25 Apr 2012
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Um negócio da China!

China, Dicas de Viagens, Pequim, Xangai

Volta e meia alguem me pergunta se existe alguma dificuldade em morar fora, ser casada com um Americano e trabalhar com Ingleses (e não-faladores de Portugues em geral). E a verdade é que não. E se tem, rapidinho você se acostuma e até esquece oque era.

Mas se tem uma coisa me deixa tensa é não conseguir usar no meu dia a dia algumas frases-chavão em Portugues que eu acho que descreveriam perfeitamente uma situação, ou resultariam numa piada perfeita para o momento! E não tem nada pior doque uma piada que perde seu sentido ao ser traduzida (e claro, o mesmo acontece na versao Ingles-Portugues, depois de tantos anos por aqui).

Então imagina o quanto eu sofri na viagem pela Asia a cada vez que eu queria dizer pro Aaron: “Nossa! Fiz um negócio da China!”! Naquele clima de um trocadalho-do-carilho (outra que nao tem sentido algum quando traduzido!)

Porque olha, se tai uma coisa que eu fiz nessa viagem pra China foram otEmos “negocios da China”!

Mas eh aquela historia neh? Ou voce ama, ou voce vai adiar a experiencia. Eu adorei, o Aaron odiou.

Na China, assim como em varios outroa paises orientais, a cultura “comercial” eh fortissima, e existe todo um ritual sobre como as transacoes devem ser feitas. Logico que voce nao pode entrar na Zara do shopping em Hong Kong e ficar batendo boca sobre o preco da saia, mas em lojinhas de rua, mercados (tipo “China Town”) e lojas mais turisticas, nao soh pode, como deve e eh o esperado!

E tem todo aquele ritual e regras invisiveis de comportamento entre o cliente e o vendedor – assim como tambem existe fortissimo na Turquia, no Egito, na Tailandia e na India.

A primeira coisa que voce vai reparar eh que nas areas mais turisticas, raramente as mercadorias tem preco. Os precos sao dados de acordo com a pinta do cliente, entao sempre partimos do principio que preco nenhum era o preco final.

Nossa principal sorte nessa area foi ter tempo pra pesquisar precos e pensar bem oque e se queriamos comprar alguma coisa na China. Entao logo que chegamos em Hong Kong e Macau, como iriamos fazer todas as viagens internas viajando de low cost, decidimos nao comprar absolutamente nada, mas ir pesquisando, pensando bem oque queriamos comprar, e no final da viagem, em Xangai e Pequim poderiamos finalmente abrir a carteira sem medo do excesso de peso!

E isso eh importantissimo, pois os precos variam demais de uma loja/barraquinha pra outra, e ate mesmo dentro de uma loja, dependendo de qual vendedor voce pegar, eles vao te dar precos diferentes para o mesmissimo item!

E o ritual danca-do-acasalamento entre o cliente e vendedor geralmente era assim:

1) Avaliacao da presa: Sempre que perguntavamos o preco de alguma coisa, a resposta vinha em forma de outra pergunta “Where are you from?” (da onde voce eh?). Entao da pra imaginar que tanto eu quanto o Aaron eramos destaque em comparacao com outros clientes, sem a menor chance de passarmos despercebidos.

Paises como Turquia e Egito por exemplo, eu me sentia na vantagem em relacao ao Aaron. Apesar de que ambos paises nao sao muito tolerantes de mulheres tomando as redeas nas negociacoes, eu definitivamente passava mais despercebida doque o marido gringo. Mas na China, ambos viramos gatos pardos, vistos como presa facil pra qualquer vendedor.

Mas ja tinhamos uma resposta ensaiada de outros carnavais, e a resposta na ponta da lingua sempre era “Brasil!”, que automaticamente eh um pais que chama muito menos aten$$$ao financeiramente doque EUA ou paises Europeus, por exemplo.

Entao tambem tinhamos nosso ritual enrrola-vendedor, e imediatamente comecavamos a conversar em Portugues (que geralmente significa que eu fica falando frases e palavras aleatorias, e o Aaron vai respondendo oque vier na cabeca, variando entre numeros  ou um simples “oi tudo bem”) – mas que para os vendedores Chineses, soava como se realmente estivessemos falando um lingua que eles nao reconheciam.

2) Avaliacao da mercadoria: Uma vez que nosso potencial como presa fosse estabelecido, o vendedor(a) nos dava um preco, que invariavelmente era astronomico.

