09 Dec 2009
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Roteiro de viagem Berlin

Alemanha, Berlin, Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Roteiros de Viagem

Berlin é provavelmente a cidade mundial que teve um dos maiores impactos na historia mundial recente. É a cidade que por uma representa tudo de ruim que aconteceu ao mundo no seculo 20, e ao memso tempo é o simbolo de trasformação e reinvenção. Poucos lugares do mundo conseguiriam se reconstruir e se reinventar, se transformando numa grande potencia mundial num periodo tao curto de tempo.

Pelo menos pra mim, Berlin nao foi uma surpresa, e sim tudo exatamente como imaginei: uma super metropole multi-cultural que balanceia perfeitamente o super antigo, com o ultra moderno; enooorme, mas sem perder o ar provinciano de parques e feiras; o orgulho e vergonha da historia que se exapande por centenarios.

Berlin definitivamente não é uma cidade pequena e muito menos compacta. É uma daquelas capitais que tem uma infinidade de cosias pra ver e pra fazer. É tanta arte, tanta cultura, TANTA historia, que parece praticamente impossivel ver tudo em apenas alguns dias. E é. Muito dificil!

Então para conseguir aproveitar a cidade com poucos dias disponiveis é preciso planejamento e definir prioridades: oque vc tem que ver, oque quer ver, e oque seria legal de conhecer?

No meu caso, decidi deixar os museus pra lá. São muitoa espalhados pela cidade, de arte moderna, renascentista, arqueologia, design etc, mas numa cidade como Berlin, com poucos dias na mao, e poucas horas de luz disponivel (afinal estamos no auge da escuridao do inverno! Vejam como as fotos estão escuras), e realmente numa cidade como Berlin, a cidade é o proprio museu! Então me concentrei em ver a cidade, e ficar batendo perna na rua o dia todo, e esse foi o segredo.

Então esse foi o roteiro que usamos, adiconando mais algumas coisas que nao deram tempo, ou sequer sabiamos da existencia antes da viagem. No total passamos 2 dias por lá, num ritmo BEM intenso. Se vc vai ficar mais tempo ou menos tempo, aí é uma questão de ir adicionando ou retirando cosias pra encaixar no seu tempo e/ou disposição.

Começamos a viagem pelo lado extremo Leste do centro da cidade, na praça de AlexanderPlatz, que foi totalmente  bombardeada pelos aliados na 2a guerra mundial, e totalmente reconstruida. Hoje em dia, além de ser uma dos principais centros comerciais da cidade, é tambem a “sede” da Fernsehturm, a enorme torre de communicacao que suportamente iria virar o simbolo da RDA (Republica Democratica da Alemanha comunista). A praça não é assim super turistica, mas é um otimo ponto de partida!

Daí pra frente o resto do reoteiro é praticamente uma linha reta! A avenida Karl Liebknecht Stasse se estica infinitamente, mudando de nome mais umas 3 vezes. Nessa primeira parte da Avenida esta tamebm a fonte de Netuno (Neptunbrunnen), um presente do Kaiser Wilhem II em 1891, com uma estatua feminina que representa os 4 grandes rios Alemaes: Reno, Oder, Elbe e Weichsel.

Segundo a Karl Liebknecht Stasse se chega na Catedral de Berlin, a imponente igreja Berliner Dom, construida segundo o modelo da Catedral de Sao Pedro em Roma. A Catedral foi parcialmente destruida durante a guerra, e totalmente abandonada por varias decadas, tendo sua restauracao iniciada apenas em 1974, e ainda nao completa.

A praça gramada em frente a Catedral, Lustgarten foi nomeada para ser um “jardin de prazer”. Ali ficava o enorme palacio de Berlin, Berliner Scholss que foi totalmente destruido pelos bombardeios aliados – a unica coisa que sobrou foi a estatua do “Grande Elector” que agora esta em frente ao Charlottenburgh Scholss.

Mas ainda na Lustgardten estão importantes museus da cidade, 5 museus-ilhas que formam o Museumsinsel.

