25 Sep 2014
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SAL: Sobre blogs, profissionalizacao e publicidades

Blog, S.A.L.

Bem, comecando a responder a longa lista de perguntas do post da semana retrasada, vou comecar pelas perguntas relacionadas ao blog e sua “profissionalizacao” e “monetisacao”. Nao que tenham sido perguntas muito recorrentes no post, mas um tópico que tem aparecedo cada vez mais em conversas e na blogsfera.

Eu nunca escondi de ninguem que esse blog nao eh “profissional” – eh meu hobby, minha terapia. Eu nao “vivo” de blog, e tenho um emprego “vida real” que eh quem patrocina minhas viagens e todo o resto em minha vida (ou seja, meu salario!).

Mas isso nao quer dizer que eu seja contra blogs profissionais! Muito pelo contrario!

Tenho uma grande admiracao por quem consegue fazer de seus blog um ganha pao, pois tenho plena conciencia da trabalheira que da e o mar sem fim de frustracoes que essa “profissao” tras.

O problema eh que ha maneiras, e maneiras de se ganhar dinheiro com blogs, e infelizmente a blogsfera Brasileira ficou super queimada nos últimos anos por causa das mas praticas de um pequeno grupo de blogueiros que nao souberam lidar com essa nova situacao – rolaram situcoes desonestas, publicidade velada, plagio, números mascarados, panelinhas e o escambal. E o pior de tudo: uma opiniao vendida, num veiculo que ganhou o publico justamente por ter um carácter “pessoal” e honesto, queimando o filme de toda “classe”.

Foi um periodo negro na blogsfera Brasilera (que acho que ja esta passando e esses casos sem nocao sao cada vez mais raros!) e acho que como tudo que eh novo, gera poelmica e leva um certo tempo ate que as pessoas aprendam a lidar com a situacao (tanto pelo lado dos blogueiros que cometeram certos erros, quanto pelo lado do publico, que ja esta se acostumando com a ideia de que blogueiro agora tambem pode ser profissao como outra qualquer).

Hoj em dia a maioria dos blogs que leio sao estrangeiros, e diría que 99% deles sao blogs “profissionais”, onde o autor(a) vive do blog e de outras oportunidades profissionais desencadeadas pelo veiculo (livros, campanhas publicitarias, e afins) – entao ja fui aprendendo a separar o joio do trigo, entre meus blogs preferidos e quem sabe, e quem nao sabe tirar proveito da situacao sem perder a credibilidade e sua linguagem (e a diversao de ler o blog, porque afinal qual leitor que so quer ler propaganda?! Eu nao!).

Alem disso existe uma ideia (super errada, diga-se de passagem!) de que eh fácil ganhar dinheiro com blogs. Gente, posso dizer?! Praticamente impossivel!! E acreditem, o que mais existe por ai sao blogueiros desesperados para fazer uma graninha a todo custo, pois afinal sao “blogueiros”!

As vezes chega a ser triste de tao comico que eh: nos grupos de discussao de blogueiros no qual faco parte (um de blogs Brasileiros e outro internacional) eu diría que 95% das discussoes sao sobre isso: como ganhar dinheiro, como ganhar coisas de graca, como se “profissionalizar”, como “cobrar”, como pedir coisas de graca nos lugares… afinal “escrevo um blog”!

Rola um desespero mesmo, e umas pessoas que criam blogs única e exclusivamente com a intencao de ganhar “dinheiro fácil”. Afinal, QUEM nao vai querer pagar por minha opiniao? Afinal eu tenho um BLOG, ora bolas! #ODo

Bem, bem vindo ao mundo real, onde empresas tem orcamento limitado, e o mundo eh feito de espertinhos – todas as semanas eu recebo dezenas de propostas de “parcerias” que se limitam a “oi, voce nao quer divulgar meu produto/site/empresa?”. A troco de que? De nada, ora bolsas, afinal nao tenho orcamento para isso. Quero so um favor mesmo… E tirar proveito de seu canal e credibilidade para “enganar” seus leitores, que vao acreditar que voce “super indica” um produto, quando na verdade foi (mal) paga para falar dele.

E pior, os que oferecem um pagamento irrisorio e querem que voce reproduza o conteudo escrito por outra pessoa, sobre um produto ou servico que voce nunca usou, sobre um lugar que voce nao foi, incluindo um link velado e sem identificar que aquele post foi pago. E para piorar mais ainda, sempre vejo essas propostas indecendes serem aceitas por outros blogs, que ate entao eu ate considerava serios e bacanas…

Ou seja, tentar ganhar dinheiro com blog eh uma ilusao e uma trabalheira!

Nao quer dizer que nao seja possivel, mas para ganhar dinheiro mesmo, e ter uma vida confortavel (que consequentemente permita que o hobby “viagens” seja mantido – ou moda, tecnología, fitness ou seja la qual for o assunto do blog) das duas uma: ou voce ja vem de uma familia de muita grana e tem um nome/sobrenome poderoso que por si so atrai investimentos e convites e afins, ou entao voce deu muita sorte, comecou sua empreitada a muito tempo e conseguiu se dar bem. (e nao me venham com essa de “conteudo” e “qualidade” e bla bla bla. Foi sorte mesmo, ou alguma estrategia bem esperta!)

Sim, ja fiz algumas parcerias que renderam bons resultados financeiros, e pretendo continuar – sempre que faca sentido, e seja uma empresa/produto/servico que tem a ver comigo e com o que eu falo por aquí, enriquecendo o conteudo do blog.

No outro dia comentaram num post sobre uma recomendacao de hotel, que gostavam das minhas recomendacoes pois eu nao ficava de graca em hoteis. Gente, como assim?!?! Voces acham que eu ficaria hospedada num hotel em que nao ficaria como “pagante”, so por ser de graca?! Por favor ne minha gente?! Uma coisa eh uma coisa, outra coisa eh outra coisa!

Se um dia aparecerem oportunidades de hospedagem, por causa do blog, claro que aceitarei – desde que seja um hotel no qual eu me hospedaría de qualquer maneira – caso contrario, obrigada, mas nao obrigada.

Mas voltando ao assunto do post e respondendo algumas das outras perguntas:

  • Voce ja fez alguma viagem de graca?

Nao, nunca. Ja apareceram algumas oportunidades de fazer algumas “press trips”, mas nunca foram condizentes com meus planos de viagem naquele momento, nem bateram com minha agenda da “vida real” nem despertaram interesse suficiente, alem do fato de serem uma “viagem de graca”. E sendo esse o único motivo, prefiro deixar para la! Eu escrevo um blog de viagens pois eu viajo – e nao o contrario! Nao escrevo um blog de viagens como um meio de descolar umas viagens de graca (aliais, outra ilusao de quem cria blogs com esse intuito!). Se num determinado momento da vida eu nao estiver viajando, por qualquer motivo aleatorio, entao escreverei sobre outras coisas… ou nao escreverei nada! Um blog eh apenas um meio, e nao o fim…

 

Bem e isso me leva ao outro assunto do post, algumas mudancas no template do blog, que alguns leitores ja repararam e comentaram.

Para comecar, voces vao ver alguns banners de publicidade: o booking.com e a Amazon.com que sao duas empresas que uso demais na vida real e sempre recomendo por aquí. Entao qualquer leitor que compre ou use os servicos dessas empresas atravez dos banners ao lado, eu recebo uma (irrisoria) comissao.

E alguns outros banners espalhados pela pagina, do programa do AdSense do Google, que eh o mais comum entre blogs e websites. Outro sistema de comissao irrisoria, e estou longe de achar que da para largar tudo e “viver de blog” – mas infelizmente a medida que o blog vai crescendo (oque eh otimo) os custos com ele tambem vao crescendo (o que eh pessimo!). Portanto os custos de hospedagem do site, das fotos, manutencao do template, etc, etc, estao comecando a somar uma boa quantia no fim do mes… entao antes que o hobby fique caro demais para manter, essas pequenas acoes e mudancas tem como objetivo financiar uma parte desse custo mensal que o blog demanda apenas para existir.

Claro que sempre rola aquele comentario mal-amado “ah voce tambem vai virar blogueira vendida?!” “Que decepcao” “Vou parar de seguir!”… Ah gente, poupem-me! Menos, vai…

Como eu brinquei com algumas leitoras, o dia que voces me virem de salto 15 fazendo propaganda zenzual de oficina mecanica, podem comecar a desconfiar de minhas “dicas”…. Mas ate la, me dem um pouco mais de credibilidade ne?!

Mas claro que nao vou profanar que “dessa agua nao beberei”, pois nunca se sabe o dia de manha ne? Vai que um dia eu resolvo largar o meu emprego, ou seja forcada a nao poder mais trabalhar na “vida real”? Ou sei la, vai que um dia me bata uma vontade incontrolavel de largar tudo e “viver de blog”?! Bom saber que pelo menos essa possibilidade existe – mas bom saber tambem que eu ja tenho conhecimento de causa nesse mundo e nao vou cair em ilusoes achando que vai ser facil! Porque nao vai!

E reparem tambem que estao rolando umas outras mudancas mais “funcionais” no template do blog – mas isso eh assunto para depois e outro post! (ese aquí ja esta grande demais!!!).

Adriana Miller
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28 Aug 2014
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SAL: Morar e Trabalhar na Inglaterra e Europa – Vale a pena?

Blog, S.A.L., Vida no Exterior

Uns dias atras a Claudia escreveu um post bem interessante sobre morar nos EUA – e me fez pensar sobre as quantas vezes por dia/semana/mes eu respondo a mesmissima pregunta a leitores que querem morar na Inglaterra e na Europa.

travel

–          Vale a pena?

–          E quem nao tem passaporte Europeu? Como funciona?

–          Como vai ser a vida por ai?

–          Como voce conseguiu se adaptar?

Esse tipo de duvida sempre aparece por aquí, e ja virou tema de alguns posts “SAL”, mas ultimamente tenho reparado um aumento nos e-mails. Nao sei se foi porque o Brasil perdeu a copa, se eh por causa das eleicoes… mas realmente nos ultimos meses diria que 80% dos e-mails que recebo de leitores sao sobre isso: quero morar em Londres/Inglaterra/Europa. Qualquer coisa serve!

As vezes chega a ser engracado, e tenho que reler o e-mail para ter certeza que nao eh a mesma pessoa mandando o mesmo e-mail varias vezes… mas as perguntas sao tao iguais, que as vezes rola ate um copy/paste na minha resposta!

–          Mas e ai, vale a pena morar fora?

Essa eh uma das perguntas mais impossiveis de responder, pois depende de tanta coisa!

Depende de sua condicao atual no Brasil/Portugal/Angola/Mocambique/etc. Depende do que voce espera dessa mudanca. Depende da sua idade e apetite para se “aventurar” e passar certos perrengues. Depede de quanto tempo voce pretende ficar por aquí.

A maioria das pessoas que querem se mudar de seu pais de origem estao em busca de uma “vida melhor” – seja financeira, seja pela seguranca, ou seja pela ilusao que em outros paises a vida eh bem melhor.

Tudo isso pode ser verdade. Ou tudo isso pode ser um grande equivoco.

No outro dia ouvi uma expressao que fez bastante sentido: Muitos imigrantes saem do “primeiro mundo” do “terceiro mundo” para ir morar no “terceiro mundo” do “primeiro mundo”. Entao voce tem que ponderar bastante o custo beneficio do que vai deixar para tras, e o que vai ganhar em troca.

Vejamos a minha situacao.

Quando sai do Brasil tinha acabado de fazer 24 anos. Recem formada, com um bom emprego, mas sem nada que me prendesse em lugar nenhum. O que acontecesse era lucro! Sai do Brasil sem prazo definido para voltar, ou sem saber se queria ficar “para sempre”, mas com disposicao para adversidades, e sem medo do que viesse pela frente.

Mas ainda assim me preparei para o pior: passei anos juntando dinheiro para me manter “caso tudo desse errado” (minha meta financeiao era de 1 ano conseguindo me bancar so estudando, caso nao conseguise trabalhar. Meus pais me apoiaram muito em tudo, mas a aventura era minha. Se quisesse ir, tinha que me preparar e me virar!), terminei a faculdade e me formei em um curso bem “flexivel” (Economia), fiz varios cursos preparatorios na area que queira estudar (Turismo) e durante anos estudei linguas (Ja falava Ingles 100% fluente, tinha um nivel de Espanhol e Italiano muito bom – o suficiente para ter conseguido me comunicar com as Universidades na Espanha e ser aceita num curso de mestrado, e ter passado uns meses morando e estudando na Italia).

Entao tudo isso contribuiu para que a sitauacao desse “certo”: estava segura financeiramente, mas ao mesmo tempo super preparada para conseguir disputar um emprego. Passei muitos perrengues, mas aos 24 anos, eles foram mais motivos de orgulho e de superacao do que verdadeiros problemas.

E principalmente cheguei na Europa sabendo que da mesma maneira que nao tinha nada me prendendo no Brasil, tambem nao teria nada me prendendo na Espanha (e depois Inglaterra), e portanto, se tudo desse errado, poderia voltar para casa, sem o menor problema.

Entao acho que a moral da historia desse meu “causo” eh:

O quao confortavel eh sua vida em seu pais de origem?

O quao preparado voce esta para a vida em seu pais de destino?

E sobre a mentalidade de “qualquer coisa serve” – serve mesmo? Sub-empregos? Morar mal? Passar frio? Discriminacao? Eh preciso pensar bem.

O que voce espera da vida no exterior? Uma simples experiencia internacional? Estudar e se especializar? Alavacar a carreira? Mudar de area profissional? Aprender uma nova lingua?

Pense bem nos seus motivos, e pense bem nas possiveis consequencias e mudancas no estilo de vida (que todo mundo sempre acha que vai ser melhor, mas a realidade eh que geralmente eh bem pior).

Nao adianta achar que “qualquer coisa serve” e o que importa eh conseguir morar fora, se depois vai reclamar do frio, da falta de grana, de ter que dividir apartamento com estranhos, de passar perrengue, da comida que eh diferente, dos precos que sao altos, da lingua, da falta de empregada/manicure/baba/comida da avo e afins.

 

–          E quem nao tem passaporte Europeu? Como funciona?

 

Infelizmente nao é possível trabalhar no Reino Unido/Europa com passaporte Brasileiro/nao-Europeu. Apenas cidadãos Europeus, ou caso você arrume um visto de trabalho.

Nao sei detalhes específicos sobre regras de imigração e pedidos de visto em outros países, mas a Inglaterra cancelou quase todos os tipos de vistos profissionais e tem dificultado cada vez mais a imigração.

Ate uns anos atras era possível fazer solicitação de vistos “profissionais” para certas áreas (as áreas mais comuns como Administração e engenharia normalmente não eram incluídas, esse tipo de visto era mais para “qualificcaoes” e “habilidades” mais raras, difíceis de achar na Europa), mas infelizmente isso mudou bastante, e ate mesmo pelo lado do RH, hoje em dia é praticamente impossível conseguir contratar um nao-Europeu (caríssimo e super burocrático para as empresas, então geralmente isso se reserva a transferências internas super high profile).

Sim, todo mundo ja ouviu alguma historia do primo-do-amigo-do-vizinho que veio, conseguiu um emprego e um visto e se deu bem. Mas os tempos sao outros, e nos ultimos anos o “Home Office” (area do governo Britanico que administra imigracao e vistos) tem estado cada vez mais “anti” imigracao.

Muitos vistos de trabalho foram cancelados e simplesmente nao existem mais (vide o finado “Highly Skilled Migrant Visa”, que era tao comum ha uns 4 ou 5 anos atrás – um visto temporario de trabalho para imigrantes com qualificacao superior).

Pelo lado do RH, ate mesmo os vistos conseguidos atrás de empresas e “sponsorships” hoje em dia sao praticamente impossiveis: pelo lado do RH e empregador, alem do aumento na burocracia e custo, ja nao sao mais todas as empresas que tem o “direito” a contratar extrangeiros (nao europeus), e portanto essa trabalhaiera toda hoje em dia esta limitada a transferencias internas e para funcionarios de alto escalao.

Para quem vier como estudantes, terão direito a trabalhar algumas horas por semana, que nao será suficiente pra se manter durante o curso e dificulta um pouco na hora de procurar vagas de empregos “de verdade” em empresas e tal (geralmente trabalhos part time para estudantes de língua sao apenas em pubs, lojas e a afins. Umas horinhas aqui outras ali, com intuito de praticar a língua e se adaptar na sociedade, e nao de pagar as contas nem virar carreira).

Quanto a trabalhar em empregos “na área”, ou empresas de consultoria, multinacionais ou qualquer outra empresa, sem passaporte nem visto, nada feito.

Uma boa opção é fazer algum curso, ficar um tempo pra curtir a cidade e voltar pro Brasil com uma qualificação a mais. Mas diria que “vir pra ficar” hoje em dia é praticamente impossível pra quem nao tem cidadania Europeia.

Mas claro, sempre tem alguem que acha que vale a pena assim mesmo, que se arrisca numa vida ilegal. Mas ai eu volto ao meu ponto acima: vale a pena?

Que melhoria eh essa de vida que voce espera ter que acha que vai valer a pena viver fora da lei, nao ter acesso a hospitais, nao ter direito a coisas simples como abrir uma conta em banco nem alugar um apartamento, nem poder viajar para passear nem visitar a familia.

Entao temos que ser realistas. Eu tenho muita vontade de morar em algum lugar na Asia, ou quem sabe na Australia. Mas ate o momento, isso nao foi possivel (nao tenho visto, nem possibilidades de transferencias, nem de trabalho, nao conheco a lingua, etc, etc, etc). Entao deixei para la. A vontade existe, mas ao mesmo tempo, se colocar tudo no papel, nao acho que os riscos “valem a pena”.

 

–          Como vai ser a vida por ai?

–          Como voce conseguiu se adaptar?

 

Bem, seu estilo de vida vai depender demais de todos os fatores acima.

Se voce ja veio preparado e com uma poupanca confortavel, vai poder estudar numa boa, curtir algumas viagens, comer fora de vez em quanto e tals.

Se a poupanca esta mais apertada, a vida ja vai ser mais limitada, e viver em Londres com salario de inicio de carreira nao eh facil (digo por experiencia propria!).

Se voce tem passaporte Europeu, boa qualificacao e bom nivel da lingua local, suas chances de conseguir um bom emprego na sua area profissional sao boas – mas lembre-se: Londres eh a cidade das oportunidades, mas tambem eh a cidade da concorrencia. Voce nao eh o unico extrangeiro com um bisavo Italiano que sonha em trabalhar em Londres, e estara concorrendo com milhoes de Ingleses, Europeus, Australianos, Sul Africanos, Neo Zelandeses e afins.

Faca uma auto analise sobre sua qualificacao, e sobre o que realmente voce tem a ofercer e de diferencial, e aprenda a explorar isso (eu ja falei sobre como aprendi a valorizar minha carreira aquí).

Mas ainda assim a vida eh diferente.

Voce vai morar sozinho, mas provavelmente dividindo um apartamento com outros estudantes/profissionais em inicio de carreira (eu achei isso o maximo quando vim para ca, uma otima maneira de conhecer pessoas, se integrar e socializar, mas me surpreendo com a quantidade de gente que tem fobia de se quer pensar em dividir apartamentos com estranhos!).

Nao tera acesso aos luxos de “primeiro mundo do terceiro mundo”, e vai ter que aprender a rebolar para se virar sem a mamae, empregada, faxineira, dermatologista, personal trainer, e a roupa “magica”, que voce larga no chao do banheiro e milagrosamente aparece passada na sua gaveta uns dias depois!

 

E entao eu acho que isso tudo vai influenciar a sua adaptacao.

Eu acho que me adaptei muito bem, logo de cara!

Ja cheguei sabendo o que me esperava, e diria que estava ate mesmo ansiosa pelos perrengues que a vida traria! Pode parecer louco, mas eu queria passar por dificuldades, queria me superar, queria me sentir independente e forte.

Alguns momentos eu tirei de letra, outros foram muito dificeis, mas todos eles fizeram quem eu sou hoje em dia.

E sem falar que a vida de um expatriado hoje em dia eh taaaaaao mais facil do que “na minha epoca” Hahahah

FaceTime, Skype, SmartPhones, Midias sociais etc… so nao vive conectado quem nao quer!

Claro que a saudade bate, voce vai perder as reunioes da familia, vai querer pedir colo para sua mae e nao vai participar das festas dos amigos.

E isso, minha gente, nao eh para os fracos! Eh uma grande dose de sacrificio pessoal… mas nao se preocupe, a gente se adapta! Faz novos amigos, cria uma nova familia e novos momentos.

E ai voltamos pro “vale a pena”?

E isso so voce sabera responder.

Adriana Miller
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15 Sep 2013
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Fórum Everywhere: Dicas, sugestões, opiniões e pitacos!

Blog, S.A.L.

No outro dia rolou uma discussão interessante na caixa de comentários sobre como a blogsfera mudou de uns anos pra cá.

De certa forma, mudou pra melhor – quanto mais gente tem acesso a internet, mas rico o espaço fica, e hoje em dia é praticamente impossível não achar o que você está procurando num site qualquer por ai. Mas por outro lado essa mudança e crescimento fez com que a abundância de informações deixasse tudo muito perdido e impessoal, e as vezes fica difícil saber o que é verdadeiro e genuíno ou apenas poluição cibernética.

forum_lateral

Outra coisa que conversamos e debatemos era de como era mais fácil pedir e receber ajuda, e as pessoas tinham mais facilidade de se aproximar, ainda que virtualmente.

E aí eu fiquei pensando em outra coisa que eu venho sentindo muita falta: comunidades e fóruns!

Quem aqui não se lembra dos áureos tempos do Orkut, e suas comunidades divertidíssimas?! “Orkutização” e brincadeiras a parte, as comunidades do Orkut eram super úteis e informativas, onde muita gente legal participava e dava opinião e divulgava sites e serviços, e eu não planejava nada sem antes dar uma olhadinha por lá!

Gente, meu casamento inteiro foi planejado graças ao Orkut!! Foi lá também que meu blog cresceu e conheci (ainda que virtualmente) MUITA gente legal que estão até hoje entre meus blogs preferidos, e muitos que já passaram do virtual pro real ha muito tempo!

Mas sim, claro. Existem muitos outros fóruns de viagem ótimos, como nos sites do Lonely Planet ou Trip Advisor, mas eles são tão grandes e tão comerciais que as vezes fica difícil levar certas coisas a sério!

Então eu fui juntando uma coisa aqui, outra ali e pensei: porque não criar um fórum aqui mesmo no blog?

Forum

Ultimamente eu mesma tenho usado as redes sociais (principalmente Twitter e Facebook) pra pedir “ajuda aos universitários” quando quero pedir ajuda ou sugestão (relacionada a viagens ou não), o que gera uma interatividade super legal, mas segundos depois a informação se perde, a timeline anda e já era…

Sem falar no mundo de informações bacanas que se perdem nos comentários de posts aleatórios, leitores com dúvidas ou dicas em comum que vão comentando aqui ou ali e aos poucos a informação se perde…

Quantas vezes já não me peguei pensando “já respondi isso antes, mas não lembro onde!”. Ou então quando recebo dúvidas e perguntas que simplesmente não justificam posts (ou gerariam posts que não tem nada a ver com o blog…).

Seus problemas acabaram!!! :-)

Assim nasceu o “Fórum Everywhere

Uma maneira bem simples de abordar temas interessantes mas que não teriam muito a ver com o propósito do blog, e até mesmo conseguir cobrir assuntos que eu não consigo. Adoro quando alguém deixa um comentário e logo logo já vem algum outro leitor e também responde (que muitas vezes entende do assunto bem mais que eu!).

Um bom exemplo? Hotéis em Londres!

Recebo muitos pedidos de dicas de hotéis em Londres, o que faz todo sentido, já que moro aqui, conheço a cidade super bem, e falo tanto sobre turismo em Londres. Mas ao mesmo tempo, justamente por morar aqui eu nunca me hospedei na cidade…

Muitos blogs fazem “posts convidados”, colaboradores ou dica dos leitores, mas nunca achei que isso combinava com meu espaço, e acho que o blog precisa de ter uma identidade pessoal – a minha. Porém isso não quer dizer que não seja útil e válido ter essas informações disponíveis, certo?

Portanto já esta lá criado no fórum o tópico “Resenha de hotéis em Londres“! Você viajou pra Londres e quer contar/recomendar seu hotel? Passa lá!!

E roteiros de viagem? Você esta planejando uma viagem e quer pedir opinião no seu roteiro? Eu sempre publico os meus roteiros aqui no blog, e sempre respondo comentários sobre isso, mas (infelizmente) eu (ainda) não viajei o mundo todo e tem muita coisa que simplesmente não sei nem conheço – mas taaaanta gente que passa por aqui todos os dias já fez e conhecem muito bem, então porque não pedir ajuda pra eles?

Outros exemplos? Um bem bobinho é o carrinho de bebê da Isabella, o Bugaboo Bee. Recebo muitas, muitas perguntas sobre ele, mas nunca achei que faria sentido escrever um post sobre carrinhos, então já transferi todos os comentários e respostas pra lá!

E pra quem quer vir morar ou estudar no Reino Unido? Quais são os melhores cursos de Inglês? E quais são os melhores bairros pra procurar apartamento na cidade? (aqui no blog tem um post S.A.L. bem antigo com várias dicas de cursos de Inglês em Londres e na Inglaterra, mas como o post é antigo, acaba se perdendo – então já transferi os comentários e sugestões para um novo tópico lá no fórum!).

E ainda tem a seção sobre a “Comunidade“, onde todo mundo pode se apresentar (tipo como aconteceu com as “Tias Everywhere”!), divulgar blogs, compartilhar fotos e histórias! (a blogsfera tem se tornado tão competitiva, nesse clima de “pro-bloggers” que falta um espaço pra conhecermos novos blogs, né não?)

Enfim, as possibilidades são inúmeras e novos assuntos e tópicos serão criados a medida que novas ideias forem surgindo, então… boca no trombone!!

P.S. Ah! Outro “fórum” bem legal é o “Álbum dos leitores” lá na página do Facebook! Vários leitores já mandaram suas fotos de viagem  (não precisa ser só de Londres não, e muito menos só de viagem ao exterior! Qualquer foto vale!) – manda a sua também! :-)

 

Para acessar o Fórum basta clicar AQUI (e outros links espalhados pelo post), mas em breve vai ganhar uma aba na barra superior do blog e um novo ícone aqui do lado.

O fórum já pode ser acessado tanto pelo menu na barra superior quanto pelo ícone aqui na lateral!

Forum2

E para facilitar a convivência (e boa educação) também vale a pena ler as “regras” e o passo a passo pra utilizar o fórum, criar novos tópicos, deixar sua resposta, etc.

 

Adriana Miller
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