07 Apr 2014
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Bardonecchia – Esqui na Italia

Bardonecchia, Dicas de Viagens, Italia, Viagens pela Italia

Desde que eu fui esquiar pela primeira vez ha uns anos atras, eu fiquei totalmente viciada – nao so porque o esporte eh o maximo, mas porque eh uma viagem deliciosa de se fazer!

Os resorts/cidades sempre tem um clima delicioso, paisagens lindas, e uma otima energia, que mistura aquela coisa boa de muita gente se exercitanto, respirando ar puro das montanhas e de quebra comendo e bebendo muito bem e se divertindo demais. Nao tem erro!

Entao no final do ano passado quando um amiga ficou noiva e me pediu pra ajudar a organizar sua despedida de solteira, na mesma hora pensamos: porque nao juntamos um grupo de amigas e vamos esquiar todas juntas?!

A decisao foi unanime! Independente do seu nivel de esqui e aptidao atletica, as estacoes de esqui sempre agradam a todos os gostos e sempre sao uma diversao garantida!

Na Europa as opcoes de estacoes de esqui sao enormes, mas queriamos algum lugar que fosse facilmente acessivel (sem transfers complicados nem horas de trens e baldeacoes mil, ja que o tempo era limitado e o grupo viajaria em horarios diferentes), que fosse bem democratica aos diferentes niveis de esqui do grupo (algumas meninas esquiavam SUPER bem, enquanto outras eram mais iniciantes/intermediarias, e outra que nunca tinha esquiado na vida), que oferecesse um boa qualidade de neve mesmo ja no final da temporada (ja que fomos em Marco), que nao fosse muito caro (sempre um problemao nesse tipo de viagem), e principalmente, que fosse um lugar muito animado fora das pistas de esqui!

Resultado: Bardonecchia, na regiao de Piedmonte no Noroeste da Italia (fronteira com a Franca)!

– Transfer

A facilidade de acesso de Bardonecchia foi um dos fatores decisivos na viagem!

O resort esta a cerca de 1 hora do aeroporto de Turin, sendo facilmente acessivel por transfers, trem ou carro.

A partir de Londres, eh possivel chegar a Torino com voos diretos com a British Airways, Ryanair e Air Italia.

Chegando em Torino, a opcao mais barata para chegar ate Bardonecchia sem duvidas eh o trem, com passagens que custam 7€ a partir da estacao “Torino Porta Nuova” diretamente ate a estacao central de Bardonecchia! (a viagem demora cerca de 1 hora a 1 hora e meia, dependendo do trem).

Essa foi nossa opcao na ida, mas confesso que nos enrolamos demais pra chagr na estacao de trem, entao acabamos demorando demais! Mas ainda assim, foi facil e rapido, e a viagem muito agradavel, cruzando as montanhas no norte da Italia!

Na volta, como o grupo estava mais completo, resolvemos alugar um carro (reservamos pela internet, e uma das meninas que chegou depois recolheu o carro na locadora no aeroporto e foi dirigindo, entao o carro ja estava la na hora da volta), e foi incrivelmente facil!

Porta a porta demoramos menos de 1 hora, e a estrada sempre excelente!

– Pistas/Bairros

Bardonecchia tem um centrinho da cidade, bem do lado da estacao de trem e o posto de informacao turistica, mas para quem vai pra la esquiar, o que vale a pena mesmo eh escolher uma das pistas e se acomodar por la!

No total sao 4 “regioes” e pistas de esqui:

Jafferau eh a montanha mais alta, onde se cruza a fronteira com a Franca e que sediou parte das Olimpiadas de inverno de 2006 – e portanto tambem eh onde estao as pistas mais altas e mais dificeis.

Campo Smith foi a nossa escolha!

Por ali a hospedagem eh abundante, e tudo eh muito facil e acessivel – a “aterrisagem” das pistas de esqui me lembraram um pouco a “praia” de A-Basin no Colorado, com aquela expansao enorme de gelo e neve, onde tudo acontece, mas com mais infraestrutura: hoteis, spas, aulas de ski, restaurantes, bares, lojinhas, cafes, etc.

O carro acabou ficando na garagem o tempo todo e faziamos tudo a pe (e quase tudo de esquis nos pes tambem!).

