02 Mar 2009
13 comentários

Confessions of a Shopaholic

Pessoal

Esse fim de semana finalmente consegui arrastar o Aaron pra ver esse filme, que esta encabecando minha lista de “piores filmes de todos os tempos”. Eu sei que raramente esses filmes mulherzinha tem grandes pretencoes de desafiar o status quo da humanidade, e desenvolver uma nova linha filosofica, mas memso no quesito “entretainement” o filme deixou a desejar…

Talvez a historia faca mais sentido pra quem jah leu algum dos livros de Sophie Kinsella, mas achei que a versao cinema deixou muito a desejar em termos de enredo, sequencia de historia, etc. nao fez muito sentido, if you know what I mean.

Mas por outro lado achei que o filme tem uma mensagem positiva, ou pelo menos a minha interpretacao do enredo eh muito positiva.

Becky Bloom, que eh a viciada em compras desconta no cartao de credito todas as frustracoes de sua vida. Ela acha que se tiver a roupa tal, a marca nao sei oque lah, sua vida ficarah mais feliz. Ela eh jornalista, e trabalha numa revista sobre jardinagem, mas seu sonho eh trabalhar na industria da moda. Ela comete o mesmo risco que muitas meninas(os) fazem e acha que por gostar muito de alguma coisa, que ela poderia trabalhar com isso, e ser boa naquela assunto.

Ela acredita que tudo seria melhor em sua vida, se ela tivesse o emprego dos sonhos: trabalhar na revista de moda Alette. Se refere aos personagens que trabalham na Alette como “perfeitos”, “felizes”, etc. (gostei da sacada de comparar o estilo espalhafatoso e cheio de “marcas” dela com o estilo mais osbrio e classico das personagens que de fato trabalham na revista. Pois apesar de “gostar” de moda e de “comprar” ela nao eh necessariamente boa nisso)

[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=jml_MOEPA-s]

Nao vou contar o filme todo, mas no final das contas, por obra do acaso, ela vai trabalhar numa revista financeira, mas ela nao sabe nada sobre financas e usa oque sabe (moda, comportamento feminino, e coisas do dia a dia) para explicar os complicados fenomenos do mercado de acoes. Por sorte, sua coluna vira um grande sucesso, e ela vira a star da parada.

Obviamente tem as confusoes amorosas, as pagacoes de mico, e varias outras situacoes de comedia forcada.

Mas pra mim, o moral da historia que me chamou atencao foi o fato da personagem estar tao cega em busca de seu sonho, que deixou de perceber uma grande oportunidade de fazer oque ela gosta E sabe fazer bem escapar, porque nao era exatamente oque ela tinha sonhado.

Nao vou fazer apologia nem incentivar ninguem a abandonar seus sonhos, mas achei que mensagem de que “quando a oportunidade bater a sua porta, ofereca uma cadeira pra ela sentar” bem legal no filme, apesar de sutil.

Quantas pessoas nao vemos por ai, infelizes e descontentes com sua vida, porque nao tem exatamente o emprego (ou casa, familia, namorado, carro, bolsa, guarda-roupa, etc) de seus sonhos, e nao percebem as outras grandes oportunidades que aparecem.

Eu, pessoalmente me indentifiquei muito com o filme. Ha uns anos atras queria muito trabalhar com turismo e desenvolvimento economico. Fiz faculdade de economia, e um mestrado em turismo. Achei que tudo seria perfeito, ia encontrar o emprego dos sonhos, e viajar o mundo ajudando as pessoas.

Porem o emprego que eu queria simplesmente nao existia, e as poucas oportunidades que surgiam exigiam muitos mais experiencia e conhecimento doque oque eu tinha. Achei que estava desperdicando minha vida, que tinha cometido grandes erros, e que teria que me conformar com uma vida infeliz trabalhando com financas (gente, como eu odiava financas!!).

Ateh que um dia a oportunidade bateu na minha porta (ou seria na minha cara?!) e acabei caindo no maravilhoso mundo de HR internacional. Era esse o emprego dos meus sonhos? Eu sempre quis ser “Generalista de Recursos Humanos” quando crescesse?

