13 Sep 2006
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Welcome to the jungle!

Brasil, Dicas de Viagens

Na semana seguinte tinha muitos compromissos! Dentistas, medicos, cabeleireiro, passeios sem ter fim.

Na terca feira, tirei o pe da lama e passei o dia todo no salao, literalmente! Peh, mao, corta, pinta, estica, e o diabo a quatro. Tudo que eu tinha direito! Ate arrisquei a tal da escova progressiva, mas jesus amado, ninguem merece ficar 3 dias sem lavar o cabelo!! (ainda mais nessa calor do Rio de Janeiro!). Mas gostei do resultado.

Alem de todos os passeios, jah que eh pra ser turista, pelo menos quero fazer direito: pao de acucar, corcovado, praia, e muitas fotos!

Oque eu achei engracado, foi a minha propria reacao de andar pra cima e pra baixo pela cidade. Passei anos defendendo o Rio e o Brasil com unhas e dentes, mas quando cheguei la, entrei numa paranoia horrivel, de perseguicao, que todo mundo ia perceber minha aura gringa e tentar me passar a perna. Andava na rua olhando pra todos os lados, achando que seria assaltada a qualquer momento. So andava na rua toda mulambenta, deixava os cartoes e documentos em casa, escondi o iPod a sete chaves e minha camera soh saia na rua se eu fosse andar de carro, e mesmo assim sempre tinah aquela impressao de que a qualquer momento alguem vai bater na janela e gritar “passa a bolsa”.
Uma sensacao de impotencia e medo 24hrs por dia horrivel. Acho que quando vc mora aqui, e tem que conviver com isso todo dia, o dia todo, as coisas passam a ser mais normais, vc meio que se acostuma com essa situacao e deixa pra la. Chega a ser conformismo “nao vou comprar o celular tal pq sei que vai ser roubado mesmo”. E isso eh o cumulo, mas jah faz parte. E definitivamento nao estou mais acostumada com isso. Senti muita falta da liberdade de ir e vir que tenho em Londres.
Claro que isso nao me impediu de fazer nada, mas eu sei que enchi muito o saco da minha irma, coitada.

Adriana Miller
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10 Sep 2006
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A patria que me pariu

Brasil, Dicas de Viagens

Acordar no meu quarto foi estranho, mas muito bom. Ao contrario doque eu imaginava, tudo parecia estar igualzinho, como seu nunca tivesse saido de lah, oque foi uma sensacao muito boa. Minha casa ainda eh minha casa.

7 de setembro, feriado prolongado, e dia de curtir a familia. Eu sabia que nao ia ter muito tempo pra ficar no Rio mesmo, e queria dar aos meus pai e avos todo o privilegio de minha compania…

Café da manha reforcado, como soh os Nascimento sabem fazer. Muita conversa, mais abracos e beijos. Seguidos por almoco na casa da vovo. Jah vi que essa comilanca toda nao acabara bem, mas faz parte.
No fim do dia, mais familia, com vista a outra tia, e claro, mais comilanca.

Na sexta feira, jah mais ambientada tive varias programacoes! Passei o dia todo batendo perna pela cidade com a Monica, fiz alumas comprinhas e fiquei escandalizada com os precos das coisas no Brasil!! Eu achei que ia chegar a rainha da cocada preta, esbanjando nas lojas e renovando o guarda roupa, mas mesmo com o cambio me favorecendo, nao acreditei nos precos das roupas, sapatos e afins… meu Deus! O Brasil esta sem nocao! Hahahahahahaha! Perdi um pouco a linha, afinal nao sou de ferro, mas mesmo assim estava inconformada! Como o custo de vida aqui pode ser tao alto?!?! Acho que nao eh a toa o tanto de “crediario”, “prestaocoes”, “pagamento parcelado” e “cheque pre” rolando por ai… Como eh que alguem consegue comprar alguma coisa?!?!

De noite teve festinha Meninas UERJ!!
Que saudade dessas meninas! Algumas jah vieram me visitar (Dani e Debora), e mantive mais contato com umas doque com outras, mas rever todas juntas foi muito bom!!! Mas uma vez foi bom ver que apesar de tudo diferente, tudo continua igual…

Nos encontramos na Barra, fizemos as comprinhas da nossa festinha, e fomos pro Chateau dos Marques, vulgo casa da Melissa, que sempre abriga todo mundo.
Rimos como nos bons tempos. Fofocamos como nos bons tempos. Bobeiras e palhacadas como nos bons tempos. As novidades de cada uma, quem trocou de emprego, quem trocou de namorado, quem tem novidades ou quem esta na mesma. Bom demais! Tagarelamos ate as 3 da manha.

No sabado, o café da manha foi uma extencao na noite anterior, com uma esticadinha no Barrashopping pra ver as modas, e a tarde toda no colo da mamae.

