29 Mar 2011
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Monaco e a Cote d’Azur

Dicas de Viagens, Monaco, Nice

A primavera é uma época ótima pra viajar pra Cote d’Azur, no sul da França. O clima já não esta frio, o sol é (quase) certeza de dar as graças e os jardins ficam impossivelmente floridos!

Por outro lado, ainda não rola nem praia nem as festas ultra badaladas – mas é por isso mesmo que a Primavera é também a época mais “em conta” de viajar por lá – com parte das vantagens da baixa temporada (principalmente preços) e as vantagens da alta temporada (clima).

Então esse fim de semana, fui com a Tati para Nice no sul da França, e aproveitamos pra dar uma esticadinha em Monaco.

 

Acabou que nossa viagem se concentrou apenas em Monaco, apesar de estarmos hospedadas em Nice, pois no domingo o tempo ficou tão horrível e choveu tanto, que não conseguimos fazer absolutamente NADA em NIce (nem saímos do hotel…).

Mas tudo bem, pois nossa intenção era mesmo viajar pra Monaco, e Nice seria o bônus (também tínhamos intenção de ir a Cannes, mas a chuva torrencial-tropical arrasou nossos planos).

Mas em compensação o dia que passamos em Monaco foi sensacional!!!

É até difícil de acreditar que Monaco é um pais autônomo, e apesar de não ser 100% uma Monarquia, esse principado, que é o segundo menor pais da Europa (só perde pro Vaticano) tem uma das famílias reais mais famosas e badaladas do mundo!

Quem não conhece (ou no meu caso, idolatra) a Princesa Grace Kelly de Monaco, e consequentemente, sua família polemica?

Monaco, apesar de minúsculo (de uma ponta do pais, você ve o final e a fronteira com a França… São apenas 2 quilômetros quadrados!) tem uma composição política, social e urbana “normal”, e me surpreendi em ver que mesmo num pais tão pequeno, Monaco ainda tem cidades semi-independentes e com características próprias.

A mais famosa das cidade de Monaco é Monte-Carlo, que é a epítome do glamour Europeu e tem e oferece tudo que todo milionário e aspirante a socialite gostaria de ser/ter.

Mas além de Monte-Carlo, Monaco ainda é dividida entre os destritos de Fonteville no extremo oeste do pais, o “centro” La Condamine, onde fica o principal porto do pais, a praia Larvotto, e a “cidade” original Monaco Ville, no alto da montanha, onde fica o palacio Real.

Mas a parte principal do pais realmente é Monte-Carlo, que apesar da “cidade” toda não passar de uma praça, é ali que fica o Casino de Monte-Carlo, um dos mais antigos do mundo (abriu suas portas pela primeira vez em 1860 e nunca mais fechou), e consegue por si só resumir tudo que eu sempre imaginei sobre Monaco!

O casino é um complexo de edifícios “arquiteturamente” divinos, e que são perfeitamente complementados pelos jardins floridos, as fontes e chafarizes dançantes e a multidão de pessoas cobertas de designer labels dos pés a cabeça, e a maior concentração de carros de luxo do mundo.

E isso merece uma descrição especial! Porque quando eu li no guia que Monaco tinha a maior concentração de Ferraris e carros de luxo, per capita, do planeta, eu realmente achei que fosse um exagero.

Mas acreditem, não é.

As ferraris estão em todos os cantos, e mesmo quando nos as vemos, é impossível não ouvir e reconhecer os motores explosivos!

Logo nos primeiros minutos do passeio já vimos dezenas de Ferraris, e chegamos num ponto ao longo do dia que perdemos a conta de quantas vimos (esse foi o “jogo” do dia… contar carros de luxo), e acho que depois da Ferrari numero 17, passamos a contar por cores: 3 Brancas, 5 vermelhas, 8 pretas, 2 prateadas, etc…

Sem contar nos Bentleys, Porches, Corvettes, Rolls-Royces e afins.

