16 Aug 2011
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Ale Trail: a rota da cerveja de Londres

Dicas de Londres, Inglaterra, Pub & Restaurantes, Pubs e Bares, Roteiro

Oque não falta em Londres são pubs, certo? Certissímo!

E o pior é que só depois de conhecer a cidade é que você se dá conta que os “Public House” realmente estão em todos os cantos da cidade, as vezes dois ou 3 em cada quarteirão!

Muitos deles nada mais são que meros botecos da esquina, enquanto outros são ligeiramente mais sofisticados, ou gastro-pubs (quando servem comida muito boa).

E tem também os mais tradicionais, cheios de história e servemas autênticas Ales Inglesas.

Eu não bebo cerveja, então vou me abstrair da discussão cerveja gelada x cerveja não tão gelada, mas dizem os apreciadores de uma boa Ale, que as temperaturas extremamente baixas escondem o verdadeiro sabor do malte, e uma cerveja boa e artesanal nunca deveria ser servirda estúpidamente gelada.

Então em Londres existem diversas “Ale Trails”, que são rotas especificamente montadas em diferentes areas da cidade, que levam os apreciadores de Ales (ou de um belo Pub) aos principais Pubs tradicionais e históricos da cidade.

Então no outro dia, enquanto minha irma esta em Londres, fizemos o Ale Trail em Theaterland, que vai de Charing Cross, Leicester Square a Convent Garden.

Mesmo pra quem não gosta de cerveja ou de bar/boteco, os Pubs são um programa imperdível pra quem vem ao Reino Unido!

E esses roteirinhos de Ale Trails são uma otima opção, pois v0cê pode baixar o mapinha on line, que te diz exatamente onde estão os melhores pubs e exatamente onde ir!

Começamos nossa noite no Princess of Wales, numa ruazinha exatamente entre Embankment e a rua Strand. A primeira vista apenas um pub como outro qualquer, esse pub é considerado uma dos mais antigos e melhores de Londres, além de ter um restaurante gastro-pub no segundo andar (aproveitamos pra jantar lá também).

Como fizemos o Trail num dia de semana depois do trabalho, a noite era curta (afinal os pubs geralmente fecham cerca de 11 da noite) e não tinhamos tempo a perder! Queríamos conseguir conhecer o maior numero possivel de pubs da rota.

Então a segunda rodada foi no The Coal Hole, construído em 1889 e vizinho do Hotel Savoy e seu teatro, e que tem um interior imponente!

Um pé direito altissimo, vigas de madeira no teto e uma escadaria que nos leva ao mezanino do segundo andar.

E para a rodade final fomos no The Wellington, também na The Strand, quase exatamente em frente a Sommerset House e construido (em 1776) no mesmo predio onde alguns seculos antes hospedou uma das mansões de Henry VIII.

Essas pub crawl são uma ótima maneira de conhecer varios pubs ao mesmo tempo, que pode ser um programa a ser feito uma tarde inteira (e se estender pela noite) ou para um happy hour animadinho, como foi nosso caso!

Basta baixar qualquer um dos mapinhas e roteiros no site e decidir o caminho a fazer – todos os roteiros foram planejados com a intenção de serem explorados a pé, relativamente perto um do outro, enquanto você conhece algumas das areas mais bonitas da cidade!

 

 

 

Planejando sua viagem para Londres?

Alem de todas as dicas para aproveitar o maximo de Londres que voce encontra aqui no Blog, planeje tambem sua viagem com servicos e recomendacoes testadas e aprovadas:

E nao perca as dicas de Pubs e Restaurantes, o Calendario de Eventos para saber o que rola de mais interessante ao longo do ano e todas as demais dicas uteis para curtir Londres como um Londrino!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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16 Aug 2011
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Majori: a praia do Mar Báltico!

Dicas de Viagens, Letônia

Ok, ok… praia definitivamente não é a primeira coisa que me vem a cabeça quando eu penso na região Báltica, mas fiquei feliz de descobrir que essa seria uma das nossas opções de passeio nos arredores de Riga.

Então porque não?!

O nome da região é Jürmala, que significa nada menos que “costa maritima” e é o principal destino de ferias e fim de semana do verão da baía de Riga.

A viagem foi rapida e barata (demora cerca de 40 minutos de trem, e o bilhete custa cerca de 50 entavos de Euro) e fomos direto pra cidade principal da região de Jürmala, o balneário Majori.

A ideia inicial era ir visitar um castelo no sul de Riga… mas sinceramente? O que mais existe nesse continente são castelos, uns melhores outros piores, e não consegui me empolgar com nenhum dos castelos “reconstruídos” do Baltico (perto de Riga o mais popular é o Rundale, e em Vilnius, um castelo bastante popular – e um tanto sem-gracinha – é o Trakkai), então decidimos fazer uma coisa completamente diferente! Afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de ir a praia na mar Baltico!