De noite fomos pra night! Aquela coisa bem Rio da Janeiro: Boate da moda, maquiagem e salto alto. Nunca tinha ido na Melt, no leblon e achei o lugar bem legalzinho (mas fiquei abismada com os precos mais uma vez! Sair no Rio eh mais caro que sair em Londres, mesmo com a diferenca de cambio!). Apesar da selecao musical de gosto duvidoso (um clima meio fim de festa de 15 anos / festa de casamento. Uns remixes anos 70 com direito a YMCA, Dancing Queen, What a Feeling, e assim por diante), pelo menos entramos no espirito de que quem danca seus males espanta!


No fim da noite o episodio mais comedia de todos! Quando fui pagar a conta com cartao, me dei conta que nao tinha dinheiro suficiente pro taxi e nao estava afim de me desbravar sozinha pelo Leblon cacando um caixa eletronico, entao perguntei pro cara da caixa se eu podia pagar X Reais a mais na minha conta e ele me dava o dinheiro em especie (pq na Inglaterra isso eh comum), e passei o cartao pra ele.
Quanto o cara viu que meu cartao nao era brasileiro, me olhou com uma cara muito engracada ” Hum… Cartao estrangeiro… ‘Miss Silva do Nascimento… que chique… Miss Brasil… Mas quem eh ‘Silva’ nao eh ‘Miss’ neh moca!” HAHAHAHAHAHHAHAH! Cai na gargalhada!!! Essa agora eh minha frase preferida! Quem eh Silva nao eh Miss!!!! HAHAHHAHAHA

Adriana Miller
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06 Sep 2006
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Choque Cultural

Brasil, Dicas de Viagens

Chegar no Brasil foi mais dificil doque esperava.

Sempre é fácil se acostumar com as coisasboas dos lugares, e sempre é dificil se acostumar com as coisas ruins.

Por exemplo, viajar é sempre bom. Mesmo como as coisas nao estão uma perfeiçao, mesmo assim é bom. Mas quando vc chega num aeroporto sem informaçoes, onde todo mundo esta de cara amarrada e ninguem te ajuda, as coisas nao sao tão boas assim.

Então lá cheguei eu, feliz e contente em Sao Paulo. Tinha que trocar de aeroporto. Fui informada pela Varig que seria facil e tranquilo. Só que depois de rodar meio Guarulhos pra achar um balcão de informaçoes, descobri que o onibus da Varig foi cancelado. Ok. Lá fui eu arrastando minha mala, peguei um outro onibus e parti pra Congonhas.

Como o voo saiu do Canada com 4 horas de atraso, perdi o voo de conexao pro Rio. Com a maior calma (afinal nao tinha sido minha culpa) lá fui eu bunitinha pra fila da Ponte aerea. Uma gritaria, gente furando fila, falta de respeito e organizaçao. Quando finalmente chegou minha vez, um simpatico funcionario me informa em alto e bom somque se eu perdi meu voo a culpa era minha e que eu deveria ir reclamarcom a Air Canada. MEU SENHOR VC ESTA BRINCANDO, SÓ PODE SER!!!! Ai entrei no clima, e fiz escandalo tb!! Afinal a Air Canada me fez um favor e me deixou voar no aviao deles, e sabe-se lá se a Varig vai resarcir alguma coisa.

Mas enfim, fui irecionada pra fila de espera. Mas, contudo, porém, eram 3 da tarde de uma vespera de feriado prolongado (7 de setembro) e TODOS os voo da Ponte estavam LOTADOS! Eu até poderia entrar na fila (já cheguei sendo numero 36), mas nada garantia que a conseguir uma vaga.

Ok. Outra fila. Estava lá eu quietinha esperando minha vez, e era um tal de gritar com as atendentes, gente furando fila, uma bixaria. É incril como Brasileiro sempre se acha melhor que o outro, que tem mais direitos que os outros, e como NUNCA respeitam as outras pessoas. Fiquei na minha, perplexa. Me sentindo a propria Inglesa. Na minha frente, um senhor, com cara de apavorado, segurando seu passaporte Americano. Puxei um papo e vi que ele estava tao chocado quanto eu. Ai era questao de honra.  Peguei meu passaporte, o dele, “dá licença digo eu minha senhora! Eu tava aqui primeiro” uma cotovelada aqui, outra ali, e consegui colocar nossos nomes na lista.

No primeiro voo nao entrou ninguem. No segundo só 3 pessoas, e finalmente no voo das 5 horas me chamaram. Depois de 2 horas em pé plantada na fila da Varig, consegui embarcar pro Rio.

Cheguei no Santos Dumond e foi aquela emoçao! A paisagem, o centro da cidade iluminado. Papai, mamãe e irmazinha me esperando no paredao de vidro.

Choradeira! Abraços e beijos! Uma delicia!

Pra fechar a noite, distribuiçao de presentes e jantar na casa da vovó (isso sim é comida boa).

E o alivio de saber que tudocontinua igual (seja isso bom ou ruim)

 

Adriana Miller
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