16 Mar 2015
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Dicas de viagem de avião com crianças: 2 anos e pouco

Avião, Baby Everywhere, Viajando com crianças

Viajar com a Isabella nos últimos meses significou grandes mudancas: em primeiro lugar a parte ruim – agora ela eh uma viajante pagante, e definitivamente eh uma realidade dolorosa ter que adicionar aquela terceira passagem no orcamento!

Mas por outro lado as viagens de aviao com uma crianca de 2 anos (mesmo as bem curtinhas) passaram a ser mais confortaveis para nos tres, e bem mais agradaveis e prazerosas, pois a verdade eh que depois que a crianca passa dos 8 ou 9 meses eles ja sao grandes demais para ficar confortavel no colo dos pais durante muitas horas seguidas, o que so tende a piorar depois que comecam a querer se mexer, engatinhar e andar pelo aviao (ou corer, no caso da Isabella!).

Entao por mais que tenhamos reclamado demais de ter pago os últimos voos com a Isabella, logo de primeira, assim que entramos no aviao e ela se posicionou em sua propria poltrona foi aquele alivio…!

Nossa, ha anos que nao assistia tranquilamente um filme durante o voo, ou que comia com as duas maos! Apesar de que a Isabella sempre foi uma boa “dorminhoca” em voos, no ultimo ano ela ficava muito sem posicao para dormir no meu colo, e passou a dormir pouquinhos nos voos diurnos – em compensacao, viajou tao tranquilona quando fomos para Pittsburgh em Janeiro, que dormiu mais de 5 horas direto durante o voo! #milagre #amem

Mas essa fase que ela esta tambem tras outros desafíos e preparacoes, novas técnicas e acessorios, principalmente porque ela esta numa fase super ruim para comer e eh super ativa durante o dia!

Entao ese post esta meio separado por partes… algumas coisinhas que tenho feito para facilitar o meu lado nas viagens e como lidar com as frescuras da fase atual (#grevedefome), alem de alguns acessorios e apetrechos para mante-la entretida e feliz durante os voos.

 

–          Comida e alimentacao:

A Isabella nunca foi de comer muito nem bater pratao de comida, mas sempre comeu de tudo, sempre comeu o que nos comíamos e sempre quería provar o que estivessemos comendo, do nivel de comer kebab na Turquia, tofu defumado no Japao e noodles com molho de curry na Coreia.

Mas com mais ou menos 1 ano e 7 meses ela pegou uma gripe terrivel, que emendou em alguns dentes nascendo, e ficou super doentinha, perder bastante peso, e apartir dai resolveu que comer nao eh para ela! Greve de fome total!

Ja tentei de tudo e todas as técnicas possiveis (Dispenso palpites e licoes de moral. Agredecida.), mas cheguei num ponto onde aceito que eh uma fase, rezo para passar logo e desde que ela continue saudavel, feliz e se desenvolvendo (o que nao falta naquela crainca eh energía 220 volts!) nossa rotina alimentar do momento reveza entre praticamente 4 ou 5 opcoes que ela come numa boa.

(“Come numa boa” no meu conceito: 1) eu nao passo horas cozinhando so para acabar frustrada e com raiva quando o prato acaba no chao da sala; 2) nao tenho que gastar horas do meu dia e o pouco tempo de qualidade que tenho com ela durante a semana brigando e tentando forcar ela a comer algo que nao quer; 3) opcoes que ela consiga comer sozinha sem transformar a casa numa zona de guerra – litte Miss independente so come se ela coseguir comer sozinha, Ai de quem tentar colocar uma colher na boca dela!; 4) minimamente balanceada e nutritiva).

Entao obviamente isso se transformou num problema para nossas viagens, pois com 2 anos e pouquinho ela nao aceita mais potinhos de comida pronta, mas tambem nao come mais qualquer comida de adulto (e muito menos comidas de aviao – cuidado com o pedido de “comida de crianca” em voos, pois geralmente sao potinhos para bebes e uma colecao de gulosiemas e porcarias nada nutritivas).

Entao boa parte da “preparacao” dos nossos voos gira em torno de qual comida levar para ela sobreviver durante o voo – mas claro sem esquecer que existem restricoes do que eh permitido levar no aviao, restricoes quanto a liquidos e a praticidade da coisa (nao adianta fazer seu melhor guizado e achar que a comissaria vai ter todo prazer do mundo em te ajudar a aquecer na temperatura ideal para servir pro seu filho que so come o temperinho da mamae. Sejamos praticas e realistas!).

Praticidade eh minha palavra chave! Comidas que sejam faceis de transportar, faceis para ela comer sozinha sem precisar de mil aparatos (cadeirao, babadores, talheres, pratos e potinhos, e limpar tudo isso depois!) e que durem relativamente bem durante a viagem e que nao causem problemas na seguranca do aeroporto!

Potinhos com frutas, saquinhos individuais com porcoes de biscoito integral, salsicha de frango ou almodengas ou nuggets e palitinhos de peixe (faco no forno para aleviar o peso na conciencia #NaoVaiPassarNoVestibularPorqueNaoEhOrganico). Iogurtes, queijo, suco e leite.

E so.

Ai durante o voo quando servem a refeicao, se ela estiver acordada, ela tem a opcao de comer mais alguma coisa – mas se nao quiser nem olhar praquela bandeja de comidas aleatorias, pelo menos ela ja se alimentou direitinho.

