O Parque nacional Akamas é a pontinha mais a Noroeste em Chipre, no lado Grego da Ilha, e uma das regiões mais remotas e de dificil acesso.

Mas pra quem tem paciencia de dirigir até lá e depois fazer mais uma trilhazinha, a recompensa vale a pena!

Até pouco tempor atras (ano 2000!) a Penisula Akamas ainda estava “emprestada” ao Governo Britanico, que tinha direito de usar a area (até entao praticamente desertica) como territorio para praticas de tiro ao alvo pelo exercito e marinha…

Então logo na entrada da area, que agora é um parque nacional, tem um aviso brem grande que pode ser que ainda existam resquicios militares pela região… entao se vc vir alguma cosia que se parecer com uma arma, não toque, e avise o guarda florestal….

Mas historicamente e mitologicamente falando (e poe milhares de anos nisso!) a Penisula teve um papel muito mais importante, pois foi ali que, supostamente, Afrodite (a Deusa do Amor e da fertilidade) se recolheu e tomou banho, depois de emergir da espuma do mar no sul da ilha, e foi ali tambem, pela floresta da penisula que Afrodite conheceu e se paixou por Adonis (Deus da beleza e juventude).

Então até hoje ainda é possivel visitar a fonte de agua da Afrodite (bem decepcionante por sinal), onde até hoje homens e mulheres deixm recadinhos e presentes para a Deusa, como oferenda para uma ajudinha no amor e fertilidade.

Mas o melhor mesmo é a beleza estonteante da vista da trilha que circula a Penisula!

São quilometros e quilometros de trilhas, umas mais faceis e mais “civilizadas” que outras, mas a cada volta, subida ou descida, mal da pra acreditar na vista!

A agua cristlina com milhares de nuances diferentes de azul e turquesa… os penhascos, as rochas, e as arvores e flores crescendo na beirada do mar…

A região tambem é conhecida pelos bodes e cabras que pastam livre leve e solto pelo parque e não tem medo dos turistas!

A melhor maneira de chegar ate Akamas é usando Pafos como base na ilha e seguindo as estradas rumo ao norte (na direçnao das cidades Pagea e Polis, e demorou cerca de 1 hora pra chegar até lá). E como quase tudo em Chipre, é impossivel fazer sem carro…

Chipre nao estava nos planos esse ano. Na verdade chegou a estar, mas depois foi descartado por outros destinos que eu achei que seriam mais interessantes… Nao sabia muito sobre o pais, e quase tudo que eu ouvia falar sobre a Ilha de Chipre estava relacionado a viagens de turismo de massa onde familias Europeias ficam “trancafiadas” em seus resorts e luxury villas assando sob o sol do Mediterraneo. E esse definitivamente nao eh meu tipo de viagem. 

Mas ai coisas imprevisiveis acontecem, e logo que a crise no Oriente Medio despontou, fiquei desolada quando vi nas manchetes dos jornais que o destino escolhido, estava prestes a entrar numa revolucao…

Tunisia!

Conhecer o norte do pais estava na minha “lista” ha muito tempo, e por motivos diversos ia ficando para depois, ate que no final de 2010 vi o quanto seria agradavel (temperatura-mente falando) e economico visitar a Tunisia na baixa temporada, nao pensei duas vezes! Tunis entrou no meu mapa!

Mas nao foi dessa vez…

Todas as manhas de Janeiro, enquanto asistia a BBC News la estavam eles, matando, morrendo, queimando e quebrando tudo pelas ruas de Tunis e pelo resto do pais. E entao tivemos que tomar uma decisao: Arriscamos mais uma semanas para ver no que da? Ou trocamos nossos planos logo e arcamos com o prejuizo?

E entao resolvemos nao arriscar… por um a lado o risco maior era perder todo nosso dinheiro alem de perder uma oportunidade de viajar… e por outro lado, nao achei que seria legal viajar para um lugar pos-revolucao… nao sabia como seria a reacao a estrangeiros, como estaria a seguranca publica… e ja bastava a preocupacao das amigas, do chefe, do pai, da mae, da sogra e todos a nossa volta.

Acho que tudo que esta acontecendo no mundo arabe no momento muito triste, ainda que de grande valia, mas nao acho que valha a pena misturar ferias com revolucao polica…

Entao a decisao foi tomada, o seguro foi acionado, e parte do dinheiro foi perdido.

Por sorte, e por ser baixissima temporada no Mediterraneo, acabamos descolando uma nova viagem de ultima hora, e assim, como magica, Chipre voltou para minha lista!

E Chipre foi mesmo uma otima opcao no meio de Fevereiro!

A ilha estava vazia, as ruas tranquilas, as atracoes turisticas sem ninguem, e os precos sensacionais!

Infelizmente Chipre tem se transformado num dos destinos mais caros do verao Europeu nos ultimos anos, e definitivamente nao teria escolhido a ilha para uma viagem na alta temporada (a nao ser que sua intencao realmente seja o clima sol, suor e samba do verao Mediterraneo).

