03 Dec 2010
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Cabin Fever

Dia a dia

Cabin Fever (ou “febre da cabine” numa tradução tosca) é uma expressão em INgles que descreve aquele desespero de quem fica trnacafiado no mesmo ambiente por muito tempo, e supostamente atinge astronautas, marinheiros, caminhoneiros etc que passam dias e as vezes mesmo fechados no mesmo espaço.

E é assim que to me sentindo essa semana, já contabilizando 4 dias sem conseguir sair de casa pra trabalhar por causa da nevasca inesperada que assolou o Reino Unido.

O engraçado é que as pessoas me perguntam “quantos inches” a neve acumulou, e sinto até vergnha de dizer que, apesar de realmente ter neve no chao, ainda consigo ver o verda da grama por baixo… ou seja, não é muita neve mesmo!

Mas as outras partes do pais foram super afetadas, com acumulo de neve que passa do meio metro! E como entra ano, sa ano a Inglaterra não aprende a se preparar pra (pouca) neev que recebe, o pais para.

Esse ano eu fui ainda mais atingida, pois meu atual escritorio fica nos arredores de Londres, que não só neva mais doque aqui no centro da cidade, mas a unica maneira de chagar lá é de trem – mas com gelo e neve os trilhos congelam, as portas não abrem direito, arvores caem no meio do caminho, e tudo para!

Entao desde 3ª feira que eu acordo, levando, me arrumo e quando olho lá pra fora está nevando e todos as minhas possibilidades de caminho e trens estao canceladas, atrasadas sem previsão e a estção fica aquele caos!

Ai mando um e-mail pra todo mundo avisando que mais uma vez não vou conseguir chegar no escritorio…. e tenho trabalhado de casa todos esses dias.

Por um lado é otimo saber que tenho essa flexibilidade de nao ter que passar perrengue pra chegar no trabalho, e melhor ainda é ver a neve caindo lá fora enquanto eu trabalho confortavelmente sentada no sofa, embaixo do cobertor.

Mas isso foi bom no primeiro dia… melhor ainda no segundo… mas no terceiro dia eu já não sabia oque fazer pra não enlouquecer, e hoje já estou subindo pelas paredes!

Obvio que trabalhar me mantem ocupada durante o dia, mas eo tedio de nao ter ninguem em volta pra bater um papo, ir tomar um cafe, almoçar, etc?!?!

Aliais, almoço? Que almoço?

Com esses dias todos trancafiada em casa não sobrou nada na geladeira…

Adriana Miller
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02 Dec 2010
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Direto ao ponto em Madrid: Onde comer, onde comprar, onde badalar!

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Onde comer:

Restaurante St James – Considerado uma dos melhores restaurantes de paella da cidade, e com 3 enderecos diferentes, tamanho o sucesso que faz! O custo fica em torno de 50 Euros por pessoa, incluindo um bom vinho Español, entrada e MUITA paella! Nao deixe de pedir uma paella (de frutos do mar, de frango com coelho, ou a tradicional, que mistura um pouco de tudo!) e Lula a la Gallega e/ou Gambas al alioli (Camarao a alho e oleo) de entrada!

Paella de frutos do mar do St James

Cerveceria Cien Montaditos – Imposival viajar para Madrid e nao comer pelo menos 1 dos famosos “montaditos” espalhados pela cidade! A rede eh super baratinha, e cada “montadito” custa apenas 1 Euro! E nao faltam opcoes… no total eles tem 100 opcoes de recheio para seus mini-sanduiches com mini bisnaguinha assadas na hora, na propria loja. Se for verao, aproveite para sentar nas mesinhas da calcada e beber um “tinto de verano” (mistura de vinho tinto com “Gaseosa”, uma limonada com gas super doce) e se for inverno, opte por uma jarra de sangria!

