A viagem que fizemos com meus pais na semana entre Natal e ano novo foi bem corrida, e o ideal seria ter passados semanas a fio viajando pelo Chile… Mas quem nao cão, caça com gato, certo?
Na verdade queriamos fazer alguma coisa pelo Brasil mesmo – a intenção inicial das mini-ferias era poder passar mais tempo com meus pais e mostrar pro Aaron mais alguma parte do Brasil.
Mas alguem me explica porque TUDO é tão absurdamente caro no Brasil? Serio… 3 dias em Angra com pacotes de 1000 pra cima, Buzios só com pacotes de 10 dias, Nordeste com preços mais absurdos do que viagem pra Europa, Minas Gerais a preço de ouro, etc, etc. Quando já estavamos desistindo de fazer qualquer coisa descobrimos que podiamos usar milhas pra viajar pra qualquer lugar da America Latina pela Tam. Como fomos a Argentina ano passado, as outras opcoes “perto”eram Uruguay e Chile. Uruguay acabou sendo obcenamente caro tambem, já que ano novo por lá é ultra badalado, entao Santiago aqui vamos nós!
Primeiro veio a duvida: Oque vamos fazer em Santiago por 4 dias?!?!?! Entao comprei um livinho da Lonely Planet e comecei a pesquisar em foruns tudo que tinha pra fazer pertinho da capital, que dessem varios passeios bate-e-volta tendo Santiago como base.
Acabou que o tempo “dedicado” a Santiago foi bem pouco (dois 1/2 dias), mas acho que foi suficiente pra ter um bom gosto e ficar com uma otima impressao da cidade.
Entao assim que chegamos fomos direto pro centro da cidade, para o Mercado Central. O mercado central é um otimo ponto de partida para qualquer passeio pela cidade, ou entao uma otima opcao de “meio” ou fim do passeio, já que ali estao alguns dos melhores restaurantes de frutos do mar da cidade.
Aliais, em todo Chile frutos do mar sao o carro chefe de qualquer restaurante, e sao incrivelmente baratos e deliciosos! No mercado central em especial, fugindo dos grandes restaurantes na ala central (que sao mais atrai-turista style), a comida é sempre fresquissima e super barata. Entao antes de escolher um restaurante, resolvemos dar umas voltinhas pra tirar fotos e catar uma opcao que nao fosse tao lotada de turistas e tivesse mais “caracter”. Acabamos comendo na Marisqueira “Tio Lucho”, comandada diretamente pelo dono (que ficou logo amigo do meu pai) e nos mostrava na bancada da tenda do mercado, oque em breve estaria no nosso prato!
Foi uma orgia gastronomica com direito a todos os mariscos disponiveis, Robalo e Reina na grelha, camarao a alho e oleo, Ceviche de mariscos, vinho Chileno, cerveja Chilena, etc, et ateh os 4 já estarem prontos pra rolar pelo chao pela bagatelo de 50 dolares…!!
Para evitar a lesera pos almoço agravada por termos acordado as 4 da manha pra pegar o aviao no Rio, fizemos um roteiro de passeio a pé pelo centro historico de Santiago:
Saindo do mercado central (estação de metro “Puente Cal y Canto”), demos uma passadinha na Estación Mapocho, que fica praticamente do outro lado da rua. A antiga estação de trem de Santiago, que teve toda sua estrutura de fero construida e montada na França e so´depois transportada pro Chile, foi parcialmente destruida por um terremoto e hoje em dia eh um centro cultural.
Depois seguimos pelo Paseo Puente até a Plaza de Armas, que é uma das principais praças de Santiago. Alem da praça em si, ali esat a Catedral Metropolitana da cidade, que foi construida entre 1748 e 1800 e domina a paisagem da praça, apesar de nao demostrar o quao grande é por dentro!
Na mesma praça estao tambem o Museo Historico Nacional e a sede dos Correios do Chile, alem de uma enorme estatua de Pedro de Valdivia, explorador Espanhol que fundou a cidade no seculo 16.
De lá seguimos pelo Paseo Ahumada, que é uma rua peatonal enoooorme cheia de lojas, cafes e restaurantes por todos os lados, inclusive alguns cafes que “servem” o famoso “café con piernas”! O café con piernas sao cafés inofensivos espalhados pelo centro da cidade (principalmente no Paseo Ahumada) onde o cafe é sempre servido por mulheres vestida de trajes minimos.
