07 Jul 2011
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Vatnajokullpjodgardur

Dicas de Viagens, Islandia, Vatnajokull

Tudo bem. Eu espero. Tenta mais uma vez pronunciar o titulo do post… Deu câimbra na lingua?

Bem, esse lugar impronunciaável é o parque nacional onde fica o vulcão Vatnajokull (depois descobri que Jokull significa vulcão em Islândes), onde esta o mais antigo e maior geleira da Islandia, da Europa e do mundo (fora das regiões articas, claro).

Ali no meio da geleira fica também outro vulcão, o Grimsvotn, que é o vulcão mais ativo da Islândia e que estava em erupção e causando caos na Europa ha apenas 1 mes atras…

Esse foi o ponto alto da nossa viagem, e se tivessemos passado mais tempo no país, provavelmente teriamos passado mais tempo por lá, explorando as inumeras atrações do parque.

A sede do parque fica em Skaftafell, onde passamos a noite no camping, e onde tudo acontece no parque: é dali que saem passeios, excursões, trilhas, tem lojinha de souvenir, agencia de informações turistica, e etc.

Então começamos o dia cedo, e fizemos uma trilha na geleira, com os guias do Glacier Guides na “lingua” da geleira Svinafellsjokull.

As geleiras são massas de gelo gigantestcas que cobrem as montanhas na Islandia, e existem a milhares de anos. Por causa dos efeitos da gravidade, e nos ultimos anos, o aquecimento global, as geleiras estão em constante movimento, “descendo” das montanhas e consequentemente criando essas “linguas” laterais.

A unica maneira de andar na geleira é acompanhado com guias treinados, e material apropriado, cordas, equipamento de segurança etc.

Não só porque andar no gelo é impossivel, as geleiras podem estar com pedaços descongelados, fendas no gelo, e varias armadilhas perigosissimas!

A lingua Svinafellsjokull fica no lado esquerdo do Grimsvotn, oque significa que foi uma das areas mais afetadas pelas recentes cinzas vulcânicas, então o gelo estava preto! Completamente coberto pelas cinzas, que fez com que toda experiencia fosse ainda mais especial!

Então os guias nos deram todo material de proteção, um treininho sobre como andar no gelo sem quebrar a perna, etc além de varios fatos interessantes sobre a geleira e suas linguas.

Eu não fazia a menor ideia, por exemplo, que foi essa geleira que serviu de cenario para uma das primeiras cenas do filme “Batman Begins” – que supostamente é no Tibet/Nepal, mas na verdade foi filmado na Islandia – até um monasterio falso foi constuido na lateral da montanha!

Incrivel assistir os clipes do filme e ver como a geleira foi transformada do dia pra noite por causa da erupção! Serão necessarias decas e mais decadas de chuva, vento, neve e gelo pra geleira voltar a ter esse aspecto azulado característico.

Uma das “aulas” que os guias nos deram durante o trekk foi justamente sobre as diferentes erupções ao longo dos anos/seculos, e como essas marcas formam estrias escuras no gelo glacial, criando camadas de gelo e cinza, que são minuciosamente estudadas por cientistas e geologistas, que assim conseguem determinar o padrão de comportamento de um determinado vulcão.

A geleira que nós vimos era completamente cinza/preta, e os gânulos de cinza vulcânica eram nitidas em cima do gelo, criando uma paisagem bem lunar… E depois de ver a tal da cinza vulcânica ao vivo e tão de pertinho, realmente não dá pra imaginar aviões voando no meio disso não!

Eu amei a experiência de caminhar (e “entrar”) em uma geleira!

No fim do dia, aproveitamos as longas horas de luz, e o ceu azul que resolveu dar as caras, e dirigimos um pouco mais pronorte e fomos conhecer o lago glacial Jokulsarlon, que é uma das principais atrações do parque, e sem duvida, a parte mais fotogenica da Islândia!

Jokursarlon é o maior lago glacial da Islandia, criado a alguns milhares de anos atras, quando a gelereia “migrou” para perto demais do mar, e sua “lingua” começou a derreter.

Então por causa das variações da temperatura da agua do mar, e a diferença de densidade, salinidade, etc, a geleira vai pouco a pouco “amoleçendo” e soltando Icebergs que criam uma paisagem sem igual!

O lago é enorme, e a geleira que o criou é ainda mais impressionante! E a melhor maneira de ver os Icebergs é de dentro do lado!

Uns barcos amfibios te levam bem pertinho da geleira e dos Icebergs, enquanto uma guia conta um pouco mais sobre a região e mais umas tantas curiosidades sobre o lago e a geleira.

Outro fato interessante: uma das cenas mais memoraveis do filme James Bond “Die Another Day”, onde James Bond protagoniza uma cena de perseguição no gelo.

Pois é, também foi gravado na Islandia! E foi filmado no gelo de Jokulsarlon mesmo, e a historia por tras da produção é interessantissima!

O lago só existe por causa da diferença da densidade da agua do mar e a agua que derrete da geleira. Então a agua salgada do mar, não congela, e vai formando os Icebergs. Então eles constuiram uma represa temporaria e fecharam a coneçnao do mar com o lago. Uns dias depois, a agua densa do mar, desceu, e a agua limpa da geleira ficou por cima e congelou.

