19 Jan 2009
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Resolucoes de ano (nao tao) novo

Ano novo e resoluções

A virada do ano dessa vez teve gosto especial.

Por estar deixando pra tras um ano tao espetacular como foi 2008, e entrar o novo ano num momento (e lugar) tao fantasticos, daqueles que voce olha em volta, se belisca e nao consegue acreditar que tudo eh verdade.

O engracado eh que quando penso em “2008” a primeira coisa que me vem a cabeca eh: Cansaco. Tensao. Estresse.

Foi um ano extremamente intenso, de muito trabalho, muita ansiedade, muitos planos. Gracas a deus todos muito bem sucedidos, com a relaizacao de muitos sonhos e aspiracoes, com um saldo extremamente positivo.

Em 2008 sem duvida algum vivi o momento mais especial da minha vida. Sempre fui uma noiva descrente. Achava esse papo de “dia mais feliz da minha vida” muito conto de fadas pro meu gosto, e pensava em todos os “dias mais felizes da minha vida” (os do passado, e os do futuro) e achava muito injusto ter que me contentar com apenas um, e logo o casamento? (porque nunca fui casamenteira, ou romantica, ou do tipo de menina que acha que felicidade esta num anel de brilhantes).

Mas realmente, o dia 26 de julho de 2008, foi sem sombra de duvida alguma o dia mais feliz da minha vida. E quanto mais eu penso nele, mas me convenco de que nenhum outro dia sera tao magico, tao especial.

Mas pra chegar lah, foi muito estressante, e nao tenho saudades NENHUMA de planejar o casamento. Me dah arrepios soh de pensar nas meninas que viram cerimonilaistas depois de se casarem. Aff. A ateh hoje ainda nao tive “coragem” de escolher as fotos do album (mas esta na lista pra janeiro Fabricia!), nem assistir o DVD. Go figure.

No trabalho tambem tive muitos altos, e alguns baixos, e sobretudo muuuuuito trabalho duro. Longas horas. Estresse mental, e sobrecarrego fisico (noites sem dormir, voos loucos, apresentacoes longas, entrevistas interminaveis). Que deixaram um gosto de satisfacao e esperanca para uma carreira que ainda esta comecando.

E ainda teve o mestrado, contribuindo nas noites em claro e no estresse, e na minha auto cobranca de fazer as cosias bem feitas, pero no mucho (e morrendo de culpa!).

Um ano bom, mas estranho. Uma no que foi maravilhoso, mas que ao memso tempo nao deixou saudades…

Eu gosto dessa sensacao de poder “recomecar” a vida todo dia 1o de Janeiro. Eu sei que eh bobagem e a vida continua igual, mas gosto de ritos de passagem, de marcos, e o revellion sempre foi a data mais importante do meu ano, todos os anos.

Entao somado as muitas licoes aprendidas em 2008, iniciei 2009 numa viagem tao espetacular que teve o poder me me levar a lugares fantasticos. E nao estou falando dos lugares por onde passei, e sim lugares dentro de mim mesma.

Os primeiros 16 dias do ano foram de muita reflexao e auto conhecimento, reavaliando toda minha vida, oque vale e oque nao vale a pena. Oque me deixa feliz de verdade, e oque eh dispensavel.

A verdade eh que preciso de muito pouco pra ser feliz, e com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo em tudo quanto eh canto na minha vida, preciso aprender a manter o foco nessas pequenas coisas, e principalmente aprender a aprecia-las melhor. Preciso aprender a fazer uma coisa de cada vez, e a apreciar os momentos de ocio.

O meu balanco das “resolucoes” feitas ano passado foi o seguinte:

– Casar: Feito. Perfeito. Muito mais doque qualquer coisa que jamais poderia imaginar.

– Juntar dinheiro: Nao tanto quanto gostaria, mas jah foi um bom comeco. 2008 foi um ano de grandes gastos (culpa do item acima), mas semi-recuperados nos meses finais do ano.

– Viajar: Sim, sim, sim! E quantos mais lugares conheco, mas a lista aumenta!