 

–          Apetrechos e acessorios (e quantas mudas de roupa levar no aviao!):

Como ela esta nessa fase de querer ser independente e fazer tudo sozinha, eu tambem levo seus copinhos de suco (que ela sabe abrir e fechar sozinha sem fazer uma lambanca), colheres e garfos e o babador de borracha (que tem aquela “bolsa” que segura migalhas e entornoes! Melhor invencao da vida pra essa fase!), alem de toneladas de lencinhos umedecidos (desses para limpar maos, boca e nariz).

E outra coisa que voltei a fazer eh levar varias mudas de roupa para ela no aviao com a gente. Quando ela era bem bebezinha eu levava dezenas de mudas de roupa, pois bebe se suja muito mesmo (fraldas explosivas, golfadas e afins), mas depois de um tempo ela raramente precisava tocar de roupa durante o dia.

Mas agora, nessa onda Miss independente, o resultado eh que ela se suja muito, o tempo todo!

Entao eu prefiro mil vezes deixar ela se sujar a vontade e trocar as mudas de roupa dela durante o dia, do que ficar tentando limitar as exploracoes dela, ou tentando limitar o que ela pode ou nao pode tentar fazer (tipo, comer sozinha. Se eu forcasse ela a comer sendo servida por mim, tipo ”aviaozinho de colher”, as refeicoes seriam infinitamente menos imundas, mas tambem bem mais frustrantes para todos nos, entao quero mais eh que ela experimente, teste seus limites e aprenda a fazer tudo sozinha por merito proprio. Mesmo que isso signifique que eu tenho que volta e meia lavar as manchas do suco de uva na camiseta dela na pia do aviao! #detestomasfaco).

 

–          Brinquedos e entretenimento!

Minha parte preferida da nova fase de nossas viagens! Saber que agora a Isabella eh nossa parcerinha de viagem e de voo, e me empolgo planejando as atividades dela no voo tanto quanto me empolgo baixando musicas e filmes para mim e comprando revistas para ler a bordo!

O principal e mais usado eh o iPad (ou qualquer tablet, DVD player ou laptop, ou o que voce tiver a mao!) com desenhos, joguinhos e fotos e videos (dela mesmo, ela adora!). Com essa idade (uns 2 anos) as crianças também já podem usar fones de ouvido (desde que próprios para crianças e com regulagem de volume), o que percebemos que ajudou bastante na concentração dela pra assistir desenhos e musiquinhas, além de não incomodar os outros passageiros. Nós usamos esse aqui que nos foi muito bem recomendado, ela adorou (muito confortável de usar na orelinha e cabeça dela – apesar da recomendação ser para 4 anos, ela usa desde os 2 anos e serviu numa boa) e está durando horrores!

A Isabella ainda nao esta na idade de conseguir asistir desenhos e filminhos inteiros nao (ou talvez nao seja da idade e sim dos nivel elevado de energía embutida!), entao ja ate baixei alguns desenhos da Disney e Pixar, mas ela nao da muita bola e nao presta atencao. Entao o que faco eh baixar serie inteiras da Peppa Pig, Galinha Pintadinha, Bichinhos Fofinhos, Dinotrem e Backyardigans, que sao seus desenhos preferidos.

Volta e meia alguem me pergunta como eu “faco para baixar” video e filmes no iPad e a resposta eh simples: eu compro no iTunes!

(momento licao de moral) Afinal tambem sou criadora de conteudo on line e assim como nao gosto de ver minhas fotos e textos copiados e pirateados por ai, tambem nao faco isso com material dos outros.

Entao ja tenho meu cartao de crédito cadastrado na loja de Apps da Apple e iTunes e volta e meia compro coisas novas para ela.

Mas tambem levo revistinhas de colorir e lapis de cor, cartelinha de adesivos, livros variados (aqueles de pagina dura, que duram mais, pois ela tambem prefere livros que ela consegue segurar e virar a pagina sozinha) e joguinhos de cartas, tipo jogo da memoria.

Entao eu ja deixei uma gaveta separada no quarto dela cheia de cacarecos e brindes para criancas (sabe desses que as pessoas colocam que lembrancinha de festa? Ou que encontramos em lojinhas de coisa baratinha?), e ai quando estamos fazendo a mala, ela pode ir la na gaveta e escolher o que quer levar para brincar no aviao. Colocamos todos em alguma bolsinha que ela so vai ter acesso ja dentro do aviao!

E os joguinhos de carta, tipo jogo da memoria sao um capitulo a aprte, porque ela AMA todos eles! Brincamos muito com eles em casa, mas eles sao tao praticos no aviao!

Eh so espalhar as cartas na bandeja da poltrona, ela vai achando o “amigo” da carta. Um dos jogos/atividades que mais “duram” com ela! Passamos horas brincando assim!

 

–               Conforto da crianca (na pratica):

Algumas dicas finais que uma leitora me perguntou por e-mil no outro dia:

* Desde que a Isabella comecou a ficar muito grande pra caber no bercinho ou bebe conforto do aviao (com 1 ano e pouquinho, porque ela eh bem altona pra idade), ja nao reservamos mais as poltronas da frente do aviao onde geralmente viajavamos com ela bebe, pois essas poltronas nao levantam os bracos, entao fica super apertado e desconfortavel pra ela dormir no colo.

Hoje em dia, com sua poltrona propria, tambem prefiro sentar nas fileiras de tras, pois assim levantamos os bracos dos 3 assentos e ela consegue deitar numa boa e dormer confortavelmente com a cabeca no colo de um de nos dois e os pes no colo do outro.

