19 Aug 2005
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Maior viagem…

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Eu tenho alguns grandes vicios. Quem acompanha o blog já percebeu que fotos e viagens sao os dois principais.

Um outro vicio, que eu sempre tive na vida, mas que ficou adormecido por muito tempo, e que nos ultimos anos voltou à toda é o vicio da leitura.

  

Porém com um aspecto muito importante. Nao gosto de ler por obrigaçao, pra mim leitura é entretenimento. Tem gente que gosta de novela, tem gente que gosta de jornal de esportes, eu gosto de livros.

Vc provavelmente nunca me verá com um livro de algum super filosofo, revolucionarios, intelectuais e afins na mao… leitura dificil, palavras pesadas, mensagens que vc nunca sabe exatamente oque estao querendo te passar. Essa coisa de divagar sobre o nada e o tudo nao me provoca.

Nao faço e nem tento fazer o estilo intelectual.

  

Já tive a fase dos classicos. Na epoca do vestibular, tive uma professora de literatura tao interessante (mas que era odiada pelo colegio inteiro, menos por mim), que um dia abri o jornal e vi a lista dos livros exigidos pro vestibular da USP. Pensei com meus botoes: Porque as universidades do Rio nao tem uma lista tb? Mesmo assim, resolvi mergulhar profundamente na lista da USP, e li em um ano 11 dos 17 livros citados na tal lista. Quase todos, grandes classicos da literatura brasileira, e somados à alguns outros classicos da literatura portuguesa, eu pensava: Mas isso é tao bom! Porque as outras pessoas nao fazem o memso?! Os apelidinhos de Nerd, CDF, puxa saco de professor etc, corriam solto…

  

Na epoca de faculdade essa fase passou, um pouco meio que totalmente. Minhas celulas cerebrais estavam ocupadas tentando entender as formulas de Calculo e teorias economicas, e disputando meu tempo livre entre faculdade, estagio, namorado, amigas e familia…

  

De repente, do nada, começei a sentir falta de ler novamente. Li um livro, depois emendei no outro, quando me dei conta já estava comprando um livro novo antes de acabar o atual.

  

Finalmente, quando eu vim pra europa, os livros eram as melhores companias pra horas a fio de trem, uma ajudinha a pegar no sono num quarto sem tv, etc… além de serem a melhor maneira pra ajudar a praticar e manter ativa uma lingua que vc estudou.

  

Agora, estou totalmente viciada outra vez. Emendo um livro no outro, e compro varios ao mesmo tempo; estou com uma fila enorme de livros esperando a sua vez de serem lidos.

  

Mas o meu ponto era: oque eu leio?

Já deixei publico aqui no blog, mais de uma vez o meu gosto por, por exemplo, Dan Brown. Ele é um autor muito polemico e muito criticado pelos intelectuais de plantao, pelos temas que aborda e por seu estilo literario. Além dele, tb gosto muito do Ken Follett, um Ingles que tb escreve romances hostoricos e que é o autor do melhor livro que já li na vida (“The pillars of the Earth”). Igual mais diferente.

  

Alem deles, tenho lido tb Tom Wolffe, Nicoló Ammanitti, Carlos Luiz Zafón, Margaret Mazzantini, Matilde Asensi, Valerio Massimo Manfredi, Jorge Amado etc…

Todos eles tem uma coisa em comum. Nenhum tem seu nome entre os deuses da literatura. Tem uma escrita facil, que te absorve e entretem por horas e horas.

  

Porém todos me proporcionam mais ou menos o mesmo: Viagem.

  

Eles retratam com perfeiçao o perfil e o estilo de vida de um determinado lugar ou uma determidada sociedade (ninguem melhor que Tom Wolffe para retratar a sociedade americana, e Nicoló Ammanitti para retratar a vida no sul da Italia, e Jorge Amado para retratar a Bahia, por exemplo), e literalmente te fazem viajar por lugares incriveis.

  

Pra mim, viajar com esses livros, é quase tao bom quanto conhecer os lugares que eles relatam.