Obvio que nao, mas gracas a deus soube aproveitar e enxergar uma oportunidade maravilhosa de fazer exatamente oque eu sempre quis. Indiretamente tenho grandes oportunidades de viajar o mundo, lidar diariamente com pessoas do mundo todo, de diversas linguas e culturas, e de quebra ainda ajudar os outros.

Quando paro pra pensar nas reviravoltas de minha vida, me dou conta de que minha vida eh exatamente como sempre quis que fosse, e de fato tenho o emprego dos meus sonhos. Porem eu soube enxergar isso, e ser feliz com isso, em vez de passar o resto da minha vida correndo atras de algo que nao existe.

Gostar doque fazemos eh extremamente inportante, e ninguem infeliz com a vida consegue ser bem sucedido, em nada. O fato de gostar doque faco, e reconhecer isso, faz com que me torne uma pessoa (e profissional) melhor, oque por sua vez cria mais e mais oportunidades de fazer oque eu gosto!

No final, apesar dos pesares, o filme teve um otimo feel good factor, tipico de filmes mulherzinha… Eu interpretei a mensagem subliminar do filme assim, mas imagino que o resto da audiencia na sala do cinema nao tenho visto o memso filme que eu vi… mas pelo menos a musica eh boazinha, e as roupas divertidas!

 

Adriana Miller
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  1. lucia - 02/03/09 - 18h10

    Esse seu post me fez pensar. Eu estou completamente insatisfeita com meu trabalho. Tanto que estou seriamente pensando em sair de la bem no meio dessa crise economica mesmo. Mesmo sendo um emprego bom, salario bom, compania boa, e’ algo que detesto fazer, sabe? Na minha opiniao, nao vale a pena, preciso de algo que me traga satisfacao.

    Agora o que mais tenho duvida e’ o que fazer entao? Como adquirir experiencia tentando fazer algo diferente sem uma outra faculdade? Entao minha pergunta pra voce, e’ a seguinte: Se voce nao tinha experiencia nesse seu ramo de agora (ou tinha?), como calhou que comecar a trabalhar nele? Como sabia que seria algo que iria amar? Fez algum outro curso ou faculdade?

    Dri, se voce puder responder essa pergunta, me ajudaria demais!! Nesse momento, so nao saio de onde estou, por nao saber direito como aproveitar o meu talento pra fazer outra coisa. As vezes penso em comecar meu proprio negocio, pra fazer exatamente o que quero, mas sera essa a melhor solucao?

    By the way, como e’ que voce conseguiu levar o Aaron pra assistir esse filme? rsrs. Al nao iria comigo nem arrastado. haha

    bjos, Lu

    Responder
  2. Anonima - 02/03/09 - 20h12

    Dri, nao assisti o filme, mas achei muito interessante seu post e concordei com o que vc disse.

    Responder
  3. Ana - 02/03/09 - 20h22

    Dri, adoreiii esse post!
    Ñ somente por eu adorar qualquer tema relacionado á “moda”, mas no teu comentário sobre esse filme em si.
    Esse filme já tava na minha lista de filmes pra esse mês :-)
    Saludos,
    Ana

    Responder
  4. Adriana - 02/03/09 - 22h09

    OI Lucia, na verdade eu tinha experiencia mas nao sabia.
    Na verdade oque me fez conseguir meu primeiro emprego em RH foi o fato de falar portugues! Eles precisavam alguem que soubesse falar portugues e espanhol pro depto de RH nternacional que lidava com a america latina.
    Fui chamada pra entrevista, e acabei descobrindo que oque eu fazia em financas no Brasil, aqui na Inglaterra eh considerado HR (Compensation and Benefits). Entao foi um pouco de sorte + um pouco de experiencia.
    Mas quando aceitei ir nessa entrevista, fui por ser um emprego, nunca imaginei que um dia iria gostar de RH. mas naquele momento precisava de dinheiro, e precisava de qualquer coisa pra me sustentar em Londres. Sai aplicando pra TUDO que surgia no Monster.com, e mal sabia eu que ia descobrir oque queria fazer “quando crescer”.

    Uma coisa que eu acho que faz muito diferenca eh o lugar que vc trabalha. De repende vc acha que odeia seu trabalho, mas na verdade odeia o lugar que voce trabalha. Talvez se fizesse a mesma coisa em outra empresa, vc nao detestasse tanto.

