14 Jun 2006
5 comentários

Munique: Easyjet, Alemanha e a Copa do mundo

Alemanha, Dicas de Viagens, Munique, Neuschwanstein

Esse fim de semana eu fui pra Munich, no sul da Alemanha assistir o fim de semana de inauguracao da Copa.

O Aaron esta trabalhando no IBC (International Broadcast Center – a Avaya eh patrocinadora, e responsavel por toda comunicacao da competicao), fez aniversario semana passada, e eu nao perco uma boa viagem por nada nesse mundo!

Ja estava planejando ha muito tempo, comprei a passagem quando ainda estava barato, e nem sequer sabia quem ia jogar, se iria conseguir entradas pros jogos (nao consegui) etc, e na verdade nao tava nem ai. Perco a copa mas nao perco um passeio…

A viagem comecou super afobada, como sempre. O despertador estava programado para a hora errada, acordei no susto e perdi o onibus que ia pro aeroporto. Tudo bem, mesmo assim cheguei a tempo. Porem o voo estava 6 (SEIS) horas atrasado, e ninguem, NINGUEM sabia dizer porque. Que raiva, que odio!

E isso pq eu estava indo passear, imagina o pessoal que estava indo assitir o jogo? (o voo estava cheio de Hoolingans ingleses indo assitir o jogo InglaterraXParaguai) Achei que ia ter quebradeira no aeroporto.

Finalmente chegamos. Voo 6 horas e meia atrasado, joga da inglaterra terminado, perdi a festa com telao no OlimpikPark em Munique. Paciencia. E muitos ingleses bebados enfurecidos.


O resto do dia (que ainda falatava muito pra acabar, ja que no verao aqui faz sol at as 10 da noite) passamos vendo as atracaoes turisticas de Munich, que nem sao tantas assim.

Mas foi o maximo. A cidade respira e transpira Copa do mundo, e isso eh muito bom. Gente de tudo quanto eh canto do mundo, todas as linguas, todas as racas. A decoracao da cidade em clima de festa, as mesonas da Oktoberfest espalhadas pela cidade, teloes em todas as pracas e parques, muita cerveja quente vendida aos litros e muito salsichao.


Fechamos o dia no Haufbierhaus, que eh a maior cervejaria de Munich, mais antiga e mais famosa. Alem da decoracao tipica Bavaria, ainda rolou guerra de torcida, com alemaes, mexicanos, brasileiros e americanos disputando que fazia mais barulho. Eu ate encarei um balde de cerveja, que nao sou chegada, mas na Bavaria, faca como os alemaes.


De noite queriamos comer no festival da Marinenplatz, mas como sou alergica a carne de porco e na alemanha TUDO gira em torno da carne de porco, tivemos que ir num restaurante mesmo. Nao eh a mesma coisa, a mesma bagunca, a mesma festa. Mas dor de barriga na Alemanha era a ultima coisa na minha lista.

No domingo, acordamos cedo. O dia estava um sol lindo maravilhoso, uma delicia (eh impressionante oque um longo e escuro inverno faz com as pessoas… qualquer raio de sol me faz a pessoas mais feliz do mundo!). Pegamos um trem e fomos pro sul, na fronteira com a Austria, visitar a regiao dos castelos do Rei Ludwig II.

A regiao por si soh jah eh linda. O visual da subida pros alpes eh imapagavel. O verde, as montanhas, as casinhas tipicas, a neve derretendo.

Antes de subir pro castelo, resolvemos dar uma voltinha por Fussen, que acabou sendo uma otima ideia, pois a cidade era exatamente como eu sempre imaginei a Bavaria. Casinhas coloridas, os Alpes no fundo, todo mundo em volta com cara de alemao.


O castelo tem um nome impronunciavel: Neuschwanstein. Vai, tenta ai. Sem cuspir e sem enrrolar a lingua. Hahahahahahaha! Eu nao consigo!