* O mesmo vale para os assentos na classe “economia premium” de algumas cias aereas. Se voce puder pagar a mais e viajar de primeira classe ou classe business, otimo. Mas caso contrario, va de economica mesmo, nas fileiras de tras. As classes de “economica Premium” apesar de oferecer mais espaco e poltronas mais confortaveis para adultos, sofrem o mesmo problema que os assentos das fileiras da frente (bulkhead) pois nao levantam os bracos entre as poltronas, e portanto se tornam bem desconfortaveis para criancas.

* Tanto eu quanto a Isabella temos praticamente um “uniforme” pra viajar de aviao: calca legging, blusas de algodao macio e moleton! Me da ate agonia de ver aquelas criancas (e adultos tambem, by the way) que se emperequetam todos pra entrar num aviao confinado e desconfortavel! Que judiacao fazer isso com uma crianca!

Pecas quentinhas, macias, elasticas e confortaveis! Ah! E uma mantinha ou cobertor extra, pra combater o ar condicionado do aviao (geralmente super gelado, principalmente em voos longos).

 

E por fim, aquilo que sempre digo em relacao a viajar com craincas: por pior que seja seu voo, se seu filho chorar por horas a fio, nao comer nada, sujar tudo, voce ficar um caco de cansada #quemnunca…. Sao apenas algumas horas e depois passa! E quando passar voce estará feliz da vida de ferias num lugar novo, curtindo todas e mostrando o mundo pros seus filhos! Foco na reta final e o resto entrega pra Deus!

Entao nessa fase atual de 2 anos e pouquinho, por um lado as viagens estao ficando mais faceis, pois alem de ter poltrona propria, ela ja interaje mais, ja sabe pedir o que quer e nao quer, o que reduz bastante a “tensao” de viajar com um bebe de colo sem saber se alguma coisa esta errada.

Mas por outro lado, ainda eh uma fase em que ela nao sabe se entreter, entao tambem acaba demandando bem mais da gente durante os voos.

Por que a realidade eh que nao da pra achar que ela vai ficar tranquila & feliz de passar 7,8,9 ou mais horas sentadinha em sua poltrona, sem fazer nada, sem fazer bagunca, nem barulho enquanto eu assisto um filme ou leio um livro tranquilamente. E se eu tentar “forcar” ela a ficar quieta, so vai piorar a situacao pra nos duas.

Entao enteragimos, muito. Brincamos o tempo todo, e cada vez que ela enjoa de alguma coisa, tiramos outro livro ou outro joguinho da mala e la vamos nos ler outra historia, fazer outro desenho ou dar um passeio pelo aviao.

Entao sim, eh claro que super cansativo! Mas a alternativa seria uma crianca tensa, infeliz, reclamona e birrenta, que simplesmente esta entediada fechada dentro do aviao (se voce nao gosta de passar 10 horas naquela poltrona sem fazer nada, porque uma crianca tem que gostar?!).

Entao nos vamos nos revesando ao longo do voo, e quanto um de nos joga alguma coisa com ela, o outro dorme, ou assiste um filme ou faz oque quiser. Quando ela enche o saco de seja la o que for que estiver fazendo, trocamos. Entao assim garantimos que ela esta sempre entretida e interagindo com um de nos, mas o outro esta tendo um tempinho pra relxar!

Claro que cada caso eh um caso, e cada crianca eh diferente da outra. Com a Isabella os jogos sao a melhor solucao para mante-la entretida (ela nao da a minima pra bonecas, carrinhos, bichinhos e “brinquedos”, e o que quer mesmo eh brincar com um de nos o tempo todo!). Outra solucao sao desenhos e apps curtinhas com musicas e atividades que durem de 5 a 10 minutos cada uma no maximo (a paciencia dela nao dura mais que isso, mas sei que vai melhorar com o passer dos proximos meses!).

Mas pra mim a moral da historia dessa fase eh simplesmente aceitar que da trabalho, e nao da pra esperar que ela consiga ficar sentada sem fazer nada por horas a fio, entao nosso dever eh fornecer esse entretenimento pra ela.

Adriana Miller
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05 Jun 2014
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Japão e Coreia do Sul com crianças: as dicas práticas (Jetlag, rotinas, alimentacao, etc)

Avião, Baby Everywhere, Coreia do Sul, Dicas de Maternindade, Dicas de Viagens, Japão, Viajando com crianças

Ja escrevi esse post aqui sobre minhas impressoes gerais sobre a viagem pelo Japao e Coreia do Sul, mas achei que teria tantos “adendos” e observacoes especificas sobre a Isabella, e recebi tantas perguntas de outras maes aflitas, que achei melhor colocar tudo num post separadinho.

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Afinal nao tem como negar que entre todos os medinhos e apreensoes que tinhamos em relacao a viagem, tudo que envolvia a Isabella elevava essa preocupacao e enesima potencia! 14060933327_c51ba92c81

Do medo de passar por alguma emergencia e nao conseguir nos comunicar, ao conforto e localizacao do hotel, ao planejamento do roteiro e ritmo da viagem e a adaptacao a comida. Coisas que antes seriam consideradas meros imprevistos, passam a ter status de calamidade publica quando envolvem criancas pequenas!

 

– Os voos

Nossos voos tanto de ida quanto de volta foram horriveis – ambos foram voos diurnos, o que significa que apesar de tirar uma soneca aqui ou ali, a Isabella ficou eletrica o tempo todo, querendo andar, brincar etc como se nao passasse nada.

Quer dizer, sejamos justos. O voo foi ótimo, a Isabella ficou numa boa – mas foi super cansativo pra mim e pro Aaron.

Assim como outros voos que fizemos com ela, pedimos pra sentar na primeira fileira do avião, mas dessa vez sabíamos que ela não caberia mais no bercinho. Mas como voamos de British Airways eles oferecem uma cadeirinha “bebe conforto” para bebes maiores que encaixa no mesmo lugar que o bercinho, então pelo menos enquanto ela dormir umas horinhas ao longo do dia, eu colocava ela na cadeirinha e ficava com os braços livres.

Bebê conforto/Cadeirinha no voo da British Airways (na verdade essa foto foi no voo Londres-NY que fizemos ano passo a caminho do Caribe)

Um dos principais problemas de viajar na fileira da frente com bebes maiores, é que os braços das poltronas nao levantam, entao se voce estiver num aviao que nao ofereca essa cadeirinha (de todas que ja viajei a British Airways eh a unica que tem isso) e seu bebe ja nao couber no bercinho, ele(a) vai acabar tendo que dormir sentado no seu colo, pois nao vai conseguir deitar “atravessado” no colo dos pai + mae (ou dois adultos, ou uma poltrona vazia).

Matando tempo no avião

Porem no caso dessa viagem pro Japao (e a volta pela Coreia), eu ja sabia que os dois voos seriam diurnos, entao ela nao domiria muito – entao tanto a cadeirinha da BA ou meu colo seriam suficientes.

Mas ainda assim optamos pela fileira frontal do aviao, pelo simples fato de termos mais espaco – tanto para nossas pernas e as tralhas da Isabella, quanto mais espaco pra ela sentar no chao e brincar, e poder ficar em pe e andar de um lado pro outro ali pertinho da gente. Nao eh que o espaco seja uma suite presidencial, mas ja faz uma diferenca enorme na hora de entreter uma crianca andante num voo de 11 horas durante o dia todo!

A British Airways distribui um kit-crianças (com joguinhos, livrinhos, etc) e ainda tira sarro da cara dos pais, prometendo incríveis 13 minutos e meio de tranquilidade! :-)

Uma outra coisa que eu sempre tento fazer – mas infelizmente nem sempre da certo – eh pedir por um assento livre. Criancas menores de 2 anos nao pagam passagem inteira, mas em compensacao tambem nao tem direito a poltrona propria. Quando ela era uma bebezinha de 4 quilos isso nunca foi um problema, mas quando viajei sozinha com ela, ou agora que ela esta mais grandinha (e pesadinha) e quer brincar, assistir desenho, ler livrinhos e tal, esse espaco extra faz toda diferenca do mundo.

Obviamente a cia aerea nao tem obrigacao nenhuma de te “dar” um assento de graca (ja que voce nao esta pagando pela passagem de seu filho), mas nao custa nada perguntar, e tirando um ou dois voos, eu sempre consegui uma poltrona pra Isabella (caso o voo nao esteja lotado). Entao sempre pergunto se o voo esta lotado ou nao, e caso nao esteja, se seria possivel bloquear um assento ao meu lado para ela.

Na ida para Toquio o voo nao estava lotado, mas as fileiras da frente ja tinham alguns assentos alocados, entao tivemos a opcao: poderiamos ter uma poltrona livre entre nos, mas sentar no fundo do aviao, ou ficar na fileira da frente em apenas 2 poltronas para nos 3. Nesse caso, como o voo era diurno, optamos pela fileira da frente pelos motivos que disse acima. (se o voo fosse noturno, teria optado por sentar na fileira no fundo e ter uma poltrona vazia, onde ela pudesse deitar e se esticar).

Ja na volta, no voo de Seoul para Londres, fiz o mesmo pedido, e como o voo estava praticamente vazio, tivemos a fileira da frente todinha so pra nos, com espaco extra para nossas pernas e uma poltrona so pra Isabella – que ela fez muito bom proveito!

(e ate mesmo no voo low cost que fizemos entre o Japao e Coreia eu perguntei se o voo estava lotado, e se poderiamos ter uma poltrona livre entre nos dois, e conseguimos sem problemas, pois o voo estava relativamente vazio)

(A Luciana Misura tem um post otimo sobre a escolha entre voo noturnos e diurnos com criancas e o que eh melhor para pais e criancas, e eu concordo totalmente com as opinioes dela!)

 

– Jetlag e adaptacoes

Acho que ja mencionei em outros posts sobre viagens com criancas que nessa idade ela ainda nao sofre muito com jetlag, mas a cada nova viagem e nova “idade”, os desafios e dificuldades mudam, entao nunca sabemos exatamente como cada crianca vai reagir.

Eu pessoalmente prefiro viajar com a Isabella em voos noturnos, pois a Isabella dorme super bem no aviao (e eu tambem!), entao ja chegamos no destino final super bem dispostas como se nada tivesse acontecido e ja entramos direto na rotina local, independente da diferenca de fuso horario. E ate hoje isso sempre deu super certo pra gente.

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Dessa vez, por causa da distancia entre Europa e Asia e disponibilidade de voos, nao tivemos opcao, e acabamos em dois voos diurnos, que eu sabia que seriam trevas.

Mas o mais dificil foi chegar em Toquio num domingo de manha (horario local) sendo que passamos o dia de sabado todo viajando, entao nao tivemos a noite de sabado – chegamos os 3″ virados” no Japao, o que fez com que o primeiro dia fosse muito dificil.

Entao tentei manter, na medida do possivel, a rotina dela no ritmo do horario local – mas percebendo que ela estava meio zumbi. Mas as criancas tem a vantagem de nao saber da existencia do fuso horario! Ou seja, obviamente o corpo dela estava muito mais cansado do que o normal, tomando cafe da manha de domingo no horario que deveria estar jantando sabado, mas eles nao tem essa coisa de “ah nao vou comer iogurte com cereal agora, porque em Londres sao X horas da noite”.

