03 Oct 2013
52 comentários

O fim da licença maternidade!

Baby Everywhere, Dicas de Maternindade, Gravidez, Isabella, Pessoal, Trabalho, Vida na Inglaterra

Ano passado, no auge da gravidez e me preparando pra sair de licença maternidade,  escrevi um post enorme explicando como a parte legal/corporativa funciona aqui na Gra Bretanha, e como funciona na empresa onde trabalho e meus planos pessoais.

Na época eu tinha muitas duvidas e incertezas de como a “vida real” de ter um bebe em casa iria me mudar, e como eu passaria a encarar meu trabalho e carreira depois do nascimeto da Isabella.

Quase 10 meses se passaram e essa semana minha licença chegou ao fim e eu voltei ao batente!

E antes de mais nada, vou confessar: estou muito feliz de estar de volta!

Ao mesmo tempo que sou extremamente grata por ter tido a oportunidade de passar os primeiros 9 meses e vida da Isabella cuidando dela pessoalmente (e com a segurança de saber que caso fosse necessário ou se eu quisse, poderia ter estendido esse período por mais 6 meses!), eu sempre soube que no fundo no fundo sentiria falta do meu dia a dia e de minha carreira.

Por mais clichê e piegas que possa soar (principalmente pra quem ainda não tem filhos), ser mãe é a coisa mais maravilhosa do mundo! A Isabella me transformou em maneiras inimagináveis e volta e meia me peguei pensando: se eu soubesse que era tão bom assim, teria começado bem antes!! :-)

Mas ao mesmo tempo, ser mãe é uma das coisas mais difíceis que ja fiz. E não estou falando de coisas “práticas” como acordar no meio da noite pra amamentar, trocar fraldas ou  lidar com choros e cólicas, nem nada não (porque quando é o nosso bebezinho essas coisas – por mais difíceis que sejam – acabam virando prazer).

Estou falando do lado mais “filosófico” da coisa: aquele eterno conflito de “ser mãe” e ao mesmo tempo “ser eu mesma” e como a sociedade enxerga (e julga!!) essa dupla personalidade e nossas decisões.

Porque convenhamos, ser mãe é uma carreira por si só!

Não reconhecida, não remunerada e na maioria das vezes não aprecidada pela propria família e filhos – nada mais revoltante do que quando ouço alguém falando que fulana “é só mãe”, como se isso não fosse bom o suficiente!

Mas como qualquer outra escolha de carreira na vida, ser mãe em tempo integral demanda um talento especial, e sempre soube que assim como nunca quiser advogada ou publicitaria, também não queria ser mãe em tempo integral.

Tive meus momentos de pânico, imaginando como seria difícil não ve-la durante o dia todo, ter que viajar e passar vários dias longe dela e coisas do tipo; mas ao mesmo tempo, a alternativa era largar todo o resto e me dedicar a ela 100%, o que também não era uma ideia que me agradava.

Então decidi voltar mais ou menos quando eu sabia que queria voltar.

Tivemos um ano delicioso, o verão em Londres foi incrível, muitas viagens e curtimos demais nosso tempo mae-filha!

Mas ai rolaram umas mudanças organizacionais na empresa, e isso foi uma boa oportunidade pra negociar minha volta: optei por não tirar minha licença ate o final do período a que tenho direito, mas por outro lado estou voltando aos poucos, trabalhando apenas 4 dias por semana, viajando menos e com alguns dias no home office – e assim ir pegando o ritmo aos poucos, em vez de ficar tanto tempo longe do escritório e de minha equipe e acabar voltando de sopetão e desatualizada demais!

Assim tenho tempo de ir me acostumando a nova rotina aos poucos, sem sentir que estou abrindo mão de uma coisa ou outra na minha vida pessoal e profissional.

Ao longo desses meses, e principalmente daqui pra frente, eu e o Aaron formamos uma ótima equipe pra cuidar da Isabella; apesar de uma licença paterniadade curta, ele pode coincilar muitas viagens de trabalho com viagens em familia, pode ficar em casa com a gente durante muitos dias todas as semanas, e principalmente sempre fez questão absoluta de participar de tudo e contribuir igualmente nos cuidados com ela.

Então conseguimos nos organizar bem nas reponsabilidades de casa-creche-baba, quem da banho e quem da a janta, quem arruma ela de manha e quem cuida dela na hora de dormir!