Afinal não é qualquer pais do mundo que tem o luxo de ter uma frota de taxis 100% composta por Mercedes e BMWs…

É um mundo totalmente paralelo, um outro universo onde eu, você, você e você não fazemos parte, e muito menos entendemos como funciona.

Mas num pais que tem o maior capital per capita do mundo, diferenças sociais virtualmente inexistentes e ainda atrai bilhardarios do mundo todo com suas promessas de vantagens fiscais e opulência, realmente não dava pra ser diferente.

E isso sem falar de ter algumas das melhores estradas do planeta: não esqueça que o pais todo é um dos principais circuitos de Formula 1 do mundo!

E até mesmo o casino de Monte-Carlo é um outro nível de todos os outros casino do mundo. Não importa o quanto Las Vegas tente, e quantos bilhões de dólares sejam gastos na Strip, nenhum deles é como Monte-Carlo.

O casino é pequeno e exclusivo, e apesar de ser “aberto” ao publico, os mínimos por aposta são altíssimos (nada dessa historia de passar a tarde toda apostando $5 por rodada no Blackjack!), e para sequer entrar no salão principal de apostas é necessário estar vestido formalmente: terno e gravata para homens e smart casual para mulheres!

Mas para entreter os turistas e pessoas “comuns”, um dos prédios que fazem parte do complexo, o Cafe de Paris, recentemente inaugurou o Casino de Paris, que tem uma vibre mais Las Vegas, com luzes de néon e joguinhos de slot com apostas começando nos poucos Euros.

Outra parte histórica do Casino é a Opera de Monaco (projetada por Charles Garnier, o mesmo arquiteto que construiu a Opera de Paris), que servem de pano de fundo perfeito para a área de compras mais badalada da cidade, com cada centímetro da calçada entre o Cafe de Paris e Hotel Hermitage disputadas centímetro a centímetro por designers e marcas internacionais como se não houvesse amanhã! (Fast fashion?! Só vimos uma única Zara, e mesmo assim bem diferente das outras lojas da rede que vemos pela Europa…).

Então não é atoa que apesar de ser um dos menores países do mundo, Monaco já foi escolhido como fundo cenografico de dezenas de filmes internacionais e Hollywoodianos que tentam canalizar essa aura de glamour e dinheiro tradicional. Na lista de blockbusters estão títulos como James Bond (tanto Golden Eye quanto Never Say Never Again), Rebecca de Hitchcock e How to Catch a Thief com a própria Grace Kelly, entre muitos outros.

Em termos mais práticos, o Euro é a moeda oficial de Monaco, mas não vimos um único caixa eletrônico na cidade (apenas filias de bancos de investimento e “Wealth Management”), e andar pela cidade é facílimo, como dá pra imaginar (afinal, são apenas 2km quadrados!). E mesmo sendo um pais tão pequenininho, o sistema de transporte publico é bem eficiente, e são uma mão na roda, pois apesar de pequeno, Monaco é um emaranhado de subidas, descidas e ruas/estradas com carros de luxo correndo e ultrapassando os limites de velocidade!

Então você pode comprar um passe unitário de ônibus por 1 Euro, ou o passe diário, que custa 4 Euros.

Pra chegar em Monaco também é igualmente facílimo! Apesar de nao ter um aeroporto próprio, Monaco fica a apenas meia hora do Aeroporto de Nice, e dá pra chegar na estação central de Monaco no ônibus que sai diretamente do aeroporto, ou de trem saindo de Nice (e demora apenas cerca de 20 minutos).

 

 

 

Adriana Miller
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13 Oct 2010
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Eurostar – Conectando a Inglaterra ao continente Europeu

Belgica, Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Eurostar, França, Transporte, Viagens pelo UK

Uma das duvidas mais frequentes de quem viaja entre a Inglaterra e o resto da Europa eh qual a maneira mais facil e mais barata de se chegar de um lugar ao outro.