Enquanto o Aaron se preparava pra se esconder de vergonha no canto, eu comecava o momento isso-tudo-nossa-to-escandalizada (que geralmente era verdade, pois o preco inicial eh sempre estratosferico!).

Os vendedores SEMPRE andam pra cima e pra baixo com um calculadora na mao, e ja ate sabem que o proximo passo e te passar a calculadora e pedir que voce faca seu proprio preco.

Na maioria das vezes eu baixava meu preco para 1/3 ou 1/4 do valor inicial – oque por sua vez causava uma nova reacao teatral do vendedor escandalizado com minha oferta tao baixa.

3) Fechando o negocio: Esse vai e vem de “me da seu melhor preco”, pode ir e vir varias vezes, ate que uma das duas opcoes aconteca – ou o cliente se sucumbe ao preco oferecido, ou o cliente sai da loja.

Na primeira opcao, a compra eh fechada e todo ficam felizes achando que fizeram um negocio da China!

Na segunda opcao, o cliente sai andando, e em questoes de segundos o vendedor vem correndo atras de voce com uma nova contra proposta!

Uma coisa que nao saia da minha cabeca eh: a maioria das tranqueiras que vemos pelo mundo sao Made in China de qualquer maneira, como podem querer me cobrar caro por uma mercadoria feita na China, NA CHINA! Nem frete pra cruzar o mundo foi pago nesse item…

Alem disso, ter feito pesquisa antes nos ajudou bastante a ter uma boa nocao de precos e qual seria nosso limite, tanto pra cima quanto pra baixo do preco inicial.

Dois otimos exemplos que aconteceram com a gente.

Uma das coisas que eu queria comprar na China era um vaso de porcelana; nada extravagante nem vintage, mas de porcelana boa e com um estilo bonito. Quando estavamos na Nanjin Road em Xangai vi um vaso perfeito por cerca de 200 Yuans.

Apesar de que a Rua Nanjin eh uma area turistica, ela eh uma rua muito mais “Chinesa” doque o mercado da cidade antiga por exemplo, entoa achei que aquele era um guia de preco. Provavelmente eu poderia barganhar um pouco, mas os precos nao eram exorbitantes, pois a maioria dos clientes por ali eram Chineses. Mas resolvi nao comprar naquela loja e esperar nosso passeio pela cidade antiga no dia seguinte (que eu sabia que tinha um mercado).

No dia seguinte, depois de procurar de cabo a rabo quase todas as lojas da area, finalmente achei o vaso que eu queria! Entrei na loja e o ritual no pontos 1, 2, e 3 se repetiram.

O porem dessa “negociacao” foi que na vespera eu tinha visto o mesmo item por 200 e a vededora queria me cobrar 2.500 Yuans! Mais de 10 vezes o preco inicial! Entao os pontos 2 e 3 se repetiram infinitas vezes, ate que falei pra vendedora que ja tinha visto o mesmissimo vaso na Najin Road por 1/10 do preco e que preferiria voltar la.

Ela ainda tentou fazer um drama de como aquele vaso daquela loja era muito melhor, mas ela deve ter percebido pela minha expressao que ela nao ia me enganar – nem aqui nem na conchinChina!

Por fim fechamos o negocio por 193 Yuans – um desconto de nada mais, nada menos que 93%!! Eu sabia que provavelmente poderia voltar na Nanjin Road e conseguir um preco um pouco melhor – mas ja estava exausta de todo esse processo, e sai da loja feliz e contente com minha compra!

Ja em Pequim resolvemos comprar uns conjuntos de cha Chines. Ja tinhamos visto alguns precos em Xangai e sabiamos mais ou menos oque queriamos. E logo numa lojinha do lado do nosso hotel vimos uns conjuntos lindos, por um preco otimo (cerca de 80 Yuans, bem mais barato doque vimos em Xangai)! Entramos, perguntamos o preco (ja sabendo/achando que estavamos fazendo um otimo negocio!), tentamos negociar um pouco, mas deixamo pra la. E o vendedor ficou TAO feliz que ate desconfiei.

Nao deu outra… uns dias depois quando fomos num mercadinho em Pequim achamos os mesmos conjuntos de cha por precos mais baixos!

E na China essa regrinha valeu praticamente pra tudo!

Para as compras no mercadinho turistico, para fechar preco de translados e passeios turisticos e ate o preco do espetinho de gato na barraquinha de rua!