O centro da cidade em Majori é bem bonitinho, e exatamente a cidade balneária fofa que poderiamos encontrar na região dos lagos do Rio de Janeiro, ou Florianópolis ou no sul da Espanha.

A principal característica são as casinhas (casonas na verdade!) de madeira, e a rua principal lo-ta-da de lojas de biquines, esportes aqueticos, cafes, restaurante, sorveterias, etc, etc

A praia em si me pareceu bem diferente doque imaginava! Estando acostumada com as praias de pedra da Inglaterra e da Espanha, me surpreendi de encontrar AREIA!

Areia de verdade, fofinha e bem larga, com bastante espaço pra quadras de volley e foot-volley, muitos hoteis e cafés com mesinhas na areais, parquinhos pra crianças (vontade de me jogar num daqueles pula-pula aquaticos!) e até umas cabaninhas pra você tomar uma chuverada e se trocar sem nem sair da areia!

Infelizmente não estavamos 100% preparados pra praia (como eu nem sonhava que praia entraria no nosso roteiro, não levamos biquines e afins), então ficamos um pouco pegando sol, tomamos sorvete, lemos nosso livro, andamos na areai, e no meio da tarde voltamos pra Riga, a tempo de voltar pro nosso Beer garden preferido e assistir a mais um howzinho de musica ao vivo!

 

 

Adriana Miller
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15 Aug 2011
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Riga – Letônia

Dicas de Viagens, Letônia

Sem dúvida alguma, de todas as capitais Balticas, Riga é a mais bonita, e também a cidade que tem mais atrativos turisticos. Entã não é atoa que eles se auto intitulam a capital do Báltico!

Como regra geral, nossa viagem pelo Baltico teve coisas de menos pra fazer, e tempo demais pra matar, oque foi ótimo, pois foi isso mesmo que pretendíamos fazer quando marcamos nossa viagem pra lá.

Por sorte, nossa viagem foi no auge do verão e conseguimos pegar 2 dias de “sol” e “calor” na Latônia (em se tratando do norte da Europa, isso na verdade significa “ausencia” de chuva e frio), então foi fácil ocupar nossas tarde e noites em Riga, e passamos incontáveis horas batendo papo nos beer garden espalhados pelas praças e jardins e curtindo uns showsinhos de musica ao vivo organizados pela prefeitura. Não consigo nem imaginar como a cidade deve ser diferente durante o outono e inverno… com seus dias curtos e escuros, jardins sem flores e praças e ruas vazias… então se você pretende conhecer a região, se limite exclusivamente aos meses de verão!

Mas não dá negar que Riga realmente é uma cidade linda! Assim como Vilnius e Tallin, a cidade foi totalmente reconstruida na decada de 90, mas sua essência medieval foi mantida e sem duvida alguma entrou pra minha lista de cidade pitorescas e fofas da Europa (minha all time preferida ainda é Praga).

Então mantida as devidas proporções de tamanho e afins, Riga até que tem bastante coisa legal pra fazer, e nossos 2 dias e meio passados na Letônia foram muito bem aproveitados.

Andar pela cidade é super facil, o centro histórico e bem pequeno, e apesar de ter incontáveis mini ruelas chamosíssimas, a cidade é toda conectada de praça em praça através de suas ruas principais.

Ao contrario de Vilnius, Riga tem como característica principal sua arquitetura em art noveau e as muitas praças com casinhas coloridas.

Então o melhor lugar pra começar qualquer roteiro pela cidade ee na sua praça principal e simbolo da cidade, a praça da prefeitura.

Mas na verdade as estrelas da praça não é a prefeitura, e sim os dois predios bem em frente, que são a antiga sede da associação dos comerciantes “cabeça negra” (Melngalvju Nams).

Originalmente construida em 1334, os comerciantes que ocupavem essa associação eram estrangeiros (apesar de terem permanecido na cidade por seculos, sempre foram considerados não-Letãos) e acredita-se que eram de origem Moura ou Arabe, que lhes rendeu o apelido de cabeça-negra, devido aos cabelos castanhos, que contrastavam com a população loirissima dos Balticos.

A praça inteira foi destruía por bombardeios aereos na segunda gerra mundial em 1941 (ao mesmo tempo que as tropas de Hitler “convidaram” os tais comerciantes a se retirarem do país), e o pouco que sobrou foi demolido pelos Russos em 1948. O predio que vemos hoje em dia foi inteiramente reconstruido baseado em fotos, pinturas e registros arquitetônicos em 1999, inclusