Nosso primeiro dia de “verdade” em Buenos Aires comecou cedo.
Parte do nosso “pacote” era um city tour pela cidade. Foi uma otima maneira de conhecer um pouco a cidade e entender a dinamica da coisa.
Com toda correria de trabalho, casamento, viagens nas ultimas semanas (ou seriam meses?!) nao tivemos muito tempo pra pesquisar sobre BA e chegamos super perdidos, sem saber exatamente oque fazer, onde ir, etc. Eu jah tinha ouvido falado em algumas coisas sobre a cidade, mas o Aaron estava perdidinho!
Entao lah fomos nos, na van chumbrega com um guia que falava um ingles meia boca. Ele falava alguma coisa em Spanglish e olhava pra mim e dizia: Despues lo traduzes…
Mas enfim.
No geral o passeio foi bem legal. Levamos nosso livro e nosso mapa, e iamos anotando a marcando os lugares que queriamos voltar depois.
O passeio comecou pela Avenida 9 de Julio e o Obelisco (pertinho do nosso hotel), descemos pela Calle Diagonal e fomos ateh a Plaza 9 de Mayo, onde fica a Casa Rosada.
Ali fizemos a primeira parada do passeio. 15 minutinhos apenas. mal deu pra tirar fotos. Mas gracas ao guia, descobrimos que a cor “rosada” original era um rosinha bem palido, resultado da mistura de cal (branca) com sangue de boi, que os Gauchos acreditavam que era um bom isolante e “protegia” o presidente.
Jah a cor de hoje em dia (um rosa meio tijolo) eh puramente turistica, pois as pessoas se decepcionavam ao ver que a “casa rosa” era praticamente cinza-sujo.
Seguimos nosso passeio relampago por San Telmo, o bairro dos imigrantes Italianos e seguimos para La Boca, bairro de periferia que abriga o estadio do Boca Juniors e o Caminito.
A segunda parada foi no estadio.
Tenho algumas observacoes pra fazer sobre a cidade em geral, mas vamos comecar pela “Bombonera”. Eu sempre ouvi falar que o estadio do Boca Juniors era conhecido como a “Bombonera” por ser TAO bonito que parecia, bem, uma caixa de bonbons.
HA! Conta outra!
O lugar, alem de super pequeno (Hello? Maracana anyone?!) estava caindo aos pedacos. tavez por que estava vazio, e nao durante um jogo, mas foi uma grande decepcao.
Segundo que o Aaron fez um comentario muito acertado sobre a Argentina: o Maradona jah era, certo? Entao porque se apegar tanto a ele?
No Brasil nao vemos fotos e placas glorificando o Pele, nem o Zico, nem o Senna a cada esquina. Em BA, nao tem um unico lugar que vc olhe que nao tenha alguma referencia ao Maradona.
Ok, ok, respeito que eles gostem do Dieguito, mas oque o Aaron falou fez muito sentido naquele momento: Por ser uma sociedade atualmente falida, os argentinos se apegaram a unica gloria que tiveram nos ultimos 50 anos, e tentam extrair cada gota disso, pra manter sua cultura viva.
Em nossa viagem a Atenas ano passado, falamos muito sobre a mesma coisa (o fato da sociedade Grega estar falida hoje em dia, logo eles se apegam com unhas e dentes nas “glorias do passado”), mas nao dah pra comparar a sociedade Grega, a invencao da astronomia, filosofia e esportes, ao Maradona, certo?
Mas continuando, pois nao quero soar como uma Brasileira-anti-Argentina-mal-amada.
De lah, fomos direto pro Caminito. Ai sim! Esse era a BA que eu estava esperando ver!
Colorida, alegre, com musica tocando em cada esquina. Muita arte nas ruas, tango, etc.
Antes de falar (bem) do caminito, minha segunda observacao. Essa historia deque BA eh “Europeia” foi inventada por alguem que nunca foi a Europa, soh pode! (mas depois, ao longo da viagem, mordi minha lingua!).
Mas adorei o Caminito. Como nossa “parada” com o tour era de alguns minutos, marcamos no nosso livrinho, e queriamos voltar com certeza!
Nosso tour seguiu pela Recoleta, dirigmos pelo bairro das Embaixadas e consulados, lojas de designers famosos (ai sim comecou a ficar com cara de Europa), o cemiterio, ateh que chegamos de volta no centro, na regiao da Calle Florida.
Jah descemos por lah mesmo e fomos almocar na Galeria Pacifico.
Enquanto reprogramavamos os resto da nossa viagem, e nos tornavamos familiares com a geografia da cidade eu cai de boca num sorvete de Doce de Leite do Freddo, e depois de dar algumas voltinhas no shopping, seguimos andando pela Calle Florida em direcao a Recoleta.
Passamos pela Avenida Alvear (onde ficam todas as lojas ultra caras de BA – Channel pra cima) e pelas Embaixadas (a do Brasil eh bem bonitinha) ateh chegarmos no cemiterio.
Uma dica pra quem tambem estiver indo de Lua de Mel pra BA eh o Design Mall, que eh um shopping pequeno bem do lado do cemiterio que SOH vende artigos de decoracao e coisas pra casa. Ficamos um pouco lah dentro, babando nos moveis e pecas de decoracao, mas como ainda teriamos que voltar ao Brasil, e depois Paris, depois finalmente Londres, resistimos bem e nao compramos nada.
O Cemiterio da Recoleta eh impressionante. Uma mistura de glamour com morbidez. Pra comecar que a parada eh enorme! Uma cidade interia praticamente. Cada tumulo (na falta de uma palavra melhor pra descrever) era uma casinha, e muitos deles tem espacos subterranes (cruz credo) que podme chegar a 200 metros quadrados!
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Muitos tem esculturas, bustos, fotos, poemas, homenagem aos falecidos. Tudo muito bem cuidado e artistico.
Tiramos fotos sem parar, porque era de fato impressionante, mas ao memso tempo ficavamos nos olhando e falando “vc nao se sente mal de estar sorrindo numa foto ao lado de uma familia inteira morta?!”.
Muito estranho.
Entre as personalidades argentinas famosas que estao enterradas ali, esta Evita Peron, na tumba de sua familia original, os Duarte. Obviamente eh o “corredor” mais movimentado do cemiterio, e a galera faz ateh fila pra tirar foto ao lado dela.
Voltamos pro Hotel exaustos, e de noite resolvemos seguir a dica do guia do city tour e fomos jantar no Siga la Vaca, que eh um restaurante all you can eat, tipo rodizio, mas em vez da carne estar num espeto, esta num grill. Vc vai lah e se serve do que quiser, quanto quiser.
Pagamos 52 Pesos (mais ou menos 12 dolares) por ser jantar (almoco sao 45 pesos) e isso inclui toda e qualquer carne, o buffet de saladas e acompanhamentos, bebida (agua, refrigerante) a vontade e 1 garrafa de vinho pra cada duas pessoas (ou 3 cervejas por pessoa)! Ridiculamente barato!
Comemos ate cair, e o Aaron se sentiu no paraiso!
Nossa conlusao do segundo dia foi: Um pais onde a carne eh TAO macia que voce mal precisa usar faca pra comer, TAO barata e que tem doce de leite em TUDO, nao tem como ser um lugar ruim, certo?