As unicas excessoes realmente sao os locais de comercio mais “formal” como restaurantes e lojas de shopping – mas de resto, eh soh entrar com a cara e com a coragem e correr pro abraco!

 

P.S. Repararam como eu tentei usar todos os trocadilhos e frases chavoes possiveis nesse unico post?!?!

 

Adriana Miller
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23 Apr 2012
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Pequim: A Cidade Proibida e a Praça da Paz Celestial

China, Dicas de Viagens, Pequim

Depois de passarmos um dia no Palácio de Verão de Pequim, a próxima parada era a Cidade Proibida, que pelo menos pra mim, sempre foi sinônimo da cidade.

A Cidade proibida, que hoje em dia é conhecida como “Palácio Museu”, eh o coracao e o centro absoluto da capital Chinesa, e eh na verdade um complexo de pracas, parques, templos, palácios e casas, construídos no comecinho do século 15 e que durante cerca de 500 anos foi a residência oficial dos Imperadores Chineses.

E eh justamente dai que surgiu o nome popular de ser uma “cidade proibida”: a entrada, e sequer aproximação das muralhas do palacio a pessoas nao autorizadas (O Imperador e sua familia, funcionários especiais e políticos aprovados pelo Imperador) era punida com execução sumária, sendo classificado como o pior crime que alguém poderia cometer na China – sem perguntas, segundas chances nem julgamento.

E o complexo é mesmo uma cidade dentro da cidade, e algumas das traduções literais do nome dado ao complexo nos dialetos Chineses fazem justamente referencia a uma “cidade em camadas”, ou “cidade interna”.

A entrada principal, pelo Portao do Ceu, na famosa Praca Tiananmen (ou a Praca da Paz Celestial), que é outra atração a parte!

Muitos das estruturas dentro da Cidade original foram destruídos na revolução, mas a grande maioria ainda esta lá, inteirinha, formando a maior coleção de estruturas de madeira da China – que assim como no Palácio de verão, são super interessantes, extremamente trabalhadas e geralmente sustentadas por bambus ou troncos de madeira – ha 500 anos!

E a estrutura da Cidade ainda é a mesma, composta pelo circula externo, onde ficavam os palácios oficias do governo e templos, e o circulo interno, onde ficavam os aposentos da familia Imperial.

Logo o primeiro portão que vemos é a Portão da Harmonia Suprema, numa praça aberta enorme, que logo de cara dá aquele imagem inconfundível de onde você esta no mundo!

Todos os prédios e estruturas são nomeados de acordo com seu significado, e cada um tem um sentido específico e toda uma simbologia Budista.

Mas o portão é apenas a porta de entrada para a area principal, a Galeria da Suprema Harmonia, que era o principal templo cerimonial de poder Imperial, e até hoje é a maior estrtura de madeira da China!

E foi ali que Imperadores foram coroados, casaram, celebraram vitórias e conquistas, onde há um trono e um dos pouquíssimos prédios dentro da Cidade Proibida onde é possível ver o interior do templo – infelizmente quase todos os outros são fechados ao publico, então o passeio pela Cidade Proibida é muito mais um passeio pelos jardins e galerias, doque um “museu” propriamente dito.

Mas os nomes é que são um caso a parte! Claro que como as plaquinhas (que eu conseguia ler!) estavam traduzidas em Ingles, acabam sendo umas traduções literais meio toscas! mas muita “harmonia”, “paz”, “Longevidade”, e sem esquecer dos animais simbóicos, como o dragão, o leão, a tartaruga e tal.

Mas o mais legal mesmo é entender sobre todo simbolismo do lugar, e como tudo ali dentro tem uma cor, um tamanho, uma altura (por exemplo, alguns templos ficam em cima de “plataformas” de pedra, acessíveis por degraus, enquanto outros estão “no chão”), a posição em relação ao nascer e pôr do sol ou a direção da montanha ou da agua.

Por exemplo, as cores. O Amarelo é a cor simbolica do poder imperial, então quase todos os telhados são pintados em amarelo, pois os telhados eram as unicas partes da cidade visiveis ao mundo exterior.

E suas exceções também tem motivos específicos, como por exemplo o “Pavilhão da Profundidade Literária” (falei que os nomes são engraçados, né?) que tem um telhado preto, pois o simbolismo da agua é preto, e a agua espanta incêndios que por sua vez preserva e protege os livros.