Claro que tenho certeza absoluta que esse “sistema” tera muitas excesões e contra tempos (logo no meu primeiro dia de volta ao escritório já tive que planejar viagens para os proximos 2 meses!), mas pelo menos voltei a minha rotina de trabalho 100% confiante de que tudo acabará bem e a Isabella esta em boas mãos!

Então pelo menos até o final do ano, enquanto ainda estarei trabalhando meio periodo, nossa semana será dividida entre 2 dias na creche, 2 dias com uma baba (Brasileira) e 1 dia na semana comigo em casa.

A Isabella já esta nesse ritmo a algumas semanas e se dando muito bem na creche e amando a baba – então nos proximos 3 meses vamos avaliar como as coisas ficarão ano que vem quando eu voltar a trabalhar todos os dias.

Por enquanto foram apenas 4 dias, e estou me sentindo revigorada por ter voltado a trabalhar! E principalmente estou mesmo me sentindo uma mãe “melhor” agora que nosso tempo juntas está muito mais focado na qualidade do que na quantidade do tempo que passamos juntas!

Claro que eu sei que terei muitos dias estressantes no escritório e que tudo que mais vou querer era estar em casa brincando e cuidando da Isabella, assim como tive muitos dias em que a folha de pagamento Russa me pareceu tão mais fácil de entender do que um bebe chorando na madrugada!

20131003-203057.jpg

Adriana Miller
Siga me!
Latest posts by Adriana Miller (see all)
Adriana Miller
52 comentários
16 Jul 2013
87 comentários

Maternidade no UK: Durante e Depois

Gravidez, Pessoal, Vida na Inglaterra, Vida no Exterior

Esse post est uns meses atrasado, mas eu queria mesmo esperar passar um pouco o rebulio de hormnios e emoes da gravidez e ps parto pra contar um pouco mais sobre a experincia de ficar grvida e ter um beb na Inglaterra, e responder algumas perguntas que recebi ao longo desse ltimo ano.

Mas antes de mais nada, vale reforar a ideia de que cada caso um caso, e a sua experincia (na Inglaterra ou qualquer outro lugar) ou a histria que voc ouviu da prima da vizinha do conhecido do seu amigo pode ter sido completamente diferente, o que no desmerece a experincia de ningum! E outra coisa que eu aprendi a duras penas foi o tanto que as pessoas gostam de dar palpite, opinio e sugestes na vida alheia – como se uma barrigona ou um beb no colo derrubasse todas as cortesias e a moral e bons costumes de respeito ao prximo (incrvel como ouvi barbaridades de estranhos nas ruas nas 3 semanas que passamos no Brasil! Aqui o pessoal se controla mais, mas volta e meia rola algum sem noo…).

Bem, comeaando pelo princpio, de maneira geral toda gravidez e parto no Reino Unido acompanhado e realizado pelo NHS (National Health System), que o sistema pblico de sade nacional.

As opinies positivas e negativas ao servio de sade varia o de 0 a 1000 – ha quem ame e ha quem odeie, o que depende demais de sua experincia nas mos deles. Mas o que interessa mesmo ressaltar que na Inglaterra todo mundo (que mora aqui legalmente) tem acesso a um sistema de sade de qualidade e totalmente de graa.

Claro que nada perfeito e a qualidade do servio geralmente esta atrelada a onde voc mora – se mora numa cidade/bairro bom, provavelmente o NHS local ser melhor. Se mora num bairro mais marginalizado, com muitos imigrantes e afins, as condies gerais do servio ser consideravelmente pior. Infelizmente.

Mas tambm existe um sistema privado de sade, que varia bastante de plano pra plano, mas que no geral no cobre maternidade e parto – eu tive a sorte de ter um timo plano de sade atravs da minha empresa que cobriu por inteiro meu pr-natal e parto, ento tive experincia nos dois lados.

Se voc fará seu pr natal e parto no NHS, o primeiro passo quando desconfiar que esta grávida, é ir no seu GP (seu médico de família da clínica do seu bairro) e fazer um exame de sangue. Esse exame é ultra básico, e apenas confirma o nível do hormônio Beta HCG, confirmando ou não a gravidez. Se o resultado for positivo, seu GP lhe encaminhará ao hospital (público) de seu bairro, onde você será acompanhada por midwives (enfermeiras obstetras, ou “parteiras”).

Na maioria das vezes, essa primeira consulta pode demorar semanas (que parecem ser eternas nesse comecinho de gravidez!), o que e extremamente frustrante, numa fase sensível onde tudo que queremos é a certeza que o bebê está bem!