    Acho que diferenca eh que eu sabia doque gostava, e em que queria tarbalhar: lidar com pessoas, ajudar as pessoas, e trabalhar com qualquer coisa que fosse “internacional”, que envolvessem culturas diferentes e que pudesse usar as linguas que sei.

    O tal emprego “dos sonhos” surgiu na carreira mais inesperada possivel, algo que nunca nem considerei fazer nem estudar, mas gracas a deua eu consegui ver que apesar de nao ser o “emprego” dos sonhos, eu estava fazendo exatamente oque sempre quis fazer.

    Alem disso, como essa oportunidade surgiu num momento de desespero, tive que aceitar “dar uns passos” pra tras na minha carreira, e na epoca, apesar de jah ter alguns anos de experiencia, acabei comecando bem debaixo mesmo, numa posicao “entry level” e fui subidno aos poucos.
    Talvez isso te ajude, uma vez que vc saiba oque quer fazer. Voce tem que estar disposta a trabalhar mais, ganhar menos e ter que provar que vc eh capaz. O resto vem com o tempo.

    Responder
  5. Flavia - 02/03/09 - 23h11

    Oi Adri… nem me fale em financas argh!!!! Nao aguento mais ficar sentada em uma cadeira olhando planilhas e carimbando papel ha, ha, ha, mas nessa crise se alguem me perguntar sobre isso.. estah bom demais :-)

    bjs

    Responder
  6. Verônica - 03/03/09 - 00h08

    Adorei o post! Serve bem pra mim esta lição.Pelo menos estou bem melhor sobre o arrependimento de não ter aceitado uma oportunidade por estar cega em busca de um sonho. Vão vir outras boas oportunidades e espero estar de olhos bem abertos para elas.
    bjs

    Responder
  7. Flávia - 03/03/09 - 02h51

    Oi Adriana! Peço licença a vc para falar com a Lúcia, pois sei exatamente pelo que ela está passando!
    Lúcia, eu estava na mesma situação que vc até no ano passado: tinha um emprego bom, com um salário bom, que tinha tudo a ver com minha formação (sou advogada) e, ainda por cima e para dificultar, era concursada. Ou seja: tinha segurança, estabilidade, etc, tudo aquilo que a gente sabe que fazem dos cargos públicos o emprego dos sonhos de quase todo brasileiro! Só que eu detestava o meu emprego! Não tanto pelo serviço em si, mas o ambiente não era legal, minha chefe se encostava em mim, me explorava, etc..etc… Na maior parte do tempo eu passava raiva (e me identificava muito com a Adriana, quando ela trabalhava com uma chefe maldita! rs).
    Pois bem, como disse, sou formada em Direito, adoro minha profissão, mas sempre pintava aquele medo: será que devo chutar o balde e montar um escritório para mim? Será que consigo sozinha? Mas o meu maior medo era ficar acomodada naquele lugar!
    Era um salário bom, considerando que eu ainda sou nova, solteira e sem filhos (minha mãe sempre me falava isso).
    Bom, para encurtar a história, eu resolvi: tava na hora de arriscar tudo e chutar o balde! Então pedi minha exoneração e montei um escritório sozinha, na cara e na coragem!! Você não imagina o quanto estou feliz e realizada! É claro que no início é um pouco difícil até as coisas começarem a engrenar, mas pelo menos agora estou trabalhando para mim, naquilo que eu gosto e o melhor: sem chefe chato me amolando! Tive muita inspiração em blogs de gente que arriscam tudo para conseguirem melhorar de vida fazendo aquilo que gostam, a Adriana foi uma dessas pessoas! (Adriana, faz um tempão que eu queria te escrever isso: Obrigada por compartilhar suas histórias conosco! A gente vê nessas horas que essas coisas acontecem com todo mundo!). Bom, escrevi esse “testamento” (sorry) para dizer a você, Lúcia: coragem e muita força! Vai em busca dos seus sonhos, porque a vida é muito curta para a gente sofrer tanta amolação, pricipalmente porque a gente passa a maior parte do dia no trabalho e ninguém merece ficar a maior parte do dia infeliz! É muito difícil tomar essa decisão de largar tudo, mas, se for para fazer o que vc gosta, vai valer a pena, com certeza!
    Um beijão e depois conta o que vc fez!

