20 Oct 2016
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Rotina de recém nascido

Baby Everywhere, Dicas de Maternindade, Isabella, Oliver

Bem, antes de mais nada vou começar o post com o meu aviso de sempre – esse post reflete a minha opinião e experiência.  Não é “dica infalível”, e muito menos estou ditando o certo ou errado na criação dos filhos de ninguém.
Pode ser que você faça tudo exatamente igual e tenha um resultado completamente diferente. Pode ser você tenha feito tudo diferente e tenha tido o mesmo (ou melhor) resultado.

Afinal, no mundo na maternidade/paternidade não existem muitos “certos” e “errados”. O certo é o que da certo pra você, e não colocando ninguém em risco, vai em frente e sobreviva!  Porque isso é o mais importante nessa fase de recém nascido: sobrevivência!

Bem o motivo desse post é porque muitas leitoras me pediram para compartilhar mais detalhes sobre a rotina do Oliver nessas primeiras semanas de vida.

E aqui entra outro aviso: apesar dessa rotina que estamos criando, vale ressaltar que ele dorme bem e ponto. Não existe milagre pra fazer bebê dormir à noite toda, a não ser que isso já seja o natural do bebê.
A Isabella era ótima “dorminhoca”,  e com uns 2 meses já dormia praticamente a noite toda. O Oliver conseguiu ser ainda melhor, e logo nos primeiros dias de vida já nos dava 6 ou 7 horas direto de sono a noite. Então sim, ganhei na “loteria” dos bebês e não estou prometendo nenhuma cura milagrosa para as noites insones de ninguém.

Porém eu sou super defensora de uma boa rotina. Bebês e crianças nada mais são do que “animaizinhos”, e precisam da estrutura e repetição de uma rotina. Só assim eles se condicionam e se “treinam” a certos comportamentos.
Então pra mim a importância da rotina não é para “mudar” necessariamente um comportamento do bebê (se bem que ajuda bastante) e sim dar uma certa estrutura na vida do bebê e dos pais.
Ou seja, se seu bebê acorda 37 vezes todas as noites, a rotina provavelmente não vai fazer que ele passa a dormir milagrosamente 12 horas seguidas…
Mas talvez passe a acordar apenas 28 vezes por noite… Mas a principal vantagem mesmo é que você vai aprender a monitorar esses ciclos de dormir/acordar durante o dia e a noite e assim vai poder conviver melhor com isso, e logo melhorar a qualidade de vida dos pais, tornando tudo mais previsível e menos torturante (sim, essa fase de recém nascido é pura tortura!).

E um disclaimer final, antes que esse post fique muito lenga-lenga: as “técnicas” que vou mencionar não foram inventadas por mim, logicamente!
Quando a Isabella estava com umas 5 semanas e eu estava completamente perdida e prestes a ir a loucura, eu li o livro “A encantadora de bebês” e juro que mudou minha vida!
Hahahaha
Pra mim foi tipo ler uma “bula” de como entender melhor os sinais que ela dava ao longo do dia e ir aos poucos ir estabelecendo a nossa rotina. Umas semanas depois, com cerca de 8 ou 10 semanas ela já estava dormindo a noite toda.
Sorte? Loteria? Milagre?
Só deus explica…
Mas como deu certo pra gente, então logo no primeiro dia de vida do Oliver já começamos a colocar algumas coisas em pratica, que também tem dado super certo e nos ajudado a ter um dia a dia mais tranquilo e “normal”, meesmo com a loucura que é a vida com um recém nascido!

Então não deixem de ler o livro o quanto antes!

 

Rotina EASY: Eat Activity Sleep You (“Comer-Atividade-Dormir-Você”)

Esse é o principal princípio da rotina do livro, e estabelece “ciclos” onde o bebê mama, fica acordado e depois dorme de novo.
Eu nunca quis aquelas rotinas engessadas à moda antiga que dizem que as X horas tem que acordar, depois tem que mamar nas horas  X Y Z, tirar sonecas no horário tal, etc.
Isso até passa a acontecer ao longo do tempo, e você vai aprendendo qual o padrão do seu bebê, e que também vai mudando e evoluindo ao longo dos meses e anos.
Além disso, esses “ciclos” de dormir-acordar-mamar permitem uma amamentação sob demanda, que também é importante, principalmente nas primeiras semanas e meses de vida da criança. Mas ao mesmo tempo não fica aquela coisa de “amamentação sob demanda” ao deus dará, que é pura judiação com as mães! Nem sempre que o bebê chora ou reclama ele precisa ser acoplado nos peitos da mãe, e o truque é saber entender o que o bebê quer ou precisa a cada momento.

Então na pratica funciona assim:
O Oliver acorda e já vai direto pro peito mamar (mas também funciona pra quem só usa mamadeira, porque parei de amamentar a Isabella com 4 meses e continuei com essa rotina por vários anos!). E ele mama sob demanda, sem limite de tempo. Às vezes passa 40 minutos em cada peito, e às vezes só 15 minutos…
Se for durante o dia e ele estiver sonolento na hora de mamar, eu fico tentando acorda-lo: faço cosquinha, troco a fralda, converso com ele…. é importante que ele consuma o maior número de calorias possíveis durante o dia, para precisar de menos leite a noite. E é importante também manter o “ciclo” dos momentos acordados e dormindo, para não bagunçar a ordem da rotina.
E isso faz a maior diferença mesmo!

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Essas semanas que meus pais e sogros estavam em Londres eu tinha que ficar “brigando” com todo mundo pra deixar e manter ele acordado depois das mamadas, até ele começar a dar os sinais certos do sono, porque o instinto de todo mundo (principalmente avós!) é já querer pegar a criança no colo e começar a embalar pra ninar! E geralmente dá certo pois bebês são naturalmente sonolentos e não fazem nada quando estão acordados, então todo mundo tem a tendência a achar que eles precisam dormir o tempo todo, o que não é verdade.
Então oque estava acontecendo? Ele passou uns dias num ciclo “errado” onde acabava dormindo pouco pois dormia fora de hora, e aí quando acordava mamava pouco pois estava cansado, e acabava mais uma vez dormindo pouco porque estava com fome…
O que pra mim reforçou a necessidade de manter a rotina de ciclos, e o tanto que isso estava dando certo.

E a “letra” final dessa técnica, o Y de “you” você, significa que ao tornar seus dias e a rotina do seu bebê em um padrão previsível, você acaba tendo mais tempo pra você. Então eu sei, mais ou menos (porque é óbvio que ele não funciona com precisão de relógio suíço!) quanto tempo ele vai ficar acordado mais ou menos antes de começar a ficar resmungao, e sei que ele estará cansado e pronto pra dormir e não com fome de novo, e é nesse intervalo de “acordado-dormindo” que eu faço minhas coisas, saio de casa (com ou sem ele), planejo que horas temos que sair de casa pros nossos passeios etc.

Muitas leitoras deixaram comentários impressionados sobre como que eu já estava conseguindo sair de casa com um bebê tão novinho e tal, e o “segredo” é esse.  Ter criado esse padrão de ciclos e ir tirando vantagem desses intervalos. Sem mistério nem drama.

Esse esquema deu tão certo pra gente, que mantemos essa rotina de “ciclos” até bem recentemente, quando a Bella parou de dormir a tarde. Nos ajudou a superar jet lag em viagens, organizar a alimentação dela, planejar passeios em viagens e afins.

essa rotina de “ciclos” também ajuda a criar uma diferenciação entre a noite e o dia para o organismo do bebê. Aos pouco se as sonecas diurnas se ornam mais curtas e mais frequentes, enquanto que ele cada vez vai dormindo mais horas a noite.

Entao criamos ambientes bem diferentes para Índia e a noite. Durante o dia todas as sonecas são no berço do quartinho deles (usando o sleepyHead para ficar mais confortável), com as janelas abertas e um ambiente tranquilo, porem “diurno”.

ja a noite ele ainda dorme numa cestinha noises no meu quarto , e já depois do banho o quarto já fica todo escuro, com a máquina de barulhos ligada (que nosso caso é apenas uma app mesmo), a últimas mamada já é nesse ambiente, e assim que ele acaba de mamar já coloco ele no woombie e fico com ele no colo até ele estar bem sonolento (mas ainda acordado).

entao coloco ele na cestinha e o de olho, no escuro, até ter certeza que não dormiu.

ele é bem novinho, então Ainda não consegue totalmente “self soothe” (auto acalmar) e dormir sozinho, que é outra coisa importante de “treinar” os bebês, para que consigam dormir sozinhos sem ter que sempre ter alguém ninando e tal. Claro que se a criança chorar, pegue no colo, faça carinho, dê uma ninadinha para acalma-lo; mas assim que ele ficar sonolento, eu coloco de novo ele na cestinha pra dormir e cair no sono pesado sozinho.

 

– Baby Connect App

Outra “arma secreta” que usamos com a Isabella e voltei a baixar no meu celular antes mesmo do Oliver nascer, é a app “Baby Connect”, que foi e está sendo crucial para manter tudo isso registrado e organizado, e ajudando a manter minha sanidade mental.

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Nela você pode marcar quando o bebê dorme ou acorda, quanto tempo mamou de cada lado, quando trocou a última fralda e mais um monte de outras coisas.
Além disse a app pode ser usada e atualizada por várias pessoas ao mesmo tempo, então se o Aaron coloca ele pra dormir e marca na app, eu consigo atualizar também quando acordar pra dar a manada dos sonhos ou usar a bombinha de leite.

 

Mamada dos sonhos, ou dream feed

Outra técnica do livro da “Encantadora de bebês” é a manada dos sonhos, que nada mais é do que amamentar ou dar uma mamadeira enquanto o bebê Ainda está dormindo, assim suprindo a necessidade de calorias e alimentação durante a noite, mas ao mesmo tempo sem acordar o bebê, e assim treinando e condicionando seu corpo a dormir por mais horas, na hora certa (a noite).

Nos começamos a dar a manada dos sonhos pro Oliver com umas 3 semanas, quando reparei que ele não estava despertando o suficiente pra mamar no peito durante a noite, e se eu tentasse desperta-lo (como faço durante o dia), ele ficava acordadão, o que não era o ideal.
Então tiro leito com a bombinha e dou na mamadeira enquanto ele dorme. E como ele não está acordado pra mamar, não acho que esteja afetando a amamentação.
As vezes ele precisa de duas mamadas, uma cerca de 1 da manhã (fazemos a rotina da noite – mamar, banho e cama – Entre 7 e 8, depende do ritmo da Isabella nesse dia), e às vezes outras por cerca de 4 ou 5 da manhã (quando eu aproveito e tiro leite de novo). Dependendo de quanto ele mama (maior vantagem da mamadeira! Saber quando ele bebeu!) às vezes ele dorme até umas 7 e pouco.

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Na hora de segunda mamada (Entre 4 ou 5 da manhã). Também aproveito para trocar a fralda dele, também ainda dormindo (e só consigo essa proeza por causa do “Woombie“, que comentei nesse post do enxoval, pois consigo abrir a parte de baixo sem ter que desembrulhar ele todo, e por manter seus braços presos, ele não se desperta).

Ou seja, ele tem dormido 10 a 11 horas direto, mas isso não significa que eu durma junto…

E isso sem falar no quanto bebês são barulhentos!! Então fico sempre monitorando se seus barulhos são apenas o normal de recém nascidos (sério, muito barulhentos!!), ou se tem alguma outra coisa incomodando…

Mas apesar disso tudo ainda não estou “dormindo a noite toda” – muito pelo contrário! – mas o Oliver está, e é o que importa. Assim estamos aos poucos treinando seu corpo a dormir por várias horas seguidas durante a noite, e ao longo dos próximos meses seus ciclos da rotina vão se estabelecendo e criando um padrão mais homogêneo e mais previsível, e ao poucos ele vai precisar cada vez menos da amada dos sonhos e vai conseguir dormir de barriga vazia (a Bella continuou tomando a mamadeira da meia noite por bastante tempo, mas quando resolvemos parar ele nem percebeu).

 

Bem, isso é tudo que estou fazendo… Como disse não existe milagre, e nenhum livro nem técnica é “garantia” de noites (e dias!) tranquilas. Mas eu acredito em planejamento estrutura, persistência e constância. Tudo isso aplicado junto, geralmente dão resultados em quase tudo na vida.

Espero ter respondido as principais dúvidas, mas claro, fiquem a vontade para perguntar mais nos comentários – se precisarem de mais esclarecimentos quem sabe não faço um vídeo mais explicativo?

 

Outrod posts com dicas de maternidade aqui: https://drieverywhere.net/categoria/baby-everywhere/dicas-de-maternindade/

Erros e acertos do enxoval: https://drieverywhere.net/2016/10/07/enxoval-segundo-filho-erros-e-acertos/

O que levei na mala da maternidade: https://drieverywhere.net/2016/09/27/tv-everywhere-o-que-levei-na-mala-da-maternidade-versao-bebe/

Introdução alimentar: https://drieverywhere.net/2016/09/09/alimentacao-infantil-tecnicas-e-filosofias-de-vida/

Como tiramos a chupeta e o desfralde da Isabella: https://drieverywhere.net/2016/08/29/transicoes-2-ano-desfralde-e-chupeta/

Bilinguismo em crianças: https://drieverywhere.net/2016/07/04/criando-criancas-bilingues-minha-experiencia-aprendizados-e-dicas/

Dicas para viajar de avião com bebês e crianças: https://drieverywhere.net/tag/viajar-de-aviao-com-criancas/

Como organizo a rotina em viagens: https://drieverywhere.net/2014/06/05/japao-e-coreia-do-sul-com-criancas-as-dicas-praticas-jetlag-rotinas-alimentacao-etc/

Outras dicas genéricas de viagem e dia a dia com crianças e bebês: https://drieverywhere.net/2014/02/24/dicas-praticas-para-viajar-com-bebe-e-ainda-em-processo-de-aprendizado/

Adriana Miller
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05 Oct 2016
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Bem vindo ao mundo, Oliver!

Baby Everywhere, Gravidez, Oliver

Acho que já não é mais novidade pra ninguém que me acompanha por aqui e nas redes sociais, que o novo integrante da nossa família já chegou, com seu grande debut no dia 14 de Setembro de 2016.

Nem dá pra acreditar que ele já está completando 3 semanas de vida! Realmente é difícil de lembrar como era a vida antes dele, e já é assustador pensar no quanto o tempo esta passando rápido!

Eu não escondi de ninguém que as últimas semanas da gravidez foram bem difíceis: estava fazendo muito calor, eu estava super cansada, cheias de dores e afins e não via a hora de tudo acabar. Mas as últimas semanas da gravidez se arrastaaaaaram! Parecia que não ia acabar nunca, e eu ia ficar grávida pra sempre!

A comparação de “tempo-espaço” entre as últimas semanas da gravidez e as primeiras semanas do Oliver são dignas de pesquisa astrofísica!

Mas vamos ao que interessa, o relato do parto e como tudo aconteceu!

Mas primeiro, vamos voltar uns dias: a última semana de gravidez, a semana 39 foi quando minha mãe chegou aqui em Londres, e eu dei uma bela relaxada; estava super tensa em pensar como íamos administrar a Isabella na hora do parto. Tínhamos vários planos A, B, C e o alfabeto inteiro com amigos, babá, vizinhos e muita gente que poderia ajudar na hora H, mas ainda assim eu estava com medo de alguma coisa dar errado, ter um parto rápido e fulminante (Rá!) e não dar tempo de organizar tudo… enfim. Tensa.

Mas como vocês viram no vlog da semana 39, depois que ela chegou eu dormi praticamente o dia todo, todos os dias, até que na segunda feira, dia 12 nós passamos horas e mais horas (umas 4 ou 5) andando sem parar por Londres. Começamos cedo pra levar a Isabella pra escola (andando), depois fomos pra Oxford Street, com direito a Primark, Selfridges, John Lewis, algumas outras lojas aleatórias e terminamos nossa maratona com um chá da tarde.

Eu voltei pra casa morta com farofa e mal consegui subir as escadas pra chegar no meu quarto e dormir a tarde toda.

Então na terça feira, eu decidi não sair de casa e apenas descansar… No máximo editei alguns vídeo pro canal do YouTube entre uma soneca e outra, mas sentia que meu corpo precisava de um trégua.

