24 Jun 2016
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TV Everywhere: Ilhas Faroe, Episódio 2

Europa, Ilhas Faroe, T.V. EveryWhere

Segundo e último episódio sobre a nossa viagem às Ilhas Faroe!

Espero que as cenas e vídeos estejam fazendo jus ao tanto que esse lugar é incrível e o quanto nos divertimos por lá!

Faroé Episódio 2

 

Ah! e mais um aviso: Como estou com bastante material e vídeos atrasados, os vídeos serão publicados no YouTube todas as Terças e Quintas!

É só assinar o canal!

 

Créditos:

Câmeras: Canon G7x e Canon 5D Mark III

Edição: Wondershare Filmora (software de edição)

Música: “Splashing Around”, The Green Orbs (YouTube Audio Library)

Adriana Miller
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23 Jun 2016
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Ilhas Faroe: Torshavn e a Ilha Streymoy

Europa, Ilhas Faroe

A Ilha Streymoy fica mais ou menos no “meio” do arquipélago das Faroe, e é onde esta a capital Torshavn, assim como cerca de 40 mil, dos seus 50 mil habitantes totais do país.

Essa é também a maior ilha do país, e onde estão seus estaleiros, (poucas) indústrias, universidade, hospital, sede do governo, etc.

Foi a ilha pela qual nós mais passamos e dirigimos, mas que menos exploramos “de propósito”; tirando Torshavn, Streymoy não possui nenhuma área que seja particularmente “turística”, mas ao mesmo tempo, uma ilha impossível de dirigir por alguns minutos sem querer ficar parando para tirar fotos!

Depois do primeiro dia por lá, já sabíamos que qualquer passeio precisaria de mais meia hora, ou uma hora só para pit stops pelo caminho para fotos!

Além disso, nós sempre pegávamos as estradas mais longas, com o símbolo “panorâmico”, que era sempre certeza de paisagens estonteantes, vilarejos de faz de conta e fjords dramáticos!

Várias vezes encurtamos passeios nas outras ilhas só pra voltar pra casa (em Torshavn) por um caminho diferente e ver quais surpresas a estrada nos traria!

Mas a capital Torshavn realmente é o principal atrativo de Streymoy, e onde finalmente nos sentíamos na civilização. Muitas vezes passamos o dia todo sem ver uma única pessoa nas estradas ou vilarejos, então chegar em Torshavn, ver outros carros, lugares pra comer e até lojas, era um alívio!

E é lá também que nos sentimos na Escandinávia!

O porto da cidade, com suas cidades coloridas é praticamente uma mini Copenhagem, e tão charmosa quanto!

E claro, seu epicentro é o porto: de um lado barquinhos de pescadores e veleiros e lanchas da população da cidade; e do outro lado, um estaleiro e o porto de onde chegam os ferries vindos de outras ilhas ou países (Dinamarca e Islândia, além de um ou outro cruzeiro ao longo do ano).

A cidade continua com cara de vilarejozinho, com casinhas fofas de telhado de grama, mas volta e meia vemos lojas, hotéis, restaurantes e outros indícios de civilização!

E medida que fomos nos embrenhando pelas ruelas de pedra, chegamos na “cidade antiga” de Torshavn, onde estão as casinhas históricas, onde habitaram as primeiras famílias que chegaram por ali.

Hoje em dia, o conjunto de casinhas vermelhas são tombadas pelo patrimônio histórico, e são a sede do governo do país e da cidade, além de consulados e embaixadas dos (poucos) países com representação por lá.

Nós ficamos hospedados nos arredores do Torhsavn, e não no centrão da cidade (pois preferimos ficar em apartamento do que hotel), mas passamos por Torshavn praticamente todos os dias, seja para jantar (comemos umas 2 vezes no Hvonn e uma outra vez no “Irish Pub” – ambos com comida bem “internacional” e preços bons. Já falei sobre a questão da comida nas Ilhas Faroe nesse post aqui), além do supermercado, ponto de informação turística etc.

 

Adriana Miller
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22 Jun 2016
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Ilhas Faroe: Dicas praticas de viagem

Dicas de Viagens, Europa, Ilhas Faroe

O principal problema de querer viajar para um lugar tao remoto e diferente quanto as Ilhas Faroe é justamente conseguir achar todas as informações necessárias para planejar a viagem. Mas realidade é que hoje em dia (e com a proliferação de blogs e sites) nenhum lugar é mais tao “exclusivo” assim, e entre livros, sites e blogs gringos, consegui achar bastante coisa, e praticamente tudo que eu precisava para não só planejar, mas para que também a viagem fosse bem sucedida, sem sustos!

