caminho que queiram (até porque pode vir a ser muito perigoso), e as trilhas são: Marangu, Mechame, Lemosho, Shira, Rongai e Umbwe – e tem tambem a Mweka, que é usada apenas para descidas.

As trilhas Marangu, Mechame e Umbwe sobre o Kilimajaro pelo sul, e são as rotas mais comuns e com mais infraestrutura turistica. As trilhas Shira e Lemosho sobrem o Kili pelo Oeste e são mais curtas, pois começam numa elevação maior, e a Rongai é a unica trilha que sobre pelo lado norte e é tambem a mais vazia e seca (a unica que pode/deve ser escalada nos periodos de chuva).

Trilha Marangu: A trilha “Coca-Cola”:

A rota Marangu é conhecida como a “trilha Coca-Cola” por ser a mais bem estabelecida e com mais infraestrutura turistica (inclusive com maquinas que vendem coca-cola!) – é tambem a trilha mais antiga e por isso oferece trilhas bem demarcadas e acomodação fixa, em cabanas (huts) e dormitorios.

A grande maioria das agencias “cool” (ou seja, menos turistas e mais “aventureiras” ou profissionais) não recomendam essa rota, justamente por ser turistica demais, geralmente lotadas e por oferecerem poucas “vistas” da area, já que a trilha sobre e desce pelo memso caminho.

Trilha Mechame: a Trilha “Whiskey”:

A rota de subida Mechame tem se popularizado cada vez mais nos ultimos anos, e por isso ganhou o apelido de “Whiskey” – é popular, mas não é qualquer um que aguenta.

Essa trilha é considerada mais dificil que a Marangu, apelsar de ter uma estrutura parecida, mas os dias são mais longos (=mais horas de caminhada por dia) e a trilha é mais ingreme. Por isso tambem os programas de subida são mais longos, e o recomendado é no minimo 6 dias, sendo que 7 seriam o ideal, pois a aclimatização nessa rota não é das melhores.

As avaliações da “vista” durante essa trilha são otimas, mas por ser tão lotada, acabou perdendo parte de sua beleza natural e “selvagem”.

Trilha Lemosho:

A trilha Lemosho é uma das mais recomendadas, apesar de ser bem longa. Por subir o Kilimajaro pelo lado Oeste, ela ainda é relativamente vazia e oferece vistas priviegiadas.

O period0 recomendado para subida é de 8 dias, no minimo, pra agarantir uma boa climatização, e também porque essa trilha é mais longa que as outras.

Trilha Shira:

A trilha Shira também sobe pelo lado Oeste, e apesar de ser uma das rotas originais do Kili, é uma das menos recomendadas.

Pra começar que essa trilha é mais curta que as outras, pois só começa numa altitude bem elevada (3.600 metros de altitude), oque significa que de cara a maioria das pessoas não conseguem passar mais que um dia por lá, pois os efeitos da altitude são imediatos desde o primeiro dia (em todas as outras trilhas se leva pelos menos uns 3 dias até chegar nessa altitude, oque dá bastante tempo pro organismo ir se acostumando aos poucos com a falta de O2).

Depois disso, a rota Shira se junta na mesma trilha que a Lemosho, mas muitas agencias classificam essa trilha como a rota dos “preguiçosos”, pois metade do caminho foi feita de jipe.

Essa rota tambem é usada por agencias que querem oferecer uma “amostra” do Kilimajaro pra turistas que estão viajando pela reginao (fazendo Safari, por exemplo) e querem experimentar um pouco da experiencia Kili – então é só dirigir até o Portao Shira e babar com as vistas!

Trilha Rongai:

A trilha Rongai é a unica que sobre a montanha pelo lado Norte da montanha, perto da fronteira com o Kenia.

Essa trilha é a mais remota e “selvagem” de todas, e a unica que passa pelo maior numero de “ambientes” diferentes ao longo da subida. Apesar da subida não ser tao bonita e diversificada quanto o lado Oeste da montanha, por ser tão mais vazia que as outras promete uma experiencia mais “autentica”.

Essa também é a trilha mais recomendada pra quem quer escalar o Kili durante as epoca de chuva, pois é a rota mais “seca” e que recebe menos chuva ao longo do ano.

O lado negativo da nossa agencia é que eles não oferecem uma grande variedade de pacotes com as diferentes trilhas. Pra quem tem uma prefrencia bem especifica por uma determinada rota deve procurar agencias mais especializadas no KIlimanjaro.

No nosso caso, na verdade não tinhamos nenhuma preferncia especifica, e por causa do pacote e datas oferecidas para o passeio Kilimajaro + Safari acabamos fechando a viagem que sobe a montanha pela rota Rongai, apesar de que durante nossas pesquisas eu estava mais inclinada pelas descrições da rota Lemosho.

Mas na verdade isso não faz muita diferença, e oque importa mesmo é o tempo que se passa na subida, pois o corpo precisa de um bom periodo de aclimatação, e ir aos pouco, se acostumando com a falta de oxigenio no ar.

