16 Jul 2013
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Maternidade no UK: Durante e Depois

Gravidez, Pessoal, Vida na Inglaterra, Vida no Exterior

Esse post est uns meses atrasado, mas eu queria mesmo esperar passar um pouco o rebulio de hormnios e emoes da gravidez e ps parto pra contar um pouco mais sobre a experincia de ficar grvida e ter um beb na Inglaterra, e responder algumas perguntas que recebi ao longo desse ltimo ano.

Mas antes de mais nada, vale reforar a ideia de que cada caso um caso, e a sua experincia (na Inglaterra ou qualquer outro lugar) ou a histria que voc ouviu da prima da vizinha do conhecido do seu amigo pode ter sido completamente diferente, o que no desmerece a experincia de ningum! E outra coisa que eu aprendi a duras penas foi o tanto que as pessoas gostam de dar palpite, opinio e sugestes na vida alheia – como se uma barrigona ou um beb no colo derrubasse todas as cortesias e a moral e bons costumes de respeito ao prximo (incrvel como ouvi barbaridades de estranhos nas ruas nas 3 semanas que passamos no Brasil! Aqui o pessoal se controla mais, mas volta e meia rola algum sem noo…).

Bem, comeaando pelo princpio, de maneira geral toda gravidez e parto no Reino Unido acompanhado e realizado pelo NHS (National Health System), que o sistema pblico de sade nacional.

As opinies positivas e negativas ao servio de sade varia o de 0 a 1000 – ha quem ame e ha quem odeie, o que depende demais de sua experincia nas mos deles. Mas o que interessa mesmo ressaltar que na Inglaterra todo mundo (que mora aqui legalmente) tem acesso a um sistema de sade de qualidade e totalmente de graa.

Claro que nada perfeito e a qualidade do servio geralmente esta atrelada a onde voc mora – se mora numa cidade/bairro bom, provavelmente o NHS local ser melhor. Se mora num bairro mais marginalizado, com muitos imigrantes e afins, as condies gerais do servio ser consideravelmente pior. Infelizmente.

Mas tambm existe um sistema privado de sade, que varia bastante de plano pra plano, mas que no geral no cobre maternidade e parto – eu tive a sorte de ter um timo plano de sade atravs da minha empresa que cobriu por inteiro meu pr-natal e parto, ento tive experincia nos dois lados.

Se voc fará seu pr natal e parto no NHS, o primeiro passo quando desconfiar que esta grávida, é ir no seu GP (seu médico de família da clínica do seu bairro) e fazer um exame de sangue. Esse exame é ultra básico, e apenas confirma o nível do hormônio Beta HCG, confirmando ou não a gravidez. Se o resultado for positivo, seu GP lhe encaminhará ao hospital (público) de seu bairro, onde você será acompanhada por midwives (enfermeiras obstetras, ou “parteiras”).

Na maioria das vezes, essa primeira consulta pode demorar semanas (que parecem ser eternas nesse comecinho de gravidez!), o que e extremamente frustrante, numa fase sensível onde tudo que queremos é a certeza que o bebê está bem!

Na pior das hipóteses a primeira consulta é marcada pra 12ª semana de gravidez – mas geralmente a primeira consulta com a midwife acontece entre a 8ª e 10ª semana, onde elas fazem um questionário geral sobre sua saúde (e avaliam a necessidade de mais exames), ouvem o batimento cardíaco do bebê, tiram pressão, peso etc.

Não espere nada muito sofisticado nem “personalizado”.

A primeira ultra sonografia acontece apenas na 12ª semana, quando fazem uma avaliação do desenvolvimento do bebê, e testam a possibilidade de doenças genéticas (síndrome de down e mais algumas outras).

Uma coisa que as vezes “choca” as mães Brasileiras de primeira viagem é que como na Inglaterra o aborto é 100% legalizado, rola todo um papo sobre suas “opções” caso o resultado dos exames não seja positivo – então cabe a cada mãe e cada pai a decisão sobre o que fazer daí pra frente.

Se tudo correr bem, a partir da 12ª semana de gestação você terá 1 consulta com a midwive por mês até a semana 36, quando as consultas passam a ser a cada 15 dias; e se sua gestação passar das 40 semanas, as consultas passam a ser semanais (e em alguns casos, a cada 2 ou 3 dias).

A sua única outra ultra sonografia será na semana 20, quando avaliam a formação física do bebê e onde os pais tem a opção de descobrir o sexo.