Como chegar:

O único aeroporto do pais fica em Vaga, na ilha de mesmo nome, vizinha de Streymoy, onde fica a capital do pais. O aeroporto é minusculo, e os voos de entrada e saída no pais são controlados pela Atlantic Airways, cia aérea do governo, e monopolista do mercado local, alem de praticamente não operar voos com o “resto do mundo”, e portanto todas as conexões passam por Copenhagem na Dinamarca, ou alguma outra capital Escandinava.

É possível também pegar ferries a partir do norte da Escócia, Dinamarca ou Islândia, mas o trajeto pelo mar do Norte, além de limitado a curtos períodos de tempo ao longo do ano (basicamente 2 vezes por semana, uns 2 meses por ano), são inconstantes, podendo ser cancelados a qualquer momento devido as condições do mar, e portanto não muito confiáveis.

Mas bem, esse risco também é bem possível mesmo me viagens de avião, e os voos só operam em horários bem específicos durante o dia, e cancelamentos são super comuns (então isso tem que estar incluído no seu roteiro, pois eh sempre possível que se perca 1 ou 2 dias de viagem devido as condições climáticas e cancelamentos de voos).

E claro, também por causa desse monopólio da Atlantic Air, os voos não são baratos, e de maneira geral se mantem bem estáveis o ano todo (compramos nossa passagem relativamente de ultima hora, e pagamos praticamente o mesmo preço se tivéssemos viajado 6 meses antes ou depois)

 

Onde se hospedar

Assim como a Islândia, hotéis ainda são artigos raros no pais, e como a temporada é curta, os poucos que existem, são caros e lotam rápido.

Infelizmente, por causa do clima e do vento, não é recomendado (nem permitido) acampar nas Ilhas Faroe, pois não é uma pratica segura (o vento la é impiedoso demais), então campings e caravanas (como fizemos na Islândia) estavam fora de cogitação, mas por outro lado, dirigir e se locomover pelo arquipélago é bem mais fácil do que na Islândia, então podíamos voltar todos os dias para o mesmo lugar (na Islândia, por causa da geografia e estradas do pais, você tem que viajar carregando a casa nas costas para conseguir aproveitar bem!).

Alem disso, estávamos com a Isabella, e queríamos um lugar confortável para server de “base” na nossa viagem, então a solução perfeita foram os apartamentos do Atlantic Puffin, que fica num condomínio residencial nos arredores de Torshavn, e super, mega confortável!

Uma sala enorme, com cozinha totalmente montada, uma varandona com vista pra baia e 3 quartos no andar de cima! Estacionamento, lavanderia, aquecimento central, tv a cabo, wifi mega rápido e de quebra um playground que a Isabella adorou e onde conhecemos alguns vizinhos!

O Atlantic Puffin foi realmente uma escolha perfeita pra gente, apesar de ter saído um pouquinho mais caro do que alguns dos hotéis no centro da cidade. Por outro lado, não gastamos com estacionamento e estávamos do lado de um dos principais supermercados da cidade, então cozinhamos em casa algumas noites, alem de tomar café em casa todos os dias, e levar lanchinhos nos passeios para nos 3.

(O apartamento “Atlantic Swan” também faz parte do mesmo complexo e tem os mesmos donos).

 

Como se locomover e explorar o pais

Como eu mencionei acima, dirigir e explorar as Ilhas Faroe foi bem mais fácil do que eu imaginava (e bem mais fácil do que na Islândia), pois todas as principais ilhas são interligadas por pontes e tuneis, e as distancias são muito, muito curtas.

Faroe

(eu sei que eu estou fazendo varias comparações com a Islândia, mas não tem como! Era minha unica referencia desse tipo de viagem e de pais)

O principal problema de viajar pela Islandia é que o pais só tem 1 estrada, que foram 1 circulo ao redor do pais que é uma ilha em format oval). Já nas Ilhas Faroe, você tem varias opções de caminhos e estradas e roteiros que vão e vem, independentemente.

Então a decisão mais fácil foi: alugar um carro!

Transporte publico praticamente não existe, e tours e excursões são super limitadas (aliais, eu não achei nada que pudesse ser feito direto por la, achei apenas excursões de pacote para conhecer a ilha com grupos). Então realmente a unica maneira de ir e vir, eh com carro! (O único ponto de retirada de carros de aluguel é no terminal do aeroporto, então procure por “Vagar airport” no site da RentalCars).

P.S. Eu sempre reservo a cadeirinha da Isabela já direto na reserva do carro. Assim não preciso ficar carregando uma cadeira enorme na viagem, e na própria locadora eles já instalam pra você! Faco isso em TODAS as nossas viagens de caro desde que ela nasceu.

