23 Oct 2009
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Passeeeeeeeiiiii!!!!!!!!!!!!!

Estudos

Eu dei a noticia no Twitter ontem, e alguns jah ateh deixaram recados por aqui, mas tinha que deixar registrado que FUI APROVADA NA TESE DO MESTRADO!!!!

Entao o pesadelo esta oficialmente encerrado!

E nao, nao pretendo comecar uma doutorado nem tao cedo! (provavelmente nunca…)

Eu sabia que as notas saiam em outubro, mas nao sabia exatamente quando… passei uns dias em denial total, porque estava com medo de conferir se as notas tinham saido e ter que encarar a reladidade de ter repetido… Mas ontem recebi um e-mail de um menino da minha sala e ele disse que tinha sido reprovado, e tinha que refazer sua tese ateh Janeiro. Ai entrei em panico, porque nem mesmo meu denial poderia ser eterno… e case nao tivesse passado, e tivesse que refazer as 10.000 palavras e 128 paginas, jah estaria super atrasada (ainda mais com Thanksgiving em Novembro, Natal no Brasil, etc).

Juntei minhas forcas e ontem de noite encarei a relaidade. CHOREI de emocao quando vi que nao soh passei, como ainda tirei uma otima nota!!

E o melhor, nem sequer vou precisar fazer a defesa da tese!!!

Livreeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!

Entao quero aproveitar para agradecer publicamente a todos os leitores do DriEveryWhere que participaram da minha enquete, e mandaram suas opinioes e dados pessoais!! Muito obrigada mesmo!!! Sem as opinioes e experiencias pessoais de cada um de voces, minha pesquisa nuinca teria sido completa e comrpovada, e provavelmente nao teria tido a nota que tive (tivemos!)!

Infelizmente, ainda nao estou totalmente livre do mestrado, pois a tal materia que tenho que refazer foi cancelada esse semestre por falta de alunos (apenas 3!), entao tenho que esperar ateh Janeiro para recomecar minhas aulas…

Mas confesso que por um lado fiquei ateh feliz… pois preciso de um break dos livros e sala de aula por uns meses, e nao sinto a menor saudade das noites em claro e dos fins de semana perdidos…

 

Adriana Miller
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22 Oct 2009
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Auschwitz & Birkenau – Campos da Morte

Auschwitz & Birkenau, Dicas de Viagens, Polonia

Uma coisa que pouca gente sabe sobre mim é que eu detesto filmes crueis e tristes. Mas nao digo aqueles agua com açucar que te faz chorar por varios minutos não. Estou falando de filmes que mostram a crueldade do ser humano. Seja contra outro humanos ou contra animais. Me faz tao mal, que sou incapaz de assistir ateh o final.

Filmes de guerra entao nem se fala. Nem mesmo os “classicos”, nunca consegui chegar até o fim… sai do cinema nos primeiro 5 minutos de “Saving Private Ryan”, troquei de canal em “Amistad”, e nem nunca se quer quis assistir “O Pianista”, “A Lista de Schindler”, etc… e quando a crueldade do filme relata acontecimentos reais e relativmente recentes, o efeito é ainda pior.

Então quando o Aaron sugeiru um passeio pelos campos de concentração, fiquei muito na duvida. Por um lado a vontade de ver com meus proprios olhos um dos lugares mais marcantes da historia da humanidade era grande, mas por outro lado sabia que seria um dia bem dificil de encarar.

Mas quem esta na chuva tem que se molhar, certo (e na Polonia em particular, nos molhamos bastante!)?

A principio queriamos fazer tudo “independente”: pegar um trem que sai da estacao central de Cracovia ateh a cidade de Oswiecim, e de lah um onibus ateh o campo de concentracao, e depois outro onibus entre os campos. Mas como o tempo era limitado, o tempo estava uma porcaria e todo mundo que conversei que já fez esse passeio recomendou um tour com visita guiada.