Entao passamos 4 dias na ilha, pegamos muito sol e temperaturas na casa dos 20 graus todos os dias!

Fomos a praia (mas nao entrei na agua, pois meu sangue Carioca me impede de registrar como “calor” qualquer temperatura abaixo dos 25 graus centigrados), visitamos sitios de ruinas Greco-Romanas, fizemos trilhas em Parques Nacionais, descansamos e comemos e bebemos muito bem!

E Chipre foi um lugar bem interessante de se “decobrir”… se por um lado nao chega a ser considerado um “top 10” para quem vem a Europa, do outro lado esse mini-pais tem bastante a oferecer.

Para comecar que eh um pais “2 em 1” – a Ilha de Chipre eh na verdade dividida em 2 paises: a Republica do Chipre ao Sul e Oeste, e a Republica Turca do Chipre ao Norte e Leste.

De um lado esta a republica Europeia (Chipre faz parte da Comunidade Europeia desde 2004), de cultura e lingua Grega, com resquicios de uma colonizacao Britanica (eles dirigem no lado esquerdo da estrada), e cercada de resorts e luxury villas por todos os lados.

Do outro lado esta o lado invadido e sob dominacao Turca desde 1974, que sofre um embargo internacional ha mais de 30 anos e eh um dos paises mais pobres e sub-desenvolvidos da regiao.

Sua capital, Nicosia eh a unica capital Europeia dividida em dois paises (e continentes, ja que o lado Grego eh considerado Europa, e o lado Turco eh considerado Oriente Medio), e geograficamente Chipre fica escondidinho na “curva” do Oriente Medio, a poucos quilometros da costa Turca e Siria.

Alem disso, o pais eh uma aula de Mitologia Grega, e um desbunde de paisagens, cores e tons de azul…

Enquanto escrevia os posts sobre a Croacia, me die conta que acabei nao terminando os posts sobre Malta!

Então as dicas finais serão as mais praticas, já que sempre me pedem dicas de onde ficar, onde comer, como se locomover em determinada cidade…

Nós ficamos hospedados no BayView Hotel, no bairro de Sliema, que é a baia bem de frente pra Valleta. O hotel é um 3 estrelas bem simples e simpatico; Zero luxos, mas com uma vista e localização invejavel!

Sliema é o bairro “orla” de Valletta, com varias opções de hoteis pra todos os gostos e bolsos. No Bayview, tinhamos vista pro mar e pra baia, caf´da manha, piscina (interna e externa) e estavamos a poucos metros do porto de onde saia o ferry que nos levou a Valletta.

Fiz minha reserva pela Booking.com, onde conseguimos um desconto bem bom!

Na nossa primeira noite lá fomos jantar no restaurante do hotel Waterfront, que nos foi recomendado por uma amiga que já foi muitas vezes a Malta. O restaurante não é nada exepcional, mas era a poucos passos do nosso hotel, e a comida realmente estava muito boa!

Em relação a transporte, a grande maioria das pessoas que vão pra Malta preferem alugar carro, porque realmente é a melhor maneira de explorar a ilha de cima a baixo. Caso essa seja sua escolha, não esqueça que Malta é ex colonia Britanica, e portanto eles dirigem na mão Inglesa, oque pode ser bem complicado pra que não tem prática, ainda mais naquelas estradinhas estreitas…

Então nós optamos pela opção mais cimples e barata: transporte publico!

Como ficamos hospedados em Sliema, usamos muitas vezes o ferry que cruza a baia, que além de demorar cerca de 5 minutos pra fazer a travessia aidna custa apenas 90 centavos de Euro!

Dentro das cidadezinhas e bairros não tem misterio: pé! Seu melhor transporte será um par de sapatos bem confortavel!

Mas se por acaso voce se cansar no meio do caminho, existem outras opções – apesar de não ser permitido a circulação de carros dentro da parte antiga da cidade, o transporte pode ser feito por carruagens (que são chamados de “Taxi-cavalo”) ou então os mini taxis feitos de carrinhos de golf! Pequenos o suficiente pra cabaer nas ruas estreitinhas e ecologicamente correto!

Mas tambem pegamos onibus, aqueles tipicos e super antigos que circulam pela Ilha.

Os onibus são super eficientes e baratos (45 centavos de Euro cada viagem!), com muitas opcoes de rotas e bastante frequentes. O unico problema é que apesar da ilha ser pequena, as distancias são relativamente grandes, com estradas estreitas e montanhosas… e acaba demorando muito pra chegar de um lugar pra outro.

Pra chegar até lá nós voamos Ryanair, com passagens compradas meses de antecedencia, saindo do aeroporto de Luton (mas se não me engano, eles só voam pra Malta no verão),

Mais fotos de Malta AQUI.