Na pior das hipóteses a primeira consulta é marcada pra 12ª semana de gravidez – mas geralmente a primeira consulta com a midwife acontece entre a 8ª e 10ª semana, onde elas fazem um questionário geral sobre sua saúde (e avaliam a necessidade de mais exames), ouvem o batimento cardíaco do bebê, tiram pressão, peso etc.

Não espere nada muito sofisticado nem “personalizado”.

A primeira ultra sonografia acontece apenas na 12ª semana, quando fazem uma avaliação do desenvolvimento do bebê, e testam a possibilidade de doenças genéticas (síndrome de down e mais algumas outras).

Uma coisa que as vezes “choca” as mães Brasileiras de primeira viagem é que como na Inglaterra o aborto é 100% legalizado, rola todo um papo sobre suas “opções” caso o resultado dos exames não seja positivo – então cabe a cada mãe e cada pai a decisão sobre o que fazer daí pra frente.

Se tudo correr bem, a partir da 12ª semana de gestação você terá 1 consulta com a midwive por mês até a semana 36, quando as consultas passam a ser a cada 15 dias; e se sua gestação passar das 40 semanas, as consultas passam a ser semanais (e em alguns casos, a cada 2 ou 3 dias).

A sua única outra ultra sonografia será na semana 20, quando avaliam a formação física do bebê e onde os pais tem a opção de descobrir o sexo.

Aqui não existe exames de “sexagem fetal” nem nada do estilo, mesmo no sistema particular, e descobrir se o bebê é menino ou menina só mesmo na 20ª semana – e se o bebê cooperar (se o bebê estiver de pernas cruzadas ou numa posição onde não seja possivel ver o sexo, os pais tem que esperar até o nascimento do bebê pra descobrir, ou então fazer uma ultra num hospital particular. Mas o comum aqui é que ninguém descubra o sexo do bebê mesmo de qualquer maneira).

Ou seja, em uma gestação normal e saudável, a grávida não se consulta com um obstetra uma única vez, e é atendida pelo time de midwives de seu hospital (cada consulta será uma pessoa diferente, para que você se familiarize com toda equipe).

Quando você entrar em trabalho de parto, será atendia por uma das midwives (que provavelmente você já conheceu em alguma das consultas), que são também responsáveis pelo parto. Os Obstetras só entram em cena em casos de emergência.

E aqui na Inglaterra, parto é parto. Todos são normais, e de preferência o mais natural possível.

Cesáreas são consideradas “cirurgia de retirada de bebê”, e nunca chega a ser uma opção, a não ser que realmente exista um risco muito grande para a mãe e/ou bebê. Alguns fatores podem ser encarados como complicadores do parto normal, mas a decisão por uma cirurgia só acontece quando a mãe entre em trabalho de parto, ou nas semanas finais da estação (como por exemplo cordão umbilical enrolado no pescoço, bebê de cabeça pra cima, gêmeos, bebê grande, etc. Todos são vistos como “complicadores”, porém não são motivos suficientes para fazer a mulher passar por uma cirurgia abdominal).

Eu tive o privilégio de experimentar os dois lados do sistema de saúde na Inglaterra, e confesso que por ser mãe de primeira viagem e estar acostumada com os padrões Brasileiros (e o Aaron com padrões Americanos) de saúde, toda essa cosia de não ter obstetra, exames superficiais, não fazer ultras etc, me assustava um pouco, então fiz todo meu pré natal e parto pelo sistema privado.

E por aqui, pelo menos no meu plano de saúde, o sistema funciona igual ao Brasil: eu consultei meu ginecologista no inicio da gestação, fiz todos os exames necessários de sangue e hormonal, fiz a primeira ultra na 7ª semana para confirmar a gestação e batimentos cardíacos do bebê, e dai pra frente fiz uma ultra por mês.

Mais ou menos no 4ª mês, meu ginecologista me encaminhou para um Obstetra e prosseguimos com o pré natal normalmente.

Por sorte, meu Obstetra atende em vários hospitais particulares em Londres, então na reta final (7ª mês) eu resolvi trocar de hospital, para ficar mais perto de casa, então tive que refazer alguns exames e voltei a misturar um pouco o lado do NHS com o particular (a quem interessar possa: fiz meu pré natal no Portland Hospital, mas resolvi ter a Isabella na Lansdell Suite do St Thomas Hospital – uma ala particular dentro um hospital público – pois achei que a infra estrutura num caso de emergência seria mais completo).