Uma vez estando la, as estradas são sensacionais!! Muito boas, as pontes e tuneis são impressionantes (aguentar aquele mar e aquele clima não é pra qualquer engenheiro não! Os tuneis sub-oceánicos que conectam as ilhas são demais!) – o único porem são as sinalizações e mapas!

Nosso carro ja veio com um mapa de estradas, mas nao achamos que era detalhado suficiente, e apesar de que as estradas eram bem sinalizadas, a maioria das placas estava em Faroese (heim!), logo, nao nao ajudavam muito…. e pra completer, o GPS nao tinha mapas “ao vivo” do pais, apenas cordenadas geograficas.

Mas não é que tenha sido difícil! Apenas não foi o que esperávamos, mas ainda assim não tivemos dificuldade alguma de dirigir, ir e vir sem nos perder, todos os dias.

Essa florzinha significa que a Estrada tem vistas panoramicas!

 

Ah, e outra coisa. Muitas das estradas tem pedágio pago, porém você não passa por uma cabine, pega ticket etc como em outros pedágios do mundo. Voce simplesmente tem que parar no posto de gasolina, avisar que passou pela estrada tal no techo tal e pagar sua taxa. Na total fé e honestidade! (mas claro que se você não o fizer, as cameras da estrada gravaram sua placa do carro e a multa chega logo depois!).

Alem disso, o pais eh bem pequeno, com muitas cidadezinhas e cantinhos fofos de paisagens incríveis a cada poucos minutos, e mesmo no dia que fomos laaaaa na ilha norte (praticamente ponta a ponta do pais), o maior tempo que passamos no carro foram 2 horas!

E justamente por isso decidimos não ficar trocando de hotel/flat, e portanto íamos e voltávamos todos os dias para o Atlantic Puffin em Torshavn, sem a menor dificuldade, e em momento algum, achamos que teria sido melhor ter ficado hospedados em alguma das outras ilhas.

Também achei relativamente fácil achar postos de gasolina para abastecer o carro (e comprar água, lanches pra gente), e sempre com atendentes que falassem Inglês super bem, então não tivemos problema algum com o carro.

 

O que e onde comer

Acho que durante os dias que passamos por la e eu estava Instagramando sobre a viagem, uma das perguntas mais comuns era: o que se come por ai??

E realmente as opções não são muitas, e requer um nível avançado de ausência de frescura!!

O pais é uma ilha, sem industrias nem agricultura própria, e que vive exclusivamente da pesca e pecuária, então a base da alimentação dos Faroeses sao os paixes e frutos do mar.

Na capital, Torhsavn, é possível encontrar restaurantes “internacionais” ótimos, com comidas “normais” (pasta, saladas, sanduiches, pizza, hamburgers, carnes, etc). Nos acabamos comendo duas vezes no restaurante do hotel Hvonn (um almoço e um jantar), pois a localização era excelente (bem no centro da cidade, de frente para o porto) e a comida maravilhosa!

Alem de que em Torhsavn também existem varias opções mais “turísticas”, onde se serve a culinária local, porem para apaladares não-Faroeses.

Mas assim que nos aventurávamos pelas outras ilhas/cidades, das duas uma: ou não tínhamos nenhuma opção de restaurantes/lanchonetes nem nada pra comer na rua, ou então eram opções extremamente locais.

Eu pessoalmente achei tudo uma delicia, mas sou uma pessoa praticamente zero-fresca com essas coisas! As opções eram sempre a base de peixes (muitas vezes defumados, em conservas ou secos), picles de vegetais e batatas e pães. Ou seja, comidas em conserva, que durem por muito tempo!

Também teve uma vez que almoçamos na lanchonete no aeroporto (que era o único restaurante nos arredores da ilha Vagar) e uma outra vez num posto de gasolina.

Mas quando fomos a Klaksvik (que eh conhecida como a “capital do norte” e  segunda maior cidade do pais) encontramos vários cafés moderninhos, restauranets fofos e opções e variedade tao boa quanto Torshavn!

E portanto, mais uma vez vale a pena mencionar do quão bom foi ter nos hospedado num apartamento/flat!

Logo no dia que chegamos fomos no supermercado que ficava ali perto e estocamos a casa com pães, frutas, iogurtes, ingredientes práticos para fazer um jantar rapidinho no fim do dia, e muitas coisas pra fazer sanduíches e lanchinhos que podíamos levar com a gente durante o dia (e principalmente para a Isabella, que não foi muito fã do salmão defumado com picles não!).

Lanchinho no carro!

 

Clima e quando ir (e o que vestir!)