Ser perseguida pelas ruas de Paris em “Codigo Da Vinci”, por Roma em “Anjos e Demonios”, ou Sevilla em “Digital Fortress”, ou Washington em “Deception Point” (Dan Brown). Ser uma criança no sul da Italia com Nicolo Amanitti en “Io no Ho Paura” ou um pai atormentado em Milao com Margaret Mazzantini em “Non Ti Muovere”. Sentir odio dos magnatas de Nova Iorque com Tom Wolffe em ¿Bonfire of Vanities¿, descobrir misterios de deuses Gregos com Massimo Manfredi; como era dura a vida dos Ingleses na idade media em “Pillars of the Earth”; as dunas do Agreste em Tieta, as ruas de Barcelona con “La Sombra del Viento”…

  

A lista é sem fim…. para cada livro que leio, tenho uns outros 3 ou 4 já na lista de espera. Se leio algum autor novo, que me conquista, já quero logo ler todas as suas obras.

  

Inclusive, atualmente o meu maior problema é descobrir como vou fazer para levar todos os meus livros na minha mudança pra Londres. Nao jogo nenhum fora, de jeito nenhum! Muitos eu ainda nem li! Mas confesso que eles pesam que é uma tristeza!

Nada é perfeito…

 

Adriana Miller
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19 Aug 2005
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Calabria

Amigos, Calabria, Dicas de Viagens, Viagens pela Italia

O objetivo final dessa viagem era ir para Calabria, mas precisamente Tropea, umas das joias da regiao.
Era lá que o resto do grupo iria se juntar, com muita expectativa para o reencontro.
Acabamos ficando num camping, pq ha duas semanas o avô do Filippo ficou muito doente, e portanto a casa da familia foi vetada para os amigos.

O ponto alto e simbolo da cidade de Tropea é o convento, que fica no alto de uma pedra (pedrão) no meio da praia. Além das praias de agua cristalina, a cidadezinha simpatica com casinhas construidas na pedra e claro, a comida picante, MUITO picante (pimenta calabresa ring a bell? Pois é, é essa mesma).

Convento della Marina

O camping era tranquilo, dessa vez fomos muito mais profissionais, levamos tendas suficientes pra todo mundo confortavelmente, colchoes de ar (o meu furou, obviamente), banquinhos, luz etc… mas o camping em si era PODRE!!!
Na boa, antes desse verao, eu nao acampava ha 8 anos (Ilha Grande, pascoa 1998, galera do Bennett), e agora pretendo ficar mais uns 8 anos sem acampar outra vez… cansei do perrengue, principalmente num camping como esse…
O banheiro era estilo marroquino, com um buraco no chao, e tinha apenas um com privada normal; nem precisa dizer que a fila era quilometrica (que eu enfrentava com prazer) e os niveis de higiene abaixo da linha do aceitavel (aliais a linha estava tao longe do aceitavel, que nem dava pra ver mais a linha….!!). Os chuveiros era do lado de fora do banheiro (lado de fora é jeito de falar, pq como os banheiros eram abertos, sem porta nem nada, todo mundo se misturava) e pra tomar banho quente tinha que pagar, 50 centavos uma quantidade X de agua, que durava alguns segundos. Encanamento eu acho que nem tinha, a fossa devia ser a ceu aberto mesmo, a baixo dos nossos pés… Um “cheirinho de limao” que só vendo…
Ah…. Mas oque sao esse spequenos detalhes quando vc esta de ferias com todos seus amigos num lugar maravilhoso?! Nada… apenas detalhes…

Contando com o fato que a Calabria é a regiao mais pobre e menos desenvolvida da Italia, somando o estado do nosso camping, a qualidade dos serviços em geral, a falta de infraestrutura rodoviaria, ferroviaria etc, só existia UM computador com internet na cidade,  e o CALOR de rachar… a regiao foi carinhosamente apelidada de CalAFRICA, ou CalabriaSaudita… maldades e inside jokes que fazem parte do grupo…

Mas a viagem em si, foi OTIMA!!! Muito tranquila em termos de nights e agitaçoes noturnas em geral, pq Tropea é uma cidadezinha minuscula, semi-desértica durante o inverno e abarrotada de familias italianas durante o verao.
Mas era exatemnte isso que eu todos os outros precisavamos… Relaxar, descansar e esquecer da vida…

