É com muito prazer que anuncio aqui no blog o nascimento da Baby Everywhere: Isabella Nascimento Miller!
O post é só pra deixar o registro mais oficial, já que hoje, em seu quinto dia de vida a Bella já bombou no Instagram, Twitter e Facebook!
Nao vou contar com muitos detalhes, mas assim como adorei ler e ouvir o relato do parto de amigas e outros blogs, vou deixar registrado aqui como foi que tudo aconteceu.
O dia previsto para o nascimento dela era dia 9 de Janeiro. Muita gente (meus pais inclusive) achou que ela viria antes, mas eu sempre tive esse pressentimento de que era viria era bem tarde – fiz altos planos de passeios e atividades com meus pais e irmã até os dias finais.
Aguentei o ritmo numa ótima e todo dia era um tal de ir em lojas, visitar museus, passear nos parques, caminhar por Londres – minha estimativa é que andei pelo menos umas 3 a 4 horas por dia naqueles dias finais, entre o ano novo e dia 9.
O único problema foi que na semana anterior, durante a consulta com o obstetra ele mencionou a possibilidade de uma indução no dia 9 de Janeiro – resumindo a história, o crescimento do meu útero nao estava compatível com a idade gestacional, e apesar de que as ultras confirmaram que a bebê estava crescendo numa boa, a preocupação era comigo.
A principio nao gostei da idéia de uma indução – hormônios artificiais, mais monitoramento, mais remédios na veia e varias outras coisas que queria evitar. Estou longe de ser natureba e querer um parto 100% natural etc, mas queria poder experimentar oque o corpo foi feito pra sentir e experiênciar e testar meus próprios limites, ver o quanto e até quando conseguiria levar tudo numa boa (sem anestesia, intervenções e tal – mas estava aberta a tudo).
Mas por outro lado, saímos do consultório do medico com aquela esperança de que “Ok, semana que vem a esta altura já teremos nossa filha!”.
A semana passou numa boa, o dia D chegou e o medico – graças a deus – achou que seria melhor esperar mais uns dias, e que ainda nao havia necessidade de uma intervenção.
Voltei pra casa aliviada, mas de repente do nada, virei uma pilha de ansiedade!!
Naquela mesma noite fomos jantar curry, passei o dia bebendo chá de folha de framboesa e andei mais de 3 horas com meus pais por Londres.
Então o dia 9 chegou e acabou sem grandes acontecimentos.
Fui dormir numa boa, mas tensa e pensando que raios poderia eu fazer pra nao ter que acabar passando mais uma ou dua semanas gravida (a indução já estava marcada pra semana seguinte, mas a idéia de passar mais uma semana inteirinha gravida começou a me enlouquecer!).
Até que as 3 da manha acordei pra ir no banheiro – rotina, coisa que fiz todas as noites nos 9 meses anteriores – mas assim que levantei da cama senti que alguém tinha jogado um balde de agua morna nas minhas pernas, e demorei uns segundos pra me dar conta do que tinha acontecido! Minha bolsa estourou!!!
Mas eu achava que isso só acontecia em Hollywood! E todos os livros, as aulas e os médicos falando que essas coisas nao são tão “explosivas” assim na vid real (e apenas cerca de 10% das mulheres realmente estouram a bolsa, então eu nunca nem imaginei que isso fosse acontecer – ainda bem que não estava em publico!).
Então eu acordei o Aaron e passamos uns minutos em choque – agora seria questão de horas!!
Liguei pro medico e pras parteiras e nos pediram pra ir pro hospital – nos arrumamos com calma, terminamos de fazer nossas malas e as 5 da manha resolvemos andar até o hospital – a Isabella nasceu no St Thomas Hospital que fica bem em frente ao Parlamento Britânico, na beirada do Tâmisa, então foi uma caminhada bem legal, a cidade escura e vazia… Pronta pra receber mais uma Londrina!!
Nos acomodamos em nosso quarto e dai pra frente foi um jogo de espera… Nao tínhamos muito o que fazer a nao ser esperar o parto avançar e se estabelecer. Então tiramos fotos, assistimos filmes, e passamos horas conversando como ela seria e como nossa vida estava a postos de se transformar!
Quase 13 horas depois que chegamos no hospital (e 15 de trabalho de parto!) o obstetra decidiu que as contrações nao estavam evoluindo numa boa e comecei uma indução com occitocina e tomei a peridural.
Dai pra frente foi uma maravilha!! E deram a chamada “Peridural andante” (walking epidural), então passou toda dor, mas eu ainda sentia os músculos contraindo, podia ir no banheiro sozinha, mudar de posição etc (a sala de parto tinha todas aquelas parafernálias de bola de Pilates, barras, banheira etc). Eu fiquei numa ótima assistindo Gossip Girl no iPad e conversando com as amigas no Whatsapp!
Mas infelizmente o único susto que tivemos foi que de uma hora pra outra, com as contrações artificiais a todo vapor (vindo a cada minuto), o catéter da Peridural saiu do lugar, e de um segundo pro outro passei a sentir MUITA dor – uma coisa desumana que nem saberia descrever (afinal eram artificiais!).
A tortura durou cerca de uma hora, que eu mal me lembro, até que a anestesista voltou, me deu uma dose cavalar e finalmente reaplicaram a Peridural na minha coluna…
Tirei mais um cochilo, e quando o medico voltou pra me examinar, já estava com dilatação total!!
Comecei a fazer força e só pensava que a cada empurrão ela estaria mais e mais perto de nos!
Nao deu outra – em cerca de 5 contrações (uns 20 minutos) ela nasceu e foi direto pro meu colo.
Ficamos os 3 nesse namorinho, nos olhando e analisando por o que pareceu ser uma eternidade (deliciosa), enquanto o medico e as parteiras nos examinaram e foram terminando tudo.
Ela nasceu as 23:23 do dia 10 de Janeiro de 2013 (cabalístico, né?!) depois de 21 horas de trabalho de parto!
Medindo 55 cm e pesando 3,390 quilos – por enquanto ta todo mundo achando que ela é a cara do pai, mas eu acho que ela é uma mistura de nos dois :-)! Assim como tínhamos visto na ultra em 3D, ela tem o meu nariz e covinhas e os olhos e testa do Aaron.
E por falar em olhos – nao, nao sabemos a cor dos olhos ainda (todo mundo pergunta se ela tem olhos azuis… Caaaalma gente…!!). Ela é muito novinha e ainda tem os olhos cinzas de recem nascido.
Mas aqui em casa a aposta é que ela nao vai ter olhos azuis como o Aaron e sim olhos verdes como meu pai e minhas tias! Mas só o tempo dirá! :-)
O resumo da opera é que a experiência foi MA-RA-VI-LHO-SA! Filmes e novelas realmente dão uma imagem e impressão muito errada da experiência do parto. Não teve drama, nem gritaria, nem correria nem nada daqueles pânicos que vemos na TV – e o parto normal foi muito tranquilo (apesar dos pesares) e muito mais sereno do que jamais poderia imaginar.
Na manhã seguinte o Aaron me perguntou oque tinha sido mais dificil: o parto ou escalar o Kilimajaro?
minha resposta? O Kiimajaro continua sendo a coisa mais dificil qe já fiz na vida – mas não existe montanha alta, nem distancia longa nem nada nesse mundo que se compare a segurar minha filha pela primeira vez!
Ah!
Como já tinha contado em outro post, o Aaron estava montando um projeto fotografico da gravidez, mas a medida que as semanas foram passando resolvemos expandir o projeto e fazer algo mais “interativo” com as fotos – e assim surgiu um time-lapse da gravidez, e de quebra fazendo piadinha com o fato de que guardamos segredo do nome da Isabella durante todos esses meses!
Então aqui esta o video que o Aaron preparou com as fotos que tiramos ao longo do ano!
httpv://www.youtube.com/watch?v=3zgishObvm0
Eu sei que sou suspeita pra falar, mas não ficou o máximo?!
P.S. A maioria dessas fotos estão postadas no Instagram, no nosso “projeto” #365Everywhere – então mesmo quando as coisas estiverem devagar quase parando aqui no blog, o Instagram sempre terá fotos diárias!
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver.
Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai.
Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
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