28 Nov 2011
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Pumpkin Pie: receita da torta de abobora

Com a barriga no fogao, Pittsburgh, USA

Uma das coisas que eu estava mais na expectativa na viagem aos EUA era comer torta de abóbora! Talvez não tão animada quanto as compras da Black Friday… mas a Pumpkin Pie estava lá no topo da lista!

E um dos motivos pelo qual eu gosto tanto é porque a torta me lembra muito o doce de abóbora que minha mãe costumava fazer…

Como alguns leitores me pediram a receita aqui nos comentários e no Twitter, achei que seria uma boa oportunidade pra resgatar essa “categoria” que ficou tão abandonada em 2011…

A receita é facílima de fazer… o unico problema é que o ingrediente principal é quase impossível de achar fora dos EUA! E esse ingrediente é o recheiro “artificial” de abobora em Lata!

E nem adianta tentar subistituir pela abobora natural, por doce de abobora e afins (já tentei todas as variações “não-enlatadas” e todas ficaram MUITO ruins…) pois infelizmente não funciona.

E quando eu contei pra minha sogra e cunhada (e alguns colegas Americanos) que eu tinha tentado fazer torta de abobora com abobora de verdade…?! Caras de nojo sem fim…. acho que seria o equivalente a dizer pra um Brasileiro que você vai fazer feijoada usando o feijao enlatado Ingles!

Mas caso você consiga achar a abóbora em lata na internet ou em alguma loja de importados (pra quem esta na Inglaterra, nessa epoca do ano a Amazon.co.uk vende as latas Libby’s), a torta é super simples e facil de fazer:

Ingredientes:

– 1 lata de abóbora (425gr)

– 1 lata de leite evaporado (imagino que funcione com leite condensado também, mas nunca tentei)

– 2 ovos

– 3/4 de xícara de açúcar

– 1 colher de chá de canela

– 1/2 colher de chá de gengibre em pó

– 1/4 de colher de chá de cravo em pó

– Para a massa/fundo da torta você pode usar uma já pronta, ou usar a dessa receita aqui (feita com biscoito maizena/maria)

Preparo:

Misture todos os ingredientes secos (açucar, canela, cravo e gengibre), e bata os ovos inteiros (com um garfo mesmo, como se você fosse fazer um omelete).

Primeiro misture os ingredientes secos com a abóbora em lata, depois acrescente os ovos batidos, e por fim o leite evaporado.

Coloque numa forma de torta com fundo removível, e leve ao forno por 15 minutos a 220 graus (celcius) e sem tirar a torta do forno, reduza a temperatura para 180 graus por mais 45 a 50 minutos (até o centro da torta estar firme).

E pronto, é só deixar esfriar! (eu prefiro a torta já dormida, depois de passar a noite na geladeira!)

Mas cuidado, porque essa torta é viciante!

 

Adriana Miller
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22 Nov 2011
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Isso aqui não é a casa da sogra!

Dicas de Viagens, Natal, Pessoal, Pittsburgh

Essa semana estamos nos EUA, na cidade onde o Aaron nasceu e cresceu, e estamos hospedados na casa da minha sogra.

Ao contrario de outros ano, dessa vez resolvemos ficar a semana toda, já que as viagens pra visitar nossas famílias sempre sao uma correria, então viemos no fim de semana e ficamos até depois do feriado de Ação de Graças, que é quinta feira.

E esta sendo uma delicia essas dias por aqui, principalmente porque minha sogra tem uma das casas mais confortáveis que já vi na vida!!

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Não é que seja nada excepcionalmente diferente nem especial, mas é uma casa de “família” e tem uns sofás tão confortáveis que você se sente sendo engolida pelas almofadas fofinhaaaaa…

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E a cama?! Ela transformou o antigo quarto de solteiro do Aaron num quarto pra gente (ainda agora ela estava me mostrando os posters que o Aaron tinha na parede do quarto dele – entre fotos da Alissa Milano, Ninjas e Air Firce Jets…), e a cama é tão incrivelmente confortável que a gente já começa a sonhar com ela meses antes da viagem!!

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E sem falar que é um daqueles bairros ultra mega típicos americanos, onde me sinto assistindo um filme da sessão da tarde sempre que abro a janela…

Entre toda comilança do Thanksgiving, o “evento” que eu estava mais ansiosamente esperando (muito mais que as promoções da Black Friday!!) era montar a arvore de Natal da Avó do Aaron!

