17 Jul 2011
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Metrô de Moscou: quando a viagem vale a viagem!

Dicas de Viagens, Moscou, Russia

Moscou é uma cidade que tem 15 milhões de habitants tentando conviver no mesmo espaço. Esses 15 milhões de habitantes também possuem carros enormes com tração nas 4 rodas que aguentem os meses de inverno rigoroso. Junte a isso alguns milhões de motoristas esquentadinhos, ruas milenares, policiais que fazem vista grossa para as fileiras de carro em estacionamento triplo nas esquinas do centro da cidade e casas com uma numeração de arrancar os cabelos (as casas e prédios em Moscou sao assim: “Rua Tal, nr 7/4”, “Rua Fulano, nr 8/12”, mas que não necessariamente seguem uma seguencia matemática logica, e o prédio sete-doze-avos pode ser vizinho do prédio numero 6, sem o menor problema…).

Então o trânsito de Moscou é dos piores que já vi na vida! A qualquer hora, qualquer lugar… o transito simplesmente pára e não ha nada que você possa fazer.

Por isso a maneira mais fácil e prática de andar na cidade é andar de metrô (e econômica já que um ticket de metro em Moscou custa cerca de 50 centavos de dólar!)!

O problema é justamente que andar de metrô em Moscou nao é nada fácil para turistas não fluentes em Russo!!!

As estações do centro da cidade e áreas mais turisticas, até que teem a versão “Ingles” dos nomes das estações em baixo dos nomes em Russo (mas não nas plataformas, vagões ou dentro das estações), mas mesmo assim a pronúncia é bem diferente e ninguém consegue entender onde você quer ir…

Então depois de umas tentativas frustradas de pegar taxi pela cidade, eu resolvi que era melhor aprender a me virar no metrô, doque perder metade do meu dia parada no transito com um taxista que ia me levar pro lugar errado assim mesmo!

Mapa

A primeira dica é bem óbvia: tenha uma cópia do mapa do metro – mas MUITO cuidado com as versões turisticas que vão te dar no hotel ou nos guias de viagem. Compre uma versão em Russo, e pergunte pro seu hotel qual o nome da estação de metrô em RUSSO.

O mapa de linhas não é complicado de enteder, todas são identificadas por cores e nímeros diferentes (oque facilita bastante), e sabendo qual a cor da linha que você precisa pegar, tudo comeca a fazer sentido.

– Direção da linha

Assim como em muitas outras capitáis Europeias (Londres inclusive) as linhas de metro se dividem e bifurcam em diferentes pontos de seu trajeto, então é importantíssimo saber qual a direção da linha que você quer pegar. Aqui em Londres por exemplo, as estações te dão uma indicação da “direção” que a linha esta indo, tipo “Sudoeste”, “Norte”, “Leste”; mas em Moscou, assim como Paris e Madrid, as plataformas e os trens indicam qual a a estação final daquela linha – então SEMPRE saiba qual o nome da sua estação final, mesmo que você não pretenda ir até o fim da linha.

– Mas como memorizar o nome das linhas e estações?

Como eu disse, alguns mapas trazem o nome em “Ingles” das estações, mas isso não te ajuda muito durante o percurso.

Pra mim, a técnica que deu certo era memorizar as 3 ou 4 primeiras letras ou “símbolos” do nome da estação, e transformar isso em alguma coisa que faça sentido pra voce.

Entao na minha cabeça, a estação Маяковская (Mayakovskaya) era na verdade “MARKO” (Маяковская). E antes de chegar lá eu sabia que tinha que ficar de olho na estacao Тверская e Театральная (a mesma técnica usada pra memorizar nomes de ruas).

– Pra não se perder, nem se desesperar achando que está perdido…

Eu fiquei morrendo de medo de perder a estação, ou não conseguir acompanhar em qual estação estava, se estava perto ou longe…. Algumas linhas tem uma gravação que te avisa qual a próxima estação, mas eu não conseguia entender nada mesmo (acho que avisava a próxima estação né… sei lá…), então por isso também ficava difícil acompanhar os movimentos das estações pelo mapinha dentro dos vagões.

Então a única maneira que conseguia ficar tranquila era me plantar na porta do vagão. Não sentava nunca!

Ficava paradinha na porta, e assim que chegava numa estação nova, eu colocava a cabeça pra fora e tentava entender o nome da estação onde estava – gravava as 3 ou 4 primeiras letras e depois tentava achá-las no meu mapinha em Russo.