Aqui não existe exames de “sexagem fetal” nem nada do estilo, mesmo no sistema particular, e descobrir se o bebê é menino ou menina só mesmo na 20ª semana – e se o bebê cooperar (se o bebê estiver de pernas cruzadas ou numa posição onde não seja possivel ver o sexo, os pais tem que esperar até o nascimento do bebê pra descobrir, ou então fazer uma ultra num hospital particular. Mas o comum aqui é que ninguém descubra o sexo do bebê mesmo de qualquer maneira).

Ou seja, em uma gestação normal e saudável, a grávida não se consulta com um obstetra uma única vez, e é atendida pelo time de midwives de seu hospital (cada consulta será uma pessoa diferente, para que você se familiarize com toda equipe).

Quando você entrar em trabalho de parto, será atendia por uma das midwives (que provavelmente você já conheceu em alguma das consultas), que são também responsáveis pelo parto. Os Obstetras só entram em cena em casos de emergência.

E aqui na Inglaterra, parto é parto. Todos são normais, e de preferência o mais natural possível.

Cesáreas são consideradas “cirurgia de retirada de bebê”, e nunca chega a ser uma opção, a não ser que realmente exista um risco muito grande para a mãe e/ou bebê. Alguns fatores podem ser encarados como complicadores do parto normal, mas a decisão por uma cirurgia só acontece quando a mãe entre em trabalho de parto, ou nas semanas finais da estação (como por exemplo cordão umbilical enrolado no pescoço, bebê de cabeça pra cima, gêmeos, bebê grande, etc. Todos são vistos como “complicadores”, porém não são motivos suficientes para fazer a mulher passar por uma cirurgia abdominal).

Eu tive o privilégio de experimentar os dois lados do sistema de saúde na Inglaterra, e confesso que por ser mãe de primeira viagem e estar acostumada com os padrões Brasileiros (e o Aaron com padrões Americanos) de saúde, toda essa cosia de não ter obstetra, exames superficiais, não fazer ultras etc, me assustava um pouco, então fiz todo meu pré natal e parto pelo sistema privado.

E por aqui, pelo menos no meu plano de saúde, o sistema funciona igual ao Brasil: eu consultei meu ginecologista no inicio da gestação, fiz todos os exames necessários de sangue e hormonal, fiz a primeira ultra na 7ª semana para confirmar a gestação e batimentos cardíacos do bebê, e dai pra frente fiz uma ultra por mês.

Mais ou menos no 4ª mês, meu ginecologista me encaminhou para um Obstetra e prosseguimos com o pré natal normalmente.

Por sorte, meu Obstetra atende em vários hospitais particulares em Londres, então na reta final (7ª mês) eu resolvi trocar de hospital, para ficar mais perto de casa, então tive que refazer alguns exames e voltei a misturar um pouco o lado do NHS com o particular (a quem interessar possa: fiz meu pré natal no Portland Hospital, mas resolvi ter a Isabella na Lansdell Suite do St Thomas Hospital – uma ala particular dentro um hospital público – pois achei que a infra estrutura num caso de emergência seria mais completo).

Quando entrei em trabalho de parto, fui direto para o hospital, onde pude ficar relaxando com o Aaron enquanto esperava o parto progredir (no NHS a gestante só pode dar entrada no hospital quando já esta em trabalho de parto avançado, com contrações a cada 5 minutos pelo menos), com acompanhamento das midwives e do Obstetra.

De modo geral eu achei a experiência o máximo, e tanto no lado do NHS quando no particular fui muito bem cuidada, e gostei demais do estilo que os Britânicos (e Europeus em geral) encaram a maternidade e principalmente o parto.

A maioria das mulheres sonha e opta pelo parto normal sem anestesia (lembrando que a cesárea não faz parte do leque de “opções” e só acontece em casos muitos específicos), então o sistema é preparado pra isso.

Somos encorajadas a fazer um “birth plan” (“plano do parto”) onde é estabelecido seus desejos e prioridades, desde qual música você quer ouvir durante o trabalho de pato, a intensidade da luz, até decisões mais “sérias” como anestesia, episiotomia, opções de emergência (as mulheres aqui fogem MESMO da cesárea, então temos várias opções de intervenções e “ajudas” médicas para facilitar o parto normal), quem vai cortar o cordão umbilical, se o bebê vai ser examinado antes ou depois da primeira mamada etc, etc.