– Estudar: Nao desanimei, e nao deixei a peteca cair. Mas aprendi a me “aceitar” melhor ao longo do ano. Eu sou uma pessoa que funciona melhor quando sob-pressao. Eu gosto de sentar na sofa no meio da madrugada e ler um livro inteiro, digitar um projeto inteiro, etc. nada dessa coisa de “um pouquinho por dia”. Tentei me disciplinar, justamente pra evitar sufocos de ultima hora, mas a verdade eh que nao sou assim, e aprendi a nao me culpar e martirizar tanto por causa disso. Vou a todas as aulas, sento na primeira fila, participo ativamente, faco mil perguntas, mil discussoes, e mil anotacoes. Pronto, aprendi. Quando tenho que fazer alguma coisa, sento de uma tacada soh e faco. Tem dado certo, entao pra que mexer em time que esta ganhando, certo?

– Corpo: A promessa de academia durou pouco, mas definitivamente cuidei melhor de mim em 2008. Seja publicamente (com os posts sobre cremes, e makes, etc), e internamente com uma alimentacao mais balanceada, sem gripes nem recaidas durante o inverno. Consegui chegar no dia do casamento com tudo em cima, exatamente como queria, e estou satisfeita. Esse tiem vai entrar de novo na lista de 2009, mas agora com outro enfoque.

Entao posso dizer que o ano foi sem sombre de duvidas ultra positivo, e estou cheia de energia pra comecar 2009!

As novas resolucoes ainda esta se formando na minha cabeca, mas sem duvida estao muito influenciadas pelas viagens das ultimas semanas:

– Dar mais valor as pequenas coisas que me fazem feliz. A verdade eh que “preciso” de muita pouca coisa pra ser de fato feliz comigo mesma, e em minha lista de prioridades nao necessariamente entram roupas, sapatos, marcas e afins. Gosto? Sim. Preciso? Nao… No Camboja aprendi que uma dos principios do Budismo eh a “ausencia” de desejo, pois o desejo leva ao sofrimento. Ao eliminar os desejos, o ser humano pode ser elevado a um nivel de felicidade mais linear, sem altos e baixos, sem penalizar a alma. E entao me dei conta o quanto “sofro” por querer TER certas coisas, e o quanto “sofro” por depois te-las, quando na verdade a minha felicidade se encontra em outros detalhes.

– Entao quero poder continuar viajando sempre, e muito. E viajar e conhecer o “novo” eh uma coisa que me traz tremenda felicidade. Mas nao necessariamente preciso sair de casa pra viajar. Quero voltar a ler mais livros, assistir mais filmes, ir a mais museus. Conhecer diferentes culturas, diferentes religioes, diferentes linguas, diferentes culinarias.

– Viver a vida com mais calma. Como falei antes, eu funciono melhor na pressao do ultimo segundo, e ok, aceito isso na minha personalidade. Mas ao memso tempo, vejo que a vida tem passado rapido demais, e preciso aprender que nao tem problema nenhum em querer fazer uma coisa de cada vez. Eu sou a rainha do multi-tasking, e no geral, isso eh uma grande vantagem, mas quero aprender a gostar de nao fazer “nada”. Dificil esplicar, mas durante essas ferias fui juntando os pontos e me dei conta do quanto me incomoda sentar e ficar quieta. Sempre tenho “formiga nos fundilhos”, como diria minha avo, com a cabeca a mil querendo fazer varias coisas ao memso tempo e planejando planos mirabolantes. Um dia, depois de uma maravilhosa sessao de massagem Tailandesa, voltei pra piscina e sentei do lado do Aaron jah tagarelando as zilhoes de coisas pipocando na minha cabeca. Ele ficou me olhando, e depois de uns segundos disse “quando vc pensou nisso tudo?”. E entao me dei conta que enquanto estava fazendo massagem, na beira da praia com o som das ondas, eu estava na verdade pensando sobre mil e uma outras coisas nada a ver, e na verdade nao aproveitei nada do “relaxamento” fisico e mental da experiencia.

– Entao isso me leva a outra resolucao. Vou tentar MESMO fazer umas atividades mais relaxantes, tipo yoga ou pilates, ou voltar a nadar. Nao to querendo ficar saradona nao, mas me forcar a tentar acalmar um pouco, algumas horas por semana, mas que nao sejam de frente pra TV. E tambem quero mais contato com a natureza (que brega). Mais caminhadas, mais ar puro, mais hikings, mais esportes. Pelo beneficio mental e nao fisico que eles me proporcionam. Mas sem deixar o fisico de lado.