La Musa: Imposivel pensar em Espanha e nao pensar em “Tapas”, certo? As opcoes sao infinitas e eh quase imposivel recomendar um unico restaurante! As melhores areas para sair para comer em Madrid sao os bairros “La Latina” que tem dezenas de barzinhos de “tapas” e “pintxos” um ao lado do outro, e em “Malasana”, e tem igualmente dezenas de restaurantes super legais um do lado do outro. Porem Malasana tem um clima mais moderno, mas conteporaneo, enquanto que na La Latina eh uma coisa mais boteco mesmo, de comer em peh no bar, batendo papo com estranhos (Madrid eh mesmo uma cidade maravilhosa!). MInha dica em Malasana eh o restaurante “La Musa” que tem otimas opcoes de pratos que fazem uma releitura conteporanea a alguns dos pratos tipicos Espanhois. Lah os esquema eh pedir muitas porcoes pequenas de tapas diferentes, e ir comendo de tudo um pouco. Os precos sao bem amigos e variam entre 5 e 15 euros, entao dah para comer bastante sem ir a falencia!

Tapas do La Musa

Churreria San Gines : Nao ha nada mais Madrilenho no mundo doque terminar a noite (ou comecar o dia) comendo um churros com chocolate quente na Churreria San Gines. O cafe fica escondido numa ruazinha atrás da Igreja San Gines, nos arredores da Puerta del Sol, e serve básicamente churros e chocolate quente. Voce pode escolher se quer o churros mais grosso ou o mais fininho, que deve ser comido mergulhando no chocolate quente, que eh o mais cremoso que vc vai provar na vida! A prova da qualidade eh que a Churreria jah existe a muitas decadas, fica aberto praticamente 24 horas por dia e NUNCA esta vazio, a qualquer hora do dia, ou a qualquer hora da noite!

Churros y Chocolate na San Gines

Já se a intenção não for sentar para comer e apenas “picar”, como disse acima os bares de tapas e Pinxtos da La Latina são os melhores da cidade! A dica não é nenhum lugar especifico, e sim sair do metro La Latina e seguir o fluxo de pessoas bairro abaixo, e entrar em qualquer restaurante que tiver espaço! A area é bastante popular entre os Madrileños e esta sempre lotada, qualquer dia da semana!

La Latina

Pintxos são mini sanduiches abertos adorados pelos Madrileõs!

Compras:

Madrid como uma boa capital Europeia tem todas as lojas e marcas possiveis e imaginaveis! Entao minhas dicas serao divididas por “areas” da cidade e oque vc pode encontrar em cada rua/bairro, jah que as opcoes sao muitas!

Designer descolado: Na Calle Fuencarral estao concentradas todas as opcoes de marcas designer mais moderninhas e voltadas ao publico jovem. A rua, que a principio asusta um pouco (eh bem estreita e meio escura) esconde nomes como Redley, Diesel, Pepe Jeans, e lojas Flagship da Converse, MAC, Sephora, Miss Sixty, Puma, Adidas, etc. Elas estao uma ao lado da outra, tocando musica o tempo todo e com decoracoes super legais!

Calle Fuencarral

Designer deluxe: Jah se voce quiser encontrar marcas mais Premium e deluxe, a melhor opcao eh a Calle Velásquez, perto da estacao de metro “Salamanca”. Ali voce encontra lojas das marcas Dior, Salvatore Ferragmo, Carolina Herrera, Hermes, Luis Vuitton, Gucci e todos os outros designers que vc puder imaginar, incluindo muitos exclusivos Espanhois, que difícilmente serao encontrados em outros lugares do mundo.

Fast Fashion: Em se tratando de fast fashion, nao ha melhor lugar do que a regiao da Puerta del Sol, que fica na area bem central de Madrid! Entre as ruas Calle Pricesa, Calle Carretas e Gran Via voce vai encontrar lojas enoooomes flagships de todas as grandes marcas internacionais de fast fashion, e principalmente as marcas Españolas, como Zara, Mango, Bershka, Pull and Bear, Stradivarius, Sfera e Blanco, entre muitas outras, alem das marcas internacionais H&M e Top Shop. A Top Shop de Madrid eh bem pequena, mas mesmo assim vale a pena a visita, e a H&M da Calle Princesa eh uma das mais organizadas que jah fui! (geralmente a H&M eh uma ZONA, mas por algum motivo cosmico, essa de Madrid eh super organizadinha e facil de achar pecas legais – missao imposivel em outras lojas da marca…). Alem disso, bem na praca da Puerta del Sol tem uma Sephora e varias outras perfumarias, uma do lado da outra.