Esta praça marca também o inicio da uma das avenindas mais famosas da cidade, a Unter den Linden, que significa “embaixo das arvores Linden”, e é caracterizada pelo “calçadão” no centro da avenida, rodeado por arvores Linden por todos os lados. Essa parte da cidade era o centro da antiga Berlin Imperial do seculo 18 e é repleta de predios neo-classicos e barrocos de cair o queixo! Uma dica de que a Unter den Linten começou? Repare nas milhares de lojas de carros (Aaron ficou babando – boys will be boys – e completou dizendo que a Unter den Linten está para os homens (carros caros e rapidos!) como a Champs Elysees esta para as mulheres (roupas! Joias! Bolsas! Sapatos!).

A partir daí seu roteiro tem duas opções: entrar na rua Friedrichstrasse e o bairro Mitte (centrão da guerra fria!), ou seguir em frente e terminar a Unter den Linten.

Por agora, seguiremos em frente. No final da Unter den Linten esta a ampla Pariser Platz onde fica a imponente Brandenburger Tor, o Portão de Brademburgo.

A praça Prizer Platz foi mais uma parte da cidade prticamente totalmente destruida durante a guerra. Ironicamente, quando foi contruida em 1791, tinha como objetivo ser o “portão da paz”, usando como modelo o Partenon de Atenas, assim como o Arco do Triumfo em Paris, era usada pelos Keiser Alemaes pra comemorar suas conquistas – tendo seu mais famoso momento em 1933, quando Hitler e o exercito Nazista fizeram uma procissão a luz de velas passando pelo arco, dando inicio ao Terceiro Reich.

No alto do Portão esta uma estatua da Deusa Viktoria, que só foi adicionada ao portão em 1806 – e roubada por Napoleão depois da derrota Alemã na Prussia. Quando a estatua foi recuperada, cerca de 1 decada depois, Karl Friedrich adicionou varios adornos a coroa da deusa Viktoria.

Travessando o portão, você tem mais 2 opções no roteiro: virar a direita e ir ao Reichstag (Parlamento Alemão), ou seguir em frente na avenida Strasse des 17 Juni e cruzar o parque Tiergarten (que significa “Parque de animais” pois era usado para caça pelos aristrocatas da Prussia) até a gigantesca Siegessaule (Coluna da Vitoria). Originalmente a coluna ficava em frente ao Parlamento, e comemorava a vitoria das tropas Prussias contra Dinamarca, Austria e França. Depois que foi relocada para o meio do parque, dizem as mas linguas que o canhão no topo dos 67 metros da coluna esta virado na direção de Paris – uma afronta proposital em comemoraçnao da derrota de Napoleão. (e eu acgava que só os Ingleses tinham birra dos Franceses…).

Porem dependendo da epoca do ano que voce for a Berlin, se seguir esse roteiro ao chegar na Brandenburger Tor já vai estar quase de noite, e não sei se é recomendavel passear pelo parque durante a noite…. Foi isso que aconteceu com a gente, então seguimos pro Reichstag, o repaginado Parlamento Alemão.

Mas se prepare. Apesar de entrada gratuita e ficar aberto até bem tarde, a qualquer hora do dia, e qualquer dia do ano a fila pra entrar na cupula do parlamento vai estar dobrando o quarteirão. Nós chegamos lá já no fim da tarde, um frio descraçado, uma chuva chata, e a fila estava relativamente pequena (pequena o suficiente para terem removido as estruturas de metal que organizam as filas quilometricas), mas mesmoa ssim o tempo medio de espera era de 1 hora, por causa das medidas de segurança redobradas! Entao se vc faz mesmo questão de entrar e ver a cupula, se prepare pra chegar bem cedo, e provavelmente passar o dai todo fazendo isso. A muito contra gosto, o Aaron me convenceu a a desistir, e depois de 20 minutos sem a fila andar 1 centimetro (tirando as pessoas na nossa frente que tb desistiram!) fomos embora.

Uma pena, estava mesmo a fim de ver a cupula por dentro, que foi totalmente construida apenas em 1993 pelo arquiteto Ingles Sir Norman Foster. O predio original, que teve sua estrutura externa preservada, foi construido em 1894, mas foi parcialmente destruido por um incendia em 1933 e oque sobrou foi bombardeado durante a segunda guerra. Apenas em 1973 a nova admistraçnao federal reiniciou a restauraçao, e aprimeira sessão simbolizando a unificação da Alemanha foi realizada aqui, em 1990.

Hoje em dia, a ampla e moderna cupula de vidro simboliza um governo democratico aberto. Ali do lado, na jardim do parlamento, bem do lado da lojinha de souvernir tem uma exposicão a ceu aberto mostrando fotos holograficas do antes e depois de Berlin que é realmente impressionante – Incrivel pensar que em pouco mais de 1 decada a cidade foi totalmente reconstruida (as fotos comparam 1990 e entre 2003 2 2005).

No segundo dia do passeio o foco fica na lado leste/Ocidental da cidade e na historia mais recente da Alemanha.

Desde que fomos a Awschevitz na Polonia, fiquei ainda mais fascinada pela historia da 2a guerra mundial e a guerra fria, e passamos horas e horas lendo os paineis, folhetos e livros explicando um pouco sobre tudo que aconteceu no mundo entre aqueles poucos quarteirões da cidade.

O melhor lugar pra ver bem o muro de Berlin é na East Side Galery, onde mais de 1,3 km de mudo estão perfeitamente preservados e serve como uma galeria a ceu aberto onde artistas e pintores do mundo todo usam o muro como pano de fundo para suas obras. A galeria fica um pouco afastada do centro da cidade, mas é facilemente acessivel pelo metro (S-Bahn).

Mas se o tempo estiver curto, ainda existem algumas partes do muro, que cruzava toda cidade, preservadas na região de Mitte.

Então comece seu roteiro na Friedrichstrasse – nao se distraia pelas inumeras lojas tentadoras (!) e siga na direção do Check Point Charlie, que era a “fronteira” entre a Berlin Ocidental e Oriental, controlada por tropas Francesas e Americanas de um lado, e Alemaes e Russas do outro. OS paineis fotograficos que “decoram” a rua sao impressionantes… a estrutura da rua pouco mudou, os predios ainda sao os mesmos, mas é impossivel olhar para a rua consumista, com H&M, Galeries Lafayete e afins e imaginar os tanques Americanos e Russos apontados um pro outro, enquanto que o exercito Alemao tinha ordens de “atirar pra matar” qualquer pessoa nao autorizada que tentasse cruzar a fronteira.

Logo ao lado do Check Point Charlie esta a Niederkirchnerstrasse que ainda tem um enorme pedaço do Muro de Berlin original. Digo Original pois foi exatamente ali, naquele quarteirao que a populaçao Alemã se juntou na noi te de 9 de Novembro de 1989 para derrubar o muro.

O pedaço que sobrou de pé é relativamente pequeno, apenas alguns metros, que agora esta cercado por uma grade – oque sobreviveu as manifestacoes de 1989 estava sendo destruido nas maos dos turistas! Imaginem os milhoes de turistas que passavam por ali todos os anos, e (quase) todos tentavam tirar um pedaço do muro. Entao o pouco que sobrou esta parcialmente destruido, sem as pinturas caracteristicas e cheios de buracos…

Por sorte, uma pequena parte do muro foi conservada, longe das garras dos turistas, com as pinturas e manifestações originais.

O legal dessa parte do muro é que ali começa a marca deixada pelo muro no chão da cidade, que se estende atééé onde o muro iria.

Ali do lato esta tambem o museu/exposicao ao ceu aberto Topographie des Terror, com fotos e historias sobre o passado recente da Alemanha.

Seguindo a Niederkirchnerstrasse, suba a Stresemannstrasse (muito complicado escrever o nome dessas ruas! haha) até a Postdamer Platz, onde esta o grande Sony Center. O super moderno predio virou uma dos simbolos da nova super moderna Berlin, mas como deixamos pra Domingo (que nao parava de chover um segundo!) estava tudo fechado!