Eu optei pela anestesia peridural, mas ainda assim, a anestesia aplicada nos hospitais Ingleses é conhecida como “walking epidural”, ou a “peridural andante”, pois é aplicado apenas a dose mínima do anestésico, então elimina toda dor, mas sem eliminar a sensação do parto.

Então apesar de não ter sentido dor nenhuma em momento algum, eu pude andar pelo quarto, ir ao banheiro quantas vezes quis, usei a bola de pilates, as barras de apoio, etc e fiquei bastante ativa durante todo o parto, o que ajudou demais a passar o tempo e progredir com as contrações, dilatação etc. Mas ao mesmo tempo eu conseguia sentir tudo que estava acontecendo “dentro” da minha barriga – sabia quando estava tendo uma contração (sem dor, mas sentia a barriga ficando dura), sentia ela se mexer, quando a cabeça foi abaixando etc. E na hora de empurrar, também conseguia sentir cada contração, o que ajudou a focar meus esforços, saber quando respirar, quando empurrar, quando parar etc. O médico e as parteiras iam me guiando, mas foi sensacional conseguir participar “ativamente” do parto.

Não existe experiência igual!! Só tenho memórias maravilhosas daquele dia/noite e já mal posso esperar pelos próximos partos!

Foi cansativo, claro. No total, entre a bolsa romper e a Isabella nascer foram 21 horas de “trabalho”, sem comer ou dormir direito, mas foi o que meu corpo precisava para se preparar para aquilo tudo.

Eu também aceitei/optei por receber hormônios artificiais (oxitocina) para acelerar as contrações/dilatações, pois as horas estava passando rápido demais e o parto não estava progredindo de acordo. E como a regra aqui é que a mulher só pode ficar em trabalho de parto por 24 horas depois que a bolsa estoura, não quis arriscar ter que acabar numa mesa cirúrgica depois de passar tantas horas “trabalhando”. Mas gostei que no fim das contas, a opção foi minha. Poderia ter esperado mais algumas horas, e quem sabe, tudo teria progredido normalmente, sem intervenções nem hormônios artificiais. Mas naquele momento foi o melhor pra mim e minha filha, pois estava ficando cansada e não queria arriscar estragar o momento.

A fase de recuperação pós também é diferente entre o NHS e particular, pois a grandíssima maioria dos hospitais públicos, a mulher é transferida para uma ala pós parto, que são enfermarias divididas com outras mulheres e seus bebês (os hospitais Ingleses não tem berçários, e seja público ou particular o bebê SEMPRE fica com a mãe desde o primeiro segundo de vida). Portanto não há privacidade, as visitas são limitadas e o pai da criança ou parceiro(a) da mãe não podem ficar junto.

Se o parto não tiver complicações e o bebê nascer durante a manhã/dia, a família volta pra casa no mesmo dia (uma amiga voltou pra casa 6 horas depois que sua filha nasceu – sem anestesia e num parto na agua. Ela preferiu se recuperar em casa do que na enfermaria do hospital).

No nosso caso, como estávamos na ala particular eu pedi pra passar mais uma noite (estava muito cansada e com muito medo de voltar pra casa e ser responsável por um bebê! hahahahah), então eu e o Aaron passamos um total de 3 dias e 2 noites no hospital (o 1ª dia em trabalho de parto, e 2 dias e 1 noite já dividindo o quarto com a Bella!).

Mas o surpreendente mesmo é depois que o bebê nasce e achei o serviço prestado pelo NHS incrível!

Entre as primeiras 24 e 48 horas depois que a mãe e bebê voltam pra casa nós somos visitadas por uma midwife e/ou Health Visitor, que a cada 3 ou 4 dias vem visitar a mãe e o bebê para se assegurar que esta tudo bem na recuperação e adaptação da nova família.

Elas pesam o bebê, examinam a mãe, conferem amamentação, informam sobre alimentação, vacinação do bebê, depressão pós parto e o que mais mãe/pai/bebê precisem!

No nosso caso foi crucial pois a Isabella perdeu muito peso depois que nasceu, então a midwife vinha nos ver a cada dois dias (mesmo no dia que a cidade parou por causa de uma nevasca ela apareceu!), me orientou em relação a amamentação, como cuidar do umbigo, dar banho, colocar pra dormir, etc, etc, etc, até tudo estar 100% normal, o que só aconteceu com quase 3 semanas. E lembrando que a Isabella nasceu no auge do inverno, na semana mais fria do ano (na sua primeira semana de vida nevou 4 dias seguidos!), e só o fato de não ter que sair de casa com um bebê recém nascido abaixo do peso no frio foi uma alívio!

Esse apoio do sistema público de saúde foi fundamental para uma recuperação tranquila, amamentação bem sucedida e um bebê saudável!

Depois disso, na 6ª semana pós parto fizemos (eu e Isabella) um check up com o GP (General Practice, ou o clínico geral que é o médico de família de seu bairro) e eu também tive um check up com o Obstetra.

Daí pra frente, uma vez por semana (e agora que ela esta mais velha, uma vez por mês) vamos na “baby clinic” da clínica do bairro medir/pesar e fazer um check up geral e conversar com as Health Visitors.

Uma coisa estranha é não ser consultada por um pediatra, e sim um clínico geral ou enfermeira (a não ser que você tenha plano de saúde), mas eles fazem uma triagem inicial e se algo não estiver bem, seu bebê é encaminhado para a pediatria do hospital de seu bairro.

No sistema privado, funciona como no Brasil: você leva seu bebê uma vez por mês no pediatra, pode ligar de madrugada, fazer perguntas bobas sobre a cor do cocô e o que mais quiser :-)

 

Não sei se minha experiência teria sido tão positiva se meu pré natal e parto tivessem sido 100% pelo NHS, mas o pouco que vi, gostei bastante da filosofia “gestação-parto-pós parto” que eles tem aqui, em ambos os lados do sistema, e fico um pouco decepcionada com as estatísticas de parto no Brasil.

Agora só me resta esperar que minha próxima gestação seja tão saudável e tranquila quanto a primeira e que mais uma vez eu possa ter um parto normal, natural e sem complicações!

 

Adriana Miller
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25 Mar 2013
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Chá de bebê virtual: #TiasEverywhere

Baby Everywhere, Blog, Gravidez, Isabella

Ha uns meses atrás, enquanto ainda estava grávida, eu recebi alguns e-mails de leitoras que gostariam de “agradecer” a ajuda que tiveram pelo blog, enviando alguns presentinhos pra Isabella.

chavirtual

Na época fiquei super sem graça – como faz pra aceitar presentes tão generosos de pessoas que você não conhece? Fiquei extremamente lisonjeada de ver que esse humilde blog alcança tanta gente no mundo todo – então agradeci a todas, mas não precisava.

Mal sabia eu que um movimento estava prestes a se desencadear nas caixas de comentários! Lideradas pela Tereza Stella (@terezastella) várias leitoras começaram a se comunicar entre si, trocar e-mails e comentários e conseguiram me convencer!

Criamos um grupo de e-mail com todas as participantes, ganhamos logotipo e tudo mais e eu dei dois endereços comerciais pras meninas (um no Brasil e um na Inglaterra).

E o susto quando uns dias depois começaram a chegar caixas e mais caixas de presentes vindos de todas as partes do mundo?!

Foi tamanha surpresa e felicidade que eu jamais conseguiria agradecer o carinho que eu, o Aaron e a Isabella recebemos!!

Trocamos muitos, muitos e-mails, e foi uma delícia conhecer um pouco mais de cada um(a), de onde são, o que fazem, como descobriram o blog e ha quanto tempo! Cada cartinha e cartão incríveis que eu recebi!

Então o combinado foi que eu abriria todos os presentes de uma vez só, depois que a Isabella já tivesse nascido, pra poder tirar muitas fotos, filmar tudo e conseguir de alguma maneira agradecer, pelo menos um pouquinho, o carinho que recebemos – e claro, já contar com a participação especial da #BabyEverywhere!

A interação e carinho entre as meninas foi tanto que acabou surgindo outra #tag, as “Tias Everywhere”, porque elas estão mesmo no mundo todo!!

Ganhamos muitas roupinhas lindas, conjunto de berço bordado e fraldinhas com o “Baby Everywhere”, muitos brinquedos e bichinhos, sapatinhos, livros e DVDs!!

Adorei que muitos presentes tinham um significado especial – uma feira de artesanato de alguma cidade do Brasil, uma bordadeira especial, o desenho de um pretzel típico Alemão, uma almofadinha com oração, um body da França, Melissa, Havaianas e muitos livrinhos em Português, com historinhas de personagens típicos Brasileiros (AMO a turma da Mônica! Tanto que minha irmã acabou se chamando Mônica por minha causa!), histórias do folclore, os DVDs da Galinha Pintadinha, musica Brasileira pra crianças, etc, etc, etc

Tanta coisa que vocês nem podem imaginar!!

As cartinhas e cartões estão todas guardadas numa caixa especial no quarto da Bella – um dia ela vai poder ler e reler todas as cartas e conhecer um pouco mais sobre todas as Tias que ela tem Everywhere!!

Então mais uma vez, muito, muito obrigada por todo carinho – do fundo do nosso coração!

DriBella

Adriana & Isabella

 

Adriana Miller
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20 Jan 2013
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Cuidados durante (e depois!) da gravidez – corpo!

Beauty Everywhere, Corpo e mente, Gravidez, Pele

Esse post ta saindo mega atrasado (até porque! Já nao estou mais gravida), mas os cuidados que tive com a pele do corpo durante a gravide continuam firme e forte durante esse período de “recuperação do corpo”, então… Antes tarde do que nunca!!

Bem, logo que descobri que estava gravida, uma de minhas principais preocupações foram as estrias.
Estava em Paris a trabalho e já aproveitei logo pra ir numa farmácia qualquer e fazer um estoque de cremes Medela – era a única marca que conhecia e já tinha ouvido falar pra cuidados da pele durante a gravidez.

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Mas oque eu nao sabia era que oa produtos Medela tem um cheiro MUITO forte!! (na verdade depois acabei lendo varias gravidas reclamando da mesma coisa)
Simplesmente nao conseguia usar sem ficar o dia todo mareada… Além disso, achei que os cremes da Medela tem uma textura péssima, uma coisa meio “gel” que deixa uma película de filme esquisito na pele.
Resumo. Nao deu certo.

Então parti pra outra. Li umas reviews muito boas da marca Inglesa “Mama Mio”, que tem uma linha completissima de produtos para gravidez.
A Mamma Mio é a marca usada nos tratamentos para gravidas no Spa da Harrods, e a venda em lojas de departamento como a Harrods, Selfrides e John Lewis – e na Mamas & Papas.

Usei por algumas semanas e adorei. A textura era ótima, absorvia super bem na pele e tem um cheirinho cítrico que nao era tão forte assim.

Mas nao deu outra. Depois de umas semanas o cheiro começou a me incomodar, e a essa altura minha barriga já estava começando a crescer e comecei a reparar que ao longo do dia, a pele da minha barriga ficava coçando – péssimo sinal!!!

E então me lembrei de passar na Lush.
Pra mim eles sao imbativeis, e sempre AMO todos os produtos deles que já usei. Além disso, como eles só usam ingredientes naturais e tal, sabia que poderia usar qualquer coisa da marca Lush sem medo de químicos ou ingredientes nocivos durante a gravidez.

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Na verdade eles nao tem nada especifico pra gravidez, mas sabia que o “Dream Cream” é super mega hidratante, por exemplo, mas a vendedora me recomendou uma das novidades da marca, o “condicionador” de pele “Ro’s Argan”.

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É o seguinte: é um hidratante pra usar no banho, como se fosse um condicionador de cabelo mesmo: é só passar na pele dentro do banho mesmo, e depois enxaguar e pronto. Pele super hidratada mas sem a preguiça de ficar passando creme depois do banho.

Mas pra gravidez a recomendação foi usar como um hidratante normal, fora do banho.

Maravilha!! A pele fica meio melequenta por um tempinho, mas os óleos da formula (e sao muitos! Argan, amêndoas, gérmen de trigo, proteína do leite, rosas etc) vao aos poucos se absorvendo e “secando” na pele, e nunca mais tive nenhuma coceira na pele – e só pra confirmar, nao tive nenhuma estria e ainda ganhei elogio do obstetra pela ótima elasticidade e tônus da pele da minha barriga!!

Um outro produto da Lush que eu usei e adorei, principalmente para viagens foi uma de suas barras de massagem, a “King of Skin”.

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Por ser em formato de barra, ele é perfeito pra viagens pois nao conta na quota de produtos líquidos na bolsa de mão. E por ser feito principalmente de manteiga de cacao pura e óleo de amêndoas, essa baratinha tambem é super hidratante (mas mais melequenta que o creme, e por isso nao usava todo dia).

Agora que a Isabella já nasceu, eu continuo usando o “Ro’s Argan” duas vezes por dia, pra manter a pele bem hidratada no período de “encolha”.
Afinal é
Preciso manter a hidratação na hora que a pele estica, mas é igualmente importante manter a saúde e elasticidade da pele da barriga depois da gravidez pra evitar flacidez a medida que a barriga vai voltando ao lugar.

Adriana Miller
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