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Sabe essa coisa que nos sempre fazemos, de ficar “calculando” o horario de casa?! Pois eh, em relacao a fuso horario, quem converte nao se diverte! Ajuste seu relogio no ato, e esqueca completamente que horas sao em casa! Coma mesmo sem fome, e va pra cama de luzes apagadas mesmo sem sono.

Mas nao queriamos abusar da boa vontade da Isabella, entao nao programamos NADA para o nosso primeiro dia, ficamos brincando com ela nos jardins do hotel, amocamos (na hora de almoco do japao) e quando foi hora da soneca da tarde dela, subimos pro nosso quarto e deixei ela dormir bastante (mais do que seria seu normal em casa).

Depois de uma soneca de umas 3 horas (que ela obviamente poderia ter dormido mais umas 5 horas se deixasse!), abri as cortinas, dei o lanche da tarde e la fomos nos de novo pra rua, como se fosse um dia como outro qualquer.

Ela continuou mais cansada e reclamona que o normal quando fomos pra Harajuku, mas andou pra cima e pra baixo, se divertiu com o suco de caixinha e o canudo, e fomos encontrando coisas para mante-la distraida e de bom humor enquanto matavamos umas horas (ou seja, nao  adianta querer programar uma visita no museu de musica classica quando seu filho esta lutando contra uma fuso de 8 horas e com o dia e noite trocados!).

Fazendo amizades no Aquário de Seul

Na volta pra casa ela nao aguentou e a-pa-gou no carrinho! Nao acordou nem quando troquei sua roupa, nem trocando a fralda, nao jantou nem tomou banho (isso eram cerca de 7 da noite, horario Toquio). Ou seja, dormiu direto das 7 da noite ate 1 da manha, e ai acordou super acesa. Ate tentei fazer ela dormir de novo, mas achei melhor respeitar o ritmo dela, e acendi algumas luzes, dei jantar, brinquei, dei banho, li um livrinho e mamadeira – a rotina que ela teria a noite antes de dormir mesmo, e cerca de 1 hora e pouco depois ela dormiu de novo, ate quase 10 da manha do dia seguinte!

E pronto, dai pra frente, ela entrou totalmente no ritmo e rotina no horario normal, sem se sentir mais afetada pelo fuso horario.

(essa nao foi a primeira viagem com a Isabella que tivemos que lidar com o fuso horario, afinal ela ja enfrentou um outro fuso de 8 horas  – na direcao oposta do Japao – quando fomos para o Colorado nos EUA, e fusos de 4 ou 5 horas varias vezes tanto para o Brasil quanto para a costa leste dos EUA, entao aos poucos fomos aprendendo algumas tecnicas pra lidar com as mudancas na rotina)

 

– Roteiro e ritmo de viagem

Comecando pelo planejamento do nosso roteiro, meses antes de sequer confirmar se a viagem seria viavel ou nao, fui enfatica: nao queria ficar pulando de cidade em cidade, trocando de hotel todo dia, nem correndo de um lugar pro outro.

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Ou seja, seria uma viagem completamente diferente para nos, pois sempre tentamos fazer o maximo possivel, no menor periodo de tempo possivel. E eu sabia que assim, deixariamos de ver coisas incriveis e deixariamos de conhecer lugares imperdiveis, mas queriamos que a viagem fosse tao divertida e prazeirosa para a Isabella quanto para nos.

Entao tive que aceitar comigo mesma que o ritmo seria diferente, que nao veria 37 coisas no mesmo dia – com sorte veria umas 3, mas no meio do caminho poderiamos parar pra brincar com a Isabella, deixar ela brincar no parque e correr atras dos passaros, sair um pouco do carrinho, brincar num parquinho… ou seja la o que fosse.

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E a viagem tambem coincidiu com a fase que ela comecou a andar pra valer, ou seja, por mais que ela sempre tenha sido uma bebe tranquila de passar o dia todo saracutiando na rua sentadinha no carrinho, aos 15 meses de vida ela tinha outras vontades, e chega uma hora que ela precisava de espaco pra brincar, esticar as pernas e nao so ficar presa no carrinho o tempo todo. Coisa que ate bem pouco tempo atras ela faria numa otima.

Ainda assim conseguiamos passar boa parte do dia no nosso ritmo, andando pra cima e pra baixo com ela no carrinho – e enquanto estivessemos andando de um lado pro outro pela rua ela nao se incomodava (eram as viagens de metro, trem e onibus que deixaram ela sem paciencia e de saco cheio), mas sempre incluiamos um periodo pela manha, e outro pela tarde que era pra ela: tiravamos ela do carrinho e deixava ela andar pelas ruas, gramados e parques.

Brincando no templo em Toquio

Brincando no templo em Toquio

Quando dava, tentavamos encaixar um parque ou jardim naquela momento do dia, mas mesmo nos bairros mais loucos de Toquio, sempre encontravamos ruas mais escondidas e sem transito, ou lojas com brinquedos e area de bebe onde ela poderia ficar mais livre.

Andando pelas ruas de Kyoto

Andando pelas ruas de Kyoto

Entao eram esses os momentos em que eu e o Aaron nos dividiamos: enquanto um ficava com a Isabella brincando e tomando conta dela, o outro ia tirar fotos dos templos e ruas, ou ia fazer compras, ou seja la o que tivesse pra fazer naquela determinado lugar. Ai quando um voltava, la ia o outro. Nos tinhamos nosso tempo, e ela tinha o tempo dela.

