15 Aug 2011
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Riga – Letônia

Dicas de Viagens, Letônia

Sem dúvida alguma, de todas as capitais Balticas, Riga é a mais bonita, e também a cidade que tem mais atrativos turisticos. Entã não é atoa que eles se auto intitulam a capital do Báltico!

Como regra geral, nossa viagem pelo Baltico teve coisas de menos pra fazer, e tempo demais pra matar, oque foi ótimo, pois foi isso mesmo que pretendíamos fazer quando marcamos nossa viagem pra lá.

Por sorte, nossa viagem foi no auge do verão e conseguimos pegar 2 dias de “sol” e “calor” na Latônia (em se tratando do norte da Europa, isso na verdade significa “ausencia” de chuva e frio), então foi fácil ocupar nossas tarde e noites em Riga, e passamos incontáveis horas batendo papo nos beer garden espalhados pelas praças e jardins e curtindo uns showsinhos de musica ao vivo organizados pela prefeitura. Não consigo nem imaginar como a cidade deve ser diferente durante o outono e inverno… com seus dias curtos e escuros, jardins sem flores e praças e ruas vazias… então se você pretende conhecer a região, se limite exclusivamente aos meses de verão!

Mas não dá negar que Riga realmente é uma cidade linda! Assim como Vilnius e Tallin, a cidade foi totalmente reconstruida na decada de 90, mas sua essência medieval foi mantida e sem duvida alguma entrou pra minha lista de cidade pitorescas e fofas da Europa (minha all time preferida ainda é Praga).

Então mantida as devidas proporções de tamanho e afins, Riga até que tem bastante coisa legal pra fazer, e nossos 2 dias e meio passados na Letônia foram muito bem aproveitados.

Andar pela cidade é super facil, o centro histórico e bem pequeno, e apesar de ter incontáveis mini ruelas chamosíssimas, a cidade é toda conectada de praça em praça através de suas ruas principais.

Ao contrario de Vilnius, Riga tem como característica principal sua arquitetura em art noveau e as muitas praças com casinhas coloridas.

Então o melhor lugar pra começar qualquer roteiro pela cidade ee na sua praça principal e simbolo da cidade, a praça da prefeitura.

Mas na verdade as estrelas da praça não é a prefeitura, e sim os dois predios bem em frente, que são a antiga sede da associação dos comerciantes “cabeça negra” (Melngalvju Nams).

Originalmente construida em 1334, os comerciantes que ocupavem essa associação eram estrangeiros (apesar de terem permanecido na cidade por seculos, sempre foram considerados não-Letãos) e acredita-se que eram de origem Moura ou Arabe, que lhes rendeu o apelido de cabeça-negra, devido aos cabelos castanhos, que contrastavam com a população loirissima dos Balticos.

A praça inteira foi destruía por bombardeios aereos na segunda gerra mundial em 1941 (ao mesmo tempo que as tropas de Hitler “convidaram” os tais comerciantes a se retirarem do país), e o pouco que sobrou foi demolido pelos Russos em 1948. O predio que vemos hoje em dia foi inteiramente reconstruido baseado em fotos, pinturas e registros arquitetônicos em 1999, inclusive o relógio Astronômico, cujo original foi adicionado a fachada no seculo 16.

Mas a “paisagem” da praça não esta completa sem a torre da Igreja vizinha de São Pedro, que tem a torre mais alta da cidade (123 metros de altura).

A Igreja de São Pedro foi originalmente construida em 1209, e assim como todo o resto da cidade, destruída e reconstruída incontáveis vezes. Lá dentro é possivel ver uma exposição de fotografias jornalísticas tiradas durante a primeira e segunda guerra, e é incrivel ver como sua estrutura realmente foi aniquilada.

Mas o mais legal da Igreja é justamente subir no observatório lá no alto da torre, de onde dá pra ver bem a cidade inteira e ter vistas lindas do vale de Riga.

Outra igreja bem legal, e que decora a paisagem de Riga é a Catedral, ou Domo – cercada por uma pracinha muito linda e é considerada a maior igreja dos Balticos.

Bem ali atrás fica o Castelo de Riga, que até hoje é a sede do governo Nacional, mas que não tem extamente areas de palácio não… se não fosse pelos guardinhas na porta e uma única torre, esse predio passaria batido das visitas turisticas. Mas seguir seu roteiro até o castelo é uma ótima opção pra chegar até o Rio Daugava – e a ponte Akmens oferece um panaroma lindo da cidade.

Outros partes da cidade que valem a pena serem visitados:

– Três Irmãos”

Essas 3 casinhas visinhas (numeros 17, 18 e 19 na rua Maza Pils) representam os estilos arquitetônicos que apareceram pela cidade ao longo dos seculos, inclusive a Gótica numero 17, que foi construida no seculo 15 e permanece em pé até hoje (uma das pouquissimas estruturas que nunca foramdestruidas em algum ponto da historia milenar da Letônia) e é considerada a residência mais antiga do pais.