Teoricamente sao estabaleciamentos “de familia” onde se serve apenas cafe e seus variantes, mas achamos comicos que a garconetes de fato usam mini-micro saias (quando na verdade deveriam estar usando calças semi bag…), o balcão do cafe nao tem “fundo” (para que as pernas sejam vistas por todos os angulos do estabelecimento) e todos os clientes eram do sexo masculino (tirando eu e minha mae…).
Quando chegamos na Calle Moneda, seguimos em direção a Plaza de la Constituición, onde estao o Palacio de la Moneda, Tribunales de La Justicia e o ex Congresso Nacional.
Entao seguimos pela Alameda (Avenida O’Higgins) até chegar no Cerro Santa Lucia, que tem uma vista super legal da cidade (apesar do nevoeiro cinza de poluicao que abafa Santiago 360 dias por ano!). Lá de cima dá pra ver bem toda a cidade e entender a situação geografica de Santiago, que fica num vale entre as cordilheiras dos Andes e a Cordilheira Oceanica.
As outras duas atrações turisticas de Santiago, que fizemos em outros dias, mas que poderiam – facilmente – ser feitas no mesmo dia sao o Cerro San Cristobal e o Parque Arouca.
Ok, o Parque Arauco, nao é extamente uma atração turistica e sim um shopping center enorme, mas tem opcoes infinitas de restaurantes super legais, muitas lojas (que – eu saiba – nao existem no Brasil) diferentes (que nao cobram os preços absurdos do Brasil) e muitas opcoes de entretenimento.
Já o Cerro San Cristobal é um dos cartoes postais da cidade, e tambem o maior parque de Santiago. O bairro Bellavista me pareceu ser o hang-out preferido do mochileiros, e a Calle Pio Nono tem uma infinidade de opcoes baratinhas de albergues, pensoes, cafes e restaurantes, lojinhas de souvernir etc.
Já pra chegar lá em cima, alguns turistas contratam taxis ou vao apé, mas a menias mais “tradicional” de subir o Cerro é de Funicular, que já da uma pequena amostra da vista nos aguarda! mas infelizmente o bondinho estava fechado por causa do vento, entao nao pudemos ir ateh o outro lado do cerro, na Providencia, onde esta o Jardin Botanico de Santiago.
Os detalhes mais praticos da viagem foram o seguinte:
Voamos TAM, na ida com conexao em Sao Paulo, e na volta direto pro Rio. O fuso horario eh de apenas 1 hora, mas incluindo fuso, tempo de conexao em Sao Paulo etc, a viagem durou a manha toda (acho que umas 5 horas), oque nao é exatamente otimo, mas como o voo sai do Rio praticamente de madrugada, ainda deu pra aproveitar o dia todo por lá.
Ficamos hospedados no Sheraton Santiago Convention Center, no bairro Providencia, que é um bairro relativamente central, com varias opcoes de estacaoes de metro (a mais perto para agente era a “Pedro de Valdivia”), uma vista super legal da cidade (peincipalmente no por do sol, que o smog diminuia um pouco…).
Na nossa segunda noite na cidade, levamos meus pais pra jantar no restaurante Astrid y Gaston, que apesar de ser culinaria Peruana, aparece em todos os foruns de viagem sobre Santiago como um dos melhores restaurantes da cidade (e aparentemente o mais famoso tambem, já que estava cheio de Globais jantando por lá).
Os outros passeios que fizemos (proximos posts) usamos as empresas Turistik e Turistour (dica da Paola Rangel, que mora lá!).
O sistema de transporte publico em Santiago eh otimo, o metro vai pra tudo quanto eh canto, turisticamente falando, e taxi é ridiculamente barato. mas pra fazer qualquer coisa por fora da cidade, as opcoes de transporte sao bem precarias, sem grandes opcoes de onibus, trem e afins. Entao a nao ser que estivessemos viajando com muito tempo e num esquema bem roots, com dispiscao de passar 12 horas num onibus, saltando no meio da estrada nos Andes etc, é praticamente impossivel fazer alguma coisa independentemente por lá, e por isso acabamos dependendo demais (e gastando mais que queriamos) de agencias pra conseguir fazer os passeios que queriamos.
Entao meu conselho é fazer uma programação usando diferentes agencias e day tours onde der, ou entao ir pro Chile com muuuuito tempo e dispiscao pra se virar por lá e conseguir fazer tudo que voce quer conhecer.