As opcoes mais obvias sao sempre os avioes ou ir de trem, pelo Eurostar (a pesar de que a viagem de barco tambem eh uma otima opcao, apesar de menos pratica para turistas).

Viajar de aviao geralmente acaba virando a melhor opcao, afinal a Inglaterra eh a terra das empresas de Low cost que oferecem voos para todo continente Europeu a preco de banana – mas existem muitas desvantagens a uma viagem de aviao: sejam os aeroportos afastados do centro da cidade, as restricoes de bagagem, a seguranca restrita e as interminaveis filas – uma simples viagem Londres/Paris, onde vc fica pouco mais de 1 hora no ar, acaba comendo pelo menos umas 6 horas do seu dia! (entre viajar ateh o aeroporto, fazer check in, passar pela imigracao, esperar o embarque, o voo, desembarcar e passar pela imigracao, recolher as bagagens e chegar no centro da sua cidade destino).

Entao para quem vai pro norte da Europa, o Eurostar eh uma otima maneira de cruzar o Canal da Mancha, conectando Londres a Lille, Paris, Bruxelas (e arredores) e Amsterdan (e arredores) em cerca de 2 horas!

O principal problema do Eurostar, e o motivo pelo qual eu nao viajo de trem mais frequentemente eh justamente o preço.

Por ter uma oferta mais limitada, e ter como objetivo, principalmente, as viagens a negocio, o Eurostar geralmente custa uma media de 2 ou 3 vezes o preço de um voo, principalmente para quem viaja durante a semana (que eh o efeito oposto dos voos).

Além disso, o Eurostar nao funciona como um trem comum, que tem seus preços mais ou menos fixos, e assentos sempre disponiveis. Com o Eurostar quanto mais antecedencia voce comprar sua passagem, mais chances tera de nao soh conseguir um assento, mas tambem conseguir bons precos e algunas promocoes. Alem disso, as passagens compradas on line sempre saem mais barata do que as compradas direto na estacao (pois voce mesmo tem que imprimir seu cartao de embarque).

Mas uma vez que voce decidiu viajar de Eurostar, como realmente funciona na pratica?

– Check in e Imigracao:

Bem, primeiramente nao esqueca que viajar de Eurostar eh uma viagem internacional como outra qualquer, e por tanto eh preciso fazer check in e passar pela imigracao.

Fila do Check in no estação de St Pancras em Londres

O check in deve ser feito com no minimo 30 minutos de antecedencia (tenho amigos que jah foram impedidos de embarcar em seu trem pois nao fizeram o check in a tempo – acharam que era uma viagem de trem qualquer e poderiam entrar no trem alguns minutos antes da partida), e ao sair de Londres voce tem que passar pela imigracao francesa, e ao sair de Paris (ou Bruxelas), voce passa pela imigracao Inglesa.

E sim, eh uma imigracao como outra qualquer, voce deve apresentar os mesmo documentos que apresentaria num aeroporto e deve ter tudo em ordem. Se preciso, a policia da imigracao vai barrar sua entrada e voce podera ter problemas com a lei.

Digo isso porque volta e meia eu recebo e-mails pedindo “dicas” de como vir para Inglaterra ilegalmente, e supostamente chegar aqui por trem seria mais facil que passar pelo pente fino dos aeroportos.

– Embarque e escolhendo seu assento:

Mas passando da imigracao, entramos num saguao de embarque, bem parecido com um pequeno aeroporto, com livrarias, cafes e restaurantes (mas retiraram os free shops!) ateh que seu trem seja liberado para embarque.

Ao contrario da maioria dos trens comuns que viajam domesticamente pela Inglaterra e Europa, o Eurostar tem lugar marcado, entao voce tem que procurar qual seu vagao e entao qual sua poltrona.

Identificando seu vagão

A dica aquí eh na hora em que voce esta reservando sua passagem e pode escolher se quer assentos “Facing forward” (indo de frente) ou “Facing backwards” (indo de costas), ou se vc quer sentar em poltronas duplas ou quadruplas, com mesinhas no meio. Se voce, como eu, enjoa facil em viagens, sempre reserve seu assento “Facing forward”.