O que o nome tem de complicado, castelo tem de MA-RA-VI-LHO-SO. Diz a lenda que esse foi o castelo que inspirou Walt Disney. Tenho minhas duvidas, pq na Espanha, em Segovia, dizem a mesma coisa do castelo da Rainha Isabel. Como o castelo de Segovia eh mais antigo, fica a duvida.

Mas esse realmente eh maior, mais bonito e mais imponente. Eh a composicao de conto de fadas em si. Nao soh o castelo, mas a paisagem, as montanhas, a cachoeira e o lago. Tudo se encaixa, tudo eh perfeito. Ludwig nao poderia ter escolhido melhor, com todo seu dinheiro e exentricidade, o resultado ficou simpliesmente perfeito.


Pra chegar lah, tinhamos duas opcoes. Onibus, ou trilha. Oque pra mim significa que soh tinha uma opcao: TRILHA!

40 min subindo a estradinha no meio do bosque, admirando a paisagem, respirando ar puro e desviando dos cocos de cavalo. Nao tenho palavras pra descrever a vista lah de cima.

Ludwig era tao egocentrico e narcisista, e ficou tao orgulhoso de seu prorpio castelo, e ainda mandou construir uma ponte no outro lado do vale, onde ele podia admirar sua propria construcao.

Pontezinha de madeira. Na garganta do precipicio. Pedra, agua, gelo por todos os lados. Eu suando e tremendo de medo de altura. Oque eu nao faco por uma boa foto. Valeu a pena, o resultado ficou maravilhoso.


Por dentro o castelo tb eh impressionante, mas infelizmente nao esta acabado. Ludwig morreu antes de terminar a construcao, sem herdeiros, e o castelo virou museu apenas umas semanas depois de sua morte. Oque significa que, oque esta terminado, ficou impressionante. Mas nao eh tanta coisa assim.
De noite voltamos pra Munich, assitismo o finzinho do Jogo PortugalxAngola e pronto.

Voltei pra Londres na segunda de manha, e vim trabalhar direto do aeroporto.

Adriana Miller
5 comentários
05 Feb 2006
1 Comentário

Big girls don`t cry

Pessoal, Vida na Inglaterra

Quando as pessoas se acostumam a ler blogs, e passam a ter a sensacao de conhecer aquela pessoa que esta por tras da tela, as vezes se sentem no direito de dar opinioes, fazer criticas, e principalmente pensar no fato de como aquela outra pessoa tem uma vida perfeita. Eu digo isso, por mim mesma. Sou uma viciada em Blogs, e tem uns que eu leio tao religiosamente que me sinto “parte da familia”.

Só que nem todas as pessoas que escrevem blogs se mantem fiel a realidade, ou simplesmente emitem fatos que mostram que a realidade não é tao conto de fadas assim.

Eu por exemplo, faço o possivel pra só contar coisas legais no blog. Eu detesto blog choraminguela, daquelas pesoas que vivem reclamando da vida e chorando miseria. Ta infeliz?! Levanta e vai fazer alguma coisa. A vida é sua, e só vc tem poderes para mudar alguma coisa.

Não reclamo e nunca reclamei da vida que levo.

Estou aqui por escolha pessoal. Sempre vejo o lado posotivo das coisas, chova ou faça sol, e vou vivendo feliz e contente enquanto valer a pena. O dia que eu achar que não esta mais valendo. Eu levanto e vou embora.


Só que as vezes, shit happen, e em situacoes assim, vc tem que aprender a lutar por si mesmo. No meu time só joga eu. No ataque e na defesa. Na vitoria e na derrota.


Nessas duas ultimas semanas vivi um dos maiores apertos da minha vida.

Tudo comecou com a tao alardeada busca por uma nova casa.

Ao mesmo tempo que adorava o apto que moro, queria me mudar para um lugar que fosse mais barato e mais perto do trabalho. Mas não tinha pressa. Me mudaria quando achasse o flat perfeito, ou pelo menos, um que valesse muito a pena.

Fui procurando, procurando até que achei. Meu subconciente tinha um que de inseguaranca em relacao ao lugar, mas mesmo assim fechei negocio e dei meu aviso pro pessoal aqui onde moro.

Porem uns dias depois, a mulher do novo apto, comecou a me ligar fazendo mil exigencias, cobrando absurdos, etc, etc. Resultado: perdi o apartamento.

Bem, fazer oque? Sabia que ainda não tinham ninguem pra botar no meu quarto, entao avisei o cara que não ia mais sair. Isso foi na vespera da viagem pra Roma. Vi que ele não ficou muito feliz com a noticia, mas tb não falou nada.

Viagei. Me diverti e esqueci dos problemas. Quando voltei pra Londres na segunda feira, fui recebida com a noticia de que tinha que sair de casa assim mesmo. Exatamente assim. Na lata. “Não me interessa, o problema é seu, aluguei seu quarto pra outra pessoa mesmo assim, vc tem que sair até domingo”. Ponto.

Oque?!?!? Esse Albanes baixinho escolheu a pessoas errada pra comprar briga. Ninguem me dá ordens desse jeito, ninguem me diz oque fazer. Minha personalidade é forte demais pra aceitar uma situacao dessas sem pelo menos criar uma briga de boas proporcoes.


Resultado, uma semana inteira de tensao. Briga feia. Com ameaças piscologicas e fisicas.

Ele dizia que ia me arrastar pra fora de casa e jogar minhas coisas pela janela. Eu dizia que ia denuncia ele pra policia e ele ia ser deportado. Coisa feia. Baixo nivel mesmo.

Não me abalei. Big gilrs don`t cry. Levantava a voz e impunha meus motivos. Sabia que tinah razao e que a lei me protegia. Mas só por via das duvidas já tinha pedido protecao a todos meus amigos do leste europeu bem nutridos e acostumados a lutar pelo comunismo (hahahahah).

No fundo sabia que não ia acontecer nada. O cara nunca ia fazer nada contra mim, e eu nunca ia fazer nada contra ele. Mas numa profundidade mais profunda eu estava apavorada. Não tinha oque fazer, não tinha a quem pedir ajuda. Eu e meu time (só eu mesma) estavamos começando a cansar. Nessas horas não ter um ombro pra chorar e pedir conselho é uma merda. Lutar com um exercito de um homem só, pode ter um resultado desastroso.

Mantinha a calma na maneira do possivel. Noites literalmente em claro. Enchi o saco de ouvir as pessoas falando como eu estava branca, palida, cansada e com cara de doente.

Respirava fundo e seguia a vida. Sabia que tinha razao, e que no final tudo ia dar certo Sempre dá.


Até que enchi o saco, sou adulta, independente e responsavel e cansei do joguinho de criança mimada no patio da escola. Sentamos pra conversar. Afinal, agora quem queria sair do flat era eu! Queria por tudo em pratos limpos, e chegar a uma conclusao que fosse boa pros dois. Ele tinha sua parecela de razao e eu tinha a minha.


Pronto levantei da mesa, liguei o computador. Quer saber? TENHO que sair daqui. Comecei a ligar pra uns flats que pareciam ser bons. Um deles ainda estava disponivel. Quer vir aqui dar uma olhada? Só se for AGORA.

Acho que as pessoas tem razao. Depois do purgatorio vem o paraiso.

Quando eu cheguei lá nem acreditei. Tudo novinho, duplex, enorme. Flatmates maneiros (até que se prove contrario…), quarto grande, espaço pra tudo, mais barato que o flat antigo. Eu quero!! Meia hora depois que fui embora, o cara me liga pra dizer que o flat era meu. Hoje vou lá pagar o deposio e assinar o contrato.Ufa!!


De noite, pra relaxar a tensao sai com a Wendy, (que veio de Amsterdam visitar o namorado que ficou em Londres) e caimos na balada.


Como diz aquela comunidade do Orkut: Não há nada que uma boa night não cure!

Adriana Miller
1 Comentário
07 Sep 2005
3 comentários

Enquanto isso em Londres

Dia a dia, Vida na Inglaterra

Pois eh…. cheguei…

Os ultimos dias em Madrid foram tumultuados, e isso nao estava nos meus planos, e acabei deixando de fazer muita coisa…

Nao sei se foi stress, ou alguma coisa que comi, soh sei que meu ultimo fim de semana na espanha foi passado dividindo meu tempo entre a cama com febre, o banheiro, e o peso na conciencia, por nao estar fazendo nada doque deveria estar fazendo.