Escolhemos a empresa “See Krakow” que é a empresa recomendade pelo organizacao de turismo da Polonia, e apesar de um pouco mais cara que outras que vimos por lá (99 Zloty Polacos + ou – 30 dolares) valeu cada centavo. Um onibus veio nos buscar na porta do hotel, e quando chegamos lah já tinha um guia nos esperando, com audio-guides e uma incrivel aula de historia!

A visita comecou pelo principal e maior campo de concentração do mundo: Auschewitz e depois seguimos pro campo “suporte” de Birkenau.

O campo, hj transformado em museu é incrivelmente organizado e cheio de regras: nada de voz alta, fotos nos interiores dos predios, comida, bebida, ou qualquer outra coisa que possa ser considerada falta de respeito a memoria das vitimas.

Já na entrada os visitantes percebem que estao prestes a entrar num mundo paralelo, de onde pouquissimas pessoas tiveram a sorte de sair: as grades eletricas, as torres de vigilancia, e a frase iconica “Arbeit Match Frei” (“o trabalho liberta”) sao apenas uma pequena amostra de como o ser humano pode ser tao cruel.

Pelos corredores dos predios algumas frases nos mostram os dois lados: algumas das frases usadas por Hitler e os Generais Nazistas para justificar o exterminio (classificando Judeus, ciganos, Slavos e homosexuais como raças inferiores). E ao mesmo tempo, outras frases de lideres mundiais relelmbrando as vitimas e da importancia de relembrar tudo que aconteceu ali dentro, para que isso nunca mais seja repetido.

O passeio começa pelo interior de alguns dos predios que um dia foram os alojamentos das vitimas, seguindo toda a logica doque se passava por ali. A “propaganda” Nazista usada para capturar e atrair familias inteiras de judeus, que foram prometidos re-assentamento e a oportunidade de recomeçar suas vidas. Familias inteiras eram capturadas e transportadas em trens de carga, saindo de todos os cantos da Europa – alguns viajavam por 17 dias dentro de trens sem janelas, sem poltronas, camas, banheiros, comida ou agua. Muitos jah chegavam lah mortos.

Muitos emuitos grupos de turistas judeus e estudantes Israelitas emocionados pelos museus

A primeira instrucao dada pelos Nazistas era que familias se separassem por genero: mulheres e criancas de um lado e homens de outro. A “desculpa” dada para a separacao era que todos seriam desinfetados e tomariam banho, logo mulheres e homens deveriam estar separados.

A principal “arma” psicologica dos Nazistas era manter a multidao sempre muito calma. As familias eram instruidas e escrever seus nomes e dados pessoais nas malas, para que seus pertences pudessem ser encaminhados pros dormitorios certos. Quando tinham que se despir para tomar banho, eram instruidos para “lembrar” onde tinham deixado roupas e sapatos, para evitar confusao na saida, etc.

A entrada de uma das camaras de gas, e ao fundo a chamine do forno crematorio adjacente

Mas na verdade, mulheres, criancas menores de 16 anos, idosos, recen nascidos, gravidas e deficientes eram mortos imediatamente! Mas nao antes de serem totalmente humilhados. As mulheres tinham que ficar nuas e tinham seus cabelos raspados, e eram separadas de seus filhos. Deficientes perdiam suas muletas, oculos, pernas falsas. E criancas e idosos eram deixados sozinhos e sem ajuda de suas familias. E entao entravam na area de “chuveiro”, que na verdade eram as camaras de gas.

Para completar a “linha de producao”, os crematorios eram adjacentes as camaras de gas, entao aluns minutos depois, os corpos eram carregados diratamente para serem queimados, eliminando qualquer evidencia. E para aumentar o choque da crueldade, as cinzas humanas eram usadas como fertilizantes nos campos.
Estima-se que nas epocas do auge da campanha Nazista, cerca de 60.000 pessoas morriam por dia, a ponto de que as fornalhas nao davam mais vazao, e os corpos eram queimados a ceu aberto.