– A Casa do Gato

O Gato preto é simbolo de Riga e você vai ver estatuas, bonequinhos e souvenirs em todos os cantos da cidade.

Enquanto o mundo todo tem supertições negativas com gatos negros, Riga tem um historia bem legal, e pra eles o gato representa sua identidade nacional, igualdade e liberdade.

A história é mais ou menos assim: No final do seculo 19 a Letônia esta sob o domínio Alemão, e portanto comerciantes de origem Letônia não tinham os mesmos direitos nem acesso aos mesmo preços e taxas. mas um comerciante local queria fazer parte da associação de comerciantes da cidade, e tinha sido recusado pelos Alemães.

Então ele colocou uma estatua de gato preto no telhado de sua casa, com as costas arqueadas e o rabo levantado, de costas para a seda da associação, e rogou uma praga nos Alemães.

Depois de muitos protestos e uma batalha judicial, os comeriantes locais passaram a serem aceitos nas associações e o gato foi virado de frente pra praça – então até hoje esse gato simboliza a luta da população em busca de igualdade e aceitação.

– Monumento da Liberdade

Construída apenas em 1935 o pilar de marmore representa a tão sonhada liberdade que a Letônia buscava ha seculos. Ela represente os pilares da sociedade Letã: Trabalho, vida espiritual (e/ou religião), familia e amor a patria.

No alto da coluna tem uma estatua faminina segurando 3 estrelas, que representam as 3 regiões (ou estados) do pais: Kurzeme, Vidzeme e Latgale.

– Academia da Ciência

Também conhecido como o “bolo de aniversário de Estalin”, é o unico dos “arranha céus” construídos fora da Russia antes da queda do socialismo (já falei sobre esses predios aqui).

 

 

Mas nenhuma das atrações de Riga é assim imperdível, então resista a tentação de seguir um roteiro (como eu geralmente faço) e se permita simplesmente perambular pelas praças e ruas escondidas da cidade.

Isso foi oque mais fizemos durante nosso dias por lá, e foi sem dúvida alguma a parte que mais gostei da viagem!

Íamos passando de praça em praça até que de canto de olho você vê uma ruazinha fofa, com casinhas coloridas e cafés irresistiveis… Oque você mais vai ter pra fazer por lá é matar tempo, então se entregue ao dolce fa niente da vida Letã e faça inumeros pit stops pra tomar uma café, beber uma cidra de pêra, depois uma smoothie de frutas vermelhas… almoço, lanche da tarde, mais café, mais chá… e assim sucetivamente!

Todas as noites voltamos pra praça da rua Tirgonu Iela, onde todas as noites rolavam shows de musica ao vivo nos jardins dos cafés; pediamos algumas rodadas de cidra de pêra (made in Letônia e boa demais!) com uns belisquetes e ficavamos lá atéee a banda empacotar os instrumentos e os bares fecharem as portas!

Nossa principal intenção com essa viagem foi descansar, relaxar e gastar pouco, e foi exatamente isso que fizemos!

Os detalhes Práticos:

– Nós chegamos em Riga de onibus, e voamos de volta pra Londres com a Wizz Air.

– Ficamos hospedados no Green Apple Hostel, que é bem ruinzinho e ultra basico, mas que tem uma localização imbativel (bem no centrao da cidade antiga, parte do predio e da estrutura do luxuoso Hotel Riga – até o café da manhã era o mesmo, no salão do Hotel Riga), mas por 35 Euros por noite (casal) e wifi gratix não deu pra reclamar muito não. O Green Apple fica na movimentadíssima rua Valnu Iela, que é lotada de otimas opções de hospedagem, cafés, restaurantes, etc. e a 10 minutos da estação de onibus.

– A moeda é o LAT (ou LVL), e assim como em Vilnius o Euro não é aceito como moeda corrente, mas é facilmente convertido. E a Lita da Lituânia também não é aceita (mas também é facil de trocar uma moeda para a outra). O Euro entrou em vigor na Estonia e subistituiu o Kroon (EEK) no dia 1 de Janeiro de 2011.

– Riga não é tãaaao barata quanto Vilnius, mas ainda assim é uma cidade bem barata para os padrões da Europa Ocidental. Então se você esta viajando com o orçamento apertado, aproveite pra tirar o pé da lama um pouquinho!

 

 

Adriana Miller
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15 Aug 2011
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Viajando pelo Báltico: ônibus

Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Estonia, Letônia, Lituânia

A maneira mais facil, econômica e rápida de viajar entre os países do Báltico é de ônibus.