– Bagagem:

Uma das grandes vantagens do Eurostar em vez das companias aereas de low cost eh o fato de nao ter limite para bagagem – mas nao se esqueca que o Eurostar eh apenas um trem, e apesar de poder viajar com tudo que quiser, voce tera que carregar tudo que quiser levar. O trem nao tem bagageiro, e sua bagagem devera ser guardada no compartimento acima de sua poltrona, ou na area reservada para malas nos corredores entre os vagoes.

O bagageiro no corredor

Essas areas tambem nao sao grandes e cabem talvez umas 10 malas medias, e sao usadas pelo vagao inteiro – alem disso, se voce viaja com itens valiosos, se sua mala eh cara, ou voce eh simplesmente paranoico e nao quer largar sua bagagem sozinha entre os vagoes, entao eh melhor manter suas malas o mais compacto possivel, para que possam sempre estar a vista, na prateleira acima de sua poltrona.

– Durante a viagem:

A viagem entre Londres e Paris dura cerca de 2 horas (o mesmo tempo entre Londres e Bruxelas: 2:05), oque nao eh muito, mas dah para aproveitar para relaxar um pouco.

O Eurostar sempre tem um vagao restaurante, onde vendem café, cha, sucos e refrigerantes (alem de algunas bebidas alcoolicas) alem de sandwiches, muffins e afins.

E a pesar de nao ter nenhum “entretenimento” de bordo, todos os assentos tem tomadas onde vc pode carregar seu laptop, iPhone, Blackberry, DVD placer e afins – soh nao esqueca de levar um adaptador de tomadas!

A passagem pelo Tunel do Canal da Mancha quase sempre passa praticamente despercebido: sao apenas cerca de 20 minutos onde o trem passa voando pelo tunel sub-aquatico, construido a 100 metros abaixo do solo marinho – para quem acha que vai ver peixinhos durante a viagem, a unica indicacao de que estamos cruzando o canal eh que de repente tudo fica completamente escuro! E quando o trem sobe a superficie outra vez, tcha-ram! Voce chegou no outro lado do continente Europeu.

– Desembarque:

Desembarcar do Eurostar eh um processo automatico, ja que a imigracao foi feita antes mesmo do embarque e as bagagens nao sao despachadas – e eh ai que esta a grande vantagem do Eurostar: assim que vc sai do seu trem, voce jah esta logo ali! No centrao das princpais cidades da Europa do Norte!

– Seguindo viagem e onde guardar sua bagagem na estacao:

Teoricamente o Eurostar soh viaja entre Londres-Paris e Londres-Bruxelas, mas uma vez estando nessas cidades, sua passagem Eurostar te da livre acesso a qualquer outro trem da rede integrada daquela pais, sem nenhum acressimo de preco!

Entao a viagem nao fica limitada a penas essas cidades, e voce pode aproveitar para contecer outras partes da Franca, Belgica, Holanda e Alemanha, por exemplo.

E foi exatamente oque fizemos quando fomos a Belgica com meus pais: compramos a passagem Londres-Bruxelas, deixamos nossas malas no guarda volumes automatico da estacao Brussele Midi e fomos passar algumas horas andando pelo centro de Bruxelas.

No fim do dia, voltamos para estacao, recolhemos nossa bagagem e nos dirigimos diretamente para plataforma do trem que ia para Bruges – a unica coisa que tivemos que mostrar foi o papel com nossa passagem Eurostar impresso e pronto!

E boa notícia pra quem vai pra Bélgica: as linhas da Eurostar são 100% integradas com a rede ferroviária Belga, e portanto se sua viagem se estender de Bruxelas (ponto de chegada Eurostar) para qualquer outra cidade do país você não terá que comprar outra passagem avulsa!

