01 Aug 2016
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A história de um bebê…

Baby Everywhere, Dicas de Maternindade, Gravidez, Pessoal

Esse é um post que eu debati por muito tempo se deveria ou não escrever.

É um assunto sério, pessoal, íntimo e muito delicado – mas ao mesmo tempo, é o tipo de situação em que eu acredito que quanto mais falarmos sobre o problema, menos mistificado ele será, e consequentemente menos traumático (e até mesmo vergonhoso pra muitas mulheres) ele poderá ser.

Uns dias atrás uma amiga muito querida me ligou chorando querendo apoio e um bom ombro para desabafar, e uma frase que ela me disse, reforçou a vontade de falar publicamente sobre isso: “Se acontece com todo mundo, porque ninguém fala sobre isso?!”

Há muitos anos atras da Luciana Misura contou a historia dela, e recentemente a Flavia Mariano também tem falado abertamente sobre os problemas dela. E todas essas mulheres, além de corajosas de colocar a cara a tapa e se expor dessa maneira, também ajudam centenas de outras mulheres e casais a tentarem entender por que isso acontece, e ter esperança de que eles também terão um final feliz.

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Pois bem, acho que já não é novidade pra ninguém que estou gravida de nosso segundo bebê. Só que na verdade, esse será nosso 4′ bebe.

Pois é, nos últimos 18 meses eu perdi duas outras gestações por motivos que só o destino explica.

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Em ambos os casos foram abortos espontâneos, que foram retidos pelo meu corpo, ou oque os médicos aqui chamam de “Silent miscarriage”, ou “aborto espontâneo silencioso”.

O que acontece? Bem, o bebê pára de se desenvolver, por algum motivo qualquer, e morre, mas o corpo da mulher permanece “gravido”, com a placenta viva, produzindo hormônios e sintomas.

Por um lado, evita-se o drama, e o maior medo de qualquer mulher gravida: não teve dor, nem sangramento, nem nada. Não teve cena de novela das 7. É um caso raro, mas que segundo meu Obstetra é relativamente comum, e pode até levar a complicações seríssimas, como infecção, e em casos extremos, até a morte materna (quando não existia ultrasom e a mulher passava meses achando que estava gravida, porem com um feto morto dentro do útero).

Da primeira vez, foi o maior choque de todos, obviamente.

A Isabella estava com um pouco menos de 1 ano e meio, tínhamos acabado de voltar de viagem ao Japão e começamos a conversar sobre “tentar” de novo – se tudo desse certo, o timing seria ideal, e o bebe nasceria perto do aniversario de 2 anos da Isabella, como eu sempre sonhei.

Mas nem deu tempo de parar pra pensar demais, e pimba, descobri que estava gravida. Assim no susto, de primeira.

Felicidade, comemoração. Aquela coisa toda.

Fizemos os primeiros exames e ultras, no mesmo hospital e obstetra com quem tive a Bella, e que está me acompanhando agora também, e estava tudo ótimo, perfeito e saudável.

Mas foi uma gravidez sofrida. Eu passei MUITO mal, muito mesmo, durante todo primeiro trimestre, e senti coisas que com a Isabella simplesmente passaram despercebidas. O cansaço, os enjoos, aquela vontade desesperadora de desistir da vida! On steroids!

Mas né? Estava gravida, estava feliz, e os planos familiares iam de vento em popa!

Com quase 12 semanas de gravidez (aos 47 do segundo tempo do primeiro trimestre! A fase mais esperada pelas gravidas!) em uma consulta de rotina, descobrimos que o bebe não tinha batimentos cardíacos. Fui levada para a ala de Medicina Fetal do hospital, fizeram uma ultra detalhada, e descobrimos que o bebe tinham parado de se desenvolver e falecido com umas 8 semanas.

Então meu medico recomendou uma curetagem logo para o dia seguinte – não fazia sentido esperar mais tempo algum, pois se em 3 semanas meu organismo não tinha dado sinais de expelir o embrião, e a placenta estava “viva” então era melhor fazer uma cirurgia e não correr riscos.

Nem precisa falar que foi a pior noite da minha vida né?

Repassei cada dia, cada hora e minuto das semanas anteriores… Sera que eu fiz alguma coisa errada? Foi aquela taça de vinho? Será porque eu comi um sei la oque? Não devia ter tomado aquele remédio ou passado aquele creme! Como sempre, os tabus que cercam os abortos espontâneos colocando coisas na nossa cabeça e culpando a mulher…

Enfim. O principal problema de aborto espontâneo são justamente essas dúvidas, esse instinto da mulher achar que fez alguma coisa errada. Que a culpa é dela.

Mas não, não é.

Meu obstetra recomendou fazermos um novo exame disponível (essa é uma área da medicina que tem se desenvolvido bastante!) em que poderíamos analisar o material genético do embrião – isso nos daria algumas respostas que poderiam evitar futuras perdas, ajudar a prevenir-las, ou curar algum problema mais sério. O exame nos diria se o bebe tinha algum problema genético, que é a principal causa de abortos espontâneos, um acontecimento totalmente aleatório e que não tem prevenção. Estima-se que cerca de 25% dos óvulos fecundados podem ter algum defeito genético incompatível com a vida. Ou então o exame nos diria se o feto apresentava alguma toxidade (por exemplo, caso eu tenha tomado algum remédio, ou contato com algum produto químico toxico que tenha afetado o embrião), ou se o bebe era perfeitamente saudável e normal – e então investigaríamos algum potencial problema físico em mim ou no Aaron.

Os resultados voltaram da melhor maneira possível: o bebe teve um problema genético, raro e aleatório. Nada que poderia ter sido curado, nem prevenido, e que provavelmente nunca mais se repetiria. Uma chance em milhares, segundo a relatório final.

A curetagem foi um sucesso e a recuperação ótima, e poderíamos seguir com a vida normalmente. Inclusive tentar engravidar novamente quando quisermos.

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A pressa para engravidar não era necessariamente nossa prioridade, mas também não nos preocupamos em prevenir nada, e então logo no mês seguinte, eu descobri que estava grávida novamente.

Aê! Felicidade, alivio, comemorações.

Maaaaas…. Pra mim, o pior efeito de ter passado por um aborto espontâneo foi a sequela psicológica que isso deixou em mim. Aquele medo constante de que “alguma coisa vai dar errado”.

Com 7 semanas fizemos uma ultra e o embrião estava saudável, coração batendo forte, porem medindo um pouquinho menor do que deveria estar…

Estávamos com viagem marcada para ir pra França com o pai do Aaron, e então marcamos outra ultra para uns dias depois de nossa volta a Londres.Com 7 semanas fizemos uma ultra e o embrião estava saudável, coração batendo forte, porem medindo um pouquinho menor do que deveria estar…

A viagem foi um arrasto.

Ate hoje quando vejo fotos daquela viagem eu consigo ver nos meus olhos o quanto estava triste e com medo. Acho que dentro de mim eu já sabia que já tinha perdido mais um bebê

Um dia, entrei sozinha numa capela escondidinha dentro do Mont Saint Michel e entreguei pra Deus – faça oque for melhor pra mim e minha família!

Voltamo pra Londres e não deu outra. Mais um aborto silencioso… Fizemos novamente o exame genético e descobrimos que mais uma vez o bebe tinha um problema raro e aleatório que era incompatível com a vida. As chances de acontecer de novo são 1 em 10.000, segundo o relatório – mas comigo, aconteceu 2 vezes seguidas.

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Mas naquela mesma noite, voltando pra casa ainda com os olhos inchados, meu telefone tocou e era um headhunter com uma ótima proposta de emprego e mudança de carreira.

Foi um sinal.
Tentamos, tentamos. Dois bebes perdidos em 3 meses.
Não era pra ser, e esse foi o sinal que Deus me mandou.

Prossegui com o processo seletivo (consegui! É meu emprego atual!) e engavetei sem pestanejar o plano de engravidar e ter ter filhos em idade bem próxima.

Além disso, queria dar tempo ao tempo, queria me recuperar fisicamente e ter tempo de processar tudo que aconteceu.

Umas semanas depois fomos para Nova Iorque, depois recebi a proposta do novo emprego, e a vida seguiu em frente!

Um ano depois de tudo que aconteceu, começamos a pensar nisso de novo.

Eu fiquei relutante – não só pelo medo de passar por aquilo tudo de novo, mas principalmente por medo de engravidar tao rápido de novo! Heheh

Estava adorando o novo emprego, começando um projeto super legal e sem saber o que fazer…

Mas né? A única certeza que eu tinha, era que engravidar não era mais certeza de que eu teria um bebê 9 meses depois…

Então resolvemos tentar.

E nada. E nada. E nada.

Eu sei que pode parecer drama, e sei que muita gente passa anos e mais anos tentando engravidar e fazendo tratamentos sem sucesso.

Pra gente, foram 5 meses. Falando assim não parece tanto tempo (e não foi), mas para um casal que tinha tentado engravidar 3 vezes na vida, e conseguiu de primeira em todas elas, cada mês frustrado, era um choque.

E ai começaram os outros medos: será que aconteceu alguma coisa? Será que nunca mais poderemos ter filhos?

O fim do ano foi atribulado de trabalho e viagens profissionais, e logo depois fomos passar o fim de ano no Brasil e Peru – mas já estava com consultas e exames marcados para assim que chegarmos em casa em janeiro pra ver se tinha alguma coisa errada!

Pois bem. Chegamos em Londres numa terça feira, minha sogra chegou la em casa na quinta feira, e no sábado era a festa de aniversario de 3 anos da Bella.

Acordei naquele sábado me sentindo inchada, sabendo que ia ficar menstruada a qualquer minuto. Mas a ansiedade falou mais alto e resolvi fazer um teste de gravidez antes da festa!

Tcharam!!!! POSITIVO!!!

Bem, de la pra cá, vocês já estão acompanhando nos diários e relatos de gravidez, assim como fiz com a gravidez da Isabella!

Foi destino? Foi porque “tinha que ser assim”? Talvez.
Foi triste, e foi traumático, mas principalmente me fez agradecer e apreciar ainda mais minha network, de amigos, familiares, médicos… mas principalmente minhas amigas que já passaram por isso, que me contaram abertamente de suas tragédias pessoais sem drama nem demagogia – sem julgamentos nem culpas.
Acontecem com todo mundo, e ponto final. E precisamos falar sobre isso sem medo!

