09 Apr 2010
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Hatshepsut & Vale dos Reis & Rainhas

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

Uma das caracteristicas mais marcantes da mitologia Egipcia é culto ‘a morte, e toda preparação e esforço aplicado em garantir uma vida boa após a morte.

Para todos eles, de qualquer reles mortal ao Faraó, a vida na terra era uma fase passageira da vida eterna, e que para a maioria deles era realmente muito passageira – a expectativa media de vida era de 35/40 anos!

Eles acreditavam que o mundo dos mortos era bem parecida com a vida dos vivos, e que precisariam das mesmas coisas – de joias, a membros da familia a gado, jogos, roupa e abanador.

O grande monumento da Vale dos Reis é o templo a Hatshepsut que foi uma das unicas mulheres Faraós a reinar o Egito – quando seu marido morreu, seu filho ainda era muito jovem pra ssumir o trono, entao ela se elegeu regente, inclusive se fazendo passar por homem.

Em sua propria homenagem, ela construiu um templo onde ela seria embalsamada e mumificada. A construção levou 18 anos e o complexo foi utilizado por apenas 70 dias (periodo que demorar para mumificar um corpo), e retrata sua vida em todas as paredes.

Mas na verdade o templo que vemos hoje em dia é uma reconstrução, um quebra-cabeça montado com oque sobrou do templo depois de um terremoto – e por isso ele parece tao perfetinho. Todo andar superior é uma reconstrução, e as peças originais salvas dos escombros estao ainda sendo montadas no chao em frente ao templo, a medida que os arqueologistas vao decifrando os hieroglifos.

Hatshepsut foi enterrada no Vale dos Reis, pois governou como um Faraó, e é uma das 3 unicas mulheres por lá (que tenham sido encontradas até hoje).

Os Egipcios davam muito mais valor a vida após a morte do que seu propria dia a dia, e quase todos os grandes templos que visitamos hoje em dia no Egito são na verdade compexos funerarios. Muito pouco se sabe sobre onde e como eles moravam, e acredita-se que os Egipcios vivam em tendas de tecido, peles e madeira, e potanto nao há muitos registros sobre a “vida” além dos feitos registrados nas paredes de seus sarcofagos.

A grandiosidade e construções megalimaniacas começaram com a construção de Saqqara, que por ser em formato de escada/degraus facilitaria a viagem de subida do faraó Zoer ao paraiso. Al´m disso, quanto maior o tumulo, maior seu poder na terra, e maior sua divindade e suas chances de de sobrevivencia eterna.

A simbologia das priamides se tornou tão grande importante que passou a integrar o “Livro dos mortos” que eram os textos deixados dentro das tumbas, e que funcionavam como “manual de instruções” sobre como alcalçar o reino dos ceus.

O apogeu dese tipo de contruções foram as piramides de Gizé, que alem de serem em formato de piramide, ainda sao perfeitamente alinhadas aos raios solares, e tinham suas superficie perfeitamente lisa, reproduzindo as imagens de adoracao ao Deus Sol.

Porem, com os passar dos (milhares de ) anos, os Faraós deixaram de contruir piramides e tumbas gigantescas, pois queriam despistar os ladroes de tumulos, que alem de roubar todas as reliquias e riquezas locais, ainda disturbavam a vida dos mortos.

E assim surgiu o Vale dos Reis e das Rainhas

Na verdade o vale é um vale hoje em dia, mas quando foi descoberto, era apenas uma montanha (e ainda é) que foi (e esta sendo) escavada e ao longo das centenas de anos os tumulos foram encontrados.

Hoje em dia já foram descobertos cerca de 60 tumbas, mas existe registro de que pelo menos 200 reis/Faraós estao enterrados sob as montanhas – e portanto o trabalho arqueologico é constante.

E por isso tambem que nao é permitido fotos em lugar nenhum, nem dentro nem fora do vale, para evitar que ladroes de tumbas consigam achar qualquer coisa antes dos arqueologistas.