Na mesma praça tambem esta o museu Gemaldegalerie, que contem mais de 2.700 pinturas de renomados artistas Europeus, incluindo Rembrandt, Caravaggio e Bruegel. E pra quem é fan de design e arte moderna fica ali tambem o Bauhaus-Archiv, que conta a historia do design Alemão.

Ou entao, a partir do Check Point Charlie volte pela Friedrichstrasse até a Gandarmenmarket, que é uma praça neo-classica (que nesse fim de semana estava ocupada com uma das maiores feiras de natal da Europa central!) ocupada pelo teatro Konzerthaus e pelas catedrais “gemeas”, construidas em lados opostos da praça – a catedral Francesa (Franzosischer Dom) e a Catedral Alema (Deutscher Dom).

Para fechar o dia (e o roteiro) um outro grande marco e simbolo de Berlin eh o castelo Charlottenburgh Scholss, que é o antigo palacio real Alemão.

O Palacio, contruido em estilo rococo demorou mais de 100 anos para ser finalizado, e apezar de ficar ligeiramente fora do centro da cidade, do outro lado do Tiergarten, era considerado afastado o suficiente para ser a residencia da familia real, e é considerado uma dos jardins mais bonitos da Alemanha. (e sede do maior e mais bonito mercado de natal de Berlin!)

Outras atrações que valem a pena, se voce for pra berlin com mais tempo:

– Neue Sinagoge: A nova Sinagoga de Berlin foi contruida no mesmo local onde estava antiga Sinagoga, que foi totalmente destruida pelos Nazistas e onde mais de 500 mil Judeus foram reunidos antes de serem deportados aos compos de concentracao.

– Zoologischer Garten: o Zoologico de Berlin tem entre seus famosos inquilinos alguns ursos polares e urso panda

– Campo de Concentração Sanchsenhausen: Teoricamente fica fora da cidade, mas esta a apenas 1 hora por transporte publico. Esse campo de concetracao serviu de prisao temporaria para prisioneiros de guerra de mais de 18 nacoes. Inicialmente contruido para ser uma prizao politica, ao londo da decada de 30 e 40 comecou a ser ocupada por judeus que eram expulsos da grande maioria das cidades Europeias. Hoje em dia o campo tem um museu que mostra fotos e alojamentos dos prisioneiros – aparentemente nem tudo eh original, pois o campo foi parcialmente destruido pelos Nazistas para eliminar provas no fim da guerra, mas muitas coisas foram reconstruidas para servir de museu.

Pra quem já conheceu Berlin e queiser deixar novas dicas, sintan-se avontade!

Adriana Miller
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07 Dec 2009
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Berlin

Alemanha, Berlin, Dicas de Viagens

Pra mim, viajar eh tipo pizza – mesmo quando eh ruim, eh sempre bom! Esse fim de semana fomos pra Berlin, tendo como desculpa as dezenas de Mercados de Natal da cidade, e um pingo de vergonha pois apesar de termos rodado o pais todo quando o Aaron morou na Alemanha, nunca chegamos a conhecer Berlin.

Porem foi uma daquelas situacoes, onde eu comprei as passagens ha uns 6 meses atras, por um preco irrisorio… nunca imaginava que as semanas de trabalho (para ambos!) estariam tao cascudas, a viagem pros EUA seria remarcada, e a viagem seria um perfeito caos.

Sexta a noite, de malas feitas, e sabendo que tinhamos que acordar as 3 da manha pra chegar no aeroporto no sabado, tivemos um papo serio do tipo “vamos abandonar”, ficar em casa, dormir, etc, e deixar pra ir pra Berlin outra epoca. O problema eh que jah fizemos isso outras vezes, e acabamos nunca indo, e Berlin sempre foi meu calcanhar de aquiles das capitais Europeias! E ai pensamos nos custos bla bla, temos que aproveitar que somos jovens e cheios de energia bla bla, que ainda nao temos filhos, bla bla. perdemos mais uns minutos preciosos de sono, e resolvemos ir.