– No nivel mais real da coisa, juntar dinheiro eh imperativo esse ano, e tentar manter a minha (minima) evolucao no que diz respeito a arrumacoes e organizacoes. Continuo sendo super bagunceira, mas desde que mudamos de apartamento, tenho aplicado pequenas atitudes no dia a dia, que tem facilitado demais a ordem das coisas.

Sera que consigo?

Depois eu conto em 2010!

 

Adriana Miller
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19 Jan 2009
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Home is where the heart is…

Dia a dia, Dicas de Viagens, Lar doce lar, Lua de mel

Voltamos a realidade.

Nossa conexao em Abu Dahbi atrasou e chegamos em casa ontem mais tarde doque gostariamos, mas ainda com tempo suficiente pra ir desfazendo malas, lavando roupa e admirando as fotos.

No total eu tirei umas 2000 fotos, e o Aaron mais umas 2000… meu laptop quase deu tilt de tanto coisa pra baixar… acho que ainda vai demorar um pouco ateh conseguir atualizar o blog com todas as fotos legais que tirei, e alguns posts mais detalhados que nao deu tempo de escrever enquanto ainda estavamos on the move

Eu AMO viajar (dah) mas tambem adoro voltar pra casa… tomar banho no meu chuveiro e dormir na minha cama ontem foi tao bom… mesmo com jet lag, as 5 horas que consegui dormir foram otimas!

Uma das (muitas) reflexoes e decisoes e resolucoes que discutimos durante essa viagem foi manter nosso porto seguro. Explico: chegamos a pensar em tirar uma ano, ou semestre sabatico e sair viajando o mundo. Temos varios amigos fazendo isso no momento (planejando, indo ou voltando), e estavamos empolgados de tentar fazer o mesmo. Ai soma estresse de fim de ano, trabalho demais, etc e embarcamos com isso na cabeca.

Mas ao longo da viagem descobrimos que adoramos viajar, mas tambem gostamos muito de poder voltar pra casa e ter uma vida “normal”. Passar 6 meses ou 1 ano na estrada talvez nao nos divertisse tanto. Isso sem falar em largar tudo, emprego, casa, amigos, nos desfazer de tudo que temos na vida pra viver com uma mochila nas costas…

Jah tive esse momento na vida (em que larguei tudo pra me aventurar por ai), mas agora passou, e gosto da estabilidade da minha casa, meu emprego, meus amigos, etc.

Mas ao mesmo tempo, viajar sempre deixa com um gosto de MAIS! MAIS! MAIS! e jah estamos nos empolgando com as viagens que nos esperam em 2009!

Nos proximos dias esperam mais posts e mais fotos sobre a Asia!

 

Adriana Miller
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16 Jan 2009
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Ha Long Bay

Dicas de Viagens, Ha Long Bay, Lua de mel, Vietnam

A maioria dos turistas que veem pra Hanoi, usam a cidade como ponto de partida pra explorar o norte do pais: A regiao de Sapa (vilarejos “tribais” nas montanhas) ou a baia de Ha Long.

A nossa escolha foi por Ha Long, pois queriamos um passeio tranquilo e romantico pra finalizar nossos ultimos dias de lua de mel…

Ha Long fica a 170 km ao norte da Hanoi, na fronteira com a China, e eh uma baia formada por cerna de 2000 ilhas inabitadas, que formam as mais estranhas formas, cavernas e precipicios.

 

Na lingua local, Ha Long Bay significa Baia do “Dragao descendo”. Na mitologia Vietnamita, o dragao nao eh um animal malvado, como descritos nos desenhos animados ocidentais, e sim um animal protetor da populacao. Entao a historia do local surgiu durante uma das muitas invasoes da Mongolia e China na regiao, e os reis e a populacao rezaram aos deuses por uma ajuda. Eles estao mandaram dois dragoes (mae e filho) para defender a baia, que jogavam pedras de esmeralda na agua, formando algumas das pequenas ilhas, e “fechando” a baia para os invasores. No final, a mae e o filho gostaram tanto do Vietnam que resolveram ficar por lah, e mergulharam nas aguas verde-esmeralda e lah ficaram pra sempre, formando as ilhas maiores ( Ha long Bay significa “dragao descendo” e Bai Tu Long Bay significa “pequeno dragao”).