Mas por fim, queria deixar um outro recadinho, e uma outra contribuição à sociedade.

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Vamos acabar com essa mania e costume horrível de meter o bedelho da vida alheia com perguntas e palpites indelicados e mal educados sobre “E ai? Vão ter filhos?”

Indelicado, inconveniente, mal educado, e muitas vezes simplesmente cruel.

Vale a leitura de um post ótimo que o Daniel Duclos escreveu uns anos atrás, e que traduz exatamente como eu eu me sinto (e a educação que recebi em casa!) sobre isso: Não é da sua conta!

Casais tem incontáveis motivos que os levam a não ter filhos – naquele momento, ou nunca. Por sua situação atual (ainda não é hora), por opção pessoal (não querem filhos e pronto), por infertilidade, ou por desgraças pessoais, questão profissionais, financeiras, etc, etc…

“Ah, mas é só curiosidade! Não tem mal nenhum”

Tem sim!

Se você não perguntaria socialmente quanto alguém ganha, quanto pesa ou quantas vezes por semana faz sexo, então porque acham normal perguntar uma coisa intima dessas??

Mas né? Tem gente que acha que não tem problema nenhum ficar fazendo comentários e contando piadinha machista/sexista/homofóbica/racista e o escambau, e não se dão conta mesmo do nível de inconveniência e falta de educação.
Ah, mas eu não me incomodaria se me perguntassem, então não vejo problema nenhum“.
Não interessa. De repetente você também não se incomoda de ver seu amigo sendo mal educado com um funcionário, ou o tio mala fazendo piadinha machista no almoço da família – mas isso não faz com que essas atitudes sejam corretas.

E o pior:

“Nossa, ta barrigudinha – vem bebê por ai?”. Não, mas obrigada por ressaltar o quanto eu engordei.

“Ta com cara de mamãe heim!?” – Pois é, obrigada por me dizer o quanto você acha que eu estou com cara de cansada, acabada e gorda (aliais, onde já se viu as pessoas acharem que “cara de mãe” é elogio??! Só mesmo quem nunca teve filhos, né?!?)

“E ai? Tao ficando velhos heim? Não vão ter filhos?” Ou a variável “Seu filho/a esta ficando muito velho, os irmãos não vão crescer amigos”, “O fulaninho ta querendo irmaozinho, heim!!”.

“Ah, não quer ter filhos? Você ainda vai se arrepender” – essa perola é geralmente reservada para mulheres, poque né?! Como ousa uma mulher não querer ter filhos? Não querer se “completar” nessa vida?! Ah, vah….!

Eu pessoalmente passei por varias situações super indelicadas, geralmente vindas de pessoas que sequer me conhecem (via blog ou mídias sociais), apontando que estava barrigudinha depois de ter passado por uma cirurgia para retirar um bebe morto (!). Ou a(s) pessoa(s) que comentaram que eu estava com “carinha redonda de mamãe” (argh! #DedoNaGarganta) quando na verdade já sabia que o feto estava com algum problema de desenvolvimento.

Ou principalmente quando não era nada disso, e apenas estava trabalhando mais que o normal, comendo mal e a cima do peso.

Fora os vários “e ai? Não vão mais ter filhos?” ao longo dos meses, quando estávamos tentando, mas sem saber se aconteceria de novo, ou se tínhamos algum problema. E mais recentemente, quando sim, já estava gravida, mas ainda na fase de incertezas, onde diariamente alguém apontava que eu estava “peituda”, ou com “cara redonda” ou “você engordou heim? Quem te acompanha repara mesmo!!”

Será que as pessoas não se dão conta do quão indelicadas e inconvenientes e mal educadas são?

Quando eu (ou qualquer outra mulher que você acha que tem o direito de perguntar sobre sua vida intima) realmente estiver gravida e pronta para contar pro mundo, todo mundo vai saber!

Ficar perguntando, incomodando e dando seu pitaco não ajudam em nada! Se ela ainda não falou nada e não te contou, é porque ela tem os motivos dela. Tem mulheres que saem contando pro mundo (e o Facebook todo) que estão grávidas assim que fazem xixi no palitinho. Ok, opção delas. Outras podem estar com crise no relacionamento, tendo problemas no trabalho, incertezas sobre a saúde do bebê, ou simplesmente não querem te contar agora! Respeite essa decisão tão pessoal de uma mulher/casal e não fique perguntando!
(até porque, pensa só: se ela esta guardando segredo da gravidez por enquanto, seja lá por qual motivo for, o que te leva a achar que só porque você foi indelicado ela vai te contar?! Assim, só pra você?! Do tipo: “ah, então tá bom… já que você me ofendeu e foi intrusivo, então deixa eu te contar um segredo aqui….“. Por favor né?!?!?)

 

Ah! E outra: o pessoal que fica dando pitaco no sexo do bebê!

Se um casal por acaso optar por não descobrir o sexo do bebê é porque eles não querem saber, querem uma surpresa na hora do parto, e não porque querem seus palpites, ok?

Se eles quisessem saber e ter certeza de terão menina ou menino, é simples: é só ir no médico, fazer um exame e pronto. Mistério resolvido.

Mas não. Muitos casais optam justamente pelo fator surpresa, o mistério e gostinho de suspense. E NÃO optaram por sua sabedoria em relação ao formato da barriga ou do nariz da mãe (ler acima sobre falta de educação em apontar atributos físicos da mulher em relação à gravidez!), sua intuição ou achismo.

Uma amiga (vizinha/conhecida/alguém da internet) resolveu não descobrir o sexo? Basta comentar “Nossa, que legal, já estou morrendo de curiosidade.” (ou algo do tipo). Juro que não dói guardar seu palpite pra você mesmo, e ainda vai evitar uma situação desconfortável e constrangedora com a grávida em questão.

E tenho dito!

#desabafei

P.S. Algumas das imagens desse post são da campanha da Ong Britânica “Tommys” que desenvolve pesquisas sobre aborto e oferece apoio a mulheres e casais que passaram por isso. Se você esta passando por isso e precisa de ajuda, o site deles é uma boa dica.

A campanha enumerava as muitas frases que as mulheres e casais que sofreram abortos ouvem, e que por mais que sejam “com boas intenções”, não ajudam em nada nem tapam o buraco deixado pela partida inesperada de seus bebês…

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  1. Diana - 01/08/16 - 17h12

    Nossa… sinto muito que isso tenha acontecido com você, Dri.
    Sabe, eu lembro de uma vez, já há muito tempo, que alguém perguntou no seu instagram se vc tava grávida e a sua resposta foi ‘deus me livre’. Eu fiquei muito encucada com isso na altura, pq vc já tinha falado em outras ocasiões que queria ter pelo menos dois filhos em idades próximas e a sua vida pós maternidade parecia estar indo tudo tão bem que não parecia que você tivesse mudado de ideia sobre o assunto. Eu lembro de pensar que deviam estar te perguntando isso constantemente e que você deveria já estar frustrada… mas pensei também que podia, afinal, ser algo que você ainda queria mas que não estava correndo como o planejado.
    Depois, com o tempo que você levou pra divulgar (até mesmo pra família) eu voltei a ficar com essa ideia no fundo da mente, mas claro torcendo pra que fosse tudo impressão minha.
    Enfim, só queria mesmo comentar isso pra te mostrar que às vezes, na Internet, você tem que passar por tanta coisa (e tanta gente) chata, mas também tem aqueles que conseguem entender seus sinais (mesmo que não saibam disso com certeza!), te dar o espaço que você precisa e que, no fundo, só torcem pelo seu bem.
    Imagino o quão difícil deve ter sido escrever isso mas com certeza você vai ajudar muita gente.
    Um beijo com carinho.

    Responder
  2. Stefania - 01/08/16 - 17h14

    Nossa, Dri. Que barra que vc passou e ngm sabia. Obviamente vc vive a sua vida e seus issues diariamente, como uma pessoa normal, e q não são divulgado nas suas mídias sociais. Mas mesmo assim, é… “interessante” ver o quanto se passa, o quanto vc e sua família enfrentam, e que não temos nem conhecimento, enquanto vc escolhe divulgar pedacinhos da sua vida. Tanta gente por aí tem a sua vida um livro aberto nas mídias sociais — e muitas delas apenas “pela atenção”.

    Enfim… espero que vcs estejam e sejam sempre felizes e que Deus os abençoe todos os dias.

    Quanto à questão dos questionamentos das pessoas quanto a gravidez de terceiros… tbm achei super deselegante a forma como alguns “se metem” na vida de um casal por exemplo.

    Acho q a única pessoa q eu permitiria “dar um pitaco” desses seria minha mãe. Hehehe. Pq mãe eh mãe e elas querem o nosso bem e acharia bonitinho o quanto o desejo de ser avó ou quanto o sexo do bebê se revelaria dentro nos seus “pitacos”. Sei lá.

    Mas cada um tem a sua opinião ou seu desejo e temos que respeitar. Normal.

    Acho que muitos poderiam perguntar sim “e aí? Vão ter filhos?, “já sabem o sexo do bebê?” e etc, mas dependendo da reação do casal (e alguns vezes até pela linguagem corporal), entender que não querem falar sobre isso e no máximo vão lhe dar uma resposta vaga mas educada mas que não convidaria nenhuma pergunta ou pitaco mais.

    “Ah, vamos ver quando vamos ter um bebe”.
    resposta “ah sim. Eh vdd. Cada um tem o seu tempo”.
    A resposta do casal pode ter sido sincera ou de repente eles nao querem nem dizer q não querem ter um bebê por decisão própria, por receio de julgamento da sociedade.

    Take the hint. Sense the tone.

