Quem acompanha o blog a muitos anos já ouviu essa história: a muitos anos atrás eu meus flatmates decidimos fazer uma festa do-balaco-baco em nosso apartamento pra celebrar o natal com nossos amigos e “família longe de casa” (éramos 4 estrangeiros dividindo um flat).
A festa foi um tremendo sucesso, eu acabei me mudando do apartamento mas a amizade e a tradição continuou. Chegou no ponto que lá pra outubro alguns amigos já começavam a me ligar e escrever perguntando quando seria a festa de natal daquele ano, pois queriam planejar seu fim de ano de maneira que não perdessem a festa!
Mas em Londres as pessoas vão e vem, a vida muda, e aos poucos a festa foi ficando mais “adulta”, muitos casais, uma ou outra criança, e em vez de shots e vizinhos reclamando da algazarra, passamos a ter trilha sonora de Natal e conversas sobre o mercado imobiliario.
Confesso que cheguei a desanimar, até que ano passado, com uma barrigona de grávida maior do que qualquer peru do supermercado, resolvi deixar pra lá e não fazer a festa, pela primeira vez em uns 6 anos! Alguns amigos reclamaram, mas entenderam, obviamente.
Então esse ano eu e o Aaron debatemos: festa ou não festa? Eis a questão!
O convite acabou saindo atrasado (já em Novembro!), e em Londres isso é pecado mortal (principalmente nas festas de fim de ano), então sabiamos que muita gente não poderia participar.
Então a festa do balacobaco de outrora finalmente evoluiu para um almo-janta entre amigos, e foi o MÁXIMO! E depois que todos foram embora ficamos conversando sobre como essa foi uma das melhores festas dos últimos tempos, e serviu o propósito da ideia por trás do “Meu Peru não morreu na véspera” (gente, não faço a menor ideia porque comecei a chamar essa festa disso, até porque não faz o menor sentido em Inglês, mas abafa!): comemorar o Natal e o fim de mais um ano com nossos amigos longe de casa!
Como éramos poucos casais e seus rebentos (acho que o fato de que esse ano fizemos uma festa a tarde para ser baby-friendly, assustou e espantou muitos amigos que não tem filhos!), conseguimos conversar numa ótima, a comida finalmente foi coordenada (e finalmente tivemos um menu de verdade!), muitas gargalhadas, planos pro futuro, relembramos o passado.
E pra completar a cara de “natal” da festa, ainda tivemos as crianças! Fazendo barulho, fazendo bagunça, admirando a arvore! Como era o natal antes disso mesmo?!
Lógico, como sempre, a árvore de natal foi a atração principal da festa, atraindo curiosidade de dedinhos pequenos, tema central de muitos papos (sobre viagem, eba!) e o jogo “quem adivinha quais são os novos enfeites do ano?” que só eu ganho! (nem o Aaron lembra de todos!).
E ficou uma certeza: ano que vem faremos de novo!
A festa nunca mais será o oba-oba ressaquento de outrora, mas como um bom vinho, nossas comemorações de natal só estão melhorando com os anos!
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