“Travelling to other Belgian stations

Any Belgian Station tickets include travel from Brussels-Midi/Zuid to any Belgian station. That means you can use your Eurostar ticket to travel on any domestic Belgian service* within 24 hours of arriving at Brussels-Midi/Zuid.

Please note Any Belgian station tickets can only be booked more than 48 hours prior to travel to allow for printing at home. Otherwise they will only be available for collection from Brussels station.

*excludes Thalys and ICE services.”

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Essa “promoção” só é válida para viagens dentro da Bélgica com passagens compradas entre Londres e Bruxelas, não sendo válidas para viagens via Lille ou Paris, e usadas nas 24 horas antes e depois de sua passagem Eurostar.

Adriana Miller
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17 Feb 2009
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Roteiro de viagem Paris

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Como prometido, aqui esta o roteiro que sempre faco em Paris.
Vale lembrar que nao sou expert em Paris, e nunca morei na cidade, entao meu nivel de detalhe nao eh o mesmo que tenho de cidades como Londres, Madrid ou Florenca, mas jah fui para Paris algumas vezes, e o turismo basicao jah sei de cor e salteado.
Obviamente se vc conhece a cidade e acha que deixei de fora algum detalhe importante, si vous plait, deixe suas dicas tambem!
Assim como o roteiro de Londres, esse vai ser para um passeio rapido. Paris eh uma daquelas cidades que quanto mais tempo voce passar na cidade, mas coisas legais vai ver/conhecer. Mas ao memso tempo, o centro historico/turistico esta bem concentrado e tudo eh bem pertinho um do outro, e facil de navegar, entao dah para fazer a cidade toda em alguns dias.

De todas as vezes que jah fui a Paris, nunca passei mais de 2 ou 3 dias em Paris propriamente dito; nas vezes que fiquei mais tempo acabei siando da cidade, indo para Versailles, Euro Disney e tal. Entao acho que essa coisa toda de que “TEM QUE” passar no minimo 1 semana em Paris eh meio lorota! Mas obviamente, quanto mais tempo voce tiver, mas poderah ver.
O roteiro deve sempre comecar por algum dos extremos da cidade: pelo lado Sul, na Regiao de Rivoli, Hotel de Ville ou pelo Norte, no Arco do Triunfo. A orden dos fatores nao altera o produto, entao dependo doque vc quer fazer, e de onde esteja hospedado, tanto faz um lado ou o outro.
Geralmente eu comeco pelo lado Sul, por pura coincidencia, jah que sempre acabo ficando hospedada nessa regiao.


 Praca da Bastilha: a Praca, que tem uma importancia historia enorme, nao eh lah grandes coisas em termos turisticos. Um grande obelisco, no centro de uma rotunda gigante e ultra movimentada. Mas essa eh a area onde existe uma concentracao enorme de bons hoteis com precinhos camaradas, com boa conexao de transportes (caso voce chegue de EuroStar ou aviao), e com uma localizacao estrategica que eh perto o suficiente do centro da cidade entao voce pode fazer tudo a peh, mas eh o longe o suficiente para nao estar tao inflacionado como os precos das areas mais proximas a Torre Eiffel ou Champs Elysees, etc. Alem disso, essa area da Bastilha eh onde rola a balada de Paris. As ruasinhas ao redor da rotunda sao lotadas de otimas opcoes de bares, restaurantes e boates, e eh a regiao onde os Parisienses vao para balada, e nao tem tantos turistas!


 Seguindo rumo norte, ao longo do Rio Sena, ande em directo a Catedral de Notre Dame. Eh uma das igrejas mais bonitas e trabalhadas que jah vi, principalmente a parte de tras, os arcos e os famosos vitrais. Aquí a minha dica eh seguir para a segunda ponte apos a catedral, onde as fotos ficam num angulo perfeito!
Cruze uma das pontes e caminhe pelo lado sul do Sena. Esse lado eh menos turistico, mas eh justamente daqui que voce tera a melhor vista da cidade, e a visao externa dos predios. As calcadas na margen sul tambem sao cheias de artistas de rua, e barraquinhas organizadas que vendem de tudo – de cartao postar e ima de geladeira com formato de baguete, a pinturas e mapas antigos pintados a mae que custam uma fortuna.