Isso me ajudou a entender por exemplo que depois de ir e voltar na mesma linha 3 vezes achando que estava perdida, eu me dei conta que na verdade a estação onde que queria descer pra trocar de linha, estava fechada pra obras (que depois descobri que era isso mesmo), e os trens simplesmente não estavam parando nela.

Fiquei meio desesperada achando que tinha me perdido feio, mas depois de trocar de linha mais umas 2 vezes, me achei e consegui chegar onde queria.

– Os nome das estações e baldiações

Isso pra mim foi o mais difícil de entender!!! E só me dei conta desse detalhe depois de ir e voltar 5 vezes na mesma direção procurando pela estação  Парк культуры (“Park Kultury” – que estava fechada para obras) e acabar passando na mesma estação, por outra linha que…. tinha um nome diferente!!!

Entao os engenheiros Russos devem ter pensado: Como podemos complicar ainda mais a vida dos turistas, já que esse joguinho de hieroglifos Cirílicos não esta complicado suficiente…!?! Já sei! Vamos dar nomes diferentes pra mesma estaçãoo, dependendo de qual linha você pegue!

Oh céus…

Então principalmente nas estações “centrais” onde varias linhas se encontram e fazem baldiação, em vez de manter sempre o mesmo nome (tipo “London Bridge” – todas as linhas que passam pela estaçãoo de London Bridge tem um ponto que se chama “London Bridge”!), cada linha chama aquele ponto de maneira diferente, então você acha que esta indo pro mesmo lugar, mas não consegue achar aquela estação no seu mapa… ou então acha que estea indo pra um lugar diferente, mas na verdade está no mesmo lugar!

Que raiva viu! Fiz umas trocas de linha e umas baldiações desnecessarias, pois saía de hotel procurando a estacao “X”, sem saber que poderia descer na estacao “Y” ou “Z”, pois são todas as mesmas. Um bom exemplo é a estação Ploshchad Revolyutsii (Площадь Революции) da Praça Vermelha, que também pode se chamar Borovitskaya (Боровицкая) ou Arbatsko-Pokrovskaya (Арбатско-Покровская) ou Alexandrovsky Sad (Александровский сад) depende de onde você vem/vai….

 

Mas nada isso importa, pois a principal atracao do metrô de Moscou é justamente o Metrô!

Moscou tem uma dos metrôs mais antigos do mundo, e que consequentemente tem também algumas das estações de metrô mais lindas do mundo!

Na verdade em muitas delas você nem acredita que está numa estação de metrô, dividindo espaço com a massa trabalhadora da sociedade Russa (ou seria a população “diferenciada” de Moscou?!), e sim entrando numa festa de gala em algum salão nobre de hotel 5 estrelas ou residencia Real ao redor do mundo!

Os trens, apesar de espacosos são bem velinhos e precisando de um upgrade, mas as estações são de arrepiar!

Então aproveitei minhas idas e vindas perdida no metro de Moscou, pra descer em estações estratégicas, onde eu pudesse ver de perto algumas dessas obras de arte!

Então esse é meu top 5 das estações mais bonitas de Moscou! E com perrengue ou sem perrengue, essas estações valem a viagem!

1 – Komsomolskaya

A estação Комсомольская é sem duvida alguma a mais bonita e impressionante de Moscou, e não foi a toa que assim que eu sai do vagão do metro, a plataforma estava lotada de turistas e guias, fotografando e babando enquanto algumas centanas de Russos e Russas iam e voltavam de seus afazeres.

Ao andar de uma plataforma pra outra, a sensação é que na verdade você deveria estar usando um vestido longo digno de um tapete vermelho, enquanto alguma personalidade Real te espera numa fila de cumprimentos…

Mas verdade essa estação esta bem embaixo de umas das praças mais movimentadas do centro da cidade, a Praça Komsomolskaya!

 

2 – Novoslobodskaya

A segunda estação da lista é a Новослободская se destaca das demais por causa de seus 32 painéis de vidro colorido, iluminados por trás.

Na epoca de sua construção a Russia ainda não tinha a “Tecnologia” de produziar vitráis, então cada peçinha de seus painés foi feito na Letônia e transportado até Moscou.

Além disso, cada um dos vitrais tem um desenho único e o fundo das estações tem mosaicos com imagens de políticos e Russos ilustres.

 

3 – Kiyevskaya

A estação Киевская foi construida em homenagem a cidade Ucrâniana Kiev, logo depois da morte de Joseph Stalin, por encomenda de seus sucessor Nikita Khruschev, com a intenção de sollidificar a importância da entrada da Ucrânia na URSS para a criação da união, e claro, o fato de que ele era Ucrâniano de Kieve também ajudou…

Oque chama atenção nessa estação são os painéis em alto relevo que servem de moldura para mosaicos detalhadíssimos!

 

4 – Prospekt Mira

Já a estação Проспект Мира foi decorada tendo o jardim Botânico de Moscou como inspiração, e apesar de ser meio fora do circuito turista, vale a viagem.

Seu destaque são as colunas de mármore branco, esculpidas no formato de flores e plantas, com relevo e detalhes em bronze.

E não esqueça de olhar pra cima! O teto todo desenhado e em relevo é lindo!

5 – Mayakovskaya

A ultima da lista, mas não menos bonita e impressionante, é a estação Маяковская, que ao contrario de outras estação na cidade que são mais detalhadas e rebuscadas, a Mayakovskaya foi toda construida no estilo Art Deco e considerada o melhor exemplo de arquitetura  Stalinista prá-guerra.

Os arcos perfeitamento alinhados e o reflexo das luzes no chão de marmore são impressionantes!

 

E isso sem falar nas outras tantas estações (são cerca de 150 no total) que são considerada mais “simples” mas ainda assim teem detalhes como candelabos de cristal, tetos de pé direito altissímo e totalmente decorado, mosaicos, e pinturas.

Então cada vez que eu colocava a cabeça pra fora do trem, pra tentar entender qual estaçnao estava, era sempre uma supresa maravilhosa!

 

Planejando uma viagem para Rússia?

Aqui você encontra todas as dicas e recursos para planejar sua viagem, e podemos cuidar dos detalhes práticos para você:

Adriana Miller
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Adriana Miller
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15 Jul 2011
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Porque quando na Russia, nenhum caminho te leva a lugar nenhum…

Dicas de Viagens, Moscou, Russia

Uma das grandes vantagens de voltar a cidades que você já conhece é justamente a sensaçãoo do “conhecido”. As vezes é uma segunda chance de rever um lugar que de repente você não gostou tanto da primeira vez. Ou rever um lugar que voce adorou, e poder dividir isso com uma pessoa querida. Ou simplesmtente voltar e rever e redescobrir um lugar incrivel que você adora e se sente em casa!

A minha primeira viagem pra Russia não foi das melhores. Foi a primeira viagem “exótica” que eu e o Aaron fizemos juntos, e desde o comeco tudo foi uma dificuldade, principalmente por ele ser Americano. O visto foi doloroso. Achar boas informações e dicas foi doloroso. Decidir hospedagem, preços, etc.

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Quando chegamos em Moscou foi um mico após o outro, tudo dando errado. Começando pela dura que o Aaron levou na imigraçóo (que virou piadinha interna entre nos dois: quando a guardinha da imigração gritou na cara dele “ARE YOU AMERICAN?!?!” ele respondeu timidamente e morrendo de medo: “… si…” Em ESPANHOL!!! Eu não consegui segurar a gargalhada! Porque cargas d’agua ele respondeu em espanhol quando alguem perguntou se ele era Americano, na Russia?!); por quase pegar o trem errado no aeroporto sem sinalização em Ingles (que virou outra piadinha interna entre nos dois: Eu “Vamos entrar nesse trem mesmo, qual a pior coisa que pode acontecer?”; Ele “Hello! A pior coisa é ir parar na Siberia!”), e as quatro horas embaixo de neve que levamos pra achar nosso hotel, o hotel caindo aos pedacos e afins.

Entao os 4 dias que passamos em Moscou foi uma sucessão de tragicomedias: meu secador de cabelo queimou logo na primeira manhã e na carona levou toda fiação daquele lado do hotel. Uma tempestade de neve em pleno April nos deixou isolado no suburbio de Moscou. Não conseguíamos descobrir onde atravessar as ruas. Não conseguíamos ler as estações do metro. Levamos varias broncas em Russo por tirar fotos de coisas e predios proibidos (que logicamente não sabiamos), até a garconete do hotel que me deu bronca por ter pedido sorvete de sobremesa e já era muito tarde (ela se recusou a me servir sorvete de sobremesa!).

A viagem foi divertida e tal, e nos garantiu uma fonte inesgotável de piadinhas internas ate hoje, mas foi uma viagem dificil!

Então quando surgiu a oportunidade de voltar pra Russia a trabalho, apesar do receio, eu me animei com a possibilidade de rever a cidade com outros olhos, e dar uma segunda chance aquele lugar tão bonito e fascinante.

Algumas das dificuldades foram as mesmas (que me segue no Twitter – segue aê! – acompanhou as sagas da última viagem!), e vi que muitas das coisas que deram “errado” na primeira viagem não foram por azar nem inexperiencia da época não. Realmente a Russia é um dos lugares mais difíceis de viajar independentemente do mundo!

Então agora com a experiencia do repeteco, cheguei a algumas conclusães que acho que facilitam a vida de quem tiver coragem de ir pra Russia desacompanhado (sem agencias ou guias). Algumas dicas são puramente filosóficas, enquanto outras são mais praticas:

– Visto:

Tirar visto pra Russia é dificil. É complicado e é caro. Me mandaram varios links sobre Brasileiros não precisarem de visto, bla bla bla. Pra mim não deu certo. Pra comçar que pelo que outras pessoas comentaram aqui no Blog, acho que essa regra só funciona para Brasileiros que morem no Brasil e que viagem para a Russia saindo do Brasil. Todos os outros, visto neles!

Viajando com passaporte Europeu (e ainda por cima a trabalho e já tendo um outro visto no nome de solteira!) foi um saco tirar meu visto, e custou uma pequena fortuna. Eu tentei usar meu passaporte Brasileiro como plano B e parecia que eu estava falando a lingua dos elfos…ninguem na agencia que minha empresa usa ja tinha ouvido falar em regra nenhuma que isenta Brasileiros de visto, nem na Embaixada da Russia em Londres.

Por coincidencia minha empresa usou a mesma agencia que eu usei pra tirar o visto da India, e mais uma vez super recomendo a TLCS pra quem estiver na Inglaterra.

– Do aeroporto pra cidade:

Eu voei BA de Heathrow para Domodedovo, que foi o mesmo aeroporto da outra viagem – dessa vez, nem pensei duas vezes: quando (re)vi a confusão que é aquele terminal de chegadas, fui direto no balcão de taxi, antes mesmo de sair da area de recolher bagagem e reservei um taxi que me levou a meu hotel. A corrida custou 2.000 Rubles (mais ou menos 50 dólres), que me economizou o estresse, mas me custou quase 3 horas no transito!

– Taxi:

Taxi em Moscou é relativamente barato. Isso se você der sorte de econtrar um taxista honesto, um taxista que consiga se comunicar com você e que consiga achar seu endereço.

Como eu já sabia disso, então fui direto no concierge do hotel e pedir pra eles organizarem um taxi pra mim, logo na manhã da minha primeira reunião com fornecdor. Falei em Ingles, mostrei o endereço, paguei na conta do hotel e a menina me entendeu perfeitamente e explicou tudo em Russo pro motorista.

Ele rodou, rodou, rodou, e me largou no endereço errado, no meio da uma obra no suburbio de Moscou. Foram uns momentos de pânico (o Twitter foi meu companheiro!) sem saber onde estava, sem saber onde ir, sem conseguir me comunicar com ninguem! Até que um senhor do predio em frente veio me ajudar e ligou pro escritorio do seu próprio celular e explicou quem eu era e onde estava. Uns minutos depois alguém veio me buscar na esquina da obra…

No dia seguinte, dei bronca na recepção, e exigi que eles organizassem um outro taxi, que dessa vez me levasse pro lugar certo. Mais uma vez, um outro taxista, impossibilitado de se comunicar (e vice versa) me largou de novo no lugar errado – mas dessa vez por ter sido num endereço mais central, eu consegui explicar onde estava pra secretaria do banco e mais uma vez vieram me buscar no meio da rua!

Entao o moral da historia é que nunca, em hipotese alguma saia de casa sem ter seu endereço, nome do hotel e afins escrito em RUSSO! Ninguem vai enteder um nome escrito em Ingles… e mesmo num hotel de rede internacional, mostrar pro motorista de taxi, ou uma pessoa na rua, ou um guarda na esquina o nome “Marriott” eh a mesma coisa que mostrar pra um taxista Brasileiro no ponto da central do Brasil uma placa em Russo…

– Na duvida, fale Português!