Ou então o Palacio onde moravam os principes e princesas, que tem telhados pintado de verde, que esta associado a madeira e platas, que crescem.

Outro detalhe são os números das estatuetas que decoram os telhados – e quem são essas estatuetas. Quanto mais imagens, mais importante é o predio.

O numero máximo de imagens esta na Galeria da Harmonia Suprema, que possuía a honra maxima da cidade e seus habitantes.

Lá dentro varios predios e palácios são abertos a visitação e exibem diferentes coleções de pinturas, esculturas, jóias e moveis – mas uma quantidade absurda de relíquias foram despachadas pro Museu de Taipei logo depois da Segunda Guerra mundial, na iminencia da invasão Japonesa e sob ameaça da revolução Comunista.

O Governo decidiu retirar todos os itens valiosos e insubstituives da cidade, com medo de uma revolução e invasão da cidade, que poderia facilmente destruir o patrimônio do país.

A Cidade Proibida deixou de ser a sede oficial do Governo Chines em 1912, que marcou a queda do ultimo Imperador (e sua Dinastia), fechando os  quase 1.000 anos de Imperialismo Chines e 500 anos de Cidade Proibida.

E foi justamente ao fechar o capítulo do Imperialismo que a China trocou os palacios da Cidade Proibida como seu principal simbolo e apresentou o mundo a Praça da Paz Celestial, a terceira maior praça publica do mundo.

Foi ali na Praça da Paz Celestial que a República Popular da China foi proclamada em 1949. Durante as duas decadas seguintes, o novo governo popular Chines considerou destruir a Cidade Proibida, derrubar as muralhas, delapidar os palacios e transformar o espaço em um parque popular.

Mas por sorte, nenhum desses projetos saiu do papel, e hoje em dia temos um museu a ceu aberto incrivel praticamente intacto!

Mas a foto do cara continua lá, inconfundível, bem de frente para a Tiananmen e guardando a entrada da Cidade: Mao Tsé-Tung!

Mao Tsé-Tung foi o líder da revolução Chinesa em 1949 e arquitetou oque o mundo passou a conhecer (e temer!) como a Republica Popular da China, um dos maiores, mais populosos, poderosos e estritos do mundo!

E a Praça da Paz Celestial não lembra em nada o charme imperial da Cidade Proibida, e a maioria de seus predios tem uma arquitetura tipicamente Soviética, incluindo o Monumento dos Hérois, e o Mausoléu de Mao Tsé-Tung, lá no fundão do praça.

O mausoléu foi construído com a ajuda do governo Vietnamita, tendo o mausoléu de Ho Chi Minh em Hanoi, e o Mausoléu de Lenin, em Moscou, como inspiração.

Bem no centro da praça é comum vermos os “ensaios” do exercito, alem de uma cerimônia que me lembrou bastante uma troca de guardas, tanto com os soldados que guardam a entrada da Cidade Proibida, assim como os guardinhas que todos os dias hasteiam (e retiram) a bandeira da China do topo do monumento aos Herois.

 

 

Adriana Miller
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18 Apr 2012
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Palacio de verao em Pequim

China, Dicas de Viagens, Pequim

Chega a ser um pouco ironico falar do “Palacio de Verao” de Pequim, sendo que nao soh chegamos la em pleno inverno, mas ainda pegamos o dia mais frio do ano e da nossa viagem!

Na verdade demos “sorte” com o clima (e depois de passar dois dias em Xian, realmente agradecemos a cada dia de ceu azul… que aparentemente tambem sao rarissimos em Pequim!) pois pegamos sol e ceu azul todos os dias. Mas a sorte parou por ai, ja que nesse dia, pegamos nada mais, nada menos que -17, com sensacao termica de -20 e poucos!

Mas por outro lado, esse frio todo deu um charme extra aos jardins e lagos, sendo que o frio estava tao extremos que TODOS os lagos do parque congelaram 100% solidos, e rapidamente se transformaram em ringue de patinacao!

Nos dedicamos um dia todo ao Palacio, mas que na verdade nao foi assim super inteirinho. Na verdade foi o dia que chegamos em Pequim vindos de Xian, e ate que chegamos na cidade bem cedo (nosso voo chegou tipo as 9 da manha), mas ai ate passar pela imigracao, recolher bagagem, chegar no hotel, fazer checkin, e finalmente se entender no metro de Pequim, la se foram algumas (muitas) horas.