Entao conseguimos fazer tudo que queriamos (no lado “adulto” da viagem), mas sem deixar de dar atencao pra Isabella nem deixar de dar um pouco de liberdade e espaco pra ela.

 

– Rotinas

Todo esse planejamento deu super certo, fazendo com que os 3 conseguissemos aproveitar bastante a viagem (pois nao queriamos deixar de fazer certas coisas “de gente grande” e apenas focar em parquinhos e “museu das criancas” e afins, mas tambem nao queria ignorar as necessidades dela, achando que ela teria que se adaptar por bem ou por mal, o que seria pessimo para nos tres!), entao organizamos nossos dias assim:

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Logo que ela acordasse pela manha, nos 3 nos arrumavamos – na pressa – pra ja sair do quarto. Os 3 tomavamos cafe da manha no hotel com (certa) calma, pra Isabella comer bem e ja dava um tempinho pra ela brincar e andar pelo hotel.

Entao la pelas 9 ou 10 da manha, comecava nosso dia, pegavamos metro ou trem ate alguma outra regiao de Toquio/Quioto/Seul e geralmente coincidia que quando nosso passeio de fato comecava, ela ja estava ficando meio cansada e sonolenta – entao reclinava o carrinho, dava a mamadeira, chupeta e pronto – durante a primeira soneca do dia (na parte da manha) conseguiamos passear bastante, com ela dormindo tranquilona no carrinho. Alguns dias, tambem aproveitamos pra almocar enquanto ela dormia, assim nos dando mais tempo para uma refeicao “adulta”, sem ter que nos preocupar com restaurantes que tem cadeirao de bebe, comida que ela fosse comer etc.

Soneca no metrô em Tóquio

Soneca no metrô em Tóquio

Assim que ela acordasse, ai nos dividiamos: enquanto um brincava com ela e dava espaco e liberdade pra ela brincar, correr e explorar um pouco, o outro ia andar por outras ruas, outras partes das lojas, tirar fotos dos templos etc – depende de onde estavamos naquele dia/momento. E assim iamos nos revesando o resto da tarde, enquanto ela estivesse acordada.

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Como ela nao aguenta andar e brincar por horas a fio, depois de um tempo ela cansava e comecava a pedir colo ou pra voltar pro carrinho – entao aproveitavamos pra voltar pro metro/trem/onibus/taxi e ir pra algum outro lugar da cidade, e passear mais um pouco com ela no carrinho.

(ja falei sobre nosso carrinho aqui, e ja dei minha opiniao sobre a importancia de uma bom carrinho para viajar e conseguir passar o dia todo na rua com as criancas aqui)

A Isabella ainda dorme duas vezes por dia, na maioria dos dias, entao essa rotina se repetia de tarde, e aproveitavamos quando ela estava dormindo no carrinho pra passear mais um pouco sem ter que nos preocupar com programacoes “infantis”.

Empurrar carrinho o dia todo é um saco, mas pelo menos o Bugaboo vira nosso “burro de carga” de sacolas e tralhas em geral o dia todo. Os braços e coluna agradecem!

E no fim do dia, ou iamos jantar os 3 juntos antes de voltar pro hotel e comecar a rotina noturna dela (banho, livro, leite e cama), ou se por acaso ela nao tivesse dormido a tarde ou estivesse mais reclamona e cansada que o normal, voltavamos pro hotel mais cedo, pra ela jantar no hotel e ir pra cama mais cedo – e nessas situacoes eu e o Aaron pediamos room service no hotel, ou no caminho de volta pra casa, compravamos alguma coisa pra fazer um picnic no quarto!

Para nos dois, esse foi o principal impacto da viagem com a Isabella – nos gostamos demais de sair pra jantar, barzinhos, e vida noturna dos lugares que visitamos, mas como a Isabella tem uma rotina noturna super certinha e dorme super cedo, no maximos as 7 ou 8 da noite tinhamos que estar de volta no hotel, para que ela pudesse ter uma noite interia de sono (ja durante o dia ela eh mais flexivel, mas como ela dorme MUITO bem  – amem! – prefiro manter ao maximo a rotina noturna dela, para que ela sempre consiga suas sagradas 11 ou 12 horas de sono).

 

– Comida

Bem, nao vou mentir e dizer que achava que uma viagem pra Asia seria suuuuuper tranquila em relacao a comida, por que ne?! Se adultos tem suas apreencoes e frescuras, imagina com uma crianca pequena no meio?!

Bem, pra comecar que como so passamos por cidades grandes no Japao e Coreia, a abundacia de comida ocidental foi assustadora! Tivemos que nos esforcar mesmo pra encontrar comida Asiatica! Principalmente em Toquio a maioria absoluta dos restaurantes sao de comida Internacional e/ou Europeia (principalmente Italianos e Franceses).

Entao essa coisa de “Ah, nao como peixe cru”, ou “Ah meus filhos sao frescos” ou seja la o que for, sao sem fundamento, pois nas cidades grandes do Japao e da Coreia do Sul, encontramos de tudo.

Claro que se voce/seus filhos sao dessas familias que SOH comem feijao e arroz todos os dias e so sabem ser feliz assim, entao uma viagem pra Asia (e qualquer outro lugar do mundo que nao seja Brasil ou Florida) sempre serao um problema.

Mas como somos desbravadores de comida local, e sem frescuras, e sempre adotamos uma “tecnica” de deixar a Isabella comer o que nos comemos, tentamos ao maximo (e na medida do possivel) sermos bem aventureiros na escolha de nossas refeicoes, e – com muito orgulho – nao comemos em restaurante italianos em nenhum dia! Hahahah

No café da manhã do hotel

Claro que isso tambem significou que alguns dias ela so provou – e nao gostou – o que ofereci, e entao completei a refeicao dela com papinhas de bebe.