Puerta del Sol: Conectando Calle Princesa, Calle Carretas e Gran Via

Barbabas: A grande dica de compras em Madrid sao os Outlet das marcas Espanholas! Nenhuma viagem a Madrid estara completa se voce nao der uma passadinha na ponta de estoque da Zara e da Mango! Infelizmente, como todo outlet, oque vc vai encontrar eh meio loteria… as vezes dah para renovar o guarda roupa, mas muitas vezes soh tem trapo!Mas jah consegui comprar grandes achados como camisas sociais por 5 Euros, sapatos por 10 Euros, trench coats e sobretudos por 30 Euros, blusinhas de linha por 8 Euros, etc.

Lefties, a versão outlet da Zara na Espanha

A Zara Off eh conhecida como “Lefties” (fazendo um trocadillo com a palavra Inglesa “left over” – sobras) e tem duas super lojas em Madrid: uma na Aveninda Gran Via, bem ao lado da loja normal da Zara, e a outra na rua Calle Carretas, tambem ao lado da loja da Zara. E além da Zara a Lefties vende peças com desconto de todas as marcas da rede Inditex: Massimo Dutti, Stradivarius, Berska, Pull and Bear, entre outras.

Lefties da Gran Via, bem do lado da nova Mango e da nova Sephora

Jah a Mango Off tem mais opcoes de pecas de qualidade em abundancia, mas os precos nao sao assim taaaao mais baixos que a loja normal. Mas sabendo procurar bem, jah comprei clutches por 3 Euros (tipo 1/15 do preco normal), e blusinhas e saias por menos de 10 euros, sem falar nos cintos, lencos, sapatos, bolsas etc. A Mango off esta no segundo andar da loja Mango da rua Calle Fuencarral (nao tem propaganda nenhuma na porta, tem que entrar na loja “normal” da Mango e ir lah pro fundao e subir as escadas).

Loja da Mango na Calle Fuencarral - a loja Outlet esta no andar de cima

Lojas de departamentos: A loja de departamento mais famosa da Espanha, e que pode ser achada em qualquer grande cidade do pais eh a “El Corte Ingles“. Eles tem de tudo: comida, papelaria, cosmeticos, livros, eletronicos, perfumes, e muitos andares dedicados a roupas, sapatos e moda! Se voce esta atrás de alguna marca de make ou perfume que nao conseguiu achar na Sephora ou em perfumarias de rua, vah no El Corte Ingles porque eles terao com certeza!

Mercadinhos: O mais tradicional de Madrid eh o “Mercado del Rastro” que acontece todos os domingos na cidade, na area que vai entre os bairros de Anton Martin e La Latina. Lah eh possivel encontrar de um tudo, desde otimos pecas de arte, artesanato local (alguns muito bons, e outros meio buginganga!), ateh roupas legais e muita porcaria e artigos falsificados… Se voce pretende comprar oculos, carteiras, cintos, bolsas e afins falsificados (Não, desculpe, a moda agora é chamar falsificado de “inspired”…), lah eh o seu lugar!

Baladas:

Madrid eh uma cidade que vive na noite 7 dias por semana. Eh uma coisa que jah faz muito parte da cultura dos Espanhois, sair todo dia, encontrar com os amigos, comer “tapas” e beber “cañas” pelas ruas.

Entao geralmente nao tem erro, pois voce sempre vai conseguir encontrar alguna coisa para fazer a noite, em qualquer dia da semana, que atenda aos mais variados gostos!

Uma das baladas mais famosas de Madrid eh a “Kapital”, que eh uma super-mega estrutura, um predio inteiro de 7 andares, distribuido em inumeras pistas de danca, agradandos aos gostos mais ecleticos! Tem a pista do techno, tem a pista do pop, tem a pista do rock, de musica latina, launges, etc. Imposivel nao achar alguna coisa que te agrade na Kapital, que fica nos arredores do Metro “Atocha”.

Pacha: A Pacha nao soh eh uma das baladas mais famosas de Madrid, mas tambem do mundo. Quase todas as grandes capitais Europeias tem uma filial da Pacha, que comecou em Madrid e tem seu auge todos os anos no verao de Ibiza! A Pacha de Madrid fica na praca Tribunal (metro de mesmo nome) e nao eh tao grande quanto a de Ibiza, mas esta sempre lotada! Uma boa dica, eh que por lah, a balada nao comeca antes das 2 ou 3 da manha! Entao faca como os locais e vah “aquecer” em algum bar na redondeza (Tribunal eh uma outra parte da cidade cheia de barzinhos legais) como o Milenium ou Cherokee, ou entao entre no clima Madrileno e faca um “botellón” na praca com os locais e leve sua propria bebida e fique por lah, ao ar livre!

