22 Mar 2012
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Shangai World Trade Center: a vista mais alta de Xangai!

China, Dicas de Viagens, Xangai

Foi lá que passamos nossa ultima noite na cidade e foi a maneira perfeita de fechar nossa passagem por Xangai com chave de ouro!

É verdade é a seguinte, numa cidade como Xangai, oque não faltam são plataformas de observação altíssimas, bares nas alturas e prédios entre os mais altos do mundo – todos oferecendo vistas incríveis, de diferentes ângulos da cidade.

O diferencial do World Trade Centre é ser – por enquanto, já que o Shanghai Tower vai inaugurar em 2014 – o predio mais alto de Xangai, e ter sua plataforma de observação a praticamente 100 andares de altura (97 e 94 andares pra ser mais preciso), no lado Pudong da cidade.

E por ser tão mais alto que tudo ao ser redor, ele oferece uma vista sem igual de alguns dos principais ícones da cidade: A Torre da Pérola Oriental, a Torre Jim Mao (onde esta o famoso Grand Hyat Shanghai), e claro, uma vista completissima do Bund.

O World Trade Centre é o predio que fica no fundo da “vista” de Pudong, que parece ter uma “alça” bem no topo – e é justamente nessa alça que fica a plataforma de observação, com direito a vista panorâmica e chão – aterrorizante – de vidro a 97 andares de altitude!

Um prato cheio para fotos noturnas, e nós planejamos a visita propositalmente pra ser já nos últimos horários do dia, e poder ficar por lá até fechar!

E para os fãs de fotografia, duas dicas: a entrada de tripés é liberada lá em cima (essencial para boas fotos noturnas e geralmente proibidas por questões de segurança), mas por algum motivo que não consegui achar explicação (mas que deve ter a ver como ecologia…) é que TODAS as luzes dos prédios de Pudong e Bund apagam pontualmente as 10 da noite!

E claro, uma vista daquelas sem os prédios iluminados não é nada (aprendemos isso the hard way, logo na nosso primeira noite na cidade).

Então apesar de ser mais uma dessas cidades que não dormem nunca, Xangai fica acordada no escuro, sem sua linda fachada de prédios iluminados…

 

Adriana Miller
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22 Mar 2012
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Casa de Chás Huxinting

China, Dicas de Viagens, Xangai

Um dos programas que mais recomendo para visitantes em Londres é experimentar um tradicional Cha da Tarde – e independente de você gostar ou não de de beber chá, é uma daquelas experiências praticamente antropológica sobre a cultura local.

Então ao planejar uma viagem a um outro pais que tem leva tão a serio suas cerimônias de chá, eu sabia que tinha que achar um lugar bem legal pra testar a versão Chinesa de um Cha da Tarde.

A resposta que recebi de várias pessoas foi unânime: A antiqüíssima e tradicionalissima casa de chás Huxinting, que fica bem no coração da cidade antiga de Xangai, vizinha do Jardim YuYuan.

A Casa Huxinting foi construida lá pelos inicios do seculo 18, primeiro como um ponto de encontro para os comerciantes que circulavam pela cidade antiga de Xangai, mas com o passar dos anos, e a medida que os revolucionarios começaram a se preparar para a revolução Taiping, a casa virou ponto de contro para discutir ideias e filosofias – que não coincidentemente é um dos principais pontos de equilibrio da cerimônia de chá Chines.

Depois a casa ainda serviu como alojamento para os oficiais do alto escalão Britânico durante a Guerra do Opio, e acabou abandonada por muitas outras decadas.

Quando eu comecei a ler sobre a Huxinting eu imaginei que ia ser aquela coisa cheia de turista, fila na porta e tal. Mas que nada!

Pra começar que mal reparamos a plaquinha em Ingles na porta, e depois de subir a escada estreitinha, praticamente conseguimos ouvir o disco arranhando na vitrola no momento em que todos os chineses deram pausa no seu chá para nos olharem curiosos…

Fiquei surpresa e feliz de encontrar um salão cheio de chineses bebendo os mais variados tipos de chá – mas fiquei ainda mais feliz quando vi que eles tinham um menu em Ingles!

Mas a verdade é a tradução em Ingles não faz muita diferença, já que por lá tudo é tão literal, que apenas o fato de estarem em um alfabeto legivel não fez com que as opções fossem compreensíveis!

Então deixmaos o medo pra lá e escolhemos nossas opções de chá no escuro – sem a menor ideia do que iriam nos servir!

Por sorte demos sorte, e os chás que escolhemos estavam bem gostosinhos, acopanhados de “aperitivos” dos mais esquisitos possiveis, que variaram entre ovos de codorna a balas de gengibre e mini dumplings!

E foi tão interessante aprender um pouco mais sobre as cerimônias de chá Chines, que apesar de não terem “inventado” a arte de tomar chá, foram um dos grandes percursores das cerimônas que involvem tomar chá ao redor do mundo.

Alguns pontos interessantes:

– Na China, beber chá na compania de alguem, é um sinal de respeito, e existe toda uma hierarquia que estabelece quem serve quem. A regra geral é que os mais novos sempre devem servir os mais velhos, e pessoas de nivel social mais baixo devem servir os mais ricos.

– Porém o gesto de servir chá também é um grande sinal de desculpas; então quando alguém quer se desculpar por algum problema, o primeiro passo sempre deve ser servir chá – independente do nivel social ou idade.