Então no fim do dia 13, depois do jantar e colocar a Isabella pra dormir, eu comecei a sentir umas cólicas. Nada muito forte nem consistente, mas que ia e voltava a cada 20 ou 30 minutos, mas não estava contando o tempo certinho ainda não.

Tomei banho, relaxei e fomos assistir alguns episódios de Homeland no Netflix – eu ainda não tinha falado nem pra minha mãe nem pro Aaron que estava com cólica; estava com medo de ser alarme falso e não queria que eles ficassem ansiosos nem nervosos.

Ao longo do episódio que estávamos assistindo as cólicas foram ficando mais contantes, e com algumas contrações Braxton-Hicks (contrações de treinamento) ao mesmo tempo, e foi então que avisei ao Aaron que estava sentido alguma coisa.

Então resolvemos assistir outro episódio, só pra ver se a cólica ia passar ou se alguma outra coisa ia acontecer.

Deu 11, meia noite, 1 e 2 da manhã e continuamos assistindo Homeland e contando o tempo entre as contrações, que estavam super irregulares, variando entre 30 minutos e 5 minutos entre cada uma. Mas umas 2 da manha resolvemos ir dormir mesmo assim, descansar um pouco e ver o que ia acontecer.

Pra falar a verdade eu não estava acreditando que realmente estava em trabalho de parto. Estava sentindo cólicas e contrações, mas nada que não fosse comparável com uma cólica menstrual normal, e dessa vez minha bolsa não estourou, e nem foi nada super rápido e repentino, como tanta gente (inclusive meu obstetra) me falava que costumava ser o segundo parto.

Resultado? Não consegui dormir. Estava com a cabeça a mil, e cada vez que demorava um pouco mais entre uma contração e outra, eu já ficava desolada achando que era alarme falso e que não seria dessa vez que entraria em trabalho de parto.

Umas 4 da manha eu acordei o Aaron e ligamos pro hospital e conversei com uma das midwives (enfermeira parteira), que me tranquilizou e disse que eu poderia ir até o hospital ser examinada, mas que seria melhor ficar em casa mais um pouco e descansar.

Mas é claro que não conseguia descansar nada, pois estava muito ansiosa! Então comecei a me arrumar, tomei banho, sequei o cabelo, finalizei minha mala, tomei café da manha e tentei me manter ocupada.

Quando deu umas 6 e pouco da manha, resolvi que era hora de ir pro hospital. Me dei conta que daí a pouco tempo a Isabella ia acordar pra ir pra creche, e não queria estar em casa – não queria atrapalhar a rotina dela (por não estar me sentindo 100%), e não queria correr o risco de que alguma coisa mais “forte” começasse a acontecer enquanto eu estivesse em casa com ela.

E assim como fizemos no parto com a Isabella, resolvemos ir andando pro hospital – a manha estava linda e ensolarada, o ventinho fresco, e eu sabia que uma boa caminhada ajudaria a acelerar as contrações. Acho que nunca andei tão devagar na minha vida! As contrações realmente se aproximaram bastante com a caminhada (a cada 3 ou 4 minutos), e pressão ia ficando cada vez mais baixa na minha barriga, o que também dificultava minha caminhada!

Assim que chegamos no hospital, fizemos checkin on quarto e comecei a ser monitorada para ver se realmente estava tendo contrações de verdade e qual a frequência exata. As contrações ainda estava muito irregulares, mas depois de ser examinada, a midwife confirmou que já estava com 4 pra 4 centimetros de dilatação e com o cervix completamente afinado e amolecido – então já estava definitivamente em trabalho de parto e já acabando a “fase 1” (são 3 “fases” no total”).

Daí pra frente foi um jogo de espera… não tínhamos muito o que fazer além de esperar o trabalho de parto avançar e progredir. E já tinham se passado 12 horas desde que tive os primeiros sinais, então já era minha esperança de um segundo parto mais rápido! (com a Isabella foram quase 22 horas).

Quando deu quase meio dia meu obstetra veio me examinar de novo e ainda estava nos 3 centímetros, então foi hora de avaliar as opções: continuar esperando, ir dar uma voltinha, ou tomar anestesia. Eu estava tentada a esperar e ir dar uma volta, mas estava exausta, acordada a quase 36 horas e com contrações intensas o suficiente que não me deixavam dormir…

Então resolvi tomar anestesia para conseguir descansar. Fomos transferidos para a sala de parto e começaram os exames pré epidural. o processo ainda leva cerca de 1 hora, mas logo que tudo foi feito, o alívio é praticamente imediato!

Dormi um pouco e quando vieram me examinar de novo, já estava com 6 centímetros e contrações consistentes a cada 3 ou 4 minutos. No caminho certo! Meu médico estourou a bolsa para que a cabeça do bebe  fique em contato direto com o cérvix fazendo mais pressão.

O resto da tarde foi mais do mesmo: dormir, acordar e esperar. O trabalho de parto estava progredindo como deveria estar, e estava dilatando 1 centimetro por hora. A estimativa era que estaria pronta pra começar a empurrar lá pelas 8 da noite.

A peridural que eu tomei, assim como no parto da Isabella, é o que aqui chamam de “walking epidural”, ou seja, é uma dose “analgésica”, onde se elimina a dor da contração, mas não a sensação do corpo. Então eu podia andar, ir ao banheiro, e sentia a “contraçã0” do útero durante as contrações, e principalmente, sentia a pressão da cabeça do Oliver descendo! Muito incrível e fascinante!!

Mas a pressão foi aumentando, aumentando e a sensação era que ele ia cair pelas minhas pernas!

Então meu médico voltou para me examinar (eram 5:45) e eu já estava com o cérvix totalmente dilatado (10 centímetros) e a cabeça do Oliver já estava na “estação 1”, ou seja, já praticamente coroando e nascendo!!

Então começaram a preparar a sala, e me deram um pequena dose de hormônio para aproximar as contrações (que estavam a cada 4 minutos, e precisavam estar a cada 2 minutos para a fase de empurre, para que o bebe não fique preso no canal vaginal).

O momento que fica tudo pronto, e o médico avisa que você pode começar a empurrar é tão surreal!!! O Oliver ainda nem tem 3 semanas e só de lembrar já dá vontade de passar por isso tudo de novo!!

Comecei a empurrar as 18:00 horas, e logo no primeiro “push” já senti a cabeça (quase) saindo! Mas eu estava TAO cansada! Nao estava conseguindo me concentrar e concentrar a força nos músculos certos! Mas umas 2 ou 3 contrações depois a cabeça saiu, o médico me orientou a parar de empurrar (nesse momento eles verificam a posição dos ombros e se o cordão umbilical esta no pescoço do bebê – afinal isso não é impedimento para parto!).

Quando estava tudo ok, dei mais um empurrão e pronto!! Ele nasceu e veio direto pros meus braços!! “Apenas” 22 horas depois que comecei a sentir as primeiras contrações.

Não existe momento igual!!! Ficamos ali nos examinando, nos olhando… enquanto esperávamos o cordão umbilical acabar de pulsar, então o Aaron cortou o cordão umbilical, e eu já comecei a amamentar enquanto o médico e enfermeiras terminavam de me limpar e arrumar (dessa vez não quis fazer episiotomia, mas tive uma pequena laceração interna e tive que levar alguns pontos – opinião pessoal: a recuperação da laceração é bem mais tranquila do que da episiotomia!).

Nem sei quanto tempo passou até que a enfermeira viesse pegar o Oliver do meu colo para medir, pesar e fazer os testes iniciais. Foi tudo bem rápido e ele já voltou pro meu colo, por dentro do roupão, e ali ficamos, fazendo “pele com pele” e amamentando durante o período de recuperação.

Ainda ficamos por lá mais umas 2 horas em observação, e umas 8 e pouco voltamos para o nosso quarto.

O Aaron foi rapidinho em casa para ficar com a Isabella, enquanto minha mãe veio me ver e conhecer o netinho!

Jantei, e continuei com o Oliver na pele. Que delicia!! Estava exausta, mas ao mesmo tempo, a adrenalina era tanta, que eu não queria que aquele momento passasse nunca!!

Umas 11 da noite o Aaron voltou, e finalmente resolvemos (tentar) dormir.