Os trilhos levavam os “passageiros” diretamente pras camaras de gas

Os homens que eram considerados “fortes” viravam escravos dos Nazistas, trabalhando nos campos de agricultura, fabricas de arma, minas de carvao e de aço. Os registros dos “prisioneiros” mostra que na verdade ninguem sobrevivia mais de 1 ou 2 meses.

As causa de morte eram o puro e simples assassinato (os guardas Nazistas eram instruidos a matar imediatamente qualquer escravo que nao trabalhasse rapido o suficiente, ou de acordo com o padrao Nazi), ou mortes por doencas fulminantes como tuberculose, pneumonia, desnutricao e varias outras. Alem doque morriam por hipotermia, resultado de torturas, gangrena, ou eram usados como cobaias em experimentos biologiocs conduzidos pelos medicos Nazistas (o “hospital” na verdade nao era para curar ninguem, e sim usar os prisioneiros como cobaias humanas). Os que tinham a “sorte” de sobreviver, se suicidavam nas grades eletrocutadas.

Os prisioneiros trabalhavam uma media de 12  a 14 horas por dia organizados em grupos de algumas dezenas ou centenas, e os Nazistas impunham a “tecnica” da “responsabilidade coletiva”, onde todos eram cumplices uns dos outros, e assim conseguiam evitar uma revolta interna: de manha, na saida pro trabalho X homens eram contabilizados, entao no fim do dia X homens tinham que voltar. Se alguem estivesse faltando, 10 outros prisioneiros seriam executados ou torturados imediatamente. Entao eles tinham que carregar os corpos de seus colegas assassinados ou mortos ao longo do dia, para mostrar as “provas” na volta ao campo de concentracao.

Eu poderia passar horas e mais horas relatando os horrores daquela lugar, e NUNCA vou conseguir fazer jus ao que se sente ali dentro. Assim como nunca serei capaz de entender oque realmente se passou ali dentro.

Muitos dos predios viraram museus, com exposicoes de fotos e documentos, com fotos do registro dos prisioneiros antes de serem mortos. Os olhares de horror e as cabecas raspadas mostram o horror que aquelas pessoas estavam sentido, a tristeza, a humilhacao e a total falta de esperança na vida.

As exposicoes de artigos pessoais mostra o lado “humano” das vitimas. As malas com os nomes de seus donos, os sapatos, as muletas, os brinquedos, panelas, e montanhas e montanhas de cabelos das mulheres e criancas que ali morreram. Cabelo humano era considerado uma materia prima super resistente, e entao os Nazistas usam a materia prima para fabricar tecidos para uniformes de soldados, recheio para colchao e almofadas, entre outras coisas.

Roupas de qualidade e joias eram vendidas ou doadas para as familias Alemaes que viviam nas redondezas (dos oficiais).

Outros predios mostravam os alojamentos, onde 4 pessoas tinham que dividir a mesma cama (geralmente muito mais, jah que o peso medio dos prisioneiros era de 40 kilos para um homem adulto); as paredes de madeiras tao finas que a temperatura exterior era a mesma por dentro, os banheiros com esgoto ao ceu aberto, mas com desenhos “fofos” de gatinhos e anjos se banhando nas paredes…
A vontade de chorar durou por horas e horas, e as vezes tirava meu fone de ouvido e me afastava do grupo, porque simplesmente nao conseguia mais ouvir os relatos das crueldades. Aliais, nossa guia foi exelente, e nao entendo como ela conseguia ter aquele emprego, repetir as mesmas monstruosidades todos os dias, e demonstrar tanta emocao, sem “break down”.

Alem de tudo que estavamos vendo, o clima soh ajudou a criar a dramatizacao do lugar. Se estavamos no inicio do outono, onde faziam “apenas” -2 graus e nem chovia tanto assim, imagina passar semanas sem comer nada, trabalhar ao ar livre 14 horas por dia, usando tamancos de madeira e um uniforme de algodao, em baixo de chuva, neve e temperaturas que podiam chegar a -25 graus!!! Durante o inverno, mortes causadas por gangrena e hipotermia eram as mais comuns. Os que sobreviviam o frio durante o dia, geralmente morriam de diarreia durante a noite.


O “paredao da morte” acima e as camaras de tortura abaixo

O mais emocionate foi que no final do tour, a guia nos lembrou que quando a guerra finalmente acabou e os campos de concentracao foram encontrados, os sobreviventes foram capturados como prisioneiros e guerra na maos dos Russos, e o pesadelo continuou pois varias outras decadas. Em menor intensidade, mas tao cruel e devastadora quanto.

A Polonia, junto com a Hungria, foi um dos paises mais penalizados pelas guerras Europeis do seculo 20, e até hoje lutam para tentar se reerguer. A entrada para a comunidade Europeia em 2004 tem ajudado, mas ainda teem muito oque fazer para reconstruir o pais que foi destruido por varias e varias decadas seguidas.
Quanto mais escrevo sobre oque vi, mais lembro das crueldades e relatos das coisas que aprendemos lah dentro. Passamos horas em total silencio, sem trocar nenhuma palavra, sem levantar os olhos do chao, sem sorrir, sem sentir frio, fome ou sede.

Nunca vou aceitar nem entender a crueldade do ser humano. E nem precisamos chegar no nivel dos nazistas. Nao entendo como um ser humano pode olhar pro outro e pensar “sou superior”, e maltratar outra pessoa, seja lah porque motivo seja: credo, nacionalidade, opcao sexual, cor da pele, posicao social.

Nao entendo nem nunca vou entender as pessoas que sao racistas, que maltratam crianças ou animais, que destraram garçons, empregadas, ou qualquer outra pessoa de nivel social diferente, que sacaneiam homesexuais ou deficientes. Pra mim a diferença entre essas pessoas e os Nazistas esta apenas na escala utilizada.

Realmente nao estou querendo comprar alhos com bugalhos, mas nos meus olhos os motivos sao os mesmos, e isso é um comportamento humano que nunca vou entender. Nem quero.

Mais fotos AQUI

Adriana Miller
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21 Oct 2009
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Fui assim: Outono na Polonia!

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Esse fim de semana fui para Cracóvia, na Polonia com o Aaron, e como prometido, lembrei de tirar mais fotos do “look” da viagem.

Foi muito engraçado, pois eu estava morreeeeeendo de vergonha de tirar essas fotos pelo corredor do hotel, e por isso sai com cara de bunda em todas as fotos…. e mais engraçado ainda foi tentar explicar pro Aaron porque ele tinha que tirar tal fotos de mim…

Mas enfim, aqui está!

Botas: Zara

Calça: Diesel

Casaco: Asos

Pullover/vestido: Zara

Lenço/Cachecol: Nao lembro…. acho qye é H&M

Bolsa: Fendi

Eu não espera o frio que estava fazendo esse fim de semana, pois afinal estamos apenas na metade de Outubro! Teoricamente ainda é o comecinho do outono, mas mesmo assim a temperatura já estava abaixo de zero, muita chuva e vento impiedoso!

Por baixo do pullover cinza eu estava usando mais umas 5 blusas e mesmo assim o vento atravessava com a maior facilidade… E o casaco/sobretudo “outonal” de lã fininha relmente nao foi feito pra temperaturas muito baixas!

A bota é novinha, super confortavel e amei essa coisa “gato de botas” que vai até em cima do joelho, mas a camurça cinza nao foi feita pra neve Polonesa, e meus dedos morreram de frio!

Entao se tivesse que refazer as malas pra essa viagem, teria levado um casaco mais grosso e “invernal” e outro par de botas, de couro e solado mais grosso!

Na rua, com guarda chuva, boina, luvas e afins, o visu ficou assim:

Adriana Miller
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