Prontinho! Como num sonho Holliwoodiano!

E nós até vimos um dos Icebergs se desfazendo e caindo no meio do lago, causando aquelas ondas (geladas!) de estremecer! Uma coisa assim um pouco “Titanic” demais…

Até a Angelina Jolie já filmou uma das cenas da Lara Croft no Jokursarlon – que supostamente era na Siberia, mas a Islandia é muito mais acessivel, certo?

Apesar do sol que pegamos, o vento estava de matar, e fez muito frio! mas sem duvidas, revendo essas fotos, valeu a pena!

 

Planejando uma viagem para a Islandia?

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Adriana Miller
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05 Jul 2011
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O Circuito dourado da Islândia

Circuito Dourado, Dicas de Viagens, Islandia

A maioria das pessoas não sabe o tanto que a Islândia tem a oferecer como destino turístico até chegarem lá – nós inclusive! – e acaba passando tempo de menos por la.

Além disso a Islandia é assim um pouco terra de ninguém, que ao mesmo tempo que torna qualquer viagenzinha de fim de semana na viagem da sua vida, também assusta o mais experientes dos viajantes – e infelizmente muita gente acaba ficando “preso” no lado oeste do pais, usando Reykjavik como base para seus passeios bate-e-volta, que dá pra fazer bastante coisa legal, mas ao mesmo tempo, limita bastante seu acesso a lado selvagem do pais.

E por isso mesmo o Ciruito Dourado da Islandia faz tanto sucesso: a poucas horas da capital, seja de carro alugado ou de onibus turistico, em apenas um diazinho você podera ver algumas das atraççes naturais mais fenomenais do planeta!

Começamos nosso dia relativamente cedo e seguimos nosso rumo pelas estradas semi deserticas do pais. Mas dispensamos a auto estrada recem construída e seguimos a dica do carinha da loja de aluguel da caravana, que quando viu nossas cameras, lentes, tripes e afins, abriu o mapa rodoviario da ilha e foi categórico: se vocês gostam de boas paisagens, nem pensem em seguir a estrada “1” – peguem o desvio e sigam pela “431”!

Não pensamos duas vezes e seguimos o conselho dele! No comando da nossa van/caravana, seguimos pela estradinha de terra e nos perdemos apenas 2 vezes… mas valeu a pena!

A caminho da primeira parada do Circuito Dourado, o parque Þingvellir, acabamos pegamos a estrada que cruza uma vale geo-termico e demos de cara com o lago de mesmo nome, que marca a entrada do parque nacional Þingvellir.

Foi nossa primeira sensação de que “Eba! Estamos na Islandia!”, porque aquilo lá, realmente não parece ser o mesmo planeta que eu e voce crescemos vendo com nossos olhos…

Uma das coisas que ficamos pensando muito durante a viagem foi sobre qual seria a impressão que extra-terrestres teriam de nosso planeta se em vez de pousarem em Nova Iorque (como acontece em 95% dos filmes que involvem alienigenas que querem aniquilar nossa espécie!) eles pousassem numa estradinha secundaria da Islandia?!

O cheio podre de enxofre, a terra fumegante, o lago sinistro e paisagem árida…

Então nossa primeira parada foi o Parque Nacional Þingvellir que é um dos principais na Islandia e tem uma caracteristica muito especial: é aqui nesse parque que é possivel visitar o Mid-Atlantic Ridge, que nada mais é doque a “fenda” na crosta terrestre onde as placas tectonicas da Europa e da America estao se separando!

Entao é possivel andar bem no meio dessa rachadura da crosta terrestre e tocar com suas proprias mãos os dois continentes ao mesmo tempo!

Geologicamente falando a Islandia é um pais novinho, um dos ultimos a serem criados no planeta (uma das ilhas que formam a Islandia só “nasceu” em 2005 numa das ultimas erupções de um vulcão sub-aquatico!), e ainda esta em fase de crescimento: a Islãndia cresce cerca de 1 centimetro por ano como consequencia do afastamento das placas – que so as mesmas placas que veem se separando ha milhoes de anos e que foram responsaveis pela separacao entre a Africa/Europa e as Americas.

Para uma nerd assumida como eu, não tem como não adorar estar ao vivo num lugar desses! E eu particularmente adoro ir a lugares que me colocam “no mapa” – naquele momento eu conseguia visualizar exatamente onde estava no planeta!

Depois seguimos a estrada que nos levou a Geysir, uma cidadezinha perdida no meio da Islandia e é conhecida por seus…. gêisers! E foi justamente o gêiser de Geysir que batisou todos os outros gêisers do mundo!

E o engraçado da Islândia é que essas coisas são tão naturais pra eles, que quando começamos a chegar perto da entrada de Geysir (ou onde achamos que teria uma entrada), voce olha pro lado e BOOOOOM! Agua fervente explodindo do chão!

Assim, na beira da estrada… É só estacionar seu carro, se agasalhar bastante e sair andando pelos geisers.

O grandão principal, o Geysir original, so explode (ou “entra em erupção”? Qual seria o termo técnico correto para o fenomeno de um geiser?) em momentos pré e pós terremotos, então ele é cuidadosamente estudado por geologistas do mundo todo, que conseguem chegar a varias conclusões sobre o humor do planeta, de acordo como ele estiver se comportanto.

Mas tem um outro bem do ladinho, que entra em erupção mais ou menos a cada 10 minutos, e as vezes a erupção pode acontecer varias vezes seguidas.

E realmente é um fenomeno da natureza!

Aquela agua azul cristalina levemente borbulhando… de repente o nivel da agua cai drasticamente, e voce se da conta que por baixo daquela agua calminha tem um buraco de profundeza inimaginável, conectando nosso mundo diretamente com as profundezas da crosta terreste… e BOOOM!!!! A agua explode com uma força e altura incriveis!!!

É hipnotizante… e o pequeno grupo de turistas que conseguia lutar contra o vento cortante, ficaram ali em volta, vidrados, esperando pela proxima explosão.

E nós ficamos, e ficamos, e ficamos… e conseguimos assistir umas 4 ou 5 explosões. São todas iguais, mas incrivelmente únicas, e igualmente fascinantes…!

A proxima parada foi a cachoeira Gullfoss, outra grande atracao do Circuito Dourado, e que eh a maior cachoeira da Islandia, em volume de agua.

Realmente a força da agua é incrivel, mas de maneira geral eu achei a experiencia “molhada” demais, ventania demais, e muito, muito frio! Mesmo no auge da alta temporada do verão, nesse dia pegamos temperaturas de 5 graus, e eu passei muito frio em Gullfoss!

Depois de Gulfoss, e já no meio da nossa tarde, nós resolvemos modificar um pouco nosso roteiro – a maioria das pessoas que faz o circuito dourado volta pra Reykjavik no fim do dia, mas nós iamos dirigir noite a dentro até o lado leste da ilha – então fizemos uma ultima parada do circuito: a cachoeira Seljalandsfoss.

Apesar de não ser tão grande nem tão impressionante quanto Gulfoss, a cachoeira Seljalandsfoss é uma única queda d’agua a cerca de 40 metros de altura, e que esconde um segredo: ela tem uma passagem por trás da cachoeira!

Essa queda d’agua – e sua passagem secreta – é cercada de historias e lendas de fadas, duendes e trolls. E com frio ou sem frio eu não resisti! Me aagasalhei inteira com minhas roupas a prova d’agua e ficar um tempão lá tras, hipnotizada com o arco iris, as gotinhas voando e o barulho da agua caindo numa força incrivel!

Não sei explicar porque gostei tanto daquela cachoeira, mas fica um tempão lá tras…. deixando a agua respingar, praticamente esperando as fadas aparecerem!

E de lá, aproveitamos os dias interminaveis da primavera da Islândia e seguimos viagem até o lado leste da Ilha…

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Adriana Miller
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28 Jun 2011
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Estocolmo: Mosebacketerassen, brunch com a vista da cidade

Dicas de Viagens, Estocolmo, Suecia

Otima dica pra quem for a Estocolmo em qualquer epoca do ano: Mosebacketerassen!!

Na verdade o lugar se chama Mosebacke e eh um restaurante/bar/cafe conectado ao Teatro Sodra, que fica no altinho do bairro Slussen.

Slussen eh, por coincidencia, o bairro onde ficamos hospedados na primeira vez que fui a Estocolmo, e eh o bairro cool da cidade. A rua principal (A rua  Gotgatan, que sobre/desce ate o metro) eh cheia de lojas, bares, resturantes, cafes e conecta com o elevador de Slussen e a parte antiga da cidade, Gamla Stan, na ilha em frente.

O Etablissemanget do Mosebacke eh um restaurante aberto o ano todo, com musica ao vivo e otima comida, mas o segredo esta nos dias de sol (melhor no verao, mas aberto o ano todo) quando eles abrem seu terraco onde as mesas se espalham pelo jardim com uma vista linda de Estocolmo la do alto!

Entao quando o clima permite, das 10 da manha as 10 da noite, voce pode comer com Estocolmo aos seus pes, e se der sorte ainda vai poder assistir algum gig de musica Sueca como o Swedish House Mafia ou a Robyn (eu nao entendo nada de musica cool nao, mas minhas amigas ficaram alucinadas pro voltar e assistir um dos shows dele por la).

Entao esse foi nosso programa de domingo, pos despedida de solteira, e fomos comer um brunch no Mosebacketerassen e acabamos ficando por la o dia todo, ate chegar a hora de voltar pro aeroporto!

Se nao der tempo de passar horas do seu dia por lah, eles ficam aberto ate tarde o ano todo, e o terraco tambem funciona como um beer garden e area pra tais shows.

Nao precisa fazer reserva nem nada – eh so aparece e ficar de olho pra conseguir uma mesa no terraco! O brunch eh servido num buffet e custou cerca de 20 Euros por pessoa.

Endereco:

Mosebacke Torg 3 – 11646 STOCKHOLM

Estacao de metro: Slussen


Adriana Miller
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