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Ela sabe que eu também coleciono enfeites de Natal, então essa é a nossa “thing”, e ela disse que ia esperar que eu chegasse pra participar da tradição!

E a arvore dela é o sonho de todo mundo que gosta de decoração de Natal!
Pra começar que ela – que já tem 95 anos e é 100% saudável e ativa – começou a coleção dela a mais de 60 (e muitos) anos atras, dando continuidade a coleção de enfeites que a mãe e a irmã dela já tinham.

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Então ela tem centenas, centenas de enfeites de mais de 100 anos, e o mais impressionante é que ela lembra de quase todos! Sabe de onde sao, de quem ela ganhou de presente, que ano foram comprados e as feiras de antiguidades onde ela achou cada im deles ao longo dos anos.

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E realmente é um evento: a família quase toda se junta pra ajudar a avó a montar a arvore, decorar tudo, colocar as luzes e tal… E a “matriarca” fica dando as coordenadas, onde ela quer que cada enfeite vá, se a quantidade de luzes esta no ou não, ou se algum canto da arvore não tem enfeites suficientes.

E da trabalho viu!! Sao uns 3 metros de altura (com uma base que tem quase 2 metros de diâmetro), então tem toda uma logística de ir montando e enfeitando pouco a pouco…

E tudo isso entre intervalos de visitar todos os amigos das épocas de high School do Aaron e algumas paradas estratégicas no shopping e nos restaurantes preferidos dele.

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Já teve restaurante de asinha de frango, lojinha de cachorro quente, pizzaria, hambúrguer…. Todas aquelas coisas super Americanoides e super saudável…

E isso porque o feriado e a comilança “oficial” do feriado ainda nem começou!!

Adriana Miller
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17 Oct 2011
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Um dia em Nova Iorque…

Dicas de Viagens, Nova Iorque, USA

Na volta da viagem ao Brasil meu voo fez uma parada muito estratégica: Nova Iorque!

Foi um voo meio nada a ver, de Londres com conexão em NY, tanto na ida quanto na volta, mas confesso que oque me convenceu a adicionar umas horinhas a mais nas horas de voo foi justamente porque no voo de volta eu teria um dia inteirinho (14 horas) pra passear na Grande Maça!

Assim como muitas outras grandes cidades do mundo, apenas 1 dia mal da pra sentir o gosto da cidade, mas como já fui outras vezes, achei que uma boa desculpa bastava. Oque eu não tinha reparado, quando confirmei minha reserva, foi que eu estaria em Manhattan justamente no dia do aniversário de 10 anos do 11 de Setembro!

Eu fiquei um pouco tensa (quem não ficaria…?), mas ao mesmo tempo sabia que Nova Iorque provavelmente seria o lugar mais seguro do mundo naquele dia!

Mas infelizmente as comemorações e a segurança reforçada realmente tiveram um impacto no meu passeio, jâ que fiquei preocupada com as filas demoradas pra passar pela segurança do aeroporto (então acabei voltando mais cedo que o planejado), o acesso a taxis estava limitadíssimo, e toda area da Lower Manhattan estava fechada por causa das comemorações na area do antigo World Trade Center.

Mas a grande vantagem foi que nao peguei fila pra fazer absolutamente nada! Todos os pontos turisticos praticamente vazios, lojas e restaurantes tranquilos…

Mas então oque da tempo de fazer em apenas 1 dia em Nova York?

Eu sai do aeroporto (JFK) e fui de metro diretamente pro centrão de Manhattan, na estação da 53rd Street com 6th Avenue.

Fiz uma parada estratégica no Starbucks e la tive a primeira surpresa do dia: as 9:38 da manha, em ponto, tudo ficou silencio. Sem nenhum anuncio, sem mais nem menos, a cidade inteira parou. Naquele segundo faziam exatos 10 anos desde que o primeiro aviao atingiu a torre do WTC. Dava pra ouvir apenas a respiração das pessoas, naquele silencio cortante. Na rua, em plena 6a Avenida, muitas pessoas tambem pararam, taxistas estacionaram seus carros, e todo mundo fez sua homenagem as vitimas do atentado e suas familias.

De la, segui pela 5a Avenida ate chegar no Central Park. O parque, principalmente no verão é um dos meus lugares preferidos na cidade, e em outras viagens com passagem relâmpago por NY, era sempre pra la que meu pai nos levava direto do aeroporto! Então, pra mim não tinha como sequer pensar no roteiro pela cidade sem iniciar meu dia por la.