Entao nessa viagem acabaram acontecendo duas coisas que eu considero serem as piores situacoes em qualquer viagem (excluindo desgracas e afins, certo?!): viajar sem vontada, sem se importar com nada – seja a gripe, o cansaço, a enchaçnao de saco – e vc acaba nao apreciando a oportunidade. A outra é viajar sem planejar, sem saber oque ver, onde ir, oque fazer.

E nao tem nada que me deixe mais frustrada doque acabar de chegar de uma viagem e alguem falar “viu o sei lah oque?!” e eu nem sabia que o “sei lah” oque existia!!! Serio, uma coisa meio esquizofrenia aguda, me tira do serio!!! O “sei lah oque” em questao? O MURO de Berlin!!!!! Apenas…

Oquei, obvio que eu sei oque eh, oque significa, etc, etc, mas nao tive ptempo de pesquisar, de me planejar e saber onde ir pra de fato ver bem o muro…. O vimos asim mesmo, tiramos fotos, lemos sobre a historia, fomos no museus e tals, mas nao sabiamos da existencia da parte mais legal, mais colorida e mais cultural do muro…. Enfim… Desculpa perfeita pra voltar em breve!

Berlin eh uma cidad ebem grande, de certa forma espalhada, mas com muuuuuita coisa legal pra fazer. Uma daquelas cidade que quanto mais tempo vc tem, mais coisa legal vai ver/fazer. mas eh uma metropole Europeia compacta o suficiente pra conseguir aproveitar bem num unico fim de semana!

Entao vou preparar um post-roteiro sobre a cidade, dando algumas das dicas que soh aprendi depois que voltei de lah!!

E outro post especial sobre os mercados de Natal, que em toda Europa central sao maravilhosos, mas a Alemanha em especial conseguiu aperfeicoar o arte Natalina!

Adriana Miller
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21 May 2007
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Cruzeiro no Reno

Alemanha, Dicas de Viagens, Reno

Update tardio (quase 2 anos e meio depois!):
Nos fizemos a versao bate-volta, saindo de Frankfurt (trem) ao raiar do dia e indo direto pra Bingen. A cidade eh minuscula, e a estacao de trem fica bem no centrinho, e o porto eh a apenas alguns quarteiroes de distancia.

O passeio que nos fizemos nao foi extamente um cruzeiro, apenas pegamos uma das balsas que fazem servico de passageiro pelo Rio, com servicos regulares, parando em varios portos ao longo do trajeto, e pelo que me lembro foi bem barato (coisa de 10 Euros, com direito a ir parando onde quiser).
Nao fizemos reserva nem nada (eh uma coisa meio Balsa Rio-Niteroi de luxo) jah que o servico eh bem regular (mas fomos bem fora de temporada. No auge da alta temporada eu recomendo fazer reserva).
Andamos ateh o porto e compramos a passagem (apenas de ida – o day pass) com a empresa Köln-Düsseldorfer (K-D) Line.
Soh tem que ficar de olho nas datas pois os barcos nao cruzam o Reno durante o inverno, entao acho que soh ficam abertos entre Abril e Outubro (acho).

No fim do dia, jantamos em Koblenz e pegamos o trem de volta pra Frankfurt.

Foi um dia looongo, mas valeu a pena! O ideal seria passar pelo menos 1 noite em algumas das cidadezinhas na beira do Rio, mas nosso tempo era curto, entao curtimos como deu…

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Depois de muito prometer, aqui estao as fotos e as historias do passeio! (as fotos já estao no Fotki, mas depois termino de postar as fotos aqui no blog tb)

Durante vários séculos, o Rio Reno foi o caminho natural para os viajantes que cruzavam a Europa central no sentido norte-sul ou inverso. Às margens desse rio, que cruza o território de quatro países – Suíça, França, Alemanha e Holanda, foram construídos no correr da história inúmeros castelos e fortalezas e os primeiros núcleos de colonização romana marcaram a origem de importantes cidades.