O parque fica meio afastado da cidade, e sendo Pequim um cidade megalomaniacamente enorme, mesmo no metro (que eh maneira mais facil e rapida de chegar la) ainda demoramos mais de 1 hora, so dentro do trem. Entao sabiamos que nao era o tipo de lugar pra dar soh uma passadinha, e ja que teriamos essa metade de dia meio capengo, meio cansados, resolvemos ir direto pra la!

O “Palacio”, na verdade eh um parque/jardim com dezenas de templos e palacios la dentro, mas o nome oficial eh “Palacio de Verao”, pois todos o resto foi desenvolvido ao longo dos anos nos jardins do Palacio em decorrencia de sua importancia nas cortes das Dinastias Chinesas.

E esse Palacio eh a Torre do Incenso Budista, que fica no topo da Colina da Longevidade, e domina a paisagem e a vista do Lago Kunming.

A Torre do Incenso Budista eh realmente impressionante, com seus 3 andares e 40 metros de altura – inteiramente trabalhados em madeira com cores hipnotizantes, com uma estrutura octagonica, onde cada um dos 3 andares do templo apresenta 8 fachadas perfeitamente simetricas, que se reproduzem ns andares seguintes, sustentados por apenas 8 pilares de madeira.

O espaco total do parque tem cerca de 3 quilometros quadrados, sendo que ¾ dele eh justamente a area do Lago Kunming, que nos tivemos o privilegio de ve-lo numa das raras ocasioes onde ele se congelada integralmente!

E toda area do jardim em volta do lago foi desenvolvida para representar os diferentes estilos de arquitetura e paisagismo Chines, e mesmo passando muitas horas por la, nao chegamos nem perto de conseguir ver tudo! (e claro, o frio nao colaborou em nada!).

Uma outra grande atracao do parque eh o Corredor Long, que conecta o Templo da Benevolencia (logo na entrada do parque) ate o Barco de Marmore, circulando toda orla do Lago Kunming, e foi construido a mando do Imperador Quianlong, para que sua mae pudesse passear pelo lago protegida do sol e chuva. O nome dado ao corredor (“Long”) nao eh relacionado a quao longo ele eh, e sim por causa do nome do Imperador (Quianlong), que significa “Benevolencia Divina”.

O Corredor tem 728 metros de extensao, e assim como quase todos os outros templos do parque, eh inteiramente feito de madeira, e ricamente decorado, possuindo cerca de 14,000 pinturas individuais feitas a mao.

Na ponta extrema do Corredor Long esta o Barco de Marmore, uma estrutura interiramente feita de marmore, no formato de um barco, construido a pedido da Imperatriz Dowager Cixi.

O barco nunca teve a intencao de navegar, pois foi construido em terra firme na beirada do Lago, e supostamente representava a solidez da Dinastia Qing, que jamais “afundaria”.

Porem segundo os registros da epoca, os fundos gastos na construcao do “barco” foi o equivalente ao total do orcamento que o emperador tinha para renovar a marinha do imperio, oque deixou Quianlong falido e consequentemente o levou a sua eventual ruina para a Dinastia Tang.

La do outro lado do lago esta a Ponte do 17 Arcos, que se conecta a ilha Nanhu, que eh a maior ilha do Lago Kunming onde esta o Templo do Rei Dragao.

A ponte, eh a replica de uma outra ponte de Pequim, e representa o pescoco de uma tartaruga (ja que a Ilha Nanhu vista de cima, tem o formato de uma tartaruga), que eh o pricipal simbolo da longevidade na cultura Chinesa, e por isso e um animal sempre muito reverenciado pelos Imperadores Chineses.

O Palacio de Verao fica aberto  ano todo, e eh facil de chegar a partir de qualquer ponto de Pequim. O metro chega ate quase a porta do parque, e apesar de ter nao placas com direcoes em Ingles, nos achamos que foi relativamente facil de seguir o “fluxo” ate que finalmente achamos a entrada.

A entrada custa cerca de 5 dolares por pessoa, e uma vez la dentro as areas de suporte sao bem escassas. Entao pra quem quiser se programar para ficar por la o dia todo, eh bom levar sua propria agua e alguma coisa pra comer, ja que nao existem muitas opcoes la dentro – e as poucas que vimos, vendiam principalmente souveniers e muito cha, com poucas opcoes de comida (seja Chinesa ou nao).

 

Adriana Miller
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