21 Jan 2009
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Moral e bons custumes

Camboja, Dicas de Viagens, Lua de mel, Malasia, Tailandia, Vietnam

Um dos grandes desafios de viajar pela Asia (ou qualquer outro lugar que seja diferente doque estamos acostumados ou familiarizados) eh se adaptar ao que eh “normal” pra eles, mesmo que seja muito estranho para nos.

Essa viagem como um todo foi um grande exercicio de paciencia e aprendizado, onde vimos que nao necessariamente ha uma maneira “correta” de fazer certas coisas, e sim que em diferentes partes do mundo os conceitos de certo e errado podem ser diferentes dos nossos.

A principal diferenca/dificuldade eh o proprio contato humano. Se por um lado os Asiaticos nao tem a mesma nocao de “espaco pessoal” que os Europeus tem (os Europeus tem essa mania de “personal espace” e nao gostam de chegar muito perto dos outros – jah no Brasil eh bem diferente!), eles sao muito conservadores no que diz respeito a relacionamentos homem-mulher.

Todos os guias de viagem que lemos eram bem especificos no que diz respeito a casais andando de maos dadas, abracos ou beijos em publico. Fizemos o possivel para manter a distancia, mas somos beijoqueiros e era nossa lua de mel, entao as vezes esqueciamos completamente, e recebemos varios olhares de indignacao!

Mas por outro lado, nao se surpreenda ao ver dois homens de bracos/maos dadas, ou se apoiando um no ombro do outro, e trocando abracos e beijinhos em publico. Coisa uqe no Brasil sairia ateh porradaria! (e aquí eu estou recriminando o comportamento dos Brasileiros e latinos em geral).

E tao pouco ache que as pessoas vao esperar voce sair do elevador/onibus/metro antes deles entrarem (ODEIO gente que faz isso! Acho o fim!), e ateh em banheiro publico eu vi isso acontecer!! Eu abri a porta para sair e uma mulherzinha jah entrou correndo e ficou lah dentro, comigo! Obviamente isso durou fracoes de segundos porque eu imediatamente sai correndo dali, mas que achei muito estranho isso eu achei!

As mulheres asiaiticas sao bastante submissas, e eu recebi mais olhares criticos de mulheres do que homens quando eu tinha comportametos de “lideranca”, como por exemplo pagar a conta, responder/decidir alguna coisa antes do Aaron, etc.

Obviamente isso nao chegou a ser um problema, mas que era engracado isso era, de ver um garcon se desdobrando pra puxar o saco do Aaron, Mr Miller pra ca, Mr. Miller para lah, e no final entregarem a conta nas maos dele e ele repassar diretamente para mim. Isso acontecia principalmente em restaurantes mais caros que fomos algunas (poucas) vezes.

Depois de uns dias, eu resolvi dar todo meu dinheiro pro Aaron, entao ele pagava tudo para nos dois, e teria que lidar com as negociacoes sozinho…

Aliais isso eh outra coisa bem engracada. Eu adoro passear em mercados, feiras, lojas e ver oque se usa/come/vende em paises diferentes, e por lah NADA, absolutamete NADA tem preco exposto.

Voce tem que preguntar quanto custa, ai eles te olham de cima a baixo, puxam um papo, perguntam de onde vc eh, e digitam numa calculadora o preco final.

Obviamente o preco final era sempre absurdamente acima do normal, e chegamos a receber precos diferentes – do mesmo vendedor! – pela mesma mercadoria na mesma Loja!

Pagar oque eles pedem eh quase uma ofensa, e barganhar eh um estilo de vida.

Porem o Aaron O-DEI-A ficar barganhando preco. Fica incomodado, inibido, e acaba pagando mais caro. Entao eu era sempre o “bad cop” e nao deixava ele comprar nada.

Respondia logo “sou do Brasil” e pedia no minimo 1/3 do preco inicial. As vezes sabia que isso era totalmente sem nocao, mas jogava o preco das cosias lah para baixo, fazia chantagem de que vi a mesma cosia em outra Loja pela metade do preco, e saia andando. Ai o vendedor vem correndo atrás de voce, e acaba fazendo uma contra proposta. Soh para constar, eu ainda pedia um descontinho.