Ha alguns meses tras, uma nova tumba foi descoberta no Vale dos Nobres, mas as equipes ainda estao cuidadosamente escavando o local pra tentar descobrir quem esta ali.

Infelizmente quanse todas já foram encontradas vazias, saqueadas a milhares de anos atras. E é justamente por isso que a descoberta da tumba de Tutankamos em 1922 é considerada tão magnifica: o Faraó não foi nem de longe dos mais importantes, governou por poucos anos e morreu jovem, mas como seu sarcofago estava escondido embaixo de outro (e possivelmente reaproveitando espaço da tumba de seu pai, já que ele morreu antes de ter tempo de ter sua propria tumba), acabou passando despercebido, e sobreviveu 4 mil anos intacto sobre as montanhas.

Em sua tumba foi possivel entender os rituais de adoração a morte, e como eles achavam que seria a vida após a morte: seu tesouro incluia seu tronos reais, brinquedos, jogos, comida, oferendas, roupas, armas, carruagens, barcos, etc e até memo bengalas e hervas medicinais (hoje em dia sabe-se que ele morreu joven vitma de – provavelmente – hepatite, e sofria terrivelmente de artirite – aos 19 anos! – e por isso sempre é retratado sentado, enquanto que a posiçao real é geralmente de pé).

Adriana Miller
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08 Apr 2010
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O Nilo

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

É dificl falar do Nilo sem encher esse post de cliches: um dos unicos rios que fluem em direção norte no mundo, o mais comprido, o maior da Africa, e consequentemente a fonte de tudo que existe no Egito e provavelmente, no mundo que conhecemos hoje em dia.

Apesar de termos decidido nao fazer um cruzeiro pelo Rio, como 99.9% dos turistas que veem pra regiao de Upper Egypt (de Luxor pra baixo) fazem (existem cerca de 300 cruzeiros cadrastados que fazem o trecho Luxor-Answan diariamente!!), nao podiamos deixar de pelo menos um pequeno passeio pela area. Pode parecer exagero, mas vir ao Egitp e nao navegar no Nilo é como vir ao Egito e nao ver as piramides!

Até mesmo pra (tentar) entender um pouco de Egiptologia é impossivel evitar o Nilo, pois foi ali que tudo começou: geograficamente falando o Nilo começa nas nascentes dos grandes lagos da Africa Central, cruzando a Tanzania, Uganda, Sudão e Etiopia sendo a unica fonte de agua e nutrição.

Todos os anos, as chuvas na Africa central causam uma epoca de alagamento do Nilo, que começa em Junho (quando começa o ano novo no calendario Egipcio) e vai até Setembro, quando as aguas voltam a baixar, deixando o solo fertilizado e pronto pra plantações e colheitas.

E foi assim que todas as lendas dos Deuses Egipcios começaram, e se desenvolveram ao longo dos 3 mil anos seguintes: A Deusa Osiris que ensinou os Egipcios a cultivar a terra, como usar e entender o Nilo e como viver numa sociedade organizada. A 5 mil anos atras os Egipcios de então não sabiam de onde o Nilo vinha, e a unica explicação de como transformar deserto em terra fertil era atravez dos Deuses.

E até hoje toda a vida Egipcia se concentra ao longo do NIlo: as cidades, as estradas e as ferrovias.

No dia que fizemos esse passeio de Feluca (o barco a vela local) era feriado, o dia em que os Egipcos comemoram o inicio da primavera e da estação das cheias, entao tivemos um passeio privilegiado, assistindo vilarejo após vilarejo reverenciar o rio e comemorar nas margens.

Crianças, idosos, homens, mulheres, camelos e jumentos – todo juntos cantando e dançando na beira do Rio.

Mas o nosso objetivo principal nesse passeio de barco era presenciar o por do sol, considerado um dos melhores lugares do mundo pra ver o sol se por – e cada segundo correspondeu a nossas expectativas!

O sol, que apesar de esturricante, estava sempre escondido atras da poluição do Cairo, so mostrou perfeitamente redondinho, colorindo absolutamente tudo a nossa volta de amarelo e dourado.