Fui andando ate bem longe – acho que nunca tinha andando – e me perdido! – tanto pelo Central Park! mas fui meio que acompanhando a massa de pessoas, as centenas de Newyorkers correndo e fazendo exercícios pelas trilhas do parque naquela manha de fim de verao…

Fui andando  pelas trilhas do lado leste (Upper East Side) ate chegar no museu Metropolitan Museum of Art (MET) e de la entrei de novo no parque, onde fiz a “semi” volta no “lago” Reservoir em direção ao lado Oeste (Upper West Side) e voltei caminhando pela area da Great Law, onde estavam rolando aulas de Yoga, picnics de aniversário, muitos jogos de futebol, little league de baseball, joggings, criancinhas brincando nos parques e muitas familias doing their thing.

Meu dia mal tinha começado e eu ja estava exausta (lembrando que tudo isso foi vindo direto de um voo de 9 horas Rio-NY!), entao desci de novo a 5a Avenida ate chegar na Rockfeller Plaza, onde esta o 30 Rock, do Rockfeller Center.

Eu fiquei praticamente assustada quando me dei conta que a entrada do “Top of the Rock” estava vazia e sem ninguém na fila! Comprei meu ingresso, passei pela segurança e em questão de minutos estava no elevador em direção a plataforma de observação da cobertura!

Muita gente prefere o Empire State, mas eu não troco o Top of the Rock por nada! Eh a melhor vista de Nova Iorque! E sabe porque? Por la de cima se tem a vista perfeita (e pertinho) do Central Park de um lado e o Lower Manhattan de outro, e bem no centro do seu campo de visao esta justamente ele, o Empire State Building!

Então quem sobre no Empire State perde o melhor da vista, que é justamente ele!

O Top of the Rock tem 3 níveis de observação e o melhor eh sem duvidas o terceiro, onde é possível tirar fotos da paisagem sem o vidro de segurança na frente!

Depois que desci de volta pra 5a avenida, continuei andando na direção sul, ate chegar na altura da rua 47, onde na esquina da 7a Avenida fica um dos principais símbolos da cidade, a Times Square.

Eu ainda nao tinha voltado a NY desde que eles fecharam a area e fizeram da Time Square uma regiao peatonal. Tenho certeza que os motoristas Novaiorquinos raivosos devem ter detestado a ideia, mas para os turistas fez uma diferenca enorme!

A area ficou tao mais tranquila e facil de andar, sem aquela confusao de onibus e taxistas pra cima e pra baixo quase te atropelando! O quarteirao todo agora eh como se fosse uma pracinha.

Tinham varias mesinhas e cadeiras na calcada, wifi publico, cafes e bares de portas abertas.

Acabei passando bastantte tempo por la (cof cof, Sephora) passeando pelas lojas e finalmente sentei pra descansar e comer.

Mas como dizem por la, o New York Minute realmente existe e o tempo passa numa velocidade diferente naquela ilha! A essa altura do dia, ja era metade da tarde (e eu ja estava batendo perna por la ha umas 6 horas!), mas continuei andando na direcao sul mais um pouco e fui ate a New York Library e da la, ate a Grand Station, que eh a estacao de trem central de Manhattan.

Infelizmente nao deu pra descer mais que isso, pois toda area de Lower Manhattan estava fechada. Quer dizer, não estava fechada não, mas como estavam rolando eventos de aniversário do 11 de Setembro, o transito estava fechado e acesso ao metro numa situação tensa (nesse dia o Obama E o Bush estavam no WTC para as cerimonias, então imagina o nivel da segurança… a cidade toda estava cheia de blitz) então fiquei com medo de conseguir chegar lá em baixo e depois ficar presa por horas no crowd control da policia e perder meu voo!

Então depois da Grand Central Station recomecei minha caminhada subindo toda a Madson Avenue até chegar na altura da rua 53 de novo, onda fica o MoMa, Museum of Modern Art.

Mas oque eu gosto mesmo é a lojinha do museu, com varias coisinhas moderninhas e legais, que da vontade de redecorar a casa toda!

Maaaaaas…. minhas horas em New York já estavam acabando, entao peguei o metro e voltei pro aeroporto!

 

 

Adriana Miller
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