A filosofia dessa escalada/trilha, seja qual for sua rota escolhida, e subir pouco a pouco por dia, sem grandes esforços, e evitar areas muito ingremes (que cansam mais), e o programa do dia, todos os dias é “climb high, sleep low”, ou seja, escale alto, mas durma baixo, entao todos os dias vamos subir, subir, subir, passar o dia numa altitude alta, e depois descer mais algumas centenas de metros e dormi num acampamento que fica num lugar mais baixo – e é essa oscilaçnao na quantidade de oxigenio no ar que ajuda o corpo a se adaptar.

P.S. Esse post foi agendado, pois nesse momento já estou lá em cima!

Adriana Miller
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07 May 2008
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Os Alpes

Dicas de Viagens, Suica, Zermatt

No domingo foi nosso dia aventureiro. Sabiamos que nao estavamos indo para lah para esquiar, nem “relaxar” e sim para fazer algunas atividades, trilhas, escaladas, etc.
Entao domingo acordamos cedo e jah fomos direto pras montanhas.


Antes, soh um adendo… na verdade a preparacao para essa trilha comecou na sexta feira, cedissimo da manha quando faziamos a mala antes de ir pro trabalho…
Estavamos sentados no chao do escritorio (onde ficam nossos armarios) e comecamos a ver previsao de tempo e tal, e oque precisavamos levar. Ai o Aaron comeca: nao esquece sua  bota de trilhas, sua meia termica, sua calca de neve, seu casaco de Gore-Tex, sua blusas de sei lah oque, e bla bla bla. Varios apetrechos que nao fazem parte nem do meu vocabulario, e muito menos do meu guarda roupa. Jah fiz varias trilhas, caminhas, e campamentos na vida, mas todos envolviam floresta, mato, praia, e nao materiais termicos a pro d’agua!
Quando respondi que nao tinha nada daquilo, ele ficou boquiaberto! Como assim vc NAO tem snow pants?!?!? Com aquele olhar de “oque-ha-de-errado-com-voce”. Ue, nao tendo. Nunca tive, nem nunca precisei. Eu achei tao engracado o fato dele ter ficado espantado por nao ter calca para caminhada na neve, que soh de raiva abri minha ultima gaveta do armario e comecei a puxar minha colecao de biquines, cangas e havaianas, perfeitamente coordenadas!

E ai eu perguntei: Porque eu nao tenho snow pants? Quantas sungas/shorts/bermudas de praia voce tem? Quantos chinelos? Quantas vezes jah foi a praia na vida?
E comecamos a rir da situacao! Ele cercado de roupas de frio e botas de ski, e eu coberta por biquines e cangas!


Mas voltando a viagem.


Resultado, depois dialogo acima de sexta feira, me convenci da necessidade de comprar hiking boots, jah que estava na promocao, e de fato seria impraticavel fazer qualquer tipo de trilha usando minha bota Ugg… jah bastava estar usando as roupas dele, que cabiam umas 3 de mim dento de cada perna da calca de Gore-Tex!


E lah fomos nos… varias camadas de roupas, bota e meia especial, mochila com frutas e nozes, agua, mapa, filtro solar (que ele achou que nao ia precisar e virou um camarao, OBVIO!), etc, etc, etc.
A trilha que queriamos fazer ainda estava fechada pela neve, entao tivemos que fazer uma que eh mais curta (em quilometragem), mas mais difícil (em elevacao e latitude).


Fomos caminando no meio do mato de Zermatt ateh Rafellap, que tem um total de 5 kilometros e elevamos 600 metros de altitude. Comecou tudo bem, no meio dos pinheiros, aquele cheio de ar FRESCO, a vista das montanhas…


 Ai a coisa comecou a apertar, a ficar super ingreme, cheio de gelo no chao (mega escorregadio!), o ar rarefeito. Nos concentramos na paisagem e continuamos… mas nao dava para conversar e muito menos lembrar de tirar fotos!
Mas que vista maravillosa!


 E como estamos na entre safra de estacoes, a trilha era soh nossa! O dia todo soh cruzamos com 3 pessoas no nosso caminho! Vimos varias marmotas de neve, mountain goats, esquilos, passaros cou-cou (eu achava que eles soh existiam dentro do relogio cou-cou!), veados etc.


 Pelo caminho tambem  cruzamos varios vilarejos e chalets fechados na entre-safra, aquela coisa bem conto de fadas… um chaletzinho na montanha coberto de neve…


 Volta e meia paravamos para descansar, beber agua, admirar a paisagem e tirar fotos.
Quando chegamos em Riffelap, achamos que tinha sido muito facil e resolvemos seguir a trilha, a pesar de fechada.


 Obviamente nao foi boa ideia, a neve foi ficando mais acirrada, o vento tirando pedacos, e a cada paco nossa perna enterrava ateh o joelho na neve… Nos convencemos que a trilha estava fechada por um motivo, demos meia volta e pegamos o trenzinho ateh o alto da montanha, para Gornegrat.