Também politicamente importante, o Rio Reno representou durante muito tempo o ponto central das discórdias entre franceses e alemães. Os franceses reivindicaram durante décadas o Reno como fronteira oriental do seu país. No correr da história, ao cabo de guerras e tratados, a margem esquerda do rio mudou várias vezes de nacionalidade.

O nome Reno é de origem celta e significa fluir (como em grego antigo ‘rheīn’=fluir). Junto com o Danúbio, o Reno constituía a maior parte da fronteira setentrional do Império Romano. Os romanos chamavam o rio de Rhenus. Desde essa época o Reno é um curso de água muito usado para o transporte e o comércio.A maioria dos castelos da Regiao tem entre 500 e 1000 anos (alguns muito mais que isso!) de historia, na epoca da pre unificacao Alema; Ou seja, a cada alguns quilometros se cruzava um novo reino, e a grande fonte de riqueza da regiao era o pedagio fluvial.Os donos dos castelos eram conhecidos como “Baroes-ladroes” (robber barons), pq oque faziam era, literamente um roubo.

 

Os castelos ficavam numa margem do rio, e uma outra torre na outra margem. Quando algum barco passava por lah, eles levantavam uma corrente e soh deixavam o barco passar depois de pagar os impostos.Varios castelos foram destruidos e reconstruidos, por causa das varias guerras da regiao, e finalmente na epoca pos revolucao industrial, com o desenvolvimento de outras regioes, e a unificacao da Alemanha os nobres da regiao perderam seu poder e muitos dos castelos acabaram sendo abandonados.Entao hoje em dia, quase todos foram comprados por bilhonarios exentricos que nao sabem mais oque fazer com seu dinheiro, ou viraram heranca de familias que os transformaram em hoteis e museus. Por incrivel que pareca, esses hoteis sao super baratos e acessiveis. Se eu soubesse disso teria me planejado pra passar pelo menos uma noite num deles!!A regiao da “Rota Romantica”, que sao mais ou menos 50 e poucos quilometros, entre Bingen e Koblenz e tem uns 20 castelos, cada um com suas historias e particularidades:

Ehrenfels Castle Do outro lado da estacao de Bingen da pra ver o fantasmagorico castelo Ehrenfels, mas como ele nao oferecia uma boa visao do rio o dono construiu uma mine torre numa ilha no meio do rio. Hoje em dia eh usado como farol do rio.

Burg Reichenstein e Burg Rheinstein:

Os dois sao privados e abertos a visitacao. E aparentemente sao conectados por uma trilha bem legal.

Castle Sooneck

Esse castelo jah foi destruido e reconstruido duas vezes, pela populacao que estava de saco cheio dos altos importos cobrados pelo Barao. Descrito pela guia de viagem como “patetica ruina de um castelo”, soh sobraram algumas miseras paredes pra contar historia…Bacharach and Burg Stahleck

A vila de Bacharach eh considerada uma das melhores cidadezinhas da regiao, e tem um vinho famoso. O castelo foi transformado num albergue e a cidade eh toda cercada por vinhedos.

Burg Gutenfels and Pfalz Castle: O cartao postal do Reno

O castelo Burg Gutenfels, e o castelo em forma de barco Pfalz Castle (construido numa ilhota em 1300) eram os mais efetivos na cobranca de impostos. A cidade prosperou gracas as amecas de uma prisao cruel para os evasores de impostos…

Oberwesel

Oberwesel foi uma cidade Celta e depois uma cidade Romana, e temas melhores ruinas Romanas da regiao. O castelo Schönburg Castle parece saido de um conto de fadas, e todas as entradas dos tuneis que conectam a cidade tem terrezinhas decorativas.