E nao digo soh das arrumacoes nao… Nao pude dar uma ultima voltinha pela cidade, tirar fotos dos meus lugares preferidos… Nao pude aproveitar a night madrilenha uma ultima vez e nao pude me despedir de muita gente… Parece papo de condenado ao corredor da morte, mas eh serio. Coisas assim sao importantes quando vc se despede de um lugar que foi tao importante na minha vida.

Mas fazer oque, certo? Pelo menos deu tempo de despachar toda minha mudanca pelo correio (com menos coisas do que deveria) e fazer as malas (com mais coisas do que deveria), e mais um monte de burocracias que eram imprescindiveis.


Agora eu estou um pouco me sentindo uma sobrevivente de guerra. Nao estou mais doente, mas meu corpitcho coitado, parece que levou uma surra de vara! Eh tanto arranhao, marcas roxas, cortes e dores musculares que nem da pra acreditar. Ateh pra escovar os dentes doi (e isso pq eu esqueci a escova de dentes em Madrid!!! Detalhes, detalhes…). Fazer mudanca eh phoda… Criancas! Nao tentem fazer isso em casa! Os danos fisicos e pisicologicos sao irreparaveis…

Arrastar a mala, mas uma mochila com o laptop e alguns livros, mais uma malinha de mao (que nao estava nos planos, mas nao coube tudo na mala grande) pela rua ateh o metro, depois metro a dentro ateh o aeroporto. Claro que eu tinha excesso de peso, isso eu jah sabia, soh nao imaginava que era tanto. Ainda bem que a menina que me atendeu no check in era simpatica e me deixou embarcar mesmo estando com a mala acima do limite de peso maximo permitido pela compania, e nao cobrou todos os kilos que eu tinha extras. UHuuu! Comecei a viagem com o peh direito (mas o peh direito tb esta doendo!). Um amigo se ofereceu pra me levar pro aeroporto de carro, e eu, me achando a super mulher disse que nao precisava, afinal sao soh duas malinhas… Ai minha coluna…


Chegando em Londres, por incrivel que apreca, esta calor. Mais calor que Madrid. Nublado (hj nem tanto). Porem calor. Resultado: eu suando como uma porca, arrastando as malas pelas ruas de Londres, tentando encontrar o endereco certo. Escadarias acima, escadarias abaixo… “Miss, do you need help?” Abri meu sorriso mais Colgate e “YES! Please!”. Bem, tudo resolvido.

Cheguei. A Residencia nao eh assim grandes cosias, bem velinha… Mas o lugar eh legal, pertinho do Big Ben, e tem de tudo por aqui, basta caminhar alguns metros. Eh uma residencia onde funciona tb um curso de Ingles, entao isso esta cheeeeeio de estrangeiros… Espanhois, Italianos, Holandeses. Slavos… Legal, eu gosto desses ambientes, mas eh engracado prestar atencao nas conversas e ver o pessoal lutando pra tentar se entender e se comunicar em Ingles: frases como “how was your test?” tem que ser repetidas e explicadas milhares de vezes…

Eu jah passei da fase de aprender ingles, mas pelos vistos tenho que aprender a Falar ingles… Jah fui confundida com americana 3 vezes, por causa do meu sotaque… Oh well…


Hoje a tarde, tenho a tal entrevista… Mais burocracias para resolver, e vamos ver oque eles tem agendado pra mim. Ascendam as velas.

Depois vou comecar a concentrar minhas forcas pra procurar um apartamento (nao sei quanto tempo vou aguentar morando nessa residencia…) que seja rasoavelmente nao tao velho (tendo sempre em mente que estamos na Europa…) e nao tao caro (sempre tendo em mente que estamos em Londres), e claro um emprego, nao to sentindo muita firmeza nessa coisa de estagio…

 

Adriana Miller
3 comentários