No segundo dia que um taxista me levou pro lugar errado, eu resolvi que iria voltar pro hotel a pé. Sabia que estava central, o sol estava brilhando no céu, e ainda tinha muitas horas de claridade pra aproveitar.

Por azar (que virou mais um drama do Twitter) a area central de Moscou estava toda fechada por causa de um show, então eu não conseguia voltar por meu hotel de jeito nenhum, pois todos os acessos que eu conhecia estavam fechados!

Foram 3 horas e 4 tentativas de caminhos dierentes que me fizeram andar em circulos sem parar e não conseguia me comunicar com NINGUÉM nas ruas pra me ajudar.

No desespero eu comecei a falar português com um guarda na ponte de acesso da Praça Vermelha, e por incrivel que pareça ele entendeu melhor meu “sotaque” da pronúncia do nome da rua em Português doque quando eu estava tentando me comunicar em Ingles!

Mas mesmo tetntando aprender uma palavra ou outra, nome das ruas e tal, não adianta, e a comunicação é toda na mímica mesmo. Eles não entendem nada do que tentamos dizer, e quando entendem, eu não conseguia entender as respostas e explicações!

– Andando e atravessando as ruas:

Apesar dos pesares, Moscou é uma cidade relativamente feacil de navegar. As avenidas são largas e bem visiveis (fico tensa em me “aventurar” demais nas ruas de uma cidade cheia de ruelas e becos… fico com medo de não lembrar o caminho de volta!), além de ser uma cidade bem marcante, com predios e monumentos memoráveis – então da pra andar a vontade mesmo sem saber ler nenhuma placa e ainda assim não se perder (ou se perder, mas se achar rapidinho!).

O problema é que justamente por ter avenidas tão largas e movimentadas, é impossivel atravessar as ruas! Na verdade a maioria das ruas principais nem sequer tem sinal de transito ou faixa de pedestre.

Entao a unica solucao é sempre usar as passagens subterraneas. Algumas são proprias pra atravessar a rua, outras são através das estações de metro.

Lembro que na nossa primeira viagem nos ficamos com medo de entrar na passagem subterranea e saimos correndo avenia a dentro pra conseguir cruzar a rua, mas apesar do aspecto escuro, sujo e perigoso, na verdade essas passagens sao tranquilonas e a maneira mais fácil de chegar do ponto B ao ponto A.

Claro que como eu não conseguia ler placa nenhuma, eu me perdia entre as mil opções de saídas e subidas, e acabava sempre subindo pelo lado errado… mas não tem problema, é só dar meia volta e tentar de novo!

– Mapas, ruas e estações:

Um dos principais erros cometidos na primeira viagem foi ter tudo em Ingles. Mapas, nomes de estações de metro, nomes de ruas. Eu sabia tudo tin tin por tintin, mas quando chegamos lá, me dei conta que na Russia, essa versão “Ingles” das coisas não existem.

Então dessa vez fiz questão de ter tudo em Russo, com alfabeto Cirilico.

Mas e como entender/ lembrar dos nomes?!?!

Minha técnica: memoria por associação – eu tentava gravar as 3 ou 4 primeiras letras da palavra (nome da rua, da estação etc) e associar com alguma coisa que fisesse sentido pra mim – tipo, a estação do metro do escritorio era Шоссе Энтузиастов, que se pronuncia em Ingles Shosse Entuziastov, mas na minha cabeça era ” dáblíu ô-tchê“.

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Uma outra “técnica” de viagem que aprendi com meu pai ha anos foi: A) sempre andar com cara de que você sabe oque estava fazendo e sabe onde esta indo (nunca ficar com cara de turista perdida na rua!) e B) evitar o máximo possivel dar pinta de turista perdido e abrir o mapa no meio da rua!

Então nesse ponto Moscow é facílimo de navegar, pois as avenidas são largas e os caminhos “retos”; nao é o tipo de cidade que voce precisa pegar a 3ª esquerda, depois a 2ª a direita, depois cruza a ponte, vira no retorno, sobe de novo, anda mais 3 quarteiroes, etc, etc, sabe?

Então eu estudava o mapa antes de sair do hotel, sabia que era sair do escritorio, virar a direita e seguir uma linha reta toda vida até o parque. E memorizava que tinha que andar pela rua Козловский (que na minha cabeça era “Kô-3 ao contrario”) e depois virar na Моховая улица (para meus neuônios: Môxobar-Y). Se rolasse um desespero era só abrir o mapa que estava na bolsa, mas no geral, essa técnica é infalivel em Moscou!

