15 Jun 2004
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É verããããão, sei lááááááá…. Dá uma vontade boa de sonhaaaar…!

Dia a dia

O verão chegou!

E com ele veio também os festivais nas Piazzas, o cinema ao ar livre, as frutas no Mercatto Centrale…

Mas infelizmente o velho continente não está preparado para o calor. As cidades não tem arvores, as lojas e restaurantes (e a escola) não tem ar condicionado, as bebidas não tem gelo, e as casas não tem nem sequer um ventiladorzinho…

Os italianos tiram de letra. Sabem que vai durar pouco, então aproveitam cada segundo. Todo fim de semana a galera vai “fazer praia” em alguma região balneária de pedregulho, as piscinas municipais ficam lotadas (Eca! Xô micose!) e todo dia é dia de pegar um bronze estirado em algum gramado de alguma praça.

Mas os turistas sofrem…

O que tem de gringo “rosa” pelas ruas não é brincadeira…

Filtro solar se vende aos baldes… Água em galão…

As japonesas cobertas até o pescoço carregando suas “sombrinhas”, os japoneses com ventiladorzinho portátil, os noruegueses (e raças afins) injetando filtro solar na veia… E eu sonhando com uma água de coco estupidamente gelada!

 

Adriana Miller
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13 Jun 2004
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Pisa

Dicas de Viagens, Pisa, Viagens pela Italia

A terra de Galileu Galilei, é famosa mundialmente por sua torre inclinada.
Sua construção começou em 1.173, e quando a construção chegou no terceiro nível de colunas (num total de oito), ela começou a inclinar. A inclinação hoje em dia é de 5 metros em relação ao eixo, e piora uma media de 1mm por ano.
A torre foi fechada para visitações durante toda a década de 90 (reaberta em 2001), quando arquitetos do mundo todo tentaram achar uma solução p/ sua inclinação.

A cidade em si tem apenas meia dúzia de atrações, e a torre é sem duvidas a espinha dorsal da cidade. Nós fizemos o passeio completo em algumas horas… e na falta de opção voltamos p/ Firenze p/ tentar escapar do calor que assola o país.
Quando estávamos caminhando pelas ruas em direção ao centro histórico, ver a torre pela primeira vez, e ver que ela realmente É inclinada, ao lado da catedral de mármore branco e o céu incrivelmente azul, parecia um cenário. Achei que quando chegássemos lá, ia ser um grande cartaz de papelão com uma fotografia… Hehehheh! Foi emocionante!


Claro que não podia faltar o momento “Sou-turista-mesmo-e-daí?!”, então tiramos fotos empurrando a torre, segurando a torre, puxando a torre, carregando a torre nas costas… Paguei todos os micos que tive direito! Mas a policia chegou, nos expulsou da grama e acabou com a diversão….

A única coisa que me surpreendeu foi a ausência de “monumentos” em homenagem ao “Pisense” mais famoso, Galileu Galilei. Achei que iam ter altos museus, estátuas, nome de praça, nome de escola elementar…. Nadinha… Tudo bem que ele não passou sua vida lá, e está sepultado na igreja da Santa Crocce em Firenze, mas mesmo assim, podiam ter feito uma homenagem p/ ele…

 

Adriana Miller
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11 Jun 2004
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Barbie Japão

Florenca, Toscana, Viagens pela Italia

Acho que já comentei que na minha turma aqui em Firenze eu sou a única ocidental, todas as outras meninas são da Korea (3) e Japão (1).

Então, além de estar conhecendo a cultura Italiana, de quebra ainda estou conhecendo alguns aspectos interessantes da cultura oriental.

Pra começar, elas não se misturam. Oriental só anda com oriental.

Perto delas eu me sinto uma monstrenga, porque todas elas são minúsculas, delicadas, tímidas e falam baixinho, baixinho…. Eu em compensação sou grande, falo alto, nada delicada e muito estabanada. Apesar de que todas elas já estão em Firenze há muito tempo e, portanto estão acostumadas com a cultura ocidental, ainda assim elas me acham muito ¿diferente¿ só pelo fato de ser brasileira.

Mas enfim, não era sobre isso que eu queria falar.

Elas são sem duvida muito diferentes de mim e de todos nós, mas entre elas (Korea x Japão) a diferença também é gritante.

A menina japonesa, Haruna, é a perfeita Barbie Japonesa. Sabe aqueles especiais do Fantástico (ou Globo Repórter se vc preferir) que falam sobre a cultura oriental e como ela esta mudando pouco a pouco e se tornando mais ocidental? Pois é, no Japão pelos vistos é verdade.

Ela tem silicone no peito, permanente no cabelo, unhas postiças e muuuuita maquiagem.

A cada dia que passa ela nos surpreende mais (principalmente às Koreanas!). Quando alguém pergunta porque ela veio para a Itália, e porque quis estudar Italiano, ela responde simplesmente que “queria ter uma vida como nos filmes, e me divertir muito”. No outro dia estávamos estudando verbos no futuro e, portanto deveríamos falar sobre nossas aspirações futuras e como nos víamos daqui a 40/50 anos. Ela se descreveu igualzinha à vovozinha da Chapeuzinho Vermelho, e quando a professora perguntou se as velhinhas Japonesas eram assim, ela respondeu um enorme NÃO, e disse que quer ser uma vovozinha ocidental, fazendo roupinhas de tricô para os netinhos e deixando a torta de maçã esfriar na janela.

Realmente nos surpreendeu, mas deixou as meninas Koreanas de boca aberta!!! Elas acharam um absurdo essa explícita negação da cultura oriental que a Haruna tem.

As Koreanas estão em Firenze para aprender Italiano e depois estudar moda em Milão; mas todas sonham em um dia voltar para a Korea, casar com um homem Koreano, ter filhinhos Koreanos e viver feliz para sempre em Seul. Se vestem como Koreanas e comem comida Koreana. Apesar de estudar moda na Itália, querem fazer moda Koreana.

Já a japonesa sonha em casar com um ocidental, ter filhos loiros de olhos azuis, só come comida ocidental e diz detestar Sushi e sashimi!

Hoje, na aula, cada uma de nós deveria levar uma musica na sua língua, e típica do seu país, com a respectiva tradução; A Haruna levou uma musica de uma menina Japonesa que nasceu e mora nos EUA, que canta meio Japonês e meio inglês, e ela só cantava as partes em Inglês…

Uma decepção para todas nós, mas é engraçado ver como as Koreanas se sentem envergonhadas com a ocidentalização da sua conterrânea, e fazem questão de deixar claro que o Japão é uma exceção na Ásia.

 

Adriana Miller
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