 Lah em cima stava um frio do caramba, e logo que chegamos o tempo deu uma fechada. Depois de sentar no quantinho e que vimos oquanto estavamos cansados!
Mas mesmo assim sentamos na varandinha, bebendo cha, admirando a paisagem, esquentando no sol.


 Lah em cima fica o observatorio do Matterhorn, e o shopping mais alto da Europa (cof-cof, porque o “shopping” tinha apenas 4 lojas e todas vendendo chocolate, panelas de fondue, relogios e canivetes suicos…).


Mais algunas trocentas fotos depois, pegamos o trem e voltamos para Zermatt.

Adriana Miller
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06 May 2008
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Zermatt

Dicas de Viagens, Suica, Zermatt


 

Antes do Aaron escalar o Matterhorn em 2006, eu achava que nunca tinha ouvido falar nessa montanha, que eh uma das mais altas da cordilheira dos Alpes (dividida entra a Suica e a Italia).


 Mal sabia eu, que na verdade o Matterhorn eh simbolo de quase tudo que eh “tipico” da Suica.. Toblerone, Caran D’Ache, Lindt e por ai vai… Quanto mais vi fotos, mas reconhecia.


 

Quando decidimos passar o feriado na Suica, estavamos em duvida entre Zermatt (base do Matterhorn) ou Chamonix (base do Mont Blanc), e acabamos indo para Zermatt por ser muito mais “autentico” (na verdade Chamonix jah eh na Franca).
 

O voo foi via Genebra, e foi super tranquilo. Eu soh dou azar quando viajo sozinha… heheheheh. O unico porem foi o hotel MEGA chumbrega que eu arrumei perto do aeroporto, onde queriamos passar a noite antes de pegar o trem para Zermatt no dia seguinte. No mapa, o hotel era colado no aeroporto, oque era verdade, mas tinhamos que passar pela fronteira da Franca, oque foi um saco, e fez com que a corrida do traxi ficasse exorbitante. O hotel fedia que dava doh, mas foi super barato, tinha banheiro no quarto e televisao, entao reclamamos pouco.

 

 

Sabado de manha seguimos rumo aos Alpes. A viagem de 3 horas foi MA-RA-VI-LHO-SA! Eu perdi um pouco a nocao nas fotos, e parece ateh um filminho do trajeto. Breathtaking no minimo… parte da viagem foi circulando a margen do lago Geneva, aquela imensidao de agua com os alpes no fundo. Pastos verdinhos, vinhedos, vaquinhas e carneirinhos. O trajeto final foi subindo a montanha, no Glacier Express, que a cada curva era uma vista mais bonita que a outra.


 

Nosso hotel era bem central (Hotel Elite), mas chegamos lah e nao tinhamos reserva, porque o Aaron, frenéticamente procurando um bom deal na Internet, reservou o mesmo hotel, mas em outra cidade!!! Resultado, pagamos hotel em dobro!

Na confusao do hotel, perdemos boa parte do dia, e nao teriamos tempo de fazer nada especial no sabado. Demos uma voltinha pela cidade (tarefa cumprida em 20 minutos) e resolvemos pegar o bondinho e ir pro Glaciar Paradise, que eh a plataforma de observacao mais alta da Europa.


 A epoca nao poderia ser melhor. Nao estava mais aquela loucura da alta temporada de Ski, ainda nao comecou a alta temporada de verao, entao a cidade era praticamente toda nossa… Nao estava frio de matar, mas ainda estava tudo cheio de neve, soh para dar mais charme aos Alpes…


 Lah em cima, o ar eh super rarefeito, chega a dar tonteira nos primeiros minutos, ateh vc se acostumar (mais ou menos) com a altitude, e o silencio eh quase que ensurdecedor. Nao conseguia acreditar na paz do lugar…

 

Estavamos lah em cima com um outro casal (nos revesamos para tirar fotos!), mas depois eles foram embora, e ficamos soh nos… parecia o fim do mundo… soh o barulho do vento e do gelo rachando no sol…
 

Descemos um nivel na montanha, e paramos no meio da uma estacao de ski. Pedimos um cha e ficamos o resto da tarde toda sentados no terraco, admirando a paisagem, vendo as pessoas esquiando, e esperando ansiosamente que a unica nuvem saia da frente do Matterhorn. A vista eh tao impresionante, mas TAO impresionante que nem parece real…

 


 Dah para ver pelas zilhoes de fotos que eu estava enlouqiecida, neh?


 Alem disso, a claridade lah em cima eh tao grande (por causa do reflexo na neve) que nao dah para ver nada, e nao conseguiamos ver se as fotos estavam boa ou nao… entao cada fotos era “tira outra, soh por via das duvidas… vai que essa nao sai boa?!”.
 

Ficamos lah em cima ateh fechar, e anunciarem o utlimo bondinho de vota.
O resto da noite passamos num restaurante Suico, comendo Linguica de vitelo com batata rosti, bebendo vinho, e planejando a caminhada do dia seguinte.

 

 

 


Adriana Miller
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