 

 

A regiao com tantas formacoes rochosas serviu como otimo escudo protetor ao norte do pais contra invasores vindos do norte, que sempre acabavam naugragando por nao conhecer a regiao.

Em 1994 Ha Long foi decretado patrimonio da Humanidade pela Unesco, e eh territorio de protecao ambiental ( foi votado uma das nova 7 maravilhas naturais do mundo ano passado).

 

 

Nos fizemos um passeio organizado com a compania South Pacific Travel, no novissimo cruzeiro Ha Long Phoenix, que incluia translado do hotel ao porto de Ha Long, quarto (otimo e super confortavel – melhor que nosso hotel!), todas as refeicoes e entredas nos parques, cavernas com um guia local em Ingles. Ah! E kayaking, que foi a parte mais legal!

Assim como na Tailandia, organizar esses passeios pelo Vietnam, nao ha necessidade de fazer pre-reservas ou marcar nada pela internet. Existem uma infinidade de empresas que fazem o memso tipo de passeio, com saidas diarias, com opcoes de day trip (um soh dia – mas acho que ficaria meio corrido), 2 dias e 1 noite (oque fizemos), 3 dias e 2 noites, etc. que podem ser reservados diretamente no seu hotel em Hanoi, e os precos saem bem mais em conta doque se marcados pela internet desde Londres.

O nosso barco era novinho em folha, e como essa epoca eh considerada baixa temporada no Vietnam, estava vazio, com apenas 5 casais (teria espaco para 12), oque foi otimo! Deus pra passar bastante tempo conversando com os outros passageiros e o guia, e adoramos todos.

A chegada no porto eh meio caotica, com milhoes de vans trazendo e levando turistas, e aquela gritaria e buzinaco tipico do Vietnam. Ai vem o carinha da policia sovietica e confisca todos os passaportes – Como a cidade eh fronteirica com a China, eles tem muitos problemas de imigrantes ilegais e trafico de produtos pirateados da China, entao eles confiscam todos os passaportes para evitar que alguem “nade” pra China! Na hora ficamos meio nervosos, pois nao recebemos um recibo, nem nenhuma informacao do policial que nao falava Ingles. Fomos assegurados pelo guia que nao teria problemas, mas Vietnam eh o ultimo lugar que queriamos entrar em roubada, certo?

O passeio todo foi simplesmente sensacional. A agua eh de um verde cristalino fantastico, e as formacoes rochosas das ilhas sao incriveis, com milhares de cavernas subaquaticas, que praticamente nao dah pra ver da superficie.

Nessa regiao tambem existe uma comunidade de pescadores, onde cerce de 2000 pessoas moram em casas flutuantes e vivem da pesca. Sao familias inteiras que nascem na agua, vivem sua vida inteira sob as aguas, e ali morrem.

Ao longo dos anos eles trocaram as casas de bambu para madeira e pneus, que sao mais rsistentes e boiam com mais facilidade. E depois que a regiao virou territorio protegido pela Unesco, eles nao podem mais usar a agua das fontes nas ilhas e tem que comprar agua potavel no continente. Recentemente o governo tambem criou uma escola flutuante e um posto de saude flutuante, pra servir a populacao. Infelizmente (ou felizmente, depende de como se ve) com a bertura do turismo, as familias flutuantes jah nao vivem exclusivamente da pesca e hidrocultura como faziam a milhares de anos, e hoje em dia muitos deles vivem de alugar kayakes e vender quinquilharias contrabandeadas da China para turistas.

 

 

Todas as refeicoes servidas foram deliciosas, com muitos frutos do mar, e frutas frescas, passamos um bom tempinho passeando de kayake entre as ilhas e presenciamos o por do sol deslumbrante.

Agora nos resta mais um dia em Bangkok, e depois vamos direto pra casa…

 

Adriana Miller
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