Mas ela comeu/provou tofu (fez muita careta, mas comeu), noodles (amou!), arroz com curry (detestou!), sashimi (algumas vezes adorou, outras vezes nao quis) e os mais variados tipos de peixe. Alguns amou, outros odiou, mas nao deixei de oferecer nada pra ela provar achando que “ah, crianca nao gosta disso”, afinal o paladar eh dela, e ela tem o direito de escolher o que gosta e o que nao gosta. Por exemplo, ela adorou tofu e noodles, mas nao gostou do arroz, e comeu todos os peixes brancos, mas nao gostou do salmao (que em Londres ela sempre comeu sem problemas). E assim iamos testando e aprovando/reprovando certas coisas.

Frutas e iogurte serviam de lanche ao longo do dia

Maaaaaaaas, claro que a minha mala foi com um carregamento de toneladas de papinha de bebe, porque afinal e se isso tudo desse errado?!?!? E se ela ficasse doente? Ou passasse mal com a agua ou comida?! Preferi estar preparada para imprevistos!

Mas ainda asism nao levei variedade e quantidade suficiente pra todas as refeicoes nem todos os dias, e acabei comprando mais algumas papinhas em Toquio.

Prato infantil no restaurante Japonês em Tóquio

Adendofoi MUITO dificil achar papinhas de bebe, fraldas e produtos de bebe em geral no Japao, apesar de que sempre li que era super facil! Entao nem me preocupei muito e (quase) nos demos mal!

Eu pesquisei antes, catei em foruns de expatriados, etc, e achei que seria super facil, afinal na Europa, Brasil e EUA, qualquer farmacia ou supermercado tem uma opcao infinita de sabores e marcas. Se na Bosnia achei papinha sem a menor dificuldade, obvio que em Toquio seria facilimo!

Papinhas, cereais e biscoitos no supermercado em Tóquio

Mas bateu um desespero quando no 3 dia da viagem, e depois de entrar em praticamente TODAS as farmacias de Toquio e NENHUMA ter comida pra bebe eu tive um mini-ataque de panico, ate que tive a brilhante ideia de perguntar pra concierge do nosso hotel – que me indicou na mesma hora pro supermercado no subsolo da loja de departamento do outro lado da rua.

E ai desvendei o misterio – no Japao os produtos e comidas de bebes sao vendidas em lojas de departamento (na secao de roupas e brinquedos de bebe mesmo), e a paz voltou a reinar!

Papinhas orgânicas (doces e salgadas) na loja de departamento em Ginza, Tóquio

O problema eh que as marcas sao locais, entao eh meio um misterio saber exatamente o que eh oque. A maioria das embalagens tinha “desenhos” dos ingredientes (que foi mais que suficiente), mas quase todos tinham como base o arroz (e a Isabella detesta arroz), que nao deu muito certo pra gente, mas ela gostou das papinhas de frutas e das sopas.

Biscoitos e cereais mil!

Entao algumas papinhas ela amou e comeu numa boa, outras ela odiou com tamanha veemencia que voce jurava que o mundo ia acabar! hahahahah

Ou seja, resumo da opera: na duvida, tenha um bom estoque de papinhas ja testadas e aprovadas na sua mala!

Palitinhos Japoneses de “treinamento” para crianças

Alem disso, a unica coisa que eu sempre levo estoque mesmo e nao gosto de misturar ou trocar marca eh o leite formula que ela toma, entao levei 2 latas, so por via das duvidas (o unico lugar que nao levo de casa eh no Brasil, pois acho com facilidade a mesma marca, Aptamil. Entao apesar de no Brasil ser BEM MAIS CARO que em Londres, prefiro economizar no espaco da mala).

Entao com 1 ano e 3 meses as refeicoes dela eram assim:

– Cafe da manha no hotel: ovos mexidos ou cozido (ela AMA ovos e se deixar come uns 4 no cafe da manha!), iogurte, frutas, pao e/ou cereais.

– Lanche da manha eh leite, e as vezes algum biscoito ou cereal pra distrair (coloco cereal integral, tipos Cheerios e tals naqueles potinhos “snack catcher” que a crianca consegue comer sozinha sem derramar tudo)

– Almoco: sempre tentava oferecer o que estavamos almocando – pedacinhos de carne/peixe/frango, noodles, legumes. As vezes ela adorava e comia metade do meu prato, as vezes ela odiava e nao queria nem olhar. Nesse caso, complementava com alguma papinha salgada, e de sobremesa dava alguma papinha doce ou frutas (que levava do cafe da manha do hotel ou comprava no supermercado ao longo do dia – foi super facil achar frutas frescas, iogurtes, smoothies e sucos em todos os bairros)

– Lanche da tarde: frutas e sucos

– Jantar, mesma “tecnica” que o almoco

– Antes de domir ela toma outra mamadeira de leite

 

Fraldas, lencinhos, sabonetes, mamadeiras, etc na farmácia em Tóquio

Eu ja falei antes ne, que nao tenho essas frescuras de achar que minha filha so pode comer comida fresquissima organica colhida por fadas virgens e benzida pelo Papa – se tiver que comer papinha industrializada quando estamos viajando ou na rua, nao acho o fim do mundo.