Palacio de Gaviria: Mas se a sua parada nao for musica eletronica, uma otima opcao eh o “Palacio Gaviria” que fica na Calle Arenal, entre a Puerta del Sol e a Plaza Mayor. Essa boate foi construida num predio historico, uma antiga mansao do seculo 19, e seus 13 quartos/ambientes foram transformados em diferentes pistas de danca, cada uma com seu DJ e estilo musical, e todas animadas por Go Go dancers! Eh o tipo de balada para dancar ateh o peh nao aguantar mais! Tocando muito pop, rock, hip hop, e juro que uma vez jah ouvi o “Bonde do Tigrao” lah! Hahahahaha! Eh uma daquelas baladas para ir com as amigas e dancar ateh nao aguantar mais!

Sala Heineken

Sala Heineken Princesa (Antiga Sala Arena): Fica na Calle Arena, bem pertinho da Plaza de Espana (ao sul da Gran Via) e eh uma das baladas que mais duram em Madrid, e normalmente eh um lugar que tem muitas after parties tambem. Sao duas pistas enooormes, uma onde toca basicamente techno e musica eletronica, e outra onde de toca de tudo um pouco: pop, hip hop, musica Espanhola etc.

Alem dessas dicas “diretas ao ponto” eu tambem já dei dicas de hoteis e albergues em Madrid para agradar a todos os bolsos e gostos, dicas de passeios nos arredores da cidade, e claro, um roteiro de viagem especifico para Madrid e como ir e voltar do aeroporto Barajas.

Adriana Miller
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01 Dec 2010
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Kilimanjaro – Equipamento: oque usamos e oque valeu a pena levar

Dicas de Viagens, Kilimanjaro, Tanzania

Antes de viajar pra Tanzania eu fiz um post com todos os itens de equipamento que a agencia recomendou que levassemos pra viagem. Alem disso, fui seguindo as dicas do Aaron, que tem bem mais experiencia nesse tipo de viagem, mais outros amigos que já tinham escalado o Kili em anos anteriores.

Mas ainda ficava aquela duvida: sera que preciso isso tudo mesmo? Vai faltar alguma coisa? Vou passar frio? Vou passar calor? Vou ficar desconfortavel? Afinal, cada item dessa lista era bem caro, e rolava aquela insegurança de gastar uma fortuna em coisas que nao usaria nunca.

Entao aqui esta o post que finalmente faltava pra fechar a saga Kilimanjaro – bem a tempo de comecar a preparação pra nossa proxima viagem de escalada/hikking/aventura (daqui a 5 meses!).

Bem, pra começar afirmando, que sim. Definitivamente usei absolutamente tudo que a agencia recomendou que levassemos. Por mais que todo mundo quisesse meter o bedelho e dar sugestões e opiniões, eu preferi seguir a opinião dos experts, e achei que numa situação tão extrema como seria o Kilimanjaro (e foi!) pecar por excesso nao seria tao ruim…. o problema seria perceber que não levei alguma coisa importante a 4 mil metros de altura!

O item mais importante de TODOS sem duvida foi a bota de caminhada. Na verdade a bota eu já tinha, e é importante usar uma bota “usada”, e mesmo assim nas duas ultimas semanas antes da viagem, eu usava minha bota pra tudo quando é canto, pra ir moldando ao meu pé, ir “engrossando” a pele e amaciando a sola. Otimo conselho que eu acatei e deu super certo, pois nao tive nenhuma bolha sequer pra contar historia!

Os itens que ocupam o segundo lugar na lista de importancia foram as coberturas a prova d’agua – os “shell”. Nós realmente demos MUITO azar com o clima, e mesmo viajando na epoca de seca e escolhendo a trilha mais seca da montanha, pegamos chuva TODO dia dos 6 dias de escalada. Mas com ou sem azar, em qualquer montanha que seja tão alta, o clima é muito instavel, e as estações podem mudar repentinamente varias vezes por dia. E voce tá lá, completamente exposto aos elementos, chova ou faça sol.

E quando choveu, so mundo desabou! E quando nao estava chovendo, estavamos caminhando neblina adentro, que deixa tudo igualmente molhado. Entao uma OTIMA capa de chuva (com capuz e viseira, pra proteger seu pescoços e rosto), calça de caminhada a prova d’agua e capa para mochila.

E foi isso que eu usei todos os dias, do primeiro ao ultimo dia da viagem.

Depois vieram os itens de “camadas”. Como disse, o clima é super voltail o dia todo, entao de um segundo pro outro, o tempo virava completamente de um super frio com chuva, pra um sol estonteante. E isso, somado ao exercicio fisico de subir a montanha, me dava umas ondas de calor imediatas!

Com a blusa de fleece ultra grossa

E nessas horas, as camadas iam sendo retiradas uma a uma, ou vestidas uma a uma. O melhor investimento foram as blusas de Lã Merino e os casacos de fleece. Então facilmente eu colocava ou retirava 3 ou 4 camadas de roupa sem grandes complicações.

Colete de plumas por cima da blusa de Lã Merino

E um outro iten que o Aaron me convenceu de levar (ele tinha 2) foi um colete de plumas – esquenta o torso, mas deixa os braços fresquinhos, e era oque geralmente eu amarrava do lado de fora da mochila, para ter acesso facil quando paravamos pra descansar, beber agua e comer no meio da montanha – porque mesmo nos momentos de calor durante a subida, 30 segundos depois que voce para de caminhar no vento ou neblina a temperatura do corpo cai drasticamente!

A mochila é outra coisa que pode facilitar demais sua vida, ou virar um calvario! Nossas malas com saco de dormir, roupas, e tal eram levadas pelos carregadores, mas todo dia tinhamos que carregar uma “day pack” com mudas extras de roupas (as camadas), agua, barras de cereal, trail mix, filtro solar, camera fotografica, kit farmacia e oque mais voce quiser carregar. Mas ao longo do dia, cada grama a mais nas suas costas, a cada minuto a mais que vc esta andando, vai pesando mais e mais. Entao é importante usar uma mochila anatomica, com uma boa estrutura e bem ventilada nas costas, que tenha capa de chuva embutida (para acesso rapido quando começava o temporal).

A mochila

Mas oque fez a diferença MESMO, foi levar uma “pochete”! É feio, é brega, podem falar oque for… mas foi a ideia mais brilhante que tive em toda essa viagem!

A pochete em ação!

Essa pochete ficava presa na minha cintura o dia todo e assim me dava facil acesso as cosias mais urgentes, sem ter que me “desenrrolar” toda da mochila, na chuva, cheia de casacos e tals. Entao na pochete eu carregava minha camera fotografica, rolo de papel higienico, lip balm, filtro solar, garrafa de agua, e mais qualquer outra coisa que eu pudesse precisar ao londo do dia.

O lanchinho que estava guardado na pochete

Outra coisa que tive a idea brilhante de levar e nao só foi usada todo os dias, o dia todo, como ainda me salvou: uma faixa de cobrir orelha – feit de fleece duplo e com fecho de velcro.

A faixa tapa-orelha

Assim eu ficava com minha cabeça e orelhas sempre quentinhas (muito importante pra balancear a temperatura do corpo), escondia o estado precario do cabelo sujo (6 dias sem lavar!), era facil de colocar e tirar (tinha um velcro na parte da nuca) e nao ficava embaraçando nem abafando meu cabelo (um problemão pra quem tem muito cabelo como eu).

Nos ultimos dias antes da subida do Summit, o frio foi apertando mais e mais, principalmente durante a noite, com temprarturas ingratas abaixo de zero e um vento impiedoso, e a unica peça de roupa que realmente fazia a menor diferença foi um SUPER casaco de plumas.

Tanta roupa e tantas camadas que se eu me jogasse lá de cima, ia quicando atéééé lá embaixo!

O problema é que um bom casaco de plumas é uma peça MUITO cara… e comprar um casaco qualquer meia boca, poderia ser perigoso demais, entnao decidi não comprar nenhum e usar um dos casacos que o Aaron já tinha. Obviamente ficou gigantesco em mim, mas como esse modelo tinha fechos de ajuste nas mangas e na cintura, e nós dois temos mais ou menos a mesma altura, acabou dando certo e eu fiquei ultra quentinha!