O Aaron ficava para MORRER com minha cara de pau, mas economizamos uma boa grana comprando artes, presentinhos e cacarecos.

Minha outra tecnica (alem de falar que eramos Brasileiros – que eles ligam imediatamente a pais pobre como eles) era pesquisar em varias lojinhas o preco de alguna coisa, e definir: por uma cosia que custa em media X, eu soh aceito pagar, no maximo, 1/2 de X. Entao jah deixava o dinheiro separado no meu bolso, para nao ter que abrir a carteira, e jah falar logo “soh tenho isso. Meu dinheiro acabou”.

Alguns lugares, se o vendedor fosse homem, eles ficavam ateh ofendidos, e recebi varias respostas do tipo “pede dinheiro pro seu marido”, que recebiam uma desposta igualmente mal-criada “quem manda sou eu” e acabava comprando em outra barraca/Loja.

Um outro cuidado, que principalmente as mulheres tem que ter, eh com roupas. Roupa curta ou decotada eh realmente mal vista, recebe olhares de indignacao e cantadas. Nos templos, mulheres nao podem nem sequer chegar perto se estiverem mostrando os hombros/bracos, pernas e pes.

Ateh na praia rolavam uns avisos de que top-less nao era permitido (mas sempre tinha alguna europeia mais ousada que fazia mesmo assim), e nas pouquissimas vezes que vimos asiaticas nas praias ou piscinas de hoteis, eles estavam de roupa. Entravam na agua de roupa e tudo (camiseta largona e bermuda), ou ficavam apenas sentadas na beiradinha.

E por mais calor que esteja, andar sem camisa eh o fim do mundo!

Em paises como a Tailandia por exemplo, a prostituicao eh muito comum, e por mais que nao seja “aceita”, ela esta presente em todos os lugares (assim como no Brasil, e atrai uma quantidade enorme de turismo sexual por isso). Entao nas areas mais turisticas, a mulherada local fica sem nocao mesmo, e dao em cima de todo e qualquer homem occidental que passa pela frente, acompanhado ou nao.

As vezes ate saia de perto, soh para ver como o Aaron ia sair das roubadas!

Mas por outro lado, vimos MUITOS marmanjos de meia idade andando de maos dadas com meninas que poderiam ser suas netas, e as vezes 2 ou 3 ao mesmo tempo.

Jah em outros paises, como o Vietnam por exemplo a sociedade eh muito mais conservadora nesse sentido, e nosso guia ateh tinha uma secao de “aviso” para casais de mulher asiatica e homem occidental, pois automáticamente as pessoas supoe que essa mulher eh uma prostituta. No passeio de barco que fizemos em Ha Long bay conhecemos um casal de Americanos, onde a esposa era filha de Vietnamitas, e eles tambem estavam passando sua lua de mel viajando pelo pais; papo vai, papo vem, discretamente ela disse que a “recepcao” do casamento dela com um occidental nao estava sendo muito positiva e que eles tiveram varios “incidentes” ao viajar por vilarejos no interior do pais.

No nosso voo entre Hanoi e Bangkok havia um passageiro Tailandes que era travesti, e quando chegou a vez dele/dela fazer o check in, os atendentes simplesmente foram embora, e deixaram o coitado falando sozinho.

Achei o cumulo, de nao soh negarem servico, como aidna ficaram de risadinha na cara dele e de todos os outros passageiros, ateh que depois de uns minutos de constragimento, uma senhora veio fazer o check in dele, dando risadinhas e cochichando com os outros.

Mas como tudo nesse mundo, oque eh aceitavel para uns, eh deploravel para outros.

 

 

Adriana Miller
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20 Jan 2009
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Massagem Tailandesa

Beauty Everywhere, Dicas de Viagens, Lua de mel, Tailandia

Esse post custou pra sair, mas eu queria pesquisar um pouco sobre o assunto (pra nao falar besteira) e queria poder experimentar diferentes tipos, estilos e massagistas antes de ter uma opiniao mais formada sobre os assunto.

