No outro dia, em alguma de minhas viagens a trabalho, assisti na CNN o Piers Morgan (jornalista Ingles que eu adoro, que substituiu o Larry King) entrevistando o Simon Cowel, que foi no minimo interessante.
Uma das cosias que o Simon Cowel falou e que prendeu minha atencao foi o tema da familia real. O Piers tentou jogar a isca achando que o Simon ia ser polemico e falar mal da monarquia, mas na verdade ele confessou que adorava oque a familia real representava na cultura Inglesa. O fato de que os Britanicos em geral, nao sao os melhores, nem os mais bem sucedidos, nem os mais inteligentes nem bonitos – mas eles tem uma familia real como nenhum outro povo, e essa mistica da Realeza da um poder a cultura Britanica inalcancavel a outros paises (com Monarquias operantes ou nao).
Entao esse assunto dominou grande parte do programa, e o principal argumento do Simon Cowel foi que a familia Windsor eh o grande diferencial dos Britanicos. Discussoes a parte sobre sua fortuna, verdadeira funcao politica e tal, isso me fez pensar sobre o tal do “dedo de ouro” que a realeza Britanica tem no mundo.
Vide o fenomeno irmas Middleton. Entao nao da pra negar que a realeza tem um poder que vao muito alem das escadas sociais Britanicas, e de fato, tudo que eles tocam viram sucesso.
Mas isso vai muito alem das capas de tabloides e teorias da conspiracao, pois no Reino Unido existe de fato um “selo” de autenticacao Real que reconhece os fabricantes e comerciantes que produzem bens consumidos pela familia real.
Receber o Royal Warrant eh uma honra maxima alcancada por fabricantes e marcas Inglesas, e significa nada mais nada menos que a Rainha usa, aprova e recomenda determinada marca.
Entao as marcas que recebem essa honra, expoe orgulhosamente seu selo real (com o leao e unicornio) e a frase “By appointment of her Majesty the Queen” (Por indicacao de sua Magestade a Rainha) em todas as suas embalagens e merchandising.
Sao cerca de 800 marcas Britanicas e extrangeiras que detem o selo real atualmente, e entre elas estao algumas das marcas mais tradicionais Inglesas, como a Burberry, as galochas Hunter, os chas Twinings, o hotel Ritz e as bolsas Asprey.
Mas muitas outras marcas que fazem parte do dia a dia no Reino Unido tambem entram na selecionada lista de fornecedores reais, como as farmacias Boots, o supermercado Waitrose e a loja de departamentos John Lewis.
O processo de selecao eh rigoroso, e por isso mesmo atestam a qualidade dos produtos e dos servicos – o selo pode ser conferido espontaneamente por algum membro da familia real (apenas a Rainha, o Duque de Edinburgo e o principe Charles tem “poderes” para conceder selos de appointment) ou depois de passar por uma rigorosa selecao e teste de qualidade, atravez da Camera de Comercio do reino (e do Lord Chamberlain, que tem uma funcao privilegiada de Lord-governanta e conselheiro real).
Ou entao, muito mais facil que receber o selo real pra promover sua marca, basta conseguir que uma das irmas Middleton usem alguma peca da sua loja e pronto! Estoques esgotados na certa!
Entao da proxima vez que voce estiver preparando seu cha Twinings enquanto passa sua mostarda Colman’s no seu sanduiche, pense que a Rainha poderia estar fazendo a mesma coisa!!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver. Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
Na primeira vez que fomos a Dubai um dos principais detalhes da viagem foi onde se hospedar. Na epoca mencionei como isso seria importante pra definir sua viagem, e como Dubai eh o tipo de cidade onde parte da diversao eh o seu hotel.
Como as distancias sao enormes, e qualquer “independencia” fica bastante limitada pelas temperaturas altissimas e pela falta de estrutura de transporte (Dubai tem algumas linhas de onibus e metro, mas nao eh extensa nem abrangente suficiente pra atender ao turismo, entao ficamos muito refens de taxis o tempo todo), eh importante definir o “tipo” de viagem que voce pretende ter, e ai sim decidir onde se hospedar.
Para quem quer praia, por exemplo, a melhor solucao sao os resorts em Jumeirah, na ilha Palm ou na Marina, pois os hoteis dessa regiao terao acesso as praias (que sao todas particulares), oferecem um ambiente turistico e a possibilidade de circular mais livremente, sem se preocupar com bikini, saia curta, andar de maos dadas e afins.
Mas se voce predente dar foco aos restaurantes, bares, shoppings, parques e atracoes turisticas da cidade, entao a area de Downtown e a avenida Sheikh Zayed Road, que eh super central e perto de tudo eh amelhor escolha.
Como fui pra Dubai a trabalho, nao faria menor sentido me hospedar na regiao da Marina/praia, entao fiquei no Hotel Shangri La, bem no meiao da Sheikh Zayed Road.
O Shangri La faz parte de uma rede de hoteis de luxo Asiatica, com sede em Hong Kong.
O hotel de Dubai tem 43 andares, e com 200 metros de altura, eh o sexto predio mais alto da cidade. Ele tem um perfil levemente mais business, mas ainda assim seria uma otima opção pra quem pretende fazer uma viagem mais turistica/cultural pela cidade.
Eu dei sorte de conseguir um upgrade pra uma suite maior, no 35′ andar e com um vista infinita do mar do Golfo!
O banheiro tambem era enorme, wifi gratis no lobby e nos quartos, e o servico em geral, otimo. Mas oque gostei mesmo foi a selecao de restaurantes dentro do hotel!
Entre eles o Hoi An, um restaurante de culinaria Francesa-Vietnamita listado como o melhor restaurante fusion/asiatico de Dubai! A culinaria Vietnamita sem duvidas eh uma de minhas preferidas, e eu adorei o restaurante!
Entao sem duvidas uma otima opcao pra quem quer ficar bem centralizado em Dubai e sabe que nao vai gastar muito tempo indo a praia.
Adriana Miller, 35 anos, economista, casada e mãe da Isabella. Atualmente morando na Inglaterra, mas sempre dando umas voltinhas por aí. Viajante incansável e apaixonada por fotografia e história.