Se existe uma certeza sobre qualquer viagem para as Ilhas Faroe, é que o tempo vai estar ruim. Vai estar nublado, ventando muito, chuviscando esporadicamente durante o dia todo, todos os dias, e vai fazer frio. Sempre.

O resto, é o resto!

Porem o pais não é tao frio quanto as pessoas imaginam, e apesar da latitude tão ao norte, por la não faz tao frio quanto em seus vizinhos nórdicos, e raramente neva.

As ilhas ficam numa região que é praticamente um micro-clima (inserir aqui termos técnicos & científicos que não vou saber explicar) e tem um clima sub-polar temperado o ano todo. Ou seja, É frio o ano todo, porem sem extremos.

O interno raramente vai muito abaixo dos 0 graus. Mas em compensação, o verão raramente sobe acima dos 10 graus!

Nos fomos em Agosto, auge do verão, e a temperatura mais alta que pegamos foi de 13 graus, e ainda assim varias pessoas comentaram sobre como demos tanta sorte com o clima naquela semana, pois choveu pouco e a temperatura estava agradável! (e sim, realmente estava agradável, pois estávamos preparados para o friozinho).

Então tecnicamente, se pensarmos na temperatura, as Ilhas Faroe são um destino que podem ser visitados o ano inteiro (eles não tem os dramas de estradas fechadas por neve, e afins), mas justamente por causa de sua latitude tao ao norte, seus invernos são longos e escuros (como em toda escandinavia), e o pais praticamente para…

E sinceramente? Num pais onde as unicas atracões são as paisagens e beleza natural, não vale a pena MESMO visita-los numa época em que estará tao escuro que você não vai ver nada!

Então a temporada de turismo no pais eh entre Maio e Setembro (nos fomos em Agosto).

Então, fazer as malas foi uma tarefa complicada! Afinal não é sempre que viajamos pro “verão” de algum lugar tendo que vestir varias camadas por dia!

A primeira dica são botas e galochas. Os passeios são todos ao ar livre, e a grande maioria das ruas, estradas e caminhos não são pavimentados, logo, o pais é todo uma pura lama!

Gorros também são essenciais, por causa do vento. Venta MUITO o tempo todo, todo dia, o dia todo, o que incomoda demais os ouvidos (principalmente de crianças, ou homens de cabelo curto).

E por fim, pecas impermeáveis. O chuvisco e garoa são constantes, mas por causa do vento, você raramente consegue abrir o guarda chuva (eu levei, tentei usa-lo por 30 segundos, e nem abri mais!).

Casacos corta-vento, jaquetas a prova d’agua, coletes de naylon, e eu ainda usei bastante meu casaco da Uniqlo (quele que é térmico e bem levinho) e volta e meia, se o frio ou o vento apertassem eu poderia colocar ele por cima ou por baixo do que estivesse vestindo.

 

Ah e claro, se vestir em camadas. Varias pecas, uma por ciam das outras, em vez de um único casacão. Todos os ambientes são climatizados e aquecidos (sim, mesmo no verão), e volta e meia quando o sol aparece, a temperatura esquenta rapidinho, então é importante conseguir tirar uma ou outra peça.

E alem disso, nos fizemos muitas trilhas e caminhadas, e geralmente carregando a Isabella na mochila/colo/costas, então rapidinho ficávamos com calor (por causa do exercício), então também era bom ir tirando e recolocando as camadas conforme fosse necessário.

 

Quanto tempo ficar por la

Nos ficamos um total de 5 dias (4 dias inteiros e mais dois “pedaços” da viagem de ida e volta),  e foi ótimo, conseguimos ver tudo, mesmo não estando num clima frenético!

Conseguimos voltar a alguns lugares que queríamos explorar melhor, e voltamos pra casa todo dia super cedo, para não afetar os horários nem rotinas da Isabella. E ainda assim vimos tudo que queríamos fazer.

Se tivéssemos mais dias, talvez tivéssemos tido tempo de visitar as ilhas que não são conectadas por pontes (a Mykines é a mais famosa, por causa das colonias de Puffins e pássaros), mas no nosso roteiro no preferimos não arriscar, pois tudo que lemos falava que você raramente consegue ir e voltar no mesmo dia, por causa das condições do mar, e os ferries são sempre muito cancelados. Então como não tínhamos muuuuito tempo sobrando e estávamos com uma criança pequena, preferimos não arriscar ficar presos numa ilha remota sem ter onde ficar.

Com 1 semana inteira (7 dias) deve dar pra fazer tudo!

Mas se tivéssemos ficado menos tempo, ainda que 1 dia só, eu acho que teríamos voltado pra casa com a sensação de que não deu pra ver/fazer tudo!

 

Adriana Miller
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