11 Jun 2013
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Châteauneuf-du-pape: Os vinhedos Papais da Côte du Rhône

Avignon, Châteauneuf du Pape, Dicas de Viagens, França, Provence

Bem, como era de se imaginar, prover para o Papa não é coisa fácil de ser feita. Afinal, o soberano da Igreja Católica não se contentaria com pouco…

E assim surgiu a “Appellation d’Origine Contrôlée (AOC)” Châteauneuf du Pape (que literalmente significa “o novo castelo do Papa”), uma espécie de sub-area especialista dentro dos limites da região dos vinhos da Côte du Rhône.

Durante o período Papal em Avignon, a região foi escolhida para a construção de um castelo de veraneio, onde o Papa pudesse se recolher durante os meses mais quentes. E com isso, surgiu a necessidade de uma produção de vinho de qualidade mais alta, já que na época os vinhos do vale do rio Rhône não eram considerados entre os melhores.

E como nenhuma viagem a Provence que se preze pode dispensar uma vinícola, não tivemos dúvida na hora de incluir um dia dedicado a essa cidadezinha, que produz um dos (tipos de) vinhos de maior qualidade da França.

O difícil foi decidir qual vinícola visitar, já que são cerca de 200 famílias centenárias com tradição de produção de vinho com selo de qualidade AOC de Châteauneuf – mas acabamos escolhendo a Domaine du Pegau, uma vinícola “boutique” de uma família que data de 1670!

(já tínhamos visitado vinículas “boutique” tanto no Chile quanto no Uruguai e sem duvida alguma a experiência é muito melhor do que vinícolas mais comerciais)

Porém só na geração atual é que a família Pegau começou a se profissionalizar e aumentar a produção, exportando seus vinhos pra mais de 50 paises (inclusive o Brasil).

O passeio foi super intimista – no final do tour pela vinícola, a degustação de vinhos da casa foi na cozinha da família!

Mas já que estávamos na cidade que produz um dos melhores vinhos do mundo, aproveitamos a oportunidade pra também visitar a adega Les Verger des Papes, que fica numa gruta cavada direto na pedra, bem aos pés do castelo Papal, que divide espaço com uma termas Romanas, e onde, durante o auge da cidade, eram armazenados os vinhos do castelo.

E como eles não são ligados a nenhuma família/vinícola em especial, pudemos provar vários tipos de vinho/vintage diferentes, além de receber uma baita aula sobre as regras e leis Francesas que regulamentam a produção de vinho (principalmente em áreas de Apellation de controle, como Châteauneuf).

E claro, você também pode usar a consultoria da degustação para escolher e comprar alguns vinhos.

Mas o melhor mesmo é que eles tem um restaurante bem em cima da gruta, super bem recomendado pelo Guia Michelin, que é uma mistura perfeita pra conhecer um pouco mais os diferentes sabores da Provence, e aprender a combinar diferentes tipos de vinhos, com diferentes pratos e temperos.

Então como era de se esperar, a cidade vive e respira vinho, com muitas outras lojas e adegas em cada esquina – e diga-se de passagem que a cidade é lindíssima!

P.S. Tanto a vinícola quanto a adega devem ser reservadas com antecedência.

 

Adriana Miller
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