Dois quilometros depois do castelo estao os “Killer Reefs” (Recife da morte) , devido a ser uma regiao de aguas rasas com muitas pedras no fundo, logo estracalhava os barcos. Isso, logicamente deu origem a uma lenda medieval: O princepe de castelo Schonburg tinha 7 filhas muito mimadas, que sempre botavam defeito em seus pretendentes e esvam ficando encalhadas. Um dia o Principe ficou de saco cheio, convidou 7 de seus melhores cavaleiros e mandou que cada filha escolhesse um pra casar. Ela continuaram reclamando dos pretendentes e fugiram todas juntas num barco. Entao pra puni-las por serem malcriadas, Deus as trasnformou nas 7 rochas que formam o recife e continuaram matando e azucriando homens por muitos anos.

A Loreley:

Mais uma lenda da regiao. Essa eh a parte mais profunda do Rio, e mais estreita, e tambem eh a area onde as montanhas ao redor sao mais “fechadas” criando penhascos nas duas margens do rio.

 

Essas caracteristicas geologicas criavam muitos ecos, oque os navegadores acreditavam que fosse uma sereia. O canto dessa sereia distraia os homens e fazia com que eles perdessem a direcao dos barcos e morressem no recife de Oberwesel (uma explicacao: nos fizemos esse passeio rio acima, ou seja, contra a correnteza. O curso normal naquela epoca seria passar pela Loreley primeiro, ouvr o canto da sereia e depois morrer no recife).

Burg Katz — Burg Katz (Katzenelnbogen) 

Burg Katz (Katzenelnbogen)No lado oposto da cidade de St Goar, e juntos, criaram a regiao mais protegida do Reno, pois os inimigos eram vistos de longe. Esse castelo foi comprado por um empresario Japones que tinha uma fatasia de ser principe medieval, e pagou a bagatela de 4 milhoes de Euros pelo castelo. Mas como a lei Alema nao permite que extrangeiros utilizem seu patrimonio pra uso particular, o castelo acabou sendo abandonado (mas que japa otario esse, heim…?).

St. Goar and Rheinfels Castle

Nessa cidade resolvemos fazer uma parada. O castelo eh um dos mais antigos da regiao, entao a cidade era a que oferecia melhos infraestrutura pro navegadores. Geralmente eles paravam aqui pra recuperar as energias antes de enfrentar a Loreley.Nessa cidade resolvemos fazer uma parada. O castelo eh um dos mais antigos da regiao, entao a cidade era a que oferecia melhos infraestrutura pro navegadores. Geralmente eles paravam aqui pra recuperar as energias antes de enfrentar a Loreley.Entre todas as opcoes resolvemos parar pra explorar o Rheinfels que parecia ser o mais “selvagem”, na vila de St Goar. Parte dele foi transformado num hotel, mas o “corpo” principal do castelo foi mantido como era e pode ser explorado livremente. A unica instrucao que te dao eh “traga uma lanterna”.

Nessa cidade resolvemos fazer uma parada. O castelo eh um dos mais antigos da regiao, entao a cidade era a que oferecia melhos infraestrutura pro navegadores. Geralmente eles paravam aqui pra recuperar as energias antes de enfrentar a Loreley.Entre todas as opcoes resolvemos parar pra explorar o Rheinfels que parecia ser o mais “selvagem”, na vila de St Goar. Parte dele foi transformado num hotel, mas o “corpo” principal do castelo foi mantido como era e pode ser explorado livremente. A unica instrucao que te dao eh “traga uma lanterna”. O meu conselho pessoal eh: se vc eh clasutrofobico, fique bem longe!! Hahahahah

Comecamos inocentemente andando ao redor do castelo, subindo ateh as torres, ateh que encontramos as passagens secretas e a area residencial! Como que algum dia seres humanos conseguiram viver lah dentro eu nao sei…

A Area dos “apartamentos” eh ampla, grandes quartos, com teto alto mas umas janelinhas minimas… pra minimizar a entrada de frio e oferecer maior protecao a estrutura. Muitas lareiras pra tudo quanto eh lado, que imagino eu deveria melhorar um pouquinho a temperatura e o breu lah dentro. Dei vaaaarias topadas com meu mindinho nos pedregulhos e escadas.