    Responder
  8. lucia - 03/03/09 - 04h18

    Dri e Flavia, obrigado de todo coracao por me ajudarem com suas historias.

    Dri, nao e’ bem a compania que nao gosto, e’ o trabalho mesmo. Nao suporto ficar no telefone o dia todo (trabalho como data tech support num call center) e nao tem nada haver com o que acho que quero fazer da vida. Apesar de eu ser uma otima profissional e minha gerente mesma ficar insistindo pra eu apply pra gerencia de customer service (o que eu tenho certeza de que me faria sentir mais miserable ainda), nao utilizo meus talentos e o emprego nao me faz crescer, nem me satisfaz.

    Ja tentei 2 vezes mudar pro dpmt de IT deles e uma dessas vezes quase consegui (de acordo com o gerente que veio falar comigo depois), mas tinha um fulaninho ja com experiencia e com isso, ele conseguiu e eu nao. Talvez tenha ate sido pro melhor, pois nao sei se meu coracao estava naquela area mesmo. Sabe quando voce so quer sair de onde esta pra qq outro lugar por nao aguentar mais?

    Meninas, acho que meu maior problema no momento e’ decidir o que quero fazer. Ja pensei em explorar meu conhecimento em design e Photoshop, em computacao, em Portugues e acho que vou ver isso quando chegar do Brasil em Abril. So sei que daqui ha um mes, muita coisa vai ter que mudar. Estou ate querendo tb fazer uma certificacao em database mgmt, deixando a compania bancar a conta e tentar minha sorte em outro lugar, ja que la eles nao me dao oportunidade de sair desse dpmt que pra mim e’ infernal.

    Flavia, concordo com voce: a Dri e’ inspiradora, por isso gosto tanto do cantinho dela aqui. E voce tb me inspirou… vou pensar seriamente no que devo fazer, pois abrir meu proprio negocio tb ja me passou pela cabeca.

    Novamente, agradeco a ajuda, voces nao tem ideia do quanto precisava ouvir isso de pessoas sucedidas como voces duas.

    bjos, Lucia

    Responder
  9. Raquel - 03/03/09 - 12h33

    Ainda não vi o filme, quando sair em DVD quem sabe eu veja, não me interessou muito mas… tanto reboliço acerca dele!

    Eu gosto de uns filme mulherzinha e vejo-os também sem pretensão de tirar alguma lição, mas essa que tu tiraste é óptima. Espero que os milhares de pessoas que viram tenham percebido essa mensagem, com a qual concordo plenamente.
    Às vezes as coisas boas estão onde menos se espera.

    BJ

    Responder
  10. Hilda - 03/03/09 - 17h23

    Eu adoro os livros da serie Shopaholic, acho que eles sao da um “up” na energia e humor de qualquer pessoa alem de ter uma mensagem bacana por tras das trapalhadas e aventuras da Becky.
    Agora o filme deixou completamente a desejar… se soubesse que seria tao fraquinho teria esperado sair na locadora.
    Bjs!
    PS: Achei bem legal o que vc escreveu sobre oportunidades!!!

    Responder
  11. Hilda - 03/03/09 - 17h23

    Eu adoro os livros da serie Shopaholic, acho que eles dao um “up” na energia e humor de qualquer pessoa alem de ter uma mensagem bacana por tras das trapalhadas e aventuras da Becky.
    Agora o filme deixou completamente a desejar… se soubesse que seria tao fraquinho teria esperado sair na locadora.
    Bjs!
    PS: Achei bem legal o que vc escreveu sobre oportunidades!!!

    Responder
  12. Hilda - 03/03/09 - 17h24

    Eu adoro os livros da serie Shopaholic, acho que eles dao um “up” na energia e humor de qualquer pessoa alem de ter uma mensagem bacana por tras das trapalhadas e aventuras da Becky.
    Agora o filme deixou completamente a desejar… se soubesse que seria tao fraquinho teria esperado sair na locadora.
    Bjs!
    PS: Achei bem legal o que vc escreveu sobre oportunidades!!!

    Responder
  13. Hilda - 03/03/09 - 17h26

    I am so sorry por 3 comments no mesmo post!!! Como estava aparecendo uma pagina dando erro achei que nao tivesse publicado.
    Bjs

    Responder