Mas eh impossivel negar o quanto a massagem eh importante na cultura Tailandesa, e pra eles, a massagem eh realmente um estilo de vida, que combina (ou colabora) perfeitamente no jeitinho delicado e pacifico dos Tailandeses.

Os spas e casas de massagem estao em tudo quanto eh canto. Onde tem turistas a coisa fica mais sem nocao, com placas e cartazes de massagem porta sim, porta nao. Mas me surpreendi de ver tantas casas de massagem no meio do nada, na beira da estrada, em vilarejos perdidos no mundo, sendo frequentados por Tais.

A origem deste estilo de massagem remonta ao tempo de Gautama Budha na regiao que hoje compreende India e Nepal. Acredita-se que Dr. Jivaka Kumar Baccha, contemporaneo de Budha e médico da Sangha, foi o criador deste metodo. Com a expansao do Budhismo ha mais ou menos 2000 anos, esse conhecimento chegou ao que hoje conhecemos como Tailandia onde foi preservado ate nossos dias. 
Ha 2 linhas mestras desta arte: o estilo do sul com a escola de Wat Po em Bangcoc e o estílo do norte com a escola do Old Medicine Hospital.

A massagem tailandesa é uma forma unica de terapia do corpo e da mente que incorpora ioga e acupressao para aumentar a flexibilidade dos musculos e das articulacoes. 
 
Eh uma manipulacao do corpo que compreende o alongamento das articulacoes e pressao de pontos ao longo das linhas energeticas. Os alongamentos sao realizados de forma suave, tendo em conta os limites dos cliente que vao sendo gradualmente ampliados.
 
Nesta massagem o terapeuta utiliza os polegares, palmas, cotovelos, joelhos e pes para realizar os movimentos pretendidos.
Receber uma massagem tailandesa eh como fazer ioga de uma forma passiva, dado que muitas das posicoes efectuadas na massagem tailandesa tem origem na pratica de ioga.
Atraves de pressoes profundas ao longo do corpo, alongamentos musculares, manipulacoes articulares e torcoes busca-se liberar os bloqueios e estagnacoes da energia vital.
As várias manobras utilizadas nesta massagem foram concebidas para facilitar e estimular as correntes de energia intrinsecas, liberando os bloqueios que impediriam o equilíbrio essencial a manutencao de um indivíduo saudável e livre de dores. (Fonte Wikipedia)

Mas na verdade, a primeira coisa que passa pela sua cabeca quando a massagem comeca eh : &%$#^&!!!!!!!!!!!!!!!! Seguida por um grande arrependimento… heheheheh.

Mas depois de uns minutos, as pressoes vao ficando mais leves (ou vc se acostuma com eles) e aos poucos vai relaxando. Mas nao eh qualquer um que consegue de fato apreciar a massagem Tailandesa de verdade. Pra mim por exemplo, que tenho ZERO flexibilidade nas pernas, era bastante dolorido e incomodo.

Essa ai na foto sou eu, num momento de relaxamento pos-sofrimento. A foto foi tirada sem minha permicao, e sai com essa cara de pastel!

Mas assim que a massagem acaba, dah aquela sensacao de alivio gigantesca, uma levesa no corpo, e uma vontade enoooooorme de fazer xixi!!!

Mas o legal da massagem Tailandesa, nem sempre eh a massagem em si, e sim todo o ritual de Spa que eles criam, onde vc se sente viajando no tempo, como se fosse o convidado de honra num templo Budista.

Eu fiz varias massagens na praia, e essas sao mais informais (e tambem mais baratas), mas as que fizemos no Spa foram as mais legais.

Eles sempre pedem pra vc chegar uns 15 minutos mais cedo. Uma Tailandesa de movimentos em camara lente e voz sonolenta faz uma mini “entrevista”; dependendo do tipo de massagem vc vai fazer, as perguntas sao diferentes: Que tipo de pressao voce prefere, se tem problemas de coluna ou de articulacao (se for fazer a Tai tradicional); Se voce sente dores em alguma parte especifica do corpo ou se tem problemas em algum orgao (se for reflexologia); ou que tipo de oleo aromatico prefere (se for fazer massagem relaxante), etc.