 Eu sempre prefiro andar pelo lado sul, e ter essa visao externa do Rio, das pontes (que por si soh jha sao maravillosas) e dos predios, mas uma outra boa opcao eh seguir pelo lado norte, por “dentro” da cidade, e subir a Rue de Rivoli, comecando no Hotel de Ville (prefeitura), e millares de lojas, restaurantes, bares, cafes, barraquinhas vendendo crepe com nutella (mais um motivo que me faz evitar esse caminho! Se nao empaco nas barraquinhas de crepe!).


Mas na verdade, as duas opcoes de “rota” devem ser feitas, pois nao sao exclusivas, e cada uma tem suas vantagem e charme. Um dia faca um caminho, no outro dia faca outro caminho.
Entao para a rota do dia 1, vou me concentrar no caminho pelo lado norte.
Ao seguir a Rue de Rivoli, vc vai dar de cara com uma das entradas laterias do Museu do Louvre. Voce pode escolher entrar agora, ou depois. Se for verao, ou primavera (que o dia eh claro ateh tarde), me concelho seria entrar no Louvre logo de manha, para evitar as massas de turistas em frente a Monalisa. Mas se for inverno (que escurece lah pelas 4 da tarde) deixe para voltar aquí no fim do dia, para que vc consiga ver o resto da cidade na luz do dia.


O Louvre eh um daqueles lugares que que tem tanta coisa para ver, tanta coisa para fazer, e eh TAO gigante, que nao tem uma formula magica. Voce pode entrar, ver oque te entereza e ir embora. Ou pode comprar o passe para ficar varios, e varios dias.
Nao dah para dispensar a secao de arte Italiana, com a Monalisa e todas as outras obras famosas de Da Vinci, que eh uma daquelas coisas que se clasificam em “se nao fiu, nao foi a Paris”. Mas achei a parte sobre os apartamentos de Napoleao sensacional, e o subsolo do museu, onde mostram os calaboucos e a estrutura antita e medieval do castelo que um dia foi o Louvre (o predio atual jah foi construido e re-construido varias vezes, mas a estrutura de pedra medieval original ainda eh a mesma, e eh aberta ao publico!).

Numa das vezes que fui, ainda era permitido tirar fotos da Monalisa. Agora eh estremamente proibido.

Saindo o Louvre, o roteiro fica facil, pois eh apenas uma linha reta! Bem em frete a Piramide do Louvre temu m arco (que nao sei o nome!) onde comeca o Jardim das Tuileries. Dependendo da epoca do ano, o jardim vai estar totalmente morto (em relacao a flores, gente, artistas de rua, etc) ou bombando! Tem varia sopcoes de cafes e restaurantes no meio do jardim tambem. No final do jardim, em frente ao laguinho, repare que existem duas rampas laterais, que Server meio de “muro” par ao portao do Tuileries. Lah de cima vc vai conseguir tirar otimas fotos da Torre Eiffel!

Na saida do Jardim eh a Place de la Concorde, com o Obelisco, um fonte colorida e cheia de ouro e predios lindos, de arquitetura maravillosa!
 E entao comeca a Champs Elysees. Essa parte inicial da avenida eh meio chatinha, e nao tem nada para ver, entao uma boa opcao eh andar pelo lado esquerdo da avenida e dar uma passadinha no Palacio da Descoberta (Palais de la Decouverte), que sempre tem umas esposicoes legais, e vale pela arquitetura e a cupula de vidro!


 Da para frente comecam as lojas e os predios de um dos metros cuadrados mais caros e exclusivos do planeta! Esse trajeto pode demorar horas, ou minutos, depende do seu apetito (e bolso!) para lojas caras (e nem tanto), moda, joias, carros, etc. Se por acaso vc tambem estiver planejando ir na EuroDisney, a Loja da Disney eh uma boa opcao para comprar os ingressos com antecedencia, pegar uns mapas, pedir informacoes de cómo chegar lah, etc.



  A Avenida acaba na praca dos Arcos do Triunfo, que sao aberto a visitacao, e os turistas podem ir ateeeeh lah em cima para ver a vista da cidade (eu nunca subi).

 

E esse probablemente sera o fim do seu dia, que pode ser que vc aproveite para voltar a algum museu, ou monumento pelo caminho, ou fazer qualquer outra coisa!
No dia 2, a concentracao fica mais no lado sul do Rio Sena.
O conselho eh o mesmo, escolher comecar pelo norte ou pelo sul, depende da sua localizacao na cdade, mas como essa parte de paris eh mais “espalhada”, invariablemente voce tera que pegar metro em algum poto do seu dia. 

Entao eu comecaria pela Torre Eiffel e o Trocadero. Dos balcoes do Palais de Challot voce tera umas das melhores vistas da Torre Eiffel, que eh a melhor maneira de comecar o dia! Eu pessoalmente nunca subi a Torre Eiffel, pois a fila eh sempre quilometrica, e azar ou nao, sempre que fui a Paris o tempo estava feio, ou era inverno, entao a visibilidade nao era das melhores. Mas eh impresionante assim mesmo estar embaixo da torre e se dar conta do quao gigante a parada eh! Repare no tamanho dos pregos e parafusos!


 Ai em frente esta o gramado do Champ de Mars, que temrina lah na Escola Militar (tambem com otimas vistas da torre!).

Da escola militar, voce estara bem pertinho do Hotel do Invalidos, que vale pela arquitetura, e be no centro de Montparnasse, e suas ruelas chamosinhas, e varias outras igrejas nao tao famosas, mas igualmente lindas. Por ali fica tambem o Museu Rodin.Dai, voce pode escolher seguir um pouco pro norte, em directo ao Sena e ir no Museu D’Orsay (que eh famoso principalmente pelas obras francesas, enquanto o Louvre temu m pouco de tudo). Ou seguir leste e ir no Jardim de Luxemburgo e a Igreja Saint Sulpice (que eu pessoalmente AMEI!).

Dependendo se voce entrou nos museus, quantas milhoes de fotos tirou em frente a Torre Eiffel, e se passou o dia todo andando a pe ou de metro (ou seja, se demorou mais ou menos para fazer esse roteiro), o seu dia estara probablemente quase acabando.Dependendo da epoca do ano, e hora do dia, aproveite e vah para Montmartre bem a tempo de asistir o por do sol sentada na escadaria da Catedral de Sacre Coeur, que tem a vista completa da cidade, e um por do sol incrivel.


Montmartre eh uma otima opcao de atracao noturna, com milhoes de bares e restaurantes espalhados nas milhareas de ruas e ruelas. Nao eh necesariamente eh lugar de balada, mas eh o pano de fundo perfeito para uma noite mais tranquila. Ou nao! Jah que por ali fica o Molin Rouge e seus shows de can can, rodeado de lojas sex-shop, shows de strip-tease, e prostitutas! O equivalente do Distrito da Luz Vermelha de Paris (talvez um pouco menos escrachado que Ámsterdam…).
 

E pronto! Meu roteiro de fim de semana em Paris.
Como dah para perceber, eh um roteiro bem corrido, e muita coisa legal ficou de fora. Mas eh uma boa opcao, caso voce tenha pouco tempo para passar na cidade, ou queria aproveitar as ferias para ver outras partes do pais e da regiao metropolitana de Paris.
Quanto mais tempo voce ficar por lah, mais coisas poderah ver, ou poderah fazer tudo com muito mais calma, mas acho que esse roteiro eh uma boa base para conhecer a cidade, e fazer todos os highlights da Paris num espaco de tempo bem curtinho!
 Quem tiver mais dicas, podem postar aquí tambem!

 

Adriana Miller
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