Ta com sono? Dorme. Tá com fome? Come. Ta com calor? Dá um mergulho.
E assim os dias foram passando um após o outro…

Nos primeiros dias tinhamos o carro do Marco, Giuseppe e Arturo, entao ainda demos umas voltinhas, como conhecer as praias paradisiacas de Capo Vaticano (de onde se pode ver a Sicilia), tomar sorvete de Tarttufo em Pizzo, jantar de frutos do mar numa outra cidadezinha etc…

Um das praias de Capo Vaticano

Depois que eles foram embora, acabamos passando todos os dias na praia de Tropea dormindo, lendo e jogando bola. Peguei tanto sol que nos ultimos dias minha pele já estava cheia de bolinhas esquisitas e descascando, oque me obrigou a comprar um guarda-sol e um protetor solar fator 60.

Quando a viagem acabou, apesar da tristeza de me despedir tudo outra vez dos meus amigos, eu estava sentindo um grande alivio, de finalmente voltar pra minha casa, dormir na minha cama (minha coluna esta quebrada em 1000 pedacinhos até hj), tomar banho no meu chuveiro (e sem chinelo!!!), e principalmente começar os preparativos pra Londres…
Esse é o pensamento que ocupa minhas celulas cerebrais quase que 100% do tempo. LONDRES! LONDRES! LONDRES!
Como vai ser? Oque me espera? Vou gostar? Vai ser legal?! etc…
Agora passei da fase de sentir frio na barriga, pra sentir ansiedade e chegar lá logo!

Fotos da Calabria

 

Adriana Miller
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17 Aug 2005
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Costa Amalfi

Costa Amalfi, Dicas de Viagens, Viagens pela Italia

A ideia inicial era visitar a ilha Capri, mas acabamos desistindo s e fomos passear na costa Amalfitana.


A costa Amalfi disputa com a Côte D’azur na França e as Ilhas Baleares na Espanha o posto de destino favorito dos ricaços de plantao; uma regiao montanhosa, com rochedos que caem diretamente no mar, de cor azul cristalino e pequenas praias de cascalho…


Para chegar lá pegamos o “metro do mar” (Metro al Mare), que é a melhor opçao de visitar essa area (a nao ser que vc tenha um barco particular), já que por terra as subidas e descidas, curvas e depressoes da montanha faz com que o transporte seja muito dificil (nem sequer tem trem na regiao).


O dia nao estava tao bom assim, e o mar estava muito agitado; resultado: eu verde e a Chiara respirando num saquinho… O café da manha já era…


A primeira parada, pra repor as energias e respirar um pouco de ar fresco foi em Positano. Ruazinhas que sobem sem ter fim, lojas carissimas e hoteis de luxo. A paisagem, sem duvidas muito bonita, com as casinhas coloridas se debruçando na pedra e a vista do mar Tirreno.


Passamos a manha toda passeando e explorando a cidade. Encontramos uma familia de brasileiros perdidos, e quando eu puxei conversa a primeira coisa que eles perguntaram foi: “oque tem pra fazer aqui?! Todo mundo fala tanto da Costa Amalfi, acho que estamos perdidos…”. Ehr…. Bem… é só isso…. Subir e descer as ruas, ver a paisagem, comer pizza, beber Limoncelo e ir na praia. “Praia?! Onde fica?!”. É aqui mesmo, isso aí que vcs estao vendo. E o filho adolescente apavorado leva um susto: “Isso é a praia?!?! Mas só tem pedra! E pedra escura! E é tao pequena que nao cabem nem uma quadra de futvolley!!!!”. Sem duvidas decepcionados…
Já falei e repito… O Mediterraneo (na maioria das vezes) pode ser uma grande decepçao pros brasileros.

Praia de Positano

De lá, pegamos o metro del mare outra vez e fomos até Amalfi, que é a cidade principal da costa. na verdade é quase identica à Positano, só que tem uma catedral enorme e a cidade é um pouquinho maior.


Mais pesseio pelas ruiazinhas, mas vistas do mar, mais pizza e praia.

 

 

Adriana Miller
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