Quando entrei em trabalho de parto, fui direto para o hospital, onde pude ficar relaxando com o Aaron enquanto esperava o parto progredir (no NHS a gestante só pode dar entrada no hospital quando já esta em trabalho de parto avançado, com contrações a cada 5 minutos pelo menos), com acompanhamento das midwives e do Obstetra.

De modo geral eu achei a experiência o máximo, e tanto no lado do NHS quando no particular fui muito bem cuidada, e gostei demais do estilo que os Britânicos (e Europeus em geral) encaram a maternidade e principalmente o parto.

A maioria das mulheres sonha e opta pelo parto normal sem anestesia (lembrando que a cesárea não faz parte do leque de “opções” e só acontece em casos muitos específicos), então o sistema é preparado pra isso.

Somos encorajadas a fazer um “birth plan” (“plano do parto”) onde é estabelecido seus desejos e prioridades, desde qual música você quer ouvir durante o trabalho de pato, a intensidade da luz, até decisões mais “sérias” como anestesia, episiotomia, opções de emergência (as mulheres aqui fogem MESMO da cesárea, então temos várias opções de intervenções e “ajudas” médicas para facilitar o parto normal), quem vai cortar o cordão umbilical, se o bebê vai ser examinado antes ou depois da primeira mamada etc, etc.

Eu optei pela anestesia peridural, mas ainda assim, a anestesia aplicada nos hospitais Ingleses é conhecida como “walking epidural”, ou a “peridural andante”, pois é aplicado apenas a dose mínima do anestésico, então elimina toda dor, mas sem eliminar a sensação do parto.

Então apesar de não ter sentido dor nenhuma em momento algum, eu pude andar pelo quarto, ir ao banheiro quantas vezes quis, usei a bola de pilates, as barras de apoio, etc e fiquei bastante ativa durante todo o parto, o que ajudou demais a passar o tempo e progredir com as contrações, dilatação etc. Mas ao mesmo tempo eu conseguia sentir tudo que estava acontecendo “dentro” da minha barriga – sabia quando estava tendo uma contração (sem dor, mas sentia a barriga ficando dura), sentia ela se mexer, quando a cabeça foi abaixando etc. E na hora de empurrar, também conseguia sentir cada contração, o que ajudou a focar meus esforços, saber quando respirar, quando empurrar, quando parar etc. O médico e as parteiras iam me guiando, mas foi sensacional conseguir participar “ativamente” do parto.

Não existe experiência igual!! Só tenho memórias maravilhosas daquele dia/noite e já mal posso esperar pelos próximos partos!

Foi cansativo, claro. No total, entre a bolsa romper e a Isabella nascer foram 21 horas de “trabalho”, sem comer ou dormir direito, mas foi o que meu corpo precisava para se preparar para aquilo tudo.

Eu também aceitei/optei por receber hormônios artificiais (oxitocina) para acelerar as contrações/dilatações, pois as horas estava passando rápido demais e o parto não estava progredindo de acordo. E como a regra aqui é que a mulher só pode ficar em trabalho de parto por 24 horas depois que a bolsa estoura, não quis arriscar ter que acabar numa mesa cirúrgica depois de passar tantas horas “trabalhando”. Mas gostei que no fim das contas, a opção foi minha. Poderia ter esperado mais algumas horas, e quem sabe, tudo teria progredido normalmente, sem intervenções nem hormônios artificiais. Mas naquele momento foi o melhor pra mim e minha filha, pois estava ficando cansada e não queria arriscar estragar o momento.

A fase de recuperação pós também é diferente entre o NHS e particular, pois a grandíssima maioria dos hospitais públicos, a mulher é transferida para uma ala pós parto, que são enfermarias divididas com outras mulheres e seus bebês (os hospitais Ingleses não tem berçários, e seja público ou particular o bebê SEMPRE fica com a mãe desde o primeiro segundo de vida). Portanto não há privacidade, as visitas são limitadas e o pai da criança ou parceiro(a) da mãe não podem ficar junto.

Se o parto não tiver complicações e o bebê nascer durante a manhã/dia, a família volta pra casa no mesmo dia (uma amiga voltou pra casa 6 horas depois que sua filha nasceu – sem anestesia e num parto na agua. Ela preferiu se recuperar em casa do que na enfermaria do hospital).

No nosso caso, como estávamos na ala particular eu pedi pra passar mais uma noite (estava muito cansada e com muito medo de voltar pra casa e ser responsável por um bebê! hahahahah), então eu e o Aaron passamos um total de 3 dias e 2 noites no hospital (o 1ª dia em trabalho de parto, e 2 dias e 1 noite já dividindo o quarto com a Bella!).