    A gentileza que temos/sentimos pelo próximo nos ajuda a tentar tomar o melhor caminho. 👍

    Responder
  3. Luna - 01/08/16 - 17h34

    Parabéns pelo post, Dri! Parabéns pela coragem de dividir algo tão íntimo mas que precisa ser desmistificado. É um serviço público, pois deve ter muita família sofrendo sozinha por aí.
    Te acompanho há anos e raramente te escrevo , sou a leitora invisível. Tb fico incomodada com certas perguntas. Tenho 31 anos e não tenho projeto nenhum de casar ou ter filhos, e dia a dia eu tenho que responder a perguntas do tipo: e sr a ficando velha demais, qdo vai ter fiho? Um saco!!! Respondo mesmo, pq se a pessoa nao teve noção pra perguntar algo íntimo como isso, eu que não cou me ar o trabalho de ser delicada :P
    Parabéns mais uma vez pela família.
    Beijos

    Responder
  4. Francélli - 01/08/16 - 17h50

    Sensacional teu texto, Dri! Certeza que vai ajudar muita gente que precisa de apoio por ter passado por situação parecida com relação à perda de um bebê ou de coragem pra olhar nos olhos dos palpiteiros e falar um “não é da sua conta” pra cada pergunta invasiva.
    Beijo!

    Responder
  5. Francélli - 01/08/16 - 17h51

    Sensacional teu texto, Dri! Certeza que vai ajudar muita gente que precisa de apoio por ter passado por situação parecida com relação à perda de um bebê ou de coragem pra olhar nos olhos dos palpiteiros e falar um “não é da sua conta” pra cada pergunta invasiva.
    Beijo!

    Responder
  6. Graziella - 01/08/16 - 17h54

    Parabéns pela sua decisão de se abrir e desabafar. Você é exemplo para muitas mulheres (acredito que para todas que te conhecem) e, de certa forma, sua experiência e superação vai trazer alento para muitas pessoas que passaram por isso. Como sempre você é uma inspiração pelo jeito realista e prazeroso que leva a vida!

    Abraço,

    Grazi

    Responder
  7. Michelle D. - 01/08/16 - 17h58

    Dri,
    Assunto muito delicado e eu nao sei o que te dizer, entao vou falar apenas o obvio: sinto muito pela dor que voces passaram e fico feliz que sua historia tenha tido um ‘final feliz’ com a linda familia que voce e o Aaron estao construindo. Muita saude nessa gravidez, que voce tenha uma boa hora e que seu bebe venha com muita saude.

    Responder
  8. Mel - 01/08/16 - 18h18

    Post de utilidade pública. Eu tenho um filho só e o que mais escuto é “E o próximo?” “Nossa, mas quem tem um não tem nenhum”. Galera, não é só aumentar a água no feijão não. Tem escola, tem planos pessoais envolvidos, tem toda uma mudança de país.
    Nesses casos eu nem sei mais o que eu respondo, no máximo “Eu tenho um e ele não tem nada de nenhum”.
    Com certeza vai ajudar várias mulheres que já passaram por esse tipo de situação, tanto do aborto espontâneo (e ficar repensando em tudo que podia ter feito diferente), quanto na não obrigação em divulgar que esta grávida. Excelente post, como sempre!

    Responder
  9. Mariana - 01/08/16 - 18h24

    Dri, li esse post com um nó na garganta. Nunca passei por isso, pois nunca engravidei, mas consigo imaginar sua dor. Mais do que nunca, queria te dar um abraço bem apertado. Nem sempre as surpresas da vida são boas, mas fico feliz em saber que, depois de tudo isso, as coisas deram certo para vocês. No fim, acredito que as coisas acontecem quando têm que acontecer…
    Não é fácil ser mulher, não é fácil viver em uma sociedade machista, na qual falta empatia até mesmo entre as mulheres, que deveriam se apoiar… A gente sempre se sente culpada por tudo, mesmo que não tenha culpa nenhuma…
    Concordo com vc, as pessoas estão cada vez mais sem limites. Se já é difícil aguentar essas coisas daquela tia chata ou da pessoa sem noção do trabalho, penso que na sua situação, exposta a tantas pessoas desconhecidas, seja ainda pior. Mas, como já comentei aqui outra vez, acredito que o saldo seja positivo. Você é uma mulher maravilhosa, com uma família linda e abençoada, muito querida por MUITA gente.
    Um grande beijo

    Responder
  10. Andreza - 01/08/16 - 18h35

    Dri, este post foi, com certeza, o que mais me emocionou de todos os que você tem aqui no blog.
    Não sou mãe (e nem pretendo ser nos próximo 10 anos), mas ser mãe é o meu maior sonho.
    Não consigo mensurar o que você deve ter sentido nestas ocasiões e faltam palavras para comentar.
    Me solidarizo e peço a Deus para abençoar a tua família, aos teus anjinhos e para que eles sempre sintam esse amor imensurável que você tem por todos eles.
    Parabéns pela coragem em dividir algo tão íntimo conosco. Se eu já te admirava antes, agora muito mais.

    Responder
  11. Andréa - 01/08/16 - 18h35

    Foi muito bom ler este post sobre o aborto espontâneo, na verdade um sincero desabafo.
    A maternidade realmente é um assunto que toca fundo no coração de muitas mulheres que já sofreram em alguma etapa deste processo que começa desde o desejo de engravidar e continua por nossa vida toda.
    Assim como cada mulher tem a sua história única e particular eu também tenho a minha e posso afirmar para vocês que passei por quase todas as tristezas e alegrias que tudo isto pode trazer a uma mulher.
    Meu primeiro filho foi o único dos 4 embriões que se se implantou no útero após a transferência e de uma fertilização in vitro, após 1 ano e 7 meses nasceu seu irmão de uma gravidez espontânea, porém um mês antes do seu nascimento foi detectada uma má-formação onde seus rins estavam bem dilatados. Este problema o fez viver somente por 7 meses após o nascimento. Após três anos nasceu, de novo de uma gravidez espontânea, mais um filho desta vez saudável. Ainda do tratamento de fertilização tinham ficados congelados 9 óvulos fertilizados. Somente este ano foi-me possível dar uma chance a uma provável vida. Eles foram descongelados, após 19 anos todos juntos, por causa da baixa probabilidade de sobrevivência. Somente 1 atingiu o ‘dia 5’ de vida e foi transferido. Desta vez…uma gravidez não iniciou.
    Posso afirmar para vocês que agora estou realmente em paz. Primeiro pela coragem e perseverança de ser mãe, segundo que os 3 que nasceram me deram e dão uma alegria e amor sem limites. Terceiro que eu pude fazer todo o possível para que os não-nascidos vivessem e então mais uma vez confiei o restante nas mãos de Deus. Mesmo que tenha passado muitos anos e eu ter tido que fazer um esforço muito grande para vencer todo tipo de oposição.
    Eu posso afirmar a vocês que somente com a confiança que Deus me guiou e me preparou ao longo de todo esse tempo para aceitar todo resultado como da vontade dele posso ter meu coração alegre e feliz… Ele conhece todos os nossos dias mesmo quando nem um deles havia ainda.
    Muitas coisas são além de nossa compreensão e imaginação e pertencem aos propósitos e planos eternos de Deus, somente podemos louvá-lo por seus caminhos insondáveis.
    Que a paz de Deus que excede todo entendimento possa guardar a mente e o coração de vocês todas!

    Responder
  12. Elisa - 01/08/16 - 18h39

    Dri, te sigo ha anos e nunca comentei… Mas hoje gostaria que vc se sentisse abracada por todas as suas leitoras. Sou mae e imagino a tristeza e a dor envolvidas em todo o processo. Vc merece toda a felicidade que a vida lhe trouxer. Fique bem!

    Responder
  13. Leticia - 01/08/16 - 18h41

    Nossa Dri, posso imaginar o que vocês passaram pois eu já perdi a conta de quantos abortos eu tive (uns 6, com três curetagens). Também sofro muito com as perguntas dos palpiteiros, antes até tinha vergonha quando alguém me perguntava sobre bbs, hoje me dia já mando cuidar da própria vida. Enfim, desejo muita saúde para o baby, que ele venha trazendo muitas alegrias para sua família. Bjos

    Responder
  14. Marjorie Rodrigues - 01/08/16 - 18h54

    Parabéns pelo post, Dri. Tenho uma amiga que também passou por isso recentemente e ela disse a mesma coisa, que é uma dor invisível… Fico feliz que, apesar do período dificil, as coisas tenham dado certo para vocês. Daqui a pouco vem mais um bebê e de quebra vc ainda tem um emprego que parece estar gostando muito. Que esse menininho venha com muita saúde! Certeza que será uma graça igual à Isabella!

    Mas gostei principalmente da parte sobre os cometários invasivos. Olha, vc tem uma paciência de Jó, porque eu mesma às vezes ficava chocada com uns comentários que via no seu Instagram e com o dedo coçando pra responder a pessoa por você! Hahaha. O povo é mesmo muito sem noção de achar que não tem nada demais perguntar “e aí, quando vcs pretendem deixar de fazer sexo com proteção?”. Pq né, basicamente o que a pessoa tá perguntando é isso! Quando vc anunciou a gravidez, teve uma que comentou “mas foi planejado ou surpresinha?”. Meu deus, que te importa essa informação? É mesmo muita falta de educação.

    Obrigada por não desistir do blog mesmo com tanta gente chata, eu teria ficado com bode…

    Responder
    • Camila - 02/08/16 - 20h14

      Marjorie, li seu comentário e lembrei de quando nos fizeram essa pergunta do “Foi planejado ou aconteceu?”. Engraçado que nem minha mãe nos questionou isso, mas um “conhecido” que mal fala conosco achou que merecia saber isso …
      Dri, amei seu texto e o do Daniel.
      Sinto mto pelo o que vcs passaram!
      Bjs!

      Responder
  15. Ana - 01/08/16 - 19h43

    caiu uma lagriminha aqui… obrigada e parabéns! um beijão com toda a minha gratidão

    Responder
  16. Carolina - 01/08/16 - 20h08

    Ei, Dri!
    Acho que não tem muito o que dizer depois dos comentários que já li aqui…

    Queria na verdade pedir desculpas se em algum momento em uma das minhas poucas participações fui indelicada sem perceber… [talvez nesses últimos meses, já que meu menininho, pelas minhas contas, nascerá com poucos dias de diferença do seu]
    Já passei pela parte das perguntas indiscretas que me faziam chorar na escada de incêndio da empresa e fiquei pensando que é curioso mesmo como a gente não sabe a batalha que o outro está travando no dia a dia…

    Fica bem!
    =***

    Responder
  17. Rafael - 01/08/16 - 20h27

    Como sempre, além de postar um conteúdo incrível, deu um show de civilidade e educação! Obrigado por partilhar algo tão íntimo conosco, Dri. Muita saúde pra Bella e pro novo integrante da família :)

    Responder
  18. Maria - 01/08/16 - 20h36

    Queria dar parabens pelo seu post. é necessário que cada vez mais mulheres falem, que a gente pare de se esconder e de ter que sofrer em silencio porque as pessoas não sabem lidar com abortos. As pessoas não querem saber, não querem ouvir, por isso existe essa “ obrigação” das mulheres so contarem dps de 12 semanas, qd em tese já esta tudo bem. Não é pra no poupar, é pra poupar a eles. E a gente só sofre mais, pq sequer “ pode sofrer”. Nos últimos anos eu confesso que não tenho vindo mais a seu blog como antes, assim como na verdade diminui a leitura de blogs em geral. Tentei engravidar por 7 meses até engravidar a primeira vez – que eu perdi. E nesses meses eu sofri demais. Achava que tinha algo errado porque em todos os blogs que eu entrava estava lá a bendita frase “engravidei no primeiro mês”. Fiz uma contagem em blogs e revistas uma vez e era impressionante. Todo mundo engravidou no primeiro mês. Era isso que estava no meu inconsciente e no das minhas amigas. Eu me sentia culpada por não ter engravidado logo e as minhas “amigas” logo me culpavam, diziam que era culpa da minha ansiedade. Esse é outro ponto aliás, TODO mundo quando vem se meter e vc diz que quer ter ou está tentando ainda diz a asneira de que ansiedade atrapalha. Uma asneira (a menos q seja uma ansiedade patológica que altere até o ciclo, ovulação etc, não tem nada a ver e eu nunca vi ninguém dizer isso pra um homem”. Enfim, uma vez fiz uma contagem em blogs e revistas e jogava por terra as estatísticas médicas de que 80% dos casais sem problemas engravidam no primeiro ano de tentativas. Pelos blogs era mais ou menos 90% até o segundo mês. Eu já tive amiga que me disse pessoalmente ter engravidado no primeiro mês – frisando, eu não perguntei em quanto tempo ela engravidou – e ao longo da gravidez deixou escapar detalhes e vi que era mentira. Nunca entendi essa necessidade de dizer que foi no primeiro mês. Isso só atrapalha quem está tentando e é algo que não é da conta de ninguém. Enfim, depois do meu primeiro aborto, seguiu-se outro, e em 3 anos de tentativas outros. Estou gravida agora, eram gêmeos, mas um parou de se desenvolver. Estou gravida de 1. No meu caso eu tive microabortos, perdia na 5ª semana. Pra completar, o clubinho dos cruéis com quem tive a infelicidade de dividir minha vida, decidiu que não poderia nem mesmo sofrer, porque nem era um feto, nem era um bebe, “ melhor assim no começo” e outras crueldades. Eu só descobri o que acontecia comigo muito depois, da primeira vez fiz não fiz beta e o de farmácia deu negativo. Mas eu tinha certeza do que tinha ocorrido. Das outras, comprovei. Eu engravidava, o embriao começa a se desenvolver e, por algum motivo, parava. No começo eu quase me convenci de que eu estava inventando, que não tinha estado gravida, era porque eu queria muito. Mas com acompanhamento passei pela fase desesperadora de ir vendo o beta diminuir e meus bebes morrerem. Pras pessoas, nada aconteceu, afinal nem era um bebe ainda. Pra mim todos são meus filhos, e penso em cada um todo dia. Luto todos os dias contra o pensamento de eu algo ruim vi acontecer dessa vez. E pra piorar tive que ouvir tudo isso, que já tava na hora, que eu devia começar logo. As pessoas não são sem noção, são sem empatia. Infelizmente é a verdade. Com tudo isso eu só decidi que não vou compartilhar com muita gente esse momento tão feliz que finalmente estou vivendo. Hoje só divido com quem quando sofri tanto, esteve ao meu lado, tendo empatia. Eu desejo a você toda a saúde do mundo, muita paz, pensamentos positivos, uma boa hora, tudo de bom de verdade. Sou soolidaria a sua dor. Sinta-se abraçada. E agradeço pelo post. Já passou da hora das pessoas justificarem sua crueldade e derrubarmos um sofrimento inútil, o do silencio, às mulheres que sofreram abortos.

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  19. Fatima - 01/08/16 - 21h32

    Nossa querida, que barra pesada que você passou.! Realmente um assunto bem delicado.
    Parabéns pelo post e que Deus abençoe e proteja você e sua linda família.
    Adorei o #desabafei ou seria #protofalei?
    beijos
    Fátima

    Responder
  20. Ana - 01/08/16 - 22h21

    Muito bom esse post Dri, realmente isso é muito comum de acontecer, mas são pucas as pessoas que têm a coragem de falar abertamente. Só posso desejar tudo de melhor pra e seu baby boy que esta por vir! obrigada por dividir isso conosco um momento tão “pessoal”. Bjs

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  21. Joana Santos - 01/08/16 - 22h43

    Dri,

    Fiquei de lagrima no canto do olho com sua história.

    Primeiro porque a minha melhor amiga está a tentar engravidar quase há um ano e não consegue. E para ela o assunto é completamente tabu, ela só falou comigo há um mês atrás, na véspera do meu casamento. Eu sabia da historia pelo marido dela mas tive de respeitar que ela não me queira dizer. Mulher sofre mesmo com a pressão e, no caso dela, o problema está nela, o que não ajuda…

    Segundo, sua história me tocou porque eu não quero ter filhos. Estou numa relação há quase 10 anos, casamos no mês passado mas não pretendo ter filhos. Nunca senti o chamamento, não sinto nada quando vejo bebés, mal tolero os filhos dos meus amigos. Não vivo em paz com essa decisão ao contrário do que as pessoas possam pensar. Adorava tentar mudar o que sinto mas não consigo, e isso é frustrante. Já ouvi coisas inacreditáveis como “deus vai castigar—te” — esta do meu pai, ou “vais arrepender—te”, “quando quiseres já não podes”, “a carreira não é tudo” e sinto a pressão a aumentar à medida que o tempo passa… É simplesmente doloroso querermos mudar quem somos, o que sentimos, porque a sociedade assim o “exige”.

    Obrigada por partilhar a sua história connosco!

    Responder
  22. PatriciaUk - 01/08/16 - 22h52

    Como diz um ditado ‘sempre seja gentil, vc nao sabe que batalha o proximo possa estar enfrentando’ – A sua batalha foi punk mas no final, por razoes que desconehcemos deu tudo certo! Imagino como doi, eu sempre quiz ter mais de 2 filhos, mas no terceiro tive uma gravidez ectopica que me deixou internada por 1 semana com septocemia – nao era para ser….. xx

    Responder
  23. Cacilda - 01/08/16 - 23h14

    Excelente seu post!

    Responder
  24. Denise - 02/08/16 - 00h24

    Parabéns pela coragem de falar sobre isso publicamente, Dri! Realmente não é nada fácil mas eu concordo com vc quando disse que precisamos falar mais sobre isso, porque é uma dor muito solitária. Eu nunca sofri um aborto, mas demorei 4 anos pra conseguir engravidar. Foram inúmeros tratamentos, 1 cirurgia, 1 fertilização in vitro e 2 transferências de embriões. No dia anterior a minha cirurgia de extração dos embriões para a fertilização in vitro minha irmã mais nova me contou que estava grávida, tendo parado a pílula há menos de 2 meses. Foi o pior dia da minha vida! Fui pra cirurgia arrasada, e naquele mês os embriões fertilizados não puderam ser transferidos de volta porque meus hormonios estavam enlouquecidos. Mais dois meses se passaram e fiz a primeira transferência de embrião, negativa. Nesse mês cheguei no auge da minha tristeza/depressão e disse ao meu marido que estava pronta pra desistir porque não aguentava mais aquela dor. Meu marido me convenceu a tentar mais uma vez, só pra transferir o embrião que ainda tínhamos congelado. Transferi 2 meses depois e engravidei. Mas tive uma gestação tenebrosa, vomitava horrores por 3-4 meses (perdi 4 quilos), depois uma falta de ar e azia que não me deixavam dormir, caí em depressão e ataques de pânico aos 7 meses de gravidez. Logo eu que tanto quis ter filho! Atualmente meu filho tem 20 meses e estou pronta pra tentar novamente, mas me bate uma pontinha de medo de passar por tudo que passei novamente. Vejo amigas engravidando de primeira, tendo uma gravidez tranquila e curtindo, e me bate uma revolta pensar que as coisas não são assim fáceis comigo.
    Concordo com vc que as pessoas tem que parar de dar pitaco na vida alheia! Toda vez que me perguntam quando vou ter o próximo filho eu respondo que se demorar o mesmo tempo que demorou pra vir o primeiro, só na próxima década. rs

    Responder
  25. Rebeca - 02/08/16 - 01h09

    Dri, me emocionei com seu desabafo e com seu relato de dor e superação. Sinto muito por tudo o que passou, e fico feliz que agora você tenha um lindo baby a caminho pra brincar muito com a Bella. Parabéns pela coragem de falar no assunto (é uma pena que ainda seja necessária coragem nos dias de hoje pra se tocar num assunto, mas iniciativas como a sua servem parar quebrar tabus e acabar com a culpabilização da mãe, abrem portas para que as mulheres falem mais do assunto, fiquem unidas na dor, e superem juntas esse tipo de trauma).

    E apesar de ter ficado surpresa com o tom do desabafo, achei super necessário e válido! As pessoas tratam os outros como se fossem ao zoológico ver animais na jaula e tirar dúvidas com o guia turístico. Como se suas redes sociais fossem uma vitrine e você fosse um objeto exposto para agradar ao público, que merece todas as satisfações sobre sua vida pessoal – afinal, quem mandou ter blog? Mais uma vez, parabéns!!! Tá na hora das pessoas terem bom senso e mais respeito pelo outro.

    Já diz uma frase linda que vi um dia desses, trate os outros com compaixão, pois cada pessoa que passa por você está passando por uma dor sobre a qual você não sabe nada. Beijos e tudo de bom pra você e sua família!

    Responder
  26. Yasmin - 02/08/16 - 02h32

    Como sempre, você demonstra maturidade, serenidade e respeito ao próximo – só nos resta te admirar! Tua postura é sempre impecável e eu, nesses anos todos te seguindo, só consigo te admirar mais e mais! Parabéns!
    Um pouco de informação médica: 1 em cada 8 gestações “diagnosticadas” terminam em aborto – das não=descobertas, o número salta para 1 em 3! É comum e INFELIZMENTE estigmatizado – como tudo que rodeia o universo feminino! Cercado de tabus, culpabilidade e estigmas sem fim… relatos como o SEU, o da Luciana misura (que já li, e achei incrível), e o de outra blogueira maravilhosa, a Gabriela Ghisi (Gabynocanada), que vão ajudando a desmistificar por aí e fazer-nos perceber que, SIM, é comum!
    Obrigada Dri por ser assim!

    Quanto à segunda parte: a turma “do contra” é universal! Sempre vão tá ai pra perguntar e incomodar. Eu namoro há anos e agora começou uma das tias perguntarem “E O NOIVADO?” -sendo que eu nem acabei a faculdade e nem entrei na residência ainda e só penso em sequer casar depois disso tudo…. o negócio é ignorar, cortar e tentar fazer essa gente se mancar! ehehehehe.

    Um beijo, Dri!

    Responder
  27. Stephanie - 02/08/16 - 03h00

    Dri, sinto muito que você tenha passado por isso. Não consigo nem imaginar a sua tristeza. Parabéns por falar sobre esse momento tão intimo e delicado conosco, acho que é como você mesma disse, precisamos falar mais sobre isso. Um grande beijo!

    Responder
  28. Luana - 02/08/16 - 05h12

    Obrigada por divider sua historia. Sofri uma miscarriage com 7 semanas. Quando engravidei de novo, depois de 10 meses, passei aquela gestaocao inteira cheeeeia de paranoia. Aluguei um Doppler e todo santo dia em casa eu checava os batimentos. Com meu Segundo filho foi uma gestacao dificil demais, pq eu fui diagnosticada com placenta previa e precisei ficar na cama por 5 semanas. Tambem fiquei com o Doppler do lado, checando 1 ou 2 vezes por dia. Hoje sei que eu estava paranoica, mas sofri demais com a miscarriage.

    Responder
  29. Vanessa - 02/08/16 - 08h12

    Nossa, que relato emocionante. Te acompanho ha muito tempo e te admiro cada vez mais. Tenho uma historia de quase infertilidade, de engravidar por um “milagre” e de aparecer uma mudanca de emprego e de pais no meio do caminho (te escrevi quando estava gravida, ia para Suica, mas estou na Holanda).
    So posso desejar que muita saude para toda sua familia! O bom de ser alguem conhecido eh que tem muita gente dando pitaco e curiosa, mas tbem tem MUUUUITA gente torcendo e mandando boas energias para vcs!
    Bjos

    Responder
  30. Rafaela - 02/08/16 - 09h15

    Beijinho Dri. So prova o quao humana ‘es e que nao ha vidas perfeitas, ha vidas, ponto final! Toda a felicidade do mundo para voces.

    Responder
  31. Natalia - 02/08/16 - 10h00

    Vou falar Como o povo na minha terra, menina Tu É Tampa. Obrigada por mais esse impulso E muita saude pra voce e seu meninho
    Passei por isso ha 11 anos atras e depois de uma semana da curetagem, escuto de alguem da familia. “Talvez voce nem possa ter Filho mesmo” Claro que a Pessoa falou isso como aqueles diabinhos de desenho animado que pousam no ombro e meu esposo nao viu. Fiquei com aquilo martelando, mas depois de 5 anos uma cirurgia, ela chegou linda e maravilhosa. Hoje tem quase 7 anos

    Responder
  32. Maria Oliveira - 02/08/16 - 11h21

    Olá Adriana!
    Em primeiro lugar muitos parabéns pela gravidez e pela coragem em falar sobre este assunto talvez ainda um pouco tabu na sociedade em geral. Tenho amigos que passaram pelo mesmo e acompanhei a angústia e desilusão de perto, o que ainda assim não me coloca em posição de entender perfeitamente porque nunca tive filhos nem tentei os ter. Então talvez vá destoar um pouco nos comentários do “eu entendo porque já passei pelo mesmo” e vou antes focar no ponto que para mim tem sido a maior angústia: pressão para ter filhos.
    Estou casada à 3 anos (não muito) mas ainda assim, e cada vez mais, tenho sentido uma enorme pressão para engravidar e constituir família. Eu dou muita importância à carreira que estou a começar a construir, aliado às dificuldades que a investigação em saúde tem em Portugal, e à vontade imensa de iniciar uma vida em Inglaterra, onde encontrei imensas oportunidades na minha área. Tudo isto me faz ter imenso medo em trazer uma criança ao mundo, não estando 100% consciente de que ela terá todas as oportunidades como eu tive e que eu me encontro estável o suficiente para embarcar na aventura. Mas, além disso, o pior mesmo é ouvir todos os palpites maldosos do círculo de amigos ou nem tanto, que me julgam dizendo que eu dou prioridade a viajar e à carreira, olhando de lado e criticando que deixaram tudo isso para trás, pois o mais importante é a alegria de ter crianças. Então, olha identifiquei-me imenso com essa tua parte do post e acho que és uma enorme inspiração para muitas mulheres. Mais importante que isso é o óptimo uso que fazes do teu blog para trazer inspiração a todos aqueles que te seguem.
    Beijinho e muitas felicidades!

    Responder
  33. Fabiana Bertini - 02/08/16 - 11h50

    Olá Dri. Nunca deixo comentários aqui no blog (por falta de tempo mesmo), apesar de acompanhar e gostar muito dos seus posts e já até termos nos falado por email, quando vc gentilmente, respondeu a uma pergunta minha. Mas hoje gostaria de dizer que sinto muito por vc ter passado por tudo isso e fico feliz pelo final feliz que vcs estão tendo agora. Concordo com cada linha do seu post e te admiro pela coragem em compartilhar e assim ajudar a outras mães que passaram ou passarão pela mesma situação. Desejo toda felicidade para vc e sua família! xxx

    Responder
  34. Marina - 02/08/16 - 11h59

    Oi Dri! Obrigada por dividir a sua história aqui! Passei por um aborto retido há dois meses de uma gravidez muito planejada e desejada e a dor da perda é indescritível! Por mais que a gente saiba das estatísticas, que isso acontece com muita frequência, que não é o fim do mundo, é bem difícil e só quem passa por isso sabe! A sensação de frustração é enorme e o psicológico fica extremamente abalado!

    Te acompanhado há muitos anos e fico muito feliz por vcs, por esse bebê que está pra chegar! E ver vc com esse barrigão lindo só me dá mais esperanças de que tudo vai dar certo! Que Deus abençoe vc e a sua família!!

    Responder
  35. Ana Luisa - 02/08/16 - 12h25

    Poucas palavras:
    PARABÉNS!
    SAÚDE para sua família. SEMPRE.
    E sinta-se ABRAÇADA pela comunidade #fãsdaDriMiller.

    Responder
  36. Carol Borba - 02/08/16 - 13h26

    Dri, obrigada por dividir também esses momentos conosco. <3 Sinta-se abraçada direto de Porto Alegre/RS. Desejo toda a saúde e felicidade do mundo para sua família. Beijos

    Responder
  37. Caroline - 02/08/16 - 13h29

    Depois desse post lindo, sincero e emocionante, so tenho que bater palmas pra você! Obrigada por dividir esse assunto tão íntimo e que assombra até mesmo as mulheres que ainda não tem filhos!
    Sinta-se abraçada com todo carinho por mim e por todos os seus fiés seguidores!
    Parabens pela sua coragem!!!! E esse é um dos motivos da admiração que tenho por você!
    Agora… só posso desejat saúde para todos e que essa família viva sempre com esse sorriso no rosto!
    Bejos,

    Responder
  38. Cibele Porto - 02/08/16 - 14h51

    Nossa, Dri…
    que post sensacional. ]Por ambos asuntos abordados. Eu sinto muito por voce ter vivido essa experiencia. Eu tenho algumas amigas e tias que vivenciaram isso e passaram por toda a dor sozinhas. Elas não quiseram dividir o assunto porque pra elas era doloroso demais falar sobre o ocorrido, alem da vergonha provavelmente. O fato é que realmente acontece mais do que imaginamos e precisamos falar mais a respeito.

    Sobre a cobrança e pentelhação, eu também estou de saco cheio. Eu não tenho filhos ainda e essas conversinhas me irritam de uma forma tão intensa que dou resposta curta e grossa. Para combinar com a falta de noção do curioso de plantão. hahahaah

    Responder
  39. Tânia Barreira - 02/08/16 - 15h10

    Dri, muito muito muito OBRIGADA por este post! Diz tudo!

    Responder
  40. Sofia Gomes - 02/08/16 - 15h10

    Obrigada Dri pelo desabafo! Foi muito importante ler o que escreveste. FIquei bastante emocionada pelo teu post. Eu sou um exemplo de como as pessoas podem ser más.Tenho 38 anos, 11 anos de casada e 4 tratamentos de infertilidade. Por algum motivo que só Deus conhece e apesar de ter tido sempre embriões para “implantar” nunca vingaram no meu corpo. Só Deus sabe como dói e é difícil saber que não serei mãe. Ouvi de tudo por parte das pessoas…que sou egoísta, que me casei por estar grávida, que tenho barriga de 3 meses, que tenho de adoptar crianças…etc…Já me castiguei, já chorei e agora tento andar para a frente…sinto um grande vazio mas a vida continua! É difícil para mim falar deste assunto e por isso mais uma vez obrigada! Um beijinho muito grande e que tenhas uma hora bem pequenina :-)! Sofia

    Responder
  41. Viviana ' - 02/08/16 - 15h57

    Adriana, você tem ideia de como você inspira as pessoas? E tem ideia de como você ajuda muitas outras? Mesmo com todas as dificuldades que você passa, sempre temos o privilégio de ver suas fotos sorrindo(ainda que, como você mesmo disse, que consegue ver teu olhar triste em algumas fotos) em lugares lindos e até mesmo em situações cotidianas. Todos temos problemas, ainda que as redes sociais nos permitam muitas vezes ver somente o lado feliz/glamouroso/chic/perfeito das pessoas, mas o bacana é como esse tipo de post humaniza quem só temos contato virtualmente. Sinto muito por tudo que te ocorreu e tento imaginar a dor que você sentiu, mas o post traduziu o que você passou em forma de lágrima que me surgiu.
    Parabéns pela iniciativa e que seu novo baby e a Isabella permitam sempre muitas alegrias em sua vida. Seus leitores de carteirinha te agradecem por compartilhar um pouquinho da sua “vida real” conosco e com palavras verdadeiras desmistificar assuntos polêmicos.
    Um abraço carinhoso de quem te admira ;)

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  42. Isadora - 02/08/16 - 16h54

    Dri, sinto muito que você tenha passado por todo esse sofrimento, mas te felicito pela coragem em publicar aqui algo tão pessoal mas que com certeza vai ajudar e empoderar muitas mulheres que te lêem. Obrigada por ser uma inspiração real para todas nós!