– Casamento: um dos maiores acontecimentos na história de uma familia Chinesa é o casamento de um membro familiar, e é durante a cerimônia do chá que a familia completa do noivo é oficialmente apresentada a familia completa da noiva.

– Apesar de que os conjuntos de xícara & bule de chá Chines são lindos (eu não resisti…) na verdade cada tipo de chá demanda um tipo diferente de bule e caneca, que são selecionados para permitir um tipo (e tempo) especifico de infusão, de acordo com o sabor e intencidade da erva usada.

– Apesar de todo papel social que os chás tem na sociedade Chinesa, a grande maioria dos tipos de ervas tem na verdade funções medicinais, então cada tipo de chá deve ser bebido apenas em determinadas situação e determinados sintomas. Portanto o mais comum, servido em qualquer lojinha ou após as refeições é o chá de jasmin – bem leve, cheiroso e relaxante!

 

 

Adriana Miller
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21 Mar 2012
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Jardim YuYuan e a cidade antiga de Xangai

China, Dicas de Viagens, Xangai

O Jardim YuYuan (que significa “Jardim da felicidade” em Chines) eh a principal atracao no centro da cidade antiga de Xangai.

Construido em 1559 por ordens do governador de Xangai sob a dinastia Ming, com intencao de servir como palacio de verao para a aposentadoria de seu pai, um dos principais e preferidos ministros do Imperador Ming da epoca.

O Jardim eh uma galeria de lagos, riachos, pontes, galerias e palacios, todos construidos no estilo Suzhou Chines e ocupa cerca de 2 hectares de terra bem no coracao da cidade.

Sua construcao seguiu os mandamentos da filosofia Feng Shui Chinesa, respeitando e incluindo os elementos de terra, montanhas, agua e ar, e dividido em 6 areas e palacios principais, que vao se perdendo num labirindo de portas e passagens – um mundo a parte da cidade ultra cosmopolita que cerca o jardim hoje em dia!

Entre os muitos “jardins orientais” que ja visitei em outros paises e cidades (inclusive nas outras cidades Chinesas) o Yuyuan foi oque mais me impressionou – o mais bem conservado, bonito e autentico. E acho que o fato de que acabamos visitando o jardim num dia em que o tempo estava pessimo, o vento frio e o ceu cinza deu uma clima extra aos palacios, com aquele nevoreiro que cria um certo ar de misterio…

Mas depois de termos passado tanto tempo passeando pelas partes modernas de Xangai (aqui e aqui), sair do Jardim Yuyuan bem no centro da cidade antiga e dar de cara com as decoracoes e pre-comemoracoes do ano novo Chines foi uma otima surpresa!

Toda a area que cerca o “templo Deus” de Xangai se chama Shànghăi Gùchéng, que existe desde o seculo 11 e eh a cidade original de Xangai.

O centro da cidade, assim como em quase todas as outras cidades medievais ao longo do mundo, se concentrava nos arredores do templo, criando um vilarejo quase redondo, oque facilitou a construcao de uma muralha protetora, que nos meados de 1500 (mais ou menos quando o Jardim YuYuan foi construido) chegou a ter 5 quilometros de circunferencia e – diz a lenda – mais de 5 metros de altura.

Infelizmente o muralha ja nao existe, e a “barreira” entre a cidade antiga e nova eh garantida pelas muitas avenidas que cortam Xangai.

O layout milenar da cidade antiga eh praticamente ainda o mesmo, mesmo ja tendo passado por tantas guerras e revolucoes: as principais foram sem duvida a guerra do Opio que devastou a regiao na seculo 19, e ao perder parte da cidade para as concessoes coloniais internacionais, a Cidade Antiga (Gùchéng) acabou virando o esconderijo e “gueto” dos Chineses que ainda moravam nesse lado da cidade.

Logo depois veio a revolucao Taiping que quebrou um pouco da dominacao ocidental na cidade e permitiu que Chineses voltassem a morar fora das muralhas da cidade antiga.

E por fim veio a segunda guerra mundial, que tambem nao poupou bombardeios e destruicao.

Mas a reconstrucao que foi feita ja no seculo 20, foi muito bem feita, mantendo as caracteristicas da arquitetura original, respeitando as ruelas, as pracas e templos centrais, e todos laguinhos e canais que vao se entrelacando eplas ruas.

Entao hoje em dia a Cidade Antiga ja nao eh exatamente uma “cidade” e pouquissimas pessoas ainda moram por la – mas hoje em dia essa parte da cidade abriga o melhor mercado de rua de Xangai, e o paraiso das quinquilharias e souvenirs!

Foi por la que aproveitamos pra comprar lembrancinhas e presentes (e meu enfeite de natal!) e nos aventuramos nas barraquinhas de rua tambem!

Aliais, eu fui pra China determinada a vencer qualquer barreira de pre-conceito que eu tivesse em relacao ao pais, e principalmente em relacao a comida! Queria mesmo comer na rua, entrar em restaurantes fora das areas turisticas, e comer – praticamente – de olhos fechados!

E o mercadinho de Gùchéng realmente foi o primeiro grande passo! A posso confirmar que  a experiencia foi otima e enriqueceu demais nossa experiencia na China!

A cidade antiga foi o antidoto perfeito pra quebrar aquela imagem de uma China certinha, artificialmente construida e com os olhos no futuro!

 

Adriana Miller
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