Mas o surpreendente mesmo é depois que o bebê nasce e achei o serviço prestado pelo NHS incrível!

Entre as primeiras 24 e 48 horas depois que a mãe e bebê voltam pra casa nós somos visitadas por uma midwife e/ou Health Visitor, que a cada 3 ou 4 dias vem visitar a mãe e o bebê para se assegurar que esta tudo bem na recuperação e adaptação da nova família.

Elas pesam o bebê, examinam a mãe, conferem amamentação, informam sobre alimentação, vacinação do bebê, depressão pós parto e o que mais mãe/pai/bebê precisem!

No nosso caso foi crucial pois a Isabella perdeu muito peso depois que nasceu, então a midwife vinha nos ver a cada dois dias (mesmo no dia que a cidade parou por causa de uma nevasca ela apareceu!), me orientou em relação a amamentação, como cuidar do umbigo, dar banho, colocar pra dormir, etc, etc, etc, até tudo estar 100% normal, o que só aconteceu com quase 3 semanas. E lembrando que a Isabella nasceu no auge do inverno, na semana mais fria do ano (na sua primeira semana de vida nevou 4 dias seguidos!), e só o fato de não ter que sair de casa com um bebê recém nascido abaixo do peso no frio foi uma alívio!

Esse apoio do sistema público de saúde foi fundamental para uma recuperação tranquila, amamentação bem sucedida e um bebê saudável!

Depois disso, na 6ª semana pós parto fizemos (eu e Isabella) um check up com o GP (General Practice, ou o clínico geral que é o médico de família de seu bairro) e eu também tive um check up com o Obstetra.

Daí pra frente, uma vez por semana (e agora que ela esta mais velha, uma vez por mês) vamos na “baby clinic” da clínica do bairro medir/pesar e fazer um check up geral e conversar com as Health Visitors.

Uma coisa estranha é não ser consultada por um pediatra, e sim um clínico geral ou enfermeira (a não ser que você tenha plano de saúde), mas eles fazem uma triagem inicial e se algo não estiver bem, seu bebê é encaminhado para a pediatria do hospital de seu bairro.

No sistema privado, funciona como no Brasil: você leva seu bebê uma vez por mês no pediatra, pode ligar de madrugada, fazer perguntas bobas sobre a cor do cocô e o que mais quiser :-)

 

Não sei se minha experiência teria sido tão positiva se meu pré natal e parto tivessem sido 100% pelo NHS, mas o pouco que vi, gostei bastante da filosofia “gestação-parto-pós parto” que eles tem aqui, em ambos os lados do sistema, e fico um pouco decepcionada com as estatísticas de parto no Brasil.

Agora só me resta esperar que minha próxima gestação seja tão saudável e tranquila quanto a primeira e que mais uma vez eu possa ter um parto normal, natural e sem complicações!

 

Adriana Miller
87 comentários
29 Dec 2012
4 comentários

Boxing Day: Foi dada a largada na maior epoca de liquidações do UK!

Compras, Dicas de Londres, Inglaterra, Tradicoes Inglesas

Como eu já contei em outros anos, o dia 26 de Dezembro é feriado nacional no Reino Unido e conhecido como “Boxing Day“.

O real motivo pelo qual esse dia é feriado é desconhecido da maioria, mas basta perguntar pra qualquer pessoa por aqui o que significa o Boxing Day e a resposta sera sempre a mesma: Liquidações!

Então dia 26 de Dezembro é uma espécie de Black Friday Britânica, e dá inicio ao periodo de liquidações mais importante do ano – que geralmente dura grande parte do mes de Janeiro.

Portanto não é tão crucial que você aproveite as liquidações apenas no dia 26, já na verdade terá o mês todo de preços baixos em 99% das lojas em Londres e no resto do pais.

Mas não dá pra negar que rola toda uma mística e ritual no Boxing Day, e tem muita gente que leva isso super a serio – e as filas na porta das lojas prova bem isso! Não sei se é curtição ou puro desespero e medo de acabarem os estoques, mas principalmente nas lojas de departamento ou de designers o pessoal perde a noção!

Mas dá pra aproveitar os bons preços sem pressa o mês todo, e o período de Boxing Day e Sales também se extende ao universo on line. Quase todas as lojas iniciaram sua página de promoções especiais de manha bem cedinho no dia 26 – muitas vezes com taxas de descontos (e maiores estoques) bem melhores doque nas lojas fixas!

Adriana Miller
4 comentários