A imagem das velas das Felucas só contribuiu ‘a cena, deixando cada angulo com pinta de cartao postal (e nao foi a toa que tirei centenas de fotos!

Adriana Miller
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07 Apr 2010
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Pensa rápido!

Dicas de Viagens, Egito, Luxor, Sharm El Sheikh

Mudanças de planos fazem parte de qualuqer viagem, ainda mais quando viajamos com o tempo e o bolso aprtado, tentando aproveitar cada segundo e fazendo tudo independentemente. É completamente diferente viajar quando você tem alguem que pensa, planeja e cuida de todos os detalhes pra voce, de quando você é a pessoa que tem que pensar em absolutamente tudo. E quando o relogio esta correndo contra suas ferias, a coisa só tende a piorar.

Pois então, hoje passamos por um aperto desses.

O plano original era ter saido hoje (dia 7) de Luxor e ir de onibus ateh Hurghada, onde amanha de manha pegariamos o speed ferry pra cruzar o Mar Vermelho.

Porque? Bem, além do fato obvio da economia de dinheiro (pegar um onibus + ferry no Egito é mais barato que aviao), mas a verdade é que achavamos que a experiencia seria legal (gostamos da voltinha que fizemos na Tailandia e resolvemos repetir a dose).

Então fiz o dever de casa e planejei e pesquisei tudo direitinho. Chegamos em Luxor e o pesoal do albergue foi super prestativo, e nos ajudaram a cuidar de tudo, já que no guichê da estação de onibus ninguem fala Ingles, e pra evitar que deixassemos pra comprar o ticket do ferry na ultima hora.

Estava tudo certissimo, até que hoje, entre um templo e outro, resolvemos dar uma passadinha no albergue, só pra garantir que estava tudo bem.

Obviamente nao estava! O carinha da agencia de viagens, avisou pro dono do albergue que os ferrys tinham sido cancelados essa semana, pois esta ventando muito e o Mar Vermelho esta agitado demais.

O detalhe é que isso nao é uma coisa que geralmente eles avisem os turistas – muita gente vai até Hurgada e acaba descobrindo que ficaram ilhados por lá!

A primeira reação foi de panico! Hotel pago em Hurgada e Sharm El Sheikh, viagem a Jordania tb reservada e paga, e já tinhamos feito check out do nosso quarto!

Nossa primeira reação foi tentar apelar pro onibus, uma viagem torturante de 15 horas, atravessando noite a dentro, cruzando todo deserto, o canal de Suez e entrando na penisula do mnte Sinai.

Essa opção, que era nossa ultima opção no momento, sairia da estação em menos de uma hora! O suficiente pra jogar tudo dentro das mochilas, e correr cidade a dentro!

Entramos na rodoviaria de Luxor já fazendo mimica e apontando pro mapa. Se o tiozinho nos entendeu ou nao, ainda nao sei, mas a conclusão da historia é que o unico onibus diario que faz essa rota já estava lotado!

O conselho entao era ir pra Hungharda assim mesmo e tentar a sorte lá. Mas como todos os ferries estavam cancelados, as chances de conseguir um onibus pra qualquer lugar eram bem poucas…

Voltamos pro albergue desesperados (nesse ponto a recepção inteira já estava tensa por nós!) e voamos pro laptop: qualquer opçnao que nao nos levasse a falencia, nem causasse cancelamento de toda nossa viagem!

Por sorte conseguimos uns dos ultimos assentos num voo que conecta Luxor a Sharm El Sheikh diretamente, em 50 min da Egypt Air. O preço estourou nosso orçamento, mas mesmo assim acabou saindo mais barato doque se tivessemos comprado esse mesmo voo ha 6 meses tras quando estava planejando toda a viagem!

Então pudemos aproveitar uma ultima noite em Luxor e amanha de manha voamos pra riviera do Mar Vermelho, onde passaremos o resto da viagem aproveitando as ferias das nossas ferias!

Adriana Miller
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