As distâncias são relativamente curtas e as estradas boas. Se você preferir alugar um carro também pode ser uma boa (não esqueça de alugar um GPS!).

Algumas rotas são possiveis em trem (que tem uma qualidade ok, e preços baixissimos), mas de maneira geral a malha ferroviaria dos Balticos foi totalmente destruída durantes as guerras, e nunca mais reconstruídas pelos Russos, que acabaram usando o pouco que sobrou pra outras coisas e roteiros.

Então no nosso caso, depois de fazer alumas pesquisas, realmente decidimos que era muito mais pratico e confortavel viajar de ônibus, usando as rotas da Eurolines que combrem a região do Báltico através da empresa Lux Express.

Os onibus são super confortáveis, as linhas bem compreensivas, muitas opções de horarios todos os dias, o ano todo (até mesmo durante o inverno rigoroso da região) e preços muitos bons.

Nossa viagem entre Vilnius e Riga, que durou cerca de 4,5 horas custou apenas 13 Euros.

Você pode deixar pra comprar sua passagem na hora, direto na estação de ônibus de qualquer uma das cidades cobertas pela Lux (veja a lista completa aqui), ou então comprar on line, se quiser já garantir seu lugar e não correr o risco de não conseguir passagem (mas nós viajamos no auge da alta temporada, numa sexta feira e ainda assim nosso ônibus tava vaziiiiio…).

Para comprar on line, basta clicar AQUI, selecionar o ponto de saída e de chegada, a data que você quer viajar e o numero de passageiros (não tem opção em portugues, mas você pode fazer sua reserva em Inglês, caso não saiba ler Letão, nem Lituano, nem Russo nem Polonês!)

Você verá os horários de saída e de chegada e o preço correspondente por pessoa. O preço final pode ser pago com cartão de credito ou débito, e você recebe instantanemanete no seu e-mail uma confirmação com o seu ticket, que vcê tem que imprimir e levar com você na viagem – essa será sua passagem, portanto se esquecer já era!

E se você quiser esticar sua viagem do Baltico até a Finlandia, a melhor opção é cruzar o golfo entre Tallin e Helsinki de barco – mais dicas aqui.

 

Adriana Miller
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14 Aug 2011
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Forto Dvaras: Dica de restaurante “medieval” em Vilnius

Dicas de Viagens, Lituânia

Quando nós fomos a Tallin, acabamos descobrindo por acaso um restaurante medieval super legal, que foi sem duvida um dos pontos altos da viagem a Estônia, e que vários amigos e leitores já foram provar e tambem aprovaram!

Então pensamos que Vilnius provavelmente teria alguma coisa parecida, e seria a solução pra matar umas horinhas do dia e fugir da chuva.

Vilnius não tem nada tão histórico nem tão autentico quando Tallin, mas numa das (muitas) vezes que subimos e descemos a Pilies Gavte (a rua principal da cidade antiga de Vilnius) demos de cara com o resturante Forto Dvaras bem na hora que a chuva começou a cair!

O restaurante faz parte de uma cadeira de reustaurantes tipicos Lituânos e se aproveitou a arquitetura antiquissima do predio na cidade antiga e criou toda aquela aura medieval tipica dos Bálticos.

A comida tipica Lituâna segue a linha culinária do centro-norte da Europa: espere MUITA carne de porco em todos os formatos, pedaços anatômicos e formas de cozimentos, muita batata (os menus geralmente tem uma seção especial só para os pratos feitos com batata – a panqueca de batata é quase uma iguaria local…), picles e vegetais de longa duração (repolho, milho, vagens e afins).

Os pães são quase sempre pretos e com muitos gãos, e o aperitivo e prato de entrada principal em qualquer refeição (do café da manhã do hotel ao restaurante chique da praça da prefeitura) é justamente pão preto multi-grão cortado em fatias e frito (bem seco e duro) com um molho de alho que espanta até os vampiros da Transilvânia!

Mas quer saber? Uma de-li-cia! Tivemos que fazer um acordo sem-beijo, mas a iguaria realmente é bem boa!

Como eu não como carne de porco, minha solução foram os pescados de agua fria, servidos em abundância: salmão, caviar vermelho, bacalhau fresco etc.

Então aproveitamos o excesso de tempo livre em Vilnius (apesar de termos ficado apenas 1 dia e meio) pra comer bastante, muito bem e pagando muito pouco!

Um jantar pra duas pessoas no Forto Dvaras com entrada, prato principal, cerveja em quantidade industrial e vinho branco local siu por cerca de 30 Euros!

O Forto Dvaras fica na rua principal da cidade Pilies Gavte, praticamente em frente a Igreja de São João.

 

 

Adriana Miller
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