    Responder
  43. Clarissa - 02/08/16 - 19h52

    Você é sempre precisa. Te acompanho há muito tempo e cada vez te admiro mais.

    Responder
  44. Ana Júlia - 02/08/16 - 20h05

    Super nó na garganta com este post.
    É um assunto extra delicado pra mim pois um dia eu quis abortar e só de pensar nisso hoje, além de morrer de vergonha de mim mesma, deste pensamento, sinto como se o filho maravilhoso que eu tive fosse um tapa na cara que Deus me da todos os dias por ter sequer pensado nisso.
    Porém… Eu tinha 17 anos quando engravidei, de um namorado com quem tinha começado aos 15 mas que logo depois que soube da gravidez, se mandou.
    Eu ainda estava no último ano do ensino médio, pra piorar fazia colegial técnico (em eletrônica) e na minha sala haviam 42 homens e apenas 2 meninas, logo pode imaginar a situação, os olhares, os comentários.
    Pior do que os comentários e as piadinhas dos meninos da minha sala (que aos 17 anos já são bastaaante cruéis) os comentários da família foram os piores, coitada da minha mãe, que a partir dali era a mãe mais desleixada do mundo por isso ter acontecido comigo.
    Enfim, rapidamente a idéia do aborto foi descartada, não foi mais que um breve pensamento na verdade… Tive meu filho, que nasceu com apenas 29 semanas de gestação pesando pouco mais de 1kg, sofri com ele numa UTI por 42 infindáveis dias.
    Hoje ele tem 15 anos e já mede 1.80m, nunca, nunca fica doente (apesar dos fofoqueiros de plantão terem dito tantas vezes que ele ia ter seqüelas por ter nascido não cedo).
    Ele é um verdadeiro príncipe, extremamente educado (algo que atribuo totalmente a ele e não a mim), é um aluno exemplar na escola (este ano foi convidado pela escola – o único aluno convidado diga-se de passagem- a fazer o exame de Cambridge por sua proficiência em inglês, que aliás ele aprendeu estudando sozinho).
    E eu hoje com 32 anos me sinto privilegiada por ter um filho já com 15, apesar de todos os pesares e de todo julgamento que eu recebi e até hoje recebo quando alguém pergunta a minha idade e a dele e eu tenho que explicar porque eu tive um filho tão jovem (obviamente que não estou fazendo apologia à gravidez na adolescência, mas aconteceu comigo e única coisa que posso dizer é que eu o teria outras mil vezes porque ele foi o maior presente que Deus poderia ter me dado).

    Responder
  45. Ana Júlia - 02/08/16 - 20h09

    Enviei sem terminar .. dizendo apenas que Deus sabe o que faz, sempre. Parabéns pela coragem em divulgar este texto, obrigada por compartilhar mesmo, eu não tinha esta visão deste assunto, foi muito tocante pra mim.
    Uma boa hora pra você e toda saúde do mundo pro seu filho.

    Responder
  46. Danielle Freitas - 02/08/16 - 20h35

    Você é muito corajosa e generosa com seus leitores. Falar das nossas dores é tao difícil, que às vezes nem dá pra lembrar. Obrigada por partilhar.
    Dri muita saude pra você, pra Bela, pro Aron, pro novo baby everywhere e pra toda a familia e muitas e muitas viagens!

    Responder
  47. Re Coelho - 02/08/16 - 21h02

    Só quem passa para saber, tenho um menino da mesma idade que a Isabela, tive uma depressão pós parto fortíssima! E só depois descobri como isso é comum! Só depois q contei o que aconteceu comigo minhas amigas me disseram q passaram também, mas na época tinham medo e vergonha de contar para os outros! Temos que falar sim! Não deixar que outras passem sozinha como se tivessem feito algo errado, ou fosse culpa delas!! Parabéns pela coragem, sei como é difícil expor algo que sequer temos culpa! Mas concordo muito com vc, qnt mais falarmos mais natural será! Obrigada por compartilhar e estou muito feliz por vcs! De verdade! Leio seu blog desde 2007 então imagina.. quase uma novela do tamanho de Friends…

    Responder
  48. Elisa M - 02/08/16 - 22h02

    Parabéns pelo post, pela coragem de expor esse assunto! Ainda mais hj em tempos de redes sociais que parece que a vida de todos é perfeita e ngm passa por perrengues. Minha mãe Tbm passou por isso, tendo perdido dois bebês antes de me ter! Depois de mim tentou mais três vezes e perdeu tbm. Por esse motivo meu pais desistiram de ter mais filhos e eu fui filha única 10 anos! Sem tentar e totalmente de surpresa, minha mãe ficou grávida aos 43 anos da minha irmã! Lembro que só fiquei sabendo quando ela já estava de 5 meses. Hoje n consigo imaginar minha vida sem minha irmã, com certeza o melhor presente q meus pais já me deram haha! Quando li seu relato só tive mais certeza que realmente as coisas acontecem na hora de Deus! Muita alegria e saúde pra vc e sua família! Beijos

    Responder
  49. Cecília - 02/08/16 - 22h42

    Dri, sinto muito mesmo pelas suas perdas, são tantos anos acompanhando o blog que a sensação é de que vocês são amigos próximos. Mas parabéns pela iniciativa de falar sobre o assunto. Sou residente de pediatria em uma maternidade de alto risco, e é tão doloroso ver mães que perderam seus bebês, seja por abortos ou por algum problema pós parto. Que mais pessoas tenham sua coragem e mostrem pro mundo que a culpa nunca (ou 99,99% das vezes) é daquela mãe. Acredito que se isso fosse mais disseminado, elas poderiam ter um peso a menos nas costas. Não a dor e o trauma em si, acredito que estes não mudariam, mas o conforto, o não sentimento de culpa, que fazem piorar um momento que já não é nada fácil. E esse dia a dia de ver recém-nascidos faz com que a observação de outras mães/familiares/amigos seja maior, e a quantidade de coisas absurdas faladas na suposta “falta de intenção” é realmente irritante! A vontade é de chegar em cada uma perguntando se elas sabem o que educação :/

    Responder
  50. Adriana - 02/08/16 - 23h11

    Poxa Adriana, sinto muito pelas suas perdas… Impossivel sequer imaginar tamanha dor… 😔 Por isso q eu repito sempre (e tento praticar) que nao devemos nunca julgar ninguem porque cada um sabe da propria dor e da cruz que carrega e mais ninguem. Acho que isso vale pra palpites, achismos e invasoes de privacidade no geral…. Força ai agora que falta pouco p ter seu bebezinho nos braços… 😘😘😘

    Responder
  51. fernanda - 02/08/16 - 23h26

    Mas posso ser indiscreta e perguntar se vocês pensam em dar um pet (cachorrinho, gatinho, porquinho da índia) para as crianças? É tão normal quanto no brasil as crianças terem bichos de estimação?

    Responder
  52. Thais - 03/08/16 - 00h08

    Oi Dri,
    Primeiramente sinto muito por tudo que você passou, ainda mais tendo que lidar com perguntas indiscretas. Acho que na maioria das vezes não é a intenção das pessoas ofender, mas acabam ofendendo.
    Uma coisa que eu não entendi é sobre os palpites do sexo. Eu não quis descobrir o sexo quando estava grávida, esperei o dia do nascimento, mas realmente não consigo entender o que incomoda ou ofende uma pessoa fazer um palpite no estilo “eu acho que vai ser um menino”. Durante minha gravidez rolaram vários palpites e até bolão rolou! Pergunto por curiosidade mesmo Pq não consigo ver mal nisso, até porque ninguem sabe mesmo, são só chutes.

    Responder
  53. Juliana - 03/08/16 - 00h39

    Sensacional o seu post!!! Cada vez mais sua fã!

    Responder
  54. Virgínia - 03/08/16 - 01h37

    Sinto muito por suas perdas. Não posso imaginar o quanto foi sofrido para vocês. Tive a sorte de não ter pedido nenhum. Mas passei por julgamentos alheios por ter engravidado do terceiro por descuido. Tinha um bebê no colo e outro na barriga. Fui taxada de louca, descuidada, sem noção. Levei semanas para contar, porque no fundo tinha vergonha de ter “bobeado”.
    As pessoas são extremamente mal educadas. E se acham no direito de palpitar na vida alheia, ainda mais quando você a expor em parte.
    Lembro de uma foto sua no Instagram, vestido listrado, não lembro a viagem, é uma moça dizendo que você estava grávida. Pois é…
    De qualquer forma, as perdas não foram sua culpa, como não são das outras que tiveram que conviver com essa infelicidade. Faz parte da vida. Apesar de ser sofrido.
    Que os últimos meses de gestação sejam tranquilos e o meninão venha cheio de saúde e simpatia, como irmã! ;)

    Responder
  55. Letícia R. - 03/08/16 - 02h13

    Sinto muito pelo que vocês passaram, Dri.

    Quando perdi dois bebês seguidos, também com poucos meses entre um aborto e outro, percebi duas coisas, uma boa e outra horrível. A boa é que, ao falar sobre o assunto, descobri quantas pessoas passam por isso e me senti menos só. A horrível é o quanto dizem “ah, isso é tão normal, tentem de novo”. Pode até ser comum… mas normal, pra mim, não é. Meus filhos (ou seriam filhas?) se foram. Morreram na minha barriga. Na primeira gestação, chegamos a ouvir o coração, mas com 8 semanas descobrimos que o bebê havia parado de se desenvolver – aborto retido que exigiu duas curetagens, porque a primeira deixou restos. Na segunda gestação, o hcg demorou a subir e com 7 semanas tive um sangramento intenso durante o banho. As perdas doeram tanto na alma… Eu os amava, e amo! Creio na vida eterna e espero, com alegria, pelo dia em que nossa família se encontrará, completa, no céu.

    Depois daquele ano difícil (costumo dizer que sobrevivi a 2012), tivemos Clara em 2013 e Ana em 2015 (pretendemos homenagear a Joyce e colocar no terceiro o nome de ‘Quem mais chegar” rsrs). Até hoje não sei ao certo o que houve. Não chegamos a fazer exames.

    E onde é que eu assino para apoiar seu desabafo?! Falou tudo! Quando eu digo que ouvido de grávida é penico, é dessa chateação toda que estou falando… também ouvi perguntas muito desagradáveis enquanto passávamos por tudo aquilo.

    Parabéns e obrigada pelo post. Que ajude muita gente, seja a enfrentar uma situação dolorosa ou a ter um pouquinho mais de delicadeza com as grávidas que encontrar por aí.

    Saúde e paz pra vocês!

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  56. Alessandra - 03/08/16 - 02h21

    Dri.. obrigada do fundo do meu coração pelo seu depoimento e obrigada as mulheres que estao deixando seus depoimentos aqui tbm. Alias.. as vezes eu me sinto rude demais com vontade de dar algumas respostas atrevessadas, por causa de alguns comentarios que eu ando escutando, mas acho que é normal e o problema nao sou eu, sao das pessoas sem noção mesmo… Eu acabei de perder um bebe nas mesmas condiçőes que as suas… em maio, exatamente na semana que segundo a medica, o bebe parou de desenvolver, estava no mesmo monte saint michel e regiao da Normandia. Num nos dias eu acordei com uma sensacao horrivel e quis vir embora, pois ainda tinha mais 10 dias de viagem… Meu marido acabou me convencendo a ficar. Enfim…. nesses ultimos 2 meses eu estou tentando me convencer que nao era hora e que eu nao fiz nada errado. Sem contar a crise que eu e meu marido passamos… tudo virou motivo para brigas.Bom as coisas estao amenizando e espero logo poder voltar aqui e dizer que conseguimos de.novo…. um beijo

    Responder
  57. Kenia - 03/08/16 - 03h23

    Sinto muito e obrigada por compartilhar!
    Bjs

    Responder
  58. paula - 03/08/16 - 03h35

    Oi, Adriana!

    Nossa, até dói o coração saber que você também passou por isso… Sinto muito… Estou na luta e ó, não desejo pra ninguém, nenhuma mulher ou casal merece esse pesadelo. E é o segundo post que leio essa semana sobre esse assunto…

    Posso desabafar um pouquinho também?

    Estou justamente nesse momento desesperador, depois de uma gravidez natural seguida de aborto espontâneo, uma FIV com a primeira transferência resultando em gravidez ectópica (acabou comigo…), mais duas transferências sem sucesso e agora sem embriões congelados. Estou devastada. Pouquíssimas pessoas sabem (da família) e não tenho mesmo vontade de contar pra mais ninguém porque tem gente que consegue ser cruel demais diante dessa situação. Então prefiro sofrer calada. É por isso que muitas mulheres/casais passam por isso solitariamente.

    Mas, óbvio, não me livrei dos intrometidos. Não suporto mais as perguntas invasivas. Sério, tenho vontade de sumir quando isso acontece, dói demais. Foi a primeira coisa que falei para as pessoas que contei: PAREM, por favor, PAREM de perguntar para qualquer pessoa que seja quando que ela vai engravidar (ou arrumar um namorado ou casar ou as outras coisas que você mencionou). Por mais que pareça inocente, pode doer DEMAIS em alguém. “Ah, mas como eu iria saber?”. Exatamente: se você não sabe é porque não é da sua conta e então não pergunte! Simples assim. Precisa desenhar?

    O estranho é que algumas pessoas podem até suspeitar de que algo pode não estar indo muito bem, mas mesmo assim decidem te aborrecer com perguntas e insinuações! Incrível! Esperando ouvir o quê exatamente, né?! E digo isso porque quando a gente passa por esse drama consegue perceber alguns sinais em outras pessoas… Eu confesso que imaginava que alguma coisa poderia estar acontecendo com você, sério mesmo, não me entenda mal, não sei explicar… Mas só continuei acompanhando seu blog de viagens, torcendo pra estar muito errada. E ficava cho-ca-da com as pessoas te perguntando pela internet! Como assim?! Que falta de tato!

    Então é bom quando alguém que passa por isso se sente confortável o suficiente para dar umas dicas de bom comportamento. Eu ainda não consigo, sinto muito. Mas te agradeço por fazê-lo. O favor que você está fazendo para muitas pessoas não tem preço. E sei que isso NUNCA vai compensar sua dor. Mas faz parte da sua história e, ainda assim, você escolheu fazer melhor.

    Parabéns por tudo e, claro, pelo bebê!!

    Responder
  59. Fernanda - 03/08/16 - 04h37

    Bem… Só quem passa por uma perda sabe como eh… Impressionante como os sentimentos e os pensamentos são semelhantes. Sinto muito por vc ter passado por isso, sinto muito por eu ter passado e por primas e amigas tao queridas tb… Que suas palavras sirvam de consolo para muitas mulheres. Abçs

    Responder
  60. Anna - 03/08/16 - 09h52

    Oi Dri, passando só pra te dar parabéns pela coragem de falar sobre um assunto tão íntimo e delicado de uma forma tão aberta e sincera.
    Gosto muito daquela letra da música do Caetano que fala “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”. As pessoas só veem a “delicia” mas não sabem da dor que o outro está passando.
    Mais uma vez, parabéns pela coragem!
    Que seu bebê venha com muita saúde e traga muitas “delícias” e alegrias pra você e sua família.
    Grande beijo
    Anna

    Responder
  61. Joana negrao - 03/08/16 - 16h09

    Adriana, perdi o meu bebe na segunda-feira, com 15 semanas e ate entao tudo corria bem, inclusive resultado do harmony test. Hoje (quarta) ja estou em casa e ainda em choque por conta de tudo o que aconteceu e vi esse post maravilhoso seu. Obrigada por ter escrito isso, foi muito oportuno e pra mim nao poderia ter vindo numa hora melhor. Eu ja era sua fa por mil e um motivos, e essas suas revelacoes hoje so me fizeram achar voce mais danada e guerreira do que eu ja achava que voce era. Você eh uma mae incrivel e a criacao que esta dando a Isabella eh realmente fora de serie. Deve se orgulhar, pois serve de inspiracao certamente para mim e tenho certeza para muitas outras maes tambem. Boa sorte com o 2o bebe e por favor continue a postar, o impacto que tem atraves dos seus posts eh maior do que voce imagina. Um beijo.

    Responder
  62. Di Pessoa - 03/08/16 - 16h54

    Relato lindo e emocionante!!! Como mulher e mãe, que tentou por muito tempo engravidar, agradeço sempre àquelas que decidem compartilhar suas histórias, anseios, dúvidas e dores. Por isso, obrigada!!!!!!!!!!!
    Sofri por anos sem conseguir engravidar. Sou muito calma e sempre tentei levar isso numa boa. Fazia tratamento, mas não queria colocar um peso enorme em tudo que estava passando. Focava no trabalho e no mestrado e vamos que vamos. Porém, cada vez que alguém me perguntava o porquê da demora para ter filhos, aquilo doía muitoooo. Os comentários, que mais pareciam praga, variavam entre “você está chegando nos trinta, hein” e “Nossa! Qdo vcs decidirem ter filho pode ser tarde demais”. Enfim, inconveniência total. Como as pessoas não respeitam a história que o outro resolveu escrever pra si mesmo. E como não se dão conta de como podem estar machucando o outro. Nunca contei sobre os tratamentos para ninguém, mas me lembro de um dia no trabalho, depois de receber um resultado negativo de uma inseminação, minha chefe vendo meus olhos inchados de tanto chorar, resolveu perguntar na frente de uns 20 professores, se eu estava triste por não conseguir engravidar. Oi? Oi? Não contive as lágrimas e todos vieram me abraçar. Não vou negar que o apoio foi reconfortante, mas aquilo era um assunto pessoal e se eu não havia comentado com ninguém, era porque eu queria guardar aquilo pra mim. Puxa vida!!!

    Depois de engravidar de gêmeos, os comentários não ficaram menos inconvenientes. Até hoje, minhas meninas estão com três meses, me perguntam se a gravidez de gêmeos foi surpresa ou foi tratamento. Oi? Oi? Oi? É por um acaso da conta de alguém? Eu não saio perguntando qual foi a posição sexual que a pessoal fez pra engravidar. Então, porque as pessoas acham que podem me perguntar se foi tratamento ou não! E pior, quando descobrem que foi tratamento, a reação delas faz com que me sinta menos mãe. Menos merecedora das minhas bebês! Parem com isso!!! Por favor, parem!!!

    Desculpe-me pelo desabafo e obrigada por compartilhar sua história….

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  63. Tha - 03/08/16 - 17h45

    Dri, se eu já te admirava, agora admiro muito mais ainda!
    Me identifiquei com a sua dor, e espero me identificar com a sua vitória.
    Perdi meu bebê em outubro/2015, eu já estava na 23ª semana, tive pré-eclâmpsia. Imagina o tamanho da dor de perder um bebê que já se mexia, que tinha nome, enxoval. Faz 2 meses que os médicos me liberaram pra tentar de novo, mas até agora nada, imagina como está a minha cabeça, ansiedade pura, milhões de pensamentos e achismos, “será que não vou conseguir nunca mais engravidar”, “será que vou perder de novo”?!
    Só por saber que uma mulher linda, inteligente e bem resolvida como você passou por isso e superou, já me dá forças. Obrigada por ter compartilhado conosco, eu não fazia ideia!.
    Desejo todas as bênçãos de Deus para família Everywhere.

    Responder
  64. Shirlei - 03/08/16 - 19h43

    Só agora vi o post. Adorei! precisamos mesmo falar sobre isso, e especialmente falar sobre quão grosseiro e deselegante podem ser os comentários acerca do tema.
    Beijo

    Responder
  65. Thais - 03/08/16 - 21h47

    Sinto muito pela sua dor :(
    E nao esperaria um texto melhor escrito por vc, agradecemos sua generosidade ao dividir esse momento.
    A maternidade pelo ponto de vista da mulher é cruel, desde a escolha de nao ter filhos, tentativas de gravidez, nascimento, criação etc.
    Sejamos fortes e que possamos passar essa mensagem seja por belos textos como este da Adriana ou em atitudes diárias de apoio a uma amiga ou ajudando alguém vítima de um comentário maldoso.

    Responder
  66. Aline - 03/08/16 - 23h02

    Emocionante o seu relato Dri. Se vc fosse uma amiga do mundo real eu te daria um abraço. Mas mesmo não te conhecendo pessoalmente sempre te mando boas energias em pensamento pq gosto de vc simplesmente pq amo o seu blog. Lendo o seu post me fez pensar em quanto o mundo virtual representa minimamente a vida de alguém, sabe? Assim como na vida real a gente nunca sabe o momento que outra pessoa está vivendo. A gente sempre tenta “ler” o outro mas cada um sabe onde o calo aperta, não é mesmo? É entendo de verdade quando vc diz o quanto os palpites alheios enchem o saco. Eu, por exemplo, trabalhei longos 10 anos e agora que tenho meu filho não trabalho mais. São vários motivos que, neste momento, em comum acordo com o meu marido ( já que fomos morar fora por um ano por causa do trabalho dele) que nos fizeram optar por isto. Mas não me canso de ouvir: não vai mais trabalhar não? Vc não quer voltar a trabalhar? To sabendo de um emprego que talvez vc goste… Aff isso me tira do sério, como se eu acordasse e ficasse o dia todo de pernas pro ar enquanto meu filho de 2 anos acorda, faz o café, almoça, toma banho e vai pra escola sozinho. Machuca, sabe? Me poupe! Então, hoje em dia, eu sou muito reservada em relação à minha vida pq não gosto de pitacos de nada, até pq eu nunca dou pitaco na vida de ninguém. Mas parece que as pessoas não entendem e acham que é natural perguntar qq coisa para o outro. Enfim, espero que o seu baby venha no tempo dele, cercado de amor e preencha ainda mais o seu coração. Seja sempre muito feliz!!! Beijos!

    Responder
  67. Raquel - 04/08/16 - 15h39

    Parabens pela iniciativa e excelente texto. Acho que vou fazer um print e carregar na bolsa para consultas qdo receber perguntas indiscretas, mal educadas e varias vezes crueis.

    Responder
  68. Priscila Marcelino - 04/08/16 - 21h43

    Chorei lendo esse post. Ainda não consigo me conformar com a crueldade das pessoas, dos especuladores… Realmente sinto muito pelo o que você passou. Eu e meu marido optamos por não ter filhos, e foi uma decisão muito tranquila pra nós. Isso era muito bem aceito até há algum tempo, mas quando completamos 10 anos de casados, e eu 31 de idade, as pessoas simplesmente surtaram. Família, amigos, colegas de trabalho, vizinhos… As pessoas me perguntam se eu odeio crianças, perguntam como a minha irmã deixa minha sobrinha de 3 anos aos meus cuidados quando sai , se eu e meu marido temos algum problema, se não temos relações frequentes (!!!!), se tenho trauma de infância, se não tenho Deus no coração. Já ouvi inclusive que sou uma pessoa que não sei amar, porque o amor verdadeiro é só o de mãe para filho. Enfim, tomei a liberdade de desabafar aqui porque embora não te conheça pessoalmente, você é uma pessoa esclarecida, e adorei seu texto. Um beijo e muita saúde pras suas crianças :)

    Responder
    • Amanda - 05/08/16 - 16h28

      Adriana, muito legal sua mensagem. Acredito que o mundo seria muito melhor se todos se abrissem desta forma. Eu pessoalmente optei por não ter filhos e as pessoas tb são muito crueis. As pessoas não aceitam que é uma opção sua, todos pensam que é pq existe algum problema que vc não quer admitir! Mesmo se fosse o caso, qual o problema? É uma decisão que tenho que tomar com meu marido e ninguem mais.
      Porém a pressão é tão forte que me pego em vários momentos pensando se estou errada! É triste isso pq as pessoas insistem em te dizer que vc não sera complete sem um bebe, ou que vc não irá conhecer maior amor do mundo, etc. Isso acaba confundindo a gente bastante! Poderiam apenas aceitar que tenho os meus motivos…
      Enfim, foi mais um desabafo mesmo.
      Abs

      Responder
  69. V - 05/08/16 - 13h51

    Dri, ontem tentei comentar mas deu pau.
    Na noite em que li essa postagem estava iniciando um aborto espotâneo. Estava de 5 semanas , primeira gravidez e a ficha mal tinha caído para o fato de que íamos ter um bebê. Mesmo assim, já estavamos, claro, fazendo planos e nossos pais já sabiam. Foi estranho quando acordei e percebi o sangramento, e foi ainda mais estranho perceber que ele nao parava, ao contrário, só aumentava. Passei o dia em repouso, e marquei medico e exames para o dia seguinte. E, à noite, desandei a ler tudo o que se pode imaginar sobre o assunto. Até que sua postagem apareceu no meu feed.

    Independente do peso, do sofrimento e da perda, foi um alento pra mim.
    Obrigada por compartilhar.
    beijo

    Responder
  70. Viviane - 05/08/16 - 16h16

    Nossa, seu post me emocionou bem. Sinto muito que isso tenha te acontecido, mas fica o agradecimento pelo post. Ele, com certeza, pode ajudar muitas pessoas.
    Parabéns pela força e coragem ao escrevê-lo. E, como já escrevi em outros comentários, muita saúde pra sua família!

    Responder
  71. Mari Campos - 05/08/16 - 16h30

    Simplesmente PERFEITO!!!!!

    Responder
  72. […] Um texto muito bom sobre aborto espontâneo, a culpa não é da […]

    Responder
  73. Naiara - 05/08/16 - 23h40

    Sinto muito em saber disso. Tbm passei por 2 abortos e sei como é devastador… Obrigada por dividir sua historia… E parabéns pela família linda!!!!

    Responder
  74. Aline - 06/08/16 - 15h30

    Texto fantástico, Dri!
    Não quero ter filhos e, exatamente por sentir na pele a invasão de privacidade das pessoas que ficam questionando minha opção, fico extremamente incomodada quando vejo as pessoas querendo dar pitaco na gestação alheia. Questão de empatia, né?
    Nem sempre as pessoas sabem quando devem externalizar sua opinião ou quando devem ficar caladas…
    Quanto à experiência de aborto, é importantíssimo o seu relato para outras mulheres que passaram ou passarão por experiências semelhantes e virão procurar alento na internet. Muito se fala sobre maternidade ser “benção”, mas não é misticismo, é biologia, reprodução. Sabemos quão sensíveis ficam os sentimentos de um casal que enfrenta um aborto, principalmente da mulher sob o efeito de hormônios, e não precisamos que lendas urbanas ou místicas aumentem a sensação de culpa, fracasso ou tristeza.
    Parabéns pelo texto!

    Responder
  75. Renata Gomes - 07/08/16 - 08h39

    Estou me atualizando na leitura dos textos do seu blog e me deparo com esse texto emocionante. Vc é admirável por compartilhar assunto tão necessário e bem tabu, acredito. O mais importante, a mulher e outros saberem e compreenderem que não é culpa dela. E parabéns tb por não admitir e não tolerar perguntas e piadas nada engraçadas de gente mal educada, babaca e sem empatia alguma sobre a sua vida íntima e que serve tb pra outra mulheres se sentirem no direito de não tolerar esses comportamentos.

    Responder
  76. Maria Dalva - 08/08/16 - 17h54

    Dri, sinto muito, muito mesmo!
    Parabéns pela coragem para fazer este relato… em inúmeros aspectos você é uma inspiração para mim, alguém que eu admiro muito e que adoraria conhecer!
    Você é uma mulher incrível!
    Desejo tudo de bom pra sua família!

    Responder
  77. Sophie - 08/08/16 - 19h42

    Adri, todo meu respeito pela forma tão eloquente e educativa diante este tópico. Não tinha dúvidas que se um dia postasse aqui seria em forms de um conteúdo transparente, corajoso e ético. Um grande abraço, Sophs

    Responder
  78. Priscila Santos - 10/08/16 - 16h19

    Dri acompanho vc a anos e ainda bem q existem pessoas como voce esclarecidas e desmitifica muita coisa. Se as pessoas soubessem o quao dificil uma gravidez pra ocorrer, na faculdade direcionei meus estudos para reprodução, e posso afirmar gravidez gerar uma vida é um milagre q são tantos fatores q podem dar errado, por isso e importante falar a real e explicar, pq vejo mts mulheres sofrerem e se culparem, gravidez de primeira é uma exceção e não a regra, por isso quem esta passando por isso nao se culpe.
    Agora quanto as perguntas indiscretas passo por isso tambem eu e meu marido somos casados a dez anos e nao temos filhos por opção e é cada absurdo q escuto uma coisa decidimos se um dia mudarmos de idéia nao falaremos pra ninguem, pq hj as pessoas acham q tem q ter uma opniao pra td, elas nao podem apenas ler e escutar, tem q dar um pitaco. Ja ouvimos cada absurdo mas o pior foi qdo vcs quiserem nao vao conseguir e vao se arrepender, mas e ai o problema e meu e do meu marido o q a pessoa tem a ver com isso? Aff me irritava mt, hj ja nem respondo mais.

    Responder
  79. Mariana - 11/08/16 - 19h17

    Parabéns pela coragem deste desabafo, Adriana. Sigo seu blog há muito tempo e adoro ler suas histórias. Sou médica, residente de obstetrícia e já tive que dar esta notícias a muitos casais. Sempre faço questão de enfatizar que o abortamento de primeiro trimestre tem como principal causa alterações genéticas, que não são culpa de nada que o casal fez. Sempre me perguntam se foi algo que tomaram, ou que fizeram, mas é muito importante falar que não tem essa de culpa. Foi uma gestação interrompida por ser incompatível com a vida, algo que deve ser acompanhado por um médico para ser resolvido e tirar todas as dúvidas. Um beijo para vcs e espero logo logo o nascimento de seu bebê.

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