Esquiar nao eh uma coisa facil (nao so pelo esporte em si, mas principalmente por causa de toda logistica envolvida!), entao eh imprencidivel que tudo ao seu redor seja o mais simples e agradavel possivel, e nisso Campo Smith foi absolutamente perfeito!!

(o principal motivo por termos optado por nao esquiar em Chamonix umas semanas atras – e nao ter gostado muito da cidade como um todo, como comentei aqui).

A estacao Colomion-Les Arnauds nao chegamos a conhecer, mas fomos um dia a Melezet e tambem gostamos bastante!

As pistas em Melezet sao mais altas que Campo Smith, mas nao muito mais dificeis, entao eh otima para principiantes, que querem ter uma experiencia mais “la em cima”, com aquela vista incrivel e tals, mas sem se arriscar nas pistas mais dificeis.

Aliais, isso vale a pena mencionar sobre Bardonecchia: apesar da cidade ter sediado parte das Olimpiadas de inverno de 2006 e ter boas opcoes de pistas “dificeis” para esquiadores e snowboarders mais profissionais, o resort, como um todo, eh super facil, tendo mais de 50% de suas pistas no nivel iniciante ou intermediario facil, com pistas beeeeem largas (nada pior que achar que voce nao vai conseguir virar os esquis a tempo de cair precipicio abaixo ou de cara nas arvores!) e com inclinacoes intercaladas (mentira: pior doque achar que voce vai se estabacar nas arvores, so mesmo o medo de altura e nao conseguir enxergar o que esta “embaixo” da pista!).

Entao foi um otimo resort pra me aventurar mais nas pistas e manobras, optando por slopes mais longos e mais altos, mas com a seguranca de que nao ia me apavorar pelo meio do caminho, e achei isso importantissimo (o principal impecilho pra quem esta aprendendo a esquiar eh esse medo do combo velocidade-altura-quedas!).

– Hospedagem

Nos ficamos hospedadas no Hotel Rive, que faz parte do complexo olimpico de Campo Smith (quem sem duvidas eh o “coracao” de Bardonecchia!), com hospedagem simples, porem muito completa e confortavel – e o principal: ski in, ski out, que significa que estavamos na cara da pista de esqui e podiamos entrar e sair do hotel ja de botas e esquis nos pes (ter que carregar os esquis e bastoes e ao mesmo tempo andar com aquela bota horrivel eh uma tortura!! Entao hoteis que oferecem acesso direto as pistas e telefericos sempre sao uma otima!).

O cafe da manha era completissimo, o hotel nos dava desconto em varios outros estebelecimentos do complexo (desconto no alguel de equipamento, desconto nas aulas de esqui, desconto no spa, etc), os quartos espacosos e confortaveis e os funcionarios super simpaticos, sempre dando altas dicas!

– Aulas e quipamento

Nos aproveitamos que estavamos por la mesmo e tiramos vantagem da facilidade da localizacao e dos descontos do hotel e nem pensamos muito: marcamos nossas aulas na “Spazio Neve” (com a instrutora Clara, uma coroa enxuterrima super engracada e simpatica!) e alugamos nossas botas/esquis no lojinha exatamente na porta ao lado (que tambem dava desconto de 15% a hospedes do Hotel Rive).

Como estavamos com um grupo grande e quase todas queriamos fazer aula, reservamos uma aula particular, que acabou saindo mais barata do que participar em grupo. A nossa instrutora, Clara era o maximo, e acabamos passando horas com ela na montanha no primeiro dia, e ainda pegamos mais umas horas de aula no dia seguinte!

Apesar de sermos um grupo com niveis bem diferentes de esqui, ela ia dando “aulas” e dicas e tecnicas especialmente para as necessidades de cada uma, melhorando a tecnica das meninas que ja esquiavam bem, e ao mesmo tempo ensinando e corrigindo as mais iniciantes/intermediarias. Valeu demais a pena!

Adriana Miller
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03 Apr 2014
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Kusmi Tea – para os fãns de chá!

Dicas de Viagens, França, Lojas & Compras, Paris, Restaurantes & Cafes

Eu nunca pensei que ia escrever um post sobre chás, mas quem já lê o blog a bastante tempo, sabe que eu adoro um chá, todos os seus rituais e cerimonias ao redor do mundo e estou sempre a procura de novos sabores e misturas.

