Além das dicas e experiências que já dei no post sobre como viajar de avião com bebês, eu acabei adaptando algumas coisas para os voos que fiz sozinha com a Isabella (ida e volta da nossa viagem pro Brasil – 11 horas de voo em cada perna!).
A viagem em si não muda muito nem piora… apenas alguns aspectos se tornam mais complexos sem ter mais alguém pra dividir as tarefas de cuidar de um bebê por várias horas seguidas em um ambiente confinado!
– Reserva e escolha de assento:
O básico ainda vale, mas depois de viajar duas vezes com o Aaron do meu lado, me dei conta que a melhor opção seria um assento de corredor (eu SÓ viajo na janela! É mania… mas tive que dar o braço a torcer…).
Porque mesmo nas fileiras frontais, que tem mais espaço pra perna e tal, quando o berço esta posicionado não sobra espaço pra quem estiver na janela/meio sair de sua poltrona, pois as pernas ficam trancadas em baixo da “bandeja”.
Então quando você esta sentada do lado de alguém que conhece, não tem problema pedir pra pessoa se levantar no meio do filme (ou do sono!) pra você conseguir trocar a fralda do seu bebê, mas se vocie tiver que pular o colo de um estranho, a coisa já complica!
Então estando no assento do corredor o seu acesso fica mais livre pra ir ao banheiro, passear pelos corredores se o bebê estiver entediado, caso precise pegar alguma coisa da mala de mão no bagageiro e afins…
– Peça e aceite ajuda!
Eu e o Aaron fizemos a piadinha de que viajar com filhos é como voltar a ser mochileiro: quem já mochilou sozinho sabe numa viagem dessas basta ver outra pessoa com uma mochila nas costas pra virar seu melhor amigo! As mochilas se atraem, vocês trocam dicas de viagem, de albergues, racham o taxi, saem pra passear juntos. Todos unidos pela “doutrina” da mochilagem.
E viajar com bebês é exatamente igual! Bebês, crianças e famílias se atraem!
A anos que não batia tanto papo com tantos estranhos na minha vida! Todos querem saber a idade do seu bebe, se é sua primeira viagem, para onde vai, e sempre tem alguma dica proveitosa!
Na ida pra Denver conhecemos uma mãe viajando sozinha com uma bebe de 9 meses, e acabamos ficando melhores amigos dela!
Claro que você tem que tomar certos cuidados (eu que não vou deixar a Isabella no colo de um estranho no meio do aeroporto!), mas uma vez dentro do avião (que convenhamos, mesmo alguém com a pior das intenções não tem pra onde fugir!) eu pedi e aceitei ajuda sem pudor!
Pedi pra comissária segurar a Isabella enquanto fui ao banheiro, pedi pro passageiro do meu lado colocar minha mala de mão no bagageiro e o que mais precisei!
Lógico que sempre rola algum mau-humorado que te olha de cara feia quando vê um bebê no avião (#EraDessas), mas no geral eu me surpreendi com o quanto as pessoas são super simpáticas com pais e mães viajando com crianças pequenas! Afinal, quem resiste a um sorriso banguela?!?!
– Praticidade!
Eu já fico pra morrer quando vejo #LookDoDia emperequetados em aeroportos (viagem longa tem que ser confortável minha gente!!!), mas com um bebê então nem se fala!
Calça e sapatos confortáveis, para horas sentada numa poltrona apertada (e potencialmente com alguém no seu colo!) e que sejam fácil de trocar.
Não tivemos nenhum acidente com minhas roupas, mas só por precaução fui com calça + regata + uma blusa por cima. A regata por baixo foi simplesmente para que eu pudesse trocar de roupa sem ter que ir ao banheiro caso precisasse trocar alguma coisa.
Afinal, e principalmente viajando sozinha com a Isabella, se ela vomitasse ou tivesse uma fralda explosiva em mim, com que eu a deixaria enquanto vou tranquilamente no banheiro me trocar? Pois é…
Uma coisa é pedir pro desconhecido da poltrona ao lado ficar de olho nela enquanto ela esta de bom humor e sorridente, mas se a coitadinha começasse a vomitar e passar mal, não dava né?!
Outro aspecto que tive que ser bem pragmática foi com minha bolsa de mão.
Assim como falei no outro post sobre viagem com bebês, levei uma bolsa de fralda mais a mala de mão com ítens extras, mas eu sempre fui super fã de viajar com uma super bolsa de mão comigo!
Mas nos voos em que estava sozinha isso mudou… Senti falta de muita coisa, mas nada que não conseguisse sobreviver algumas horinhas (e numa emergência, esses itens estavam todos na mala de mão no bagageiro!).
Então comigo estava apenas uma bolsinha pequena (e com fecho de ziper que eu pudesse abrir e fechar com uma mão só!) com um porta cartões, passaportes, celular, fone de ouvido, protetor labial e lençø de papel. E só. De peso nos ombros já bastou meu pacotinho de 6 quilos!
– Equipamento:
Achei super cômodo levar o carrinho até a porto do avião, porém nos voos sem o Aaron, despachei a mala junto com a bagagem, numa tentativa de diminuir a quantidade de tralha a carregar.
Como a Isabella ainda é novinha, ela foi confortavelmente no canguru, e eu fiquei com as mãos livres!
Se seu bebê já for maiorzinho, talvez valha a pena ficar com o carrinho, pra evitar ter que carregar uma criança de muitos quilos nos braços aeroporto afora!
– Entretenimento a bordo:
O voo de ida pro Brasil foi durante o dia e minha principal preocupação era como entreter a Isabella durante o dia sem uma pessoa a mais pra fazer caretas, cantar musiquinhas e pegar no colo…?!?!
E isso sem dúvida foi a parte mais difícil!!
Os voos noturnos foram uma beleza, como se ela nem sequer estivesse lá comigo – em todos eles, dormiu antes de embarcar e só acordou depois de pousar!
Mas nos voos diurnos, ao contrário do que esperava, ela ficou muito mais alerta que o normal (achei que ela fosse dormir bastante por causa do barulho e movimento, mas não!), o que me causou muitas rugas de expressão de tanto fazer caretas, caras e bocas pra ela, chacoalhar o mesmo bonequinho preferido gazilhões de vezes, e depois de ser vencida pelo cansaço, colocar ela de frente pro iPad com alguma cosia passando (ela ainda é muito novinha pra assistir TV, desenhos e tal, então só tinha Downton Abbey no iPad! Hahahah! mas ela gosta mesmo é da claridade da tela!). Se seu bebê já assiste alguma coisa, tenha seus desenhos ou filmes preferidos a mão!
De maneira geral voar sozinha com a Isabella foi muito mais fácil e tranquilo do que imiginava, e bastou um pouquinho a mais de preparação para que não passássemos por apertos!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver.
Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai.
Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
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