15 Mar 2010
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Sob o sol da Toscana

Dicas de Viagens, Florenca, Italia, Pessoal, Pisa, Viagens pela Italia

Voltar a Pisa e Florenca 6 anos depois que cheguei lah, foi uma experiencia bem interessante.
Foi meio engracado estar andando novamente por Florenca, dessa vez como puramente turista e “abrir” minha mente para a cidade.

Quando sai do Brasil, ha (quase exatamente) 6 anos atras, minha primeira parada foi a Italia, onde tinha ganhado uma bolsa de estudos atravez do consulado Italiano no Rio (onde estudava na epoca). Fui cheia de expectativas, sonhos e afins, e meu primeiro mes foi um sonho realizado. Morei em Castelraimondo, fazendo um curso intensivao 100% inclusivo. Passiei e viajei bastante, conheci muita gente legal e aprendi demais. Logo depois fui direito pra Florenca, onde tinha ganhado uma segunda bolsa de estudos, que nao quis desperdicar de jeito nenhum.

Eu achava que poder morar um tempinho em Florenca seria o auge supra-sumo da minha vida, e o tombo nao poderia ter sido maior. Um ambiente completamente diferente, sem conhecer ninguem, morando com duas irmas Italianas ultra antipaticas, e enfim…. odiando!

Soh quando fui embora de lah eh que me dei conta do quanto tinha detestado morar em Florenca, de como as pessoas lah sao esnobes e antipaticas e como tinha sido dificil pra mim me sentir “obrigada” a amar toda a experiencia o tempo todo.

Entao nos 6 anos seguintes nunca cheguei a ter intencoes de um dia voltar lah. Ficou marcado: Fiorentinos sao antipaticos, xenofobistas e esnobes. Tudo bem que hoje em dia estou longe de ser a pessoa que era naquela epoca, mas as primeiras intencoes, nesse caso, ficaram.

Ateh que ha uns 6 meses tras o Aaron viu uma promocao da Ryanair pra Pisa. Vamos?

Entao o tempo passou, e nesse fim de semana voltamos pra Toscana para passar o fim de semana.

Voamos Londres – Pisa, onde passamos a primeira noite e algumas horinhas do sabado de manha pra ver a torre. Logo depois encaramos um trem regional e 50 minutos depois, lah estava eu, novamente na Stazzione Santa Maria Novella.

Foi incrivel como em questao de segundos eu jah lembrava o caminho a seguir, que ruela pegar pra cortar o caminho, e entao me dei conta de como fui sortuda de ter tido a oportunidade que tive.

A ficha soh caiu quando ao voltar da Piazzale Michelangiolo depois do por do sol, e lembrando de todos os atalhos, fomos andando ateh minha antiga casa – um predio tipicamente Fiorentino, antigao, com uma porta gigante de madeira e janelonas com flores na sacada, e o Aaron, no auge de seu Americanismo-novo-mundo soltou uma “UAU”! Voce jah morou aqui?!”.

E entao me dei conta de que sim, jah morei ali. Sei como eh subir as escadas antigas de madeira, gastas pelos anos num predio tipicamente Toscano, como eh sentar nos degraus da Piazzale Michelangiolo no por do sol com os amigos, assistir os artistas de ruas na Ponte Vecchio, aprender sobre arte Renascentista direto na fonte e saber andar pelas ruas sem precisar de mapas.

E eu tambem sei que esse post esta piegas pacas, mas voltei pra casa no domingo com uma nova paixao por Florenca. E sendo muito, muito grata pelos apertos que jah passei na vida, que me ajudam a dar valor pela pessoa que sou hoje em dia.

Entao nos proximos dias vou baixar as fotos e preparar os posts com dicas insider de Florenca – que nunca tinha feito!

Alem de me preparar para uma semana intensa de dieta! Serio! Como se come bem naquele lugar! Ainda bem que morei por lah pouco tempo, e agora passamos apenas um fim de semana! Afinal nao eh normal comer sorverte de Nocciola 3 vezes por dia (alguem me explica porque nao vende nocciola em outros paises?!?!), gofre com nutella mais 1 ou 2 vezes, almocar pizza e jantar pasta, regado a vinho Chianti e Lemoncello!

Adriana Miller
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11 Jun 2004
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Barbie Japão

Florenca, Toscana, Viagens pela Italia

Acho que já comentei que na minha turma aqui em Firenze eu sou a única ocidental, todas as outras meninas são da Korea (3) e Japão (1).

Então, além de estar conhecendo a cultura Italiana, de quebra ainda estou conhecendo alguns aspectos interessantes da cultura oriental.

Pra começar, elas não se misturam. Oriental só anda com oriental.

Perto delas eu me sinto uma monstrenga, porque todas elas são minúsculas, delicadas, tímidas e falam baixinho, baixinho…. Eu em compensação sou grande, falo alto, nada delicada e muito estabanada. Apesar de que todas elas já estão em Firenze há muito tempo e, portanto estão acostumadas com a cultura ocidental, ainda assim elas me acham muito ¿diferente¿ só pelo fato de ser brasileira.

Mas enfim, não era sobre isso que eu queria falar.

Elas são sem duvida muito diferentes de mim e de todos nós, mas entre elas (Korea x Japão) a diferença também é gritante.

A menina japonesa, Haruna, é a perfeita Barbie Japonesa. Sabe aqueles especiais do Fantástico (ou Globo Repórter se vc preferir) que falam sobre a cultura oriental e como ela esta mudando pouco a pouco e se tornando mais ocidental? Pois é, no Japão pelos vistos é verdade.

Ela tem silicone no peito, permanente no cabelo, unhas postiças e muuuuita maquiagem.

A cada dia que passa ela nos surpreende mais (principalmente às Koreanas!). Quando alguém pergunta porque ela veio para a Itália, e porque quis estudar Italiano, ela responde simplesmente que “queria ter uma vida como nos filmes, e me divertir muito”. No outro dia estávamos estudando verbos no futuro e, portanto deveríamos falar sobre nossas aspirações futuras e como nos víamos daqui a 40/50 anos. Ela se descreveu igualzinha à vovozinha da Chapeuzinho Vermelho, e quando a professora perguntou se as velhinhas Japonesas eram assim, ela respondeu um enorme NÃO, e disse que quer ser uma vovozinha ocidental, fazendo roupinhas de tricô para os netinhos e deixando a torta de maçã esfriar na janela.

Realmente nos surpreendeu, mas deixou as meninas Koreanas de boca aberta!!! Elas acharam um absurdo essa explícita negação da cultura oriental que a Haruna tem.

As Koreanas estão em Firenze para aprender Italiano e depois estudar moda em Milão; mas todas sonham em um dia voltar para a Korea, casar com um homem Koreano, ter filhinhos Koreanos e viver feliz para sempre em Seul. Se vestem como Koreanas e comem comida Koreana. Apesar de estudar moda na Itália, querem fazer moda Koreana.

Já a japonesa sonha em casar com um ocidental, ter filhos loiros de olhos azuis, só come comida ocidental e diz detestar Sushi e sashimi!

Hoje, na aula, cada uma de nós deveria levar uma musica na sua língua, e típica do seu país, com a respectiva tradução; A Haruna levou uma musica de uma menina Japonesa que nasceu e mora nos EUA, que canta meio Japonês e meio inglês, e ela só cantava as partes em Inglês…

Uma decepção para todas nós, mas é engraçado ver como as Koreanas se sentem envergonhadas com a ocidentalização da sua conterrânea, e fazem questão de deixar claro que o Japão é uma exceção na Ásia.

 

Adriana Miller
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09 Jun 2004
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As coisas que mais gosto até agora:

Florenca, Toscana, Viagens pela Italia

1) Nutela!!!! A nova grande paixão da minha vida…. E um vício que vai acabar com minha forma….

2) Sapatos. Os italianos são mestres na arte de fazer sapato… Todas as cores e formatos; tem p/ todos os gostos.

3) Criancinhas pequenas falando italiano! A coisa mais fofa da face da terra!!

4) O sotaque cantado; No inicio confunde muito, e dificulta a comunicação, mas depois que vc se acostuma com o som da língua, é lindo.

5) A maneira como são passionais. Tudo é ligado a alguma historia de amor muito sofrida, mas com final feliz. E os italianos não “gostam” de alguma coisa, eles “gostam de morrer”, eles “amam de morrer”, etc… Tudo é tão dramático e passional….

  

As coisas que menos gosto até agora:

  

1) No topo da lista, numero 1 absoluto: os homens italianos! Os mais chatos, inconvenientes e insistentes do mundo! Um italiano “vero” jamais se contenta com um simples não; vc pode dar quantas desculpas quiser, que o ragazzo não vai largar do seu pé. Por aqui, qualquer hora e qualquer lugar é hora de micareta… No outro dia tive que ouvir de um cara na rua, as 9 da manhã, que depois de repetir centenas de vezes que não queria sair com ele, e inventar as mais escabrosas desculpas, que eu era “difícil como uma garota italiana; mas se sou brasileira, deveria ser fácil, pois as estrangeiras são garotas fáceis”…. É melhor que ser surdo… Contei até 10 e sai andando antes que desse um soco na cara do nanico careca!

2) Os preços! Porque tudo aqui é tão caro?!?!? Ou então, porque o Real é tão desvalorizado?!?!?!? (alguém poderia me informar o câmbio, por obsequio…?)

3) Os prédios velhos. Ao mesmo tempo em que dão um charme especial às cidades italianas (quando vc é apenas um turista), é um saco morar num prédio que provavelmente é mais antigo que o Brasil! Nenhuma porta nem janela fecham direito, os corredores fazem barulhos estranhos…. Saravá!

     

Mas de maneira geral, estou amando cada dia mais morar na Toscana! Me sinto num filme antigo o tempo todo… Tudo é tão mágico e bonitinho…. Os museus, o pôr do sol, a arte, a comida, as declarações de amor (“Ti amo da morrir!”) nas paredes, os jardins floridos, as paisagens encantadoras, os castelos, etc…

Mas ao mesmo tempo dou graças a Deus que é temporário… Sinto falta das facilidades de uma cidade grande e moderna!!!!

  

Contagem regressiva p/ MADRID!!!

  

Alias, aceito sugestões p/ um passeio ¿alone¿ na minha ultima semana de junho, antes de partir p/ Espanha de vez…. 7 dias livres, e “nessuno” (ninguém) nem “niente” (nada) p/ fazer…!!!

Adriana Miller
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