E para os fans de chá como eu, o Kusmi Tea é um ícone!

A marca (e tradição) é Russa, mas eles se relocaram para Franca durante a revolução Russa e se estabeleceram como produtores de chás finos e com blends raros (principalmente para a época).

Hoje em dia, eles são famosos principalmente por causa de suas embalagens foférrimas (sonho: um cozinha toda branca com uma prateleira inteira decorada com as latas dos chás Kusmi!) e seus sabores “diferentes”.

Os chás Kusmi estão a venda no mundo todo, sempre em lojas especializadas ou delicatessen (em Londres é possivel encontra-los no food hall da Harrods, por exemplo), mas em Paris faço a festa!

Só em Paris são 13 lojas/pontos de venda, mas uma que vale a pena a visita fica na Avenue de L’Opera (que também já falei sobre aqui nesse post), pois além de vender todos os tipos de chás, eles ainda tem um cofee shop lá dentro, então antes de decidir qual sabor você quer comprar, você pode escolher qualquer sabor pra tomar na hora e levar pra ir tomando pela rua (3€ por um copão de quase 500ml!!), e de quebra ainda comer uns croissants ou bolinhos madeleine de lá mesmo (ou dar uma passadinha na Pierre Herme para comer macaroons, que foi minha escolha!).

E foi assim que descobri um dos novos sabores desenvolvidos: “Boost“, a base de chá verde, mas com aroma de laranja e especiarias (cravo, canela, e afins), que fiquei viciada, e além de passar lá todos os dias pra tomar meu chazinho de manha e de tarde (antes de depois do trabalho!), e também comprei o “Kashmir Tchai” (meu “sabor” preferido de chá é sempre o Chai!), e o “Detox” (uma das marcas registradas do Kusmi) que eh super refrescante (quente ou gelado).

Kusmi Tea

Avenue de L’Opera, 33 – Paris

Adriana Miller
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02 Apr 2014
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Paris: La Maison de la Truffe

Dicas de Viagens, França, Paris, Restaurantes & Cafes

Outro restaurante imperdível em Paris é o “Maison de la Truffe”, que como o nome denuncia, se especializa em pratos “enriquecidos” com trufas!

São dois endereços em Paris, mas o original e histórico fica numa portinha escondida na praça da igreja Madelleine.

O menu é bem eclético, com muitas opcoes de massas, carnes, peixes e saladas, mas todos tem 3 opcoes a escolher: “normal” (sem trufa), com trufas brancas ou trufas negras.

Uma das meninas do escritório que estava comigo nunca tinha comido trufas, e foi difícil explicar o efeito que elas tem na comida: seria como explicar “o que eh alho?” – você ate pode explicar o que de fato é um alho, mas é difícil explicar o efeito aromático, no sabor e no tempero das comidas que eles tem!

P.S. Trufas sao fungos “subterraneos”, encontrados enterrados no solo e sao rarissimas, geralmente provenientes do norte da Italia ou sudeste da França. A colheita é feita atravez de caes ou porcos de olfato treinados, e sao encontradas a cerca de 20 a 40 centimetros da superficie. O aroma e sabor das trufas são super potentes, e basta um pouquinho pra ja transformar um prato, e isso somado a sua raridade e dificuldade de cultivo, faz com que as trufas (tanto as brancas quanto as negras) sejam comodities culinarias rarissimas, e geralmente sao ingredientes caríssimos.

Mas realmente é incrível como qualquer prato se transforma com umas (poucas) lascas de trufas por cima, ou com um pouco de azeite ou manteiga trufado… o tempero e aroma fica incrível!!

E é justamente esse um dos principais atrativos da Maison de la Truffe em Paris: mesmo que não puder almoçar/jantar por la, pode passar na lojinha e fazer um estoque de produtos! (ótima opção de lembrancinhas e presentes de Paris! E eles também estão a venda no free shop do aeroporto Roissy Charles de Gaulle, com um (pequeno) desconto).

La Maison de la Truffe

19 Place de la Madeleine, Paris

+33 1 42 65 53 22

Adriana Miller
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