Eu fiquei viajando na batatinha, soh imagiando como que nao deveria ser lah dentro quando ainda era “habitado”… Seguindo por um corredor, resolvemos entrar numa portinha. Mas o negocia era TAO escuro, mas TAO escuro que era desesperador. Fomos andando esperando encontrar uma parede, ou uma saida… Eramos 4 e soh o Rich tinha uma micro lanterninha… mas eh o suficiente apenas pra ninguem dar de cara com a parede.

Depois de uns metros subindo o tunel, perdemos total contato com a luz do lado de for a. Agora imagina a cena: as paredes sao 3 metros de pedra solida, o teto devia ter mais ou menos 1,5 metro (eu andava agaixada, o Aaron quase de joelhos!). Aquilo foi me ando uma agonia, um desespero, o teto ia encolhendo, a parede ia ficando mais estreita, nem sinal de luz, nem sinal de saida, uns barulhos estranhos…. GENTE QUE DESPERO! O Aaron ia disparando a camera fotografica pra dar uns flashes de luz, que acabaram garantindo umas fotos hilarias, que dah pra ter bem uma ideia de como era lah dentro…

Quando eu esta a ponto de ter um ataque, ouvi o Rich gritando lah da frente que ele tinha chegado numa escada e que lah em cima tinha luz… Fiquei calma de novo… Quando chegamos lah fora, rimos TANTO do panico da galera e queriamos fazer TUDO de novo!

Depois desobrimos que o lugar onde estavamos ea a entrada pro calabouco do castelo, e demos sorte de nao entrar em nenhuma das celas… Que pavor me deu soh de pensar que os prisioneiros de guerra (ou os comerciantes que nao pagassem impostos) ficavam presos naquelas condicoes… Eles ficavam presos em celas coletivas, sem NENHUMA luz, sem aquecimento, encanamento, bla bla bla, comendo apenas pao e agua. Ninguem sobrevivia mais que algumas semanas (oque jah me parece muito). Apenas um prisioneiro sobrevivu 2 anos e meio, mas diz a lenda que ele morreu na primeira noite que foi libertado (comeu e bebeu demais).

Entrmaos em mais alguns corredores escuros, mas nenhum foi tao emocionante quanto o calabouco… ehehheeh

Almocamos e recuperamos as forcas e continuamos nosso passeio de barco.

Burg Maus

O castelo Maus (rato em Alemao) ganhou esse nome porque era da Familia Katzenelnbogen (Katz significa gato em Alemao) e era considerado uma obra prima da seguranca e fortificacao. Nunca tinha sido destruido, ateh que Napoleao chegou nessa regiao com sua artilharia obra prima e destruiu o castelo… mas ele foi reconstruido novamente em 1900, e hoje em dia eh um museu com shows medievais.

Burg Sterrenberg and Burg Liebenstein

Esses sao os castelos dos “irmaos inimigos”. Hoje em dia viraram um hotel de luxo, mas foram construidos por dois irmao ganaciosos que queriam tomar conta um do outro, para que ninguem levasse mais da heranca.

Boppard

Boppard Tambem foi uma cidade Romana e tem umas torres romanas lindas na praca central. A cidade eh famosa pelas enchentes, e os arcos da cidade tem marcas nas paredes que mostram a altura em que chegou a agua em cada uma das grandes inundacoes da cidade.

Marksburg

Eh o mais bonito de todos, e o unico que ainda tem toda sua estrutura original. Devido a sua localizacao provilegiada, ele nunca foi atacado Hoje em dia ele virou um museus, e tem um interior que ainda eh bem legal (queria ter ido ateh lah, mas nao dava tempo….)

Koblenz

Koblenz foi a parada final do nosso passeio. A cidade nao eh nada demais, muito pelo contrario, mas eh famosa por ser o local onde o rio Reno e o rio Mosel (nao sei o nome em portugues) se juntam, a “esquina Alema” e foi completamente destruida durante a segunda guerra.

Almocamos por la mesmo, passeamos um pouco, e depois voltamos pra Frankfurt felizes e contentes!

 

Adriana Miller
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