Durante essa “entrevista” eles te servem cha verde ou de jasmin. As vezes frio, e as vezes quentinho (AMO cha verde!).

Os Tailandeses nao gostam de sujeira, e eh muito comum que vc tenha que tirar os sapatos pra entrar em lojas ou restaurantes, e os Spas nao sao diferentes. No Spa do Hotel em Bangcoc nos davam um kimono pra trocar antes de entrar na salinha (para nao usar suas roupas cheias de suor e poluicao), e no Spa do hotel na beira da praia, eles lavam seu peh e te dao uma sandalinha especial.

E durante a massagem, tem todo o ambiente. Tecidos esvoacantes, musica tranquila, barulho de agua, incenso. Na maioria das vezes, quando voce vira pra baixo na “maca” ainda tem umas florzinhas boiando, que eh pra garantir que vc nao vai ficar se pensando na morte da bezerra mesmo!

As Tai sao super pequenininhas, magrinhas e baixinhas. Falam numa voz baixa e delicada (principalmente quando falando em Ingles) sempre fazendo o movimento do Wai.

Mas quando a massagem comeca, meu deus! Como elas sao fortes! Te viram, te apertam, te esticam, te torcem. Se vc fechar os olhos, dah pra jurar que o massagista eh um lutador de Sumo!

Todas as experiencias foram maravilhosas. Em algumas eu sofri bastante, mas em outras tinha que ficar lutando pra nao pegar no sono o tempo todo.

Ateh o Aaron que NUNCA tinha feito uma massagem na vida foi convencido, e adorou o ritual, e as esticadas e repuxoes. Volta e meia estavamos batendo perna em algum lugar e ele propunha: porque nao votlamos pro hotel e vamos pro Spa?!

Agora soh falta eu conseguir convence-lo a querer fazer um curso e virar um massagista profissional, onde eu serei sua unica e exclusiva cliente! :-)

 

Adriana Miller
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19 Jan 2009
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Home is where the heart is…

Dia a dia, Dicas de Viagens, Lar doce lar, Lua de mel

Voltamos a realidade.

Nossa conexao em Abu Dahbi atrasou e chegamos em casa ontem mais tarde doque gostariamos, mas ainda com tempo suficiente pra ir desfazendo malas, lavando roupa e admirando as fotos.

No total eu tirei umas 2000 fotos, e o Aaron mais umas 2000… meu laptop quase deu tilt de tanto coisa pra baixar… acho que ainda vai demorar um pouco ateh conseguir atualizar o blog com todas as fotos legais que tirei, e alguns posts mais detalhados que nao deu tempo de escrever enquanto ainda estavamos on the move

Eu AMO viajar (dah) mas tambem adoro voltar pra casa… tomar banho no meu chuveiro e dormir na minha cama ontem foi tao bom… mesmo com jet lag, as 5 horas que consegui dormir foram otimas!

Uma das (muitas) reflexoes e decisoes e resolucoes que discutimos durante essa viagem foi manter nosso porto seguro. Explico: chegamos a pensar em tirar uma ano, ou semestre sabatico e sair viajando o mundo. Temos varios amigos fazendo isso no momento (planejando, indo ou voltando), e estavamos empolgados de tentar fazer o mesmo. Ai soma estresse de fim de ano, trabalho demais, etc e embarcamos com isso na cabeca.

Mas ao longo da viagem descobrimos que adoramos viajar, mas tambem gostamos muito de poder voltar pra casa e ter uma vida “normal”. Passar 6 meses ou 1 ano na estrada talvez nao nos divertisse tanto. Isso sem falar em largar tudo, emprego, casa, amigos, nos desfazer de tudo que temos na vida pra viver com uma mochila nas costas…

Jah tive esse momento na vida (em que larguei tudo pra me aventurar por ai), mas agora passou, e gosto da estabilidade da minha casa, meu emprego, meus amigos, etc.

Mas ao mesmo tempo, viajar sempre deixa com um gosto de MAIS! MAIS! MAIS! e jah estamos nos empolgando com as viagens que nos esperam em 2009!

Nos proximos dias esperam mais posts e mais fotos sobre a Asia!

 

Adriana Miller
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