O Oliver deu uma choramingada umas 3 e pouco da manha, e mamou de novo… fiquei de olho no “relógio” (que na verdade era nada mais nada menos que o Big Ben bem ali na minha janela!), para ter uma ideia de quanto tempo ele mamou, e quando deu umas 4, chamei a enfermeira para me ajudar a trocar a roupa dele (que até então ainda estava peladinho dentro da minha roupa), e ele dormiu no meu lado.

Não lembro que horas acordamos, mas era cerca de 6 ou 7 da manhã. Comemos o café da manhã e tomei o melhor banho da vida!! Hahahha Estava precisando daquele banho! (como ele ficou essas horas todas fazendo pele com pele dentro da minha roupa, sem nem fralda, eu fui “batizada” algumas vezes, só com umas toalhas pra colher os acidentes! hahahaha).

Recebemos alta logo cedo de manhã, mas tivemos que esperar o resultado de uns exames de sangue, o que acabou demorando horas, e eu já estava louca pra ir pra casa!

Mas claro, o momento mais esperado da manhã foi a chegada da Isabella!!

Como eu sonhei com esse momento!! Meus filhos se conhecendo pela primeira vez!! O sorrisão dela quando me viu e viu seu irmãozinho foram inesquecíveis!!

Então a Isabella subiu na cama comigo e ficamos os 3 ali, de chamego, ela admirada com o irmão (ficou impressionada que ele não tem dentes, e como o cabelo dele é pequenininho! Fofa!), e algumas horas depois, a Isabella não queria ir embora de jeito nenhum!

Já tínhamos recebido alta a algumas horas, mas não podia ir embora sem o resultado do exame de sangue do Oliver (meu sangue é fator negativo, então precisávamos saber o tipo sanguíneo dele, caso eu precisasse ser vacinada com a anti D), então o Aaron voltou pra casa com minha mãe e a Isabella para almoçarem juntos, enquanto eu fiquei esperando no hospital.

E assim que ele voltou e tudo já estava resolvido com os exames do Oliver, voltamos pra casa!

Foi surreal estar em casa como uma família de 4!

Quando chegamos em casa também aproveitamos pra dar o presente da Bella, que dissemos pra ela que foi o Oliver que trouxe, para agradece-la por ser tão boa irmã! Ela amou o presente e isso foi a atração do resto da tarde!

E pronto, dá pra frente, nas últimas 3 semanas temos nos adaptado ao “novo normal” da família, e já nem dá mais pra lembrar como era a vida antes dele!

O Oliver nasceu dia 14 de Setembro de 2016, pesando 3 quilos e meio e medindo 59 centímetros!

 

Adriana Miller
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04 Oct 2016
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Hello, I’m here to join the party! – Oi, Cheguei na festa!

Baby Everywhere, Gravidez, Oliver

A 3 anos e meio atrás, quando a Isabella nasceu, nós fizemos um vídeo com a “história” da gravidez – o que fizemos em cada uma das semanas, os momentos mais marcantes e tals, e acabou virando uma piadinha com o fato de ninguém saber qual seria seu nome.

Então fizemos o vídeo “That’s not my name” (“Esse não é meu nome”), com a música dos “The tins tins”, pois ficamos surpresos com a comoção que foi o fato de não queremos contar qual seria o nome dela antes do nascimento.

Então dessa vez queríamos fazer alguma coisa parecida, porém diferente. Fotos e vídeos que contassem a história da gravidez ao longo dos 9 meses, momentos especiais, acontecimentos marcantes, etc, mas que não fossem uma cópia do que fizemos para a Isabella. Que contasse a história dessa nova adição na nossa família.

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O resultado esta aí abaixo, com os 9 meses de preparação até a chegada do Oliver e ele se juntar à nossa festa!

A música “Hello” do Martin Solveig & Dragonettes, foi perfeita! Animada, feliz… e bem no clima “Oi, cheguei!” que foi a chegada do Oliver em nossas vidas!

E para quem é novo por aqui ou perdeu o vídeo da Isabella, aqui está!

 

 

P.S.: Por causa das músicas que escolhemos para os vídeos, eles estão bloqueados em alguns países por causa da política de Copyright to YouTube. Infelizmente não ha nada que eu possa fazer, mas vou compartilhar o vídeo na página do Facebook também, então passa lá!

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