A lanterna de cabeça, eu achei que só seria usada durante a escalda final, que passamos quase 7 horas caminhando completamente no escuro, mas na verdade eu usei todas as noites, porque simplesmente estavamos no meio do NADA e nao tinha nenhuma luzinha em lugar nenhum. Então entre a barraca e o banheiro, pra ir até a tenda refeitorio, escovar os dentes, ler um livro…

Nós levamos 3 lanternas – uma pra cada um, e uma extra – mais baterias extras, e logicamente, acabamos usando as 3! Então foi otimo ter uma lanterna de emergencia, pois teria sido impossivel caminhar no escuro sem ela!

Todo o resto das coisas que levamos foram usadas com mais ou menos intensidade ao longo da viagem, mas definitivamente não foram tao importantes quanto esses itens ai em cima.

Das coisa que eu achei inuteis, e nao pretendo usar de novo em outras viagens fora:

As “bengalas” de caminhada (Walking sticks), pois achei um incomodo e um movimento cansativo a mais, ter que ficar coordenando os braços e levantando e abaixando aquele ferrinho o dia todo repetidamente!

Mas isso é uma coisa super individual, que eu levei, mas pra mim nao deu certo (usei apenas pra descer, quando meu joalho começou a doer, então serviu como bengala mesmo) mas o Aaron por exemplo, esta tão acostumado que nao consegue manter o ritmo de caminhada se nao usar dois sticks. Então apesar de ter achado um pouco inutil, acho que vale a pena ter só pra ver como vai ser.

O Camel Back (um saco de plastico com um canudo, pra beber agua sem ter que usar uma garrafa) foi outra coisa que achei desnecessaria, pois dois motivos: o primeiro foi sem duvidas o gosto de plastico que deixava na agua, que nao suportei, e o segundo e motivo e mais importante foi que o canudo congelava! O saco com a agua podia ficar protegido do frio dentro da mochila ou ate memso dentro do casaco, mas os restos de agua que ficavam no canudo, nao dava pra evitar, e acabavam cristalizando, e entupindo tudo!

O canudo azul do meu Camel Back

Entao acabei usando minha garrafinha de metal de 0,5 litro, pois assim ela encaixava certinho na pochete, tinha um bico pra beber e uma tampa, e assim achei que era bem mais facil medir e regular os 3 a 4 litros de agua que eu tinha que beber todos os dias!

De resto, as meias de la foram otimas, o oculos de sol eu usei o tempo todo (mesmo nos momentos de cminhar dentro na neblina, o reflexo do sol me incomodava demais), bone, luvas de lã e todos os itens da minha necessaire!

Por fim, a Paula me fez uma pergunta importantissima nos comentarios: E as baterias das cameras?!

Bem, eu levei duas cameras (a Sony Cybershot HX1 e a Sony Cybershot DSC-W170) e como sempre tiro muitas fotos, seja qual for a viagem ou ocasião, eu tenho duas baterias para cada uma delas.

Mas alem disso, como sabia que passaria dias sem acesso a eletrecidade, e a vida util de baterias é muito impactada por temperatura muitos baixas e altitude elevada, fiquei morrendo de medo de acabar ficando sem baterias lá em cima.

E foi então que descobri o Pebble no site da Amazon.co.uk! O Pebble é do tamanho de um Blackberry, mas na verdade é um carregardor portatil; ele vem com cerca de 15 “ponteiras” que se encaixam nos mais variados aparatos: cameras de video, fotograficas, celular, Blackberry, iPhone, iPad, celulares variados, bla bla bla. É só carregar seu Pebble no seu computador (por USB) e uma vez carregado, ele tem energia suficiente pra regarregar um Iphone 3G 4 vezes (o iPhone tem uma bateria pessima, que nao dura mais que 1 dia, e é considerado o aparelho que mais “come” energia), ou um celular comum inumeras vezes, cameras fotograficas e tals.

Então foi isso que nos salvou no Kili! E nos permitiu tirar mais de 2.000 fotos (cada um!) mesmo sem energia eletrica.

(Nao. Infelizmente nem a Amazon, nem o Pebble pagou por esse post :-) Mas se surgir interesse, estamos ai!)

Adriana Miller
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