– Custos e dinheiro:

Não tem como negar – Moscou realmente é uma das cidades mais caras da Europa. O engraçado que os custos básicos da viagem (tipo ticket de metro) são até bem baratinhas, mas TODO o resto é impossivelmente caro – mesmo pra quem mora em Londres como eu!

A moeda é o Rubbles, que na época estava na media de 40 Rubbles para 1 dólar (EUA).

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O engraçado é que eu não consigo entender o motivo das cosias serem tão caras, pois não é um país onde os imposts sejam abusivos (como os impostos na Escandinávia, ou valor agregado no Brasil), então não sei porque os custos são tão desproporcionais.

Qualquer sanduíchezinho na hora do almoço custava preço de ouro, e mesmo em lojas (sim…. Zara…) a mesma peça de roupa que em Londres custaria o equivalente a 50 dólares, em Moscou custava quase 100 dolares!!!

Eu mencionei que taxis são relativamente baratos, pois a proporção do preço final versus a distância percorrida (fora o transito!) não é tão berrante quanto o preço dos taxis em Londres, mas ão é exatamente baratinho….

Então prepare seu orçamento e segure a carteira!

 

 

Adriana Miller
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22 Jun 2011
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Moscou ao vivo! (em fotos)

Dicas de Viagens, Moscou, Russia

O dia não começou exatamente com o pe direito não…

Com 3 horas de diferença entre a Rússia e Londres, não consegui dormir antes das 2 da manha e tive que acordar mais ou menos as 4 pra chegar a tempo da primeira reunião do dia.

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Mas antes de começar no batente, o taxista ainda fez o favor de me deixar no lugar errado, que lógico, NÃO era o endereço que eu dei pro concierge do hotel!
Como o motorista não falava Inglês, e bem, meu Russo não existe, ele me largou lá mesmo… E como eh impossível ler placas de rua por aqui, só me dei conta do erro quando me vi no meio de um canteiro de obras no subúrbio de Moscou, cercada de peões que igualmente não falavam inglês. Foi uma sessão de mímicas, falando b.e.m. devagarinho tentando uma comunicação… Ate que o guardinha do prédio ao lado veio me ajudar, ligou pro número do escritório, explicou onde eu estava (ainda na base da mímica!) e uma menina do escritório veio me buscar no meio da rua!!

Seria cômico, se não tivesse sido meio assustador!

Então precisei mitigues cafeína pra agüentar o tranco o dia todo!!

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Uma manha de reuniões e uma tarde de conferências!

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Mas na volta pra casa, ainda traumatizada com o taxista da manha, resolvi voltar pro hotel de metro.

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Mas como estava numa região nada turística e completamente fora do centro de Moscou, não tinha nenhuma palavra em alfabeto romano!

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Eu tava crente que era ticket de metro mas era jornal e revista de fofoca!!

Então entrei na fila, fiz mais um pouco de mímica, peguei a linha/direção errada duas vezes e finalmente cheguei no hotel a tempo da ultima conferência do dia!

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Assim que acabou, fui pra rua!!

Meu hotel fica bem do lado do Teatro Bolshoy, então estava a poucos metros da Praça Vermelha!

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E chegar lá perto não tem igual!!

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Eh tão lindo que nem parece verdade! Não parece uma casinha feita de bala da história do João e Maria?!

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Depois fui passear no GUM, uma loja de distribuição de bens comunistas transformada em shopping de ultra luxo!

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Então aproveitei pra jantar lá mesmo, e fui de Emporio Armani Café!

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Não eh porque estou viajando sozinha que não posso me divertir! Afinal eu sou uma ótima compania pra mim mesma! Eu me adoro e me acho super divertida! :-)

E no caminho de volta pra casa dei de cara com essa imagem!!

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Um arco-íris bem no meio da Praça Vermelha!!!!

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Assim, de graça perfeitamente no meio da Catedral de São Basílio e o Kremlin!!

E depois de perder o fôlego e tirara varias dezenas de fotos, me virei pro outro lado na praça e dei de cara com esse por do sol incrível!

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E ai me dei conta que as vezes a vida eh boa demais pra ser verdade…

Voltei pro hotel me sentindo nas nuvens, e to pronta pra outro dia amanha!

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Adriana Miller
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