Eu falo essas coisas brincando, mas o que acho eh que ferias sao ferias, e devem ser relaxantes pra todos – principalmente pra mae e pro pai, que ja vao ter trabalho suficiente de viajar com criancas, entao nao se torture com dilemas do tipo “onde vou fazer a papainha fresca toos os dias?”, “como vou triturar os legumes que comprar pra fazer no hotel?”. Sabe esse tipo de coisa?

Seu filho nao vai desenvolver um terceiro braco radioativo se passar uns dias (ate umas semanas) comendo papinhas industrializadas 1 ou 2 vezes por dia! Na volta pra casa o ritmo – da familia toda! – volta ao normal, e pode ter certeza que isso nao trara sequela nenhuma!

Pelo contrario, voce vai relaxar, nao vai ficar escrava da cozinha, de supermercados, nem tensoes de como preservar a papinha fresca, como preparar a papinha no hotel, como fazer isso, ou como fazer aquilo.

Viajar com uma crianca pequena ja tem complicacoes demais. Simplifique onde da pra simplificar! (e a alimentacao sem duvida eh a mais facil!)

E como sempre usamos a “tecnica” (Baby Led Weaning em Ingles) de deixar ela comer o que comemos, mesmo nos dias em que ela nao gostava das opcoes de almoco e jantar, ela ainda tinha opcoes suficientes de comida “de verdade” ao longo do dia (no cafe da manha, lanches, etc), tendo uma boa variedade de sabores e nutrientes.

 

– Infraestrutura em geral: elevadores, transporte publico, trocadores

Essa foi minha principal supresa (agradavel) da viagem: como tanto o Japao (Toquio e Kyoto) quanto a Coreia (Seoul) sao super bem preparados para receber familias e criancas pequenas.

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Todas as estacoes de metro e trem tem elevadores que conectam as ruas diretamente com as plataformas, todas as estacoes tem banheiros (limpos) e com trocadores de bebe, e principalmente as muitas lojas de departamento espalhadas pelas cidades, possuem areas infantis, banheiros “familiares” (entao os trocadores nao ficam limitados apenas aos banheiros femininos, e os pais tambem trocam fraldas!).

Entre todas as possiveis dificuldades que uma viagem pra Asia com criancas poderia apresentar, era essa questao de infraestrutura o que mais me deixava apreensiva.

Estava me imaginando subindo andares e mais andares de escadas nas estacoes de metro carregando o carrinho de bebe na mao, procurando cantinhos pra trocar a fraldas, e encontrar muita gente de nariz torcido simplesmente porque estava com um bebe a tiracolo.

Cabine de banheiro (numa loja em Ginza, Tóquio) com espaço extra para entrar com carrinho, e cadeirinha de segurança para sua mini-platéia)

Mas muito pelo contrario, e a viagem foi ultra civilizada e “facil”, e sem duvida alguma a Isabella apenas somou a nossa viagem, nos dando memorias ainda melhores e mal posso esperar pelas proximas aventuras com minha bonequinha!

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Claro que isso tudo deu certo pois somos (tanto a Isabella quanto eu e o Aaron), super tranquilos e flexiveis, a Isabella come de tudo (apesar de comer super pouquinho e me enlouqecer as vezes) e dorme em qualquer lugar.

Porem cada crianca eh diferente, e cabe a cada familia saber adaptar a nova rotina e o planejamento de viagem de acordo com seus filhos – as vezes tudo isso pode dar super certo, e as vezes super errado.

Entao se seu filho so consegue dormir no escurinho e no berco, planejar uma viagem pra uma cidade grande como Toquio (ou NY, Londres, Paris, etc) onde tudo eh longe e voce nao tem como votlar pro hotel varias vezes por dia, nao eh uma boa ideia!

Va curtir as ferias em outros lugares e deixe esses roteiros para daqui uns anos, quando a rotina e o ritmo mudar de novo.

Nao adianta achar que tem que forcar seu filho a fazer X ou Y so porque o filho do vizinho (ou da blogueira!) faz assim ou assado, pois isso so vai eh estragar suas ferias, e ninguem vai se divertir nem aproveitar direito!

Mas tambem nao se limite, achando que nao pode fazer isso ou aquilo, so porque agora tem filhos, ou porque acha que alguma coisa vai ser muito dificil com criancas.

A cada viagem e a cada experiencia vamos aprendendo um pouquinho mais sobre a Isabella e a dinamica e rotinas que dao certo – ou nao – para nossa familia. E nao deixe de acreditar no potencial de adaptacao das criancas! As vezes basta uma mudanca de areas para que eles mudem e levem numa boa uma situacao que voce achava que seria quase impossivel!

Como sempre digo pro Aaron: o pior que pode acontecer eh a gente querer voltar pra casa mais cedo!

E ate hoje, isso nunca aconteceu! :-)

 

 – O que levar na mala e como organizar as roupas das crianças

Já dei minhas dicas e “técnicas” nesse post AQUI.

 

– O que levar na mala de mão (bolsa de fralda) em uma viagem com crianças pequenas

Já dei outras dicas nesse post AQUI e esse AQUI.

 

 – Outras dicas praticas (lavanderia, como lavar mamadeiras e roupas, etc)

Dessa vez a viagem durou apenas 14 dias no total, entao achei mais facil levar roupas suficientes para a Isabella usar todos os dias, em vez de ter que ficar gastante tempo e energia procurando lavandeiras, ou mandando roupa pra lavandeira dos hoteis (mostrei a tecnica que uso pra fazer a mala dela no link acima).

E nesse post AQUI ja dei outras dicas praticas de quando ficamos em quarto de hotel (em vez de flats, villas ou studios ou casa de amigos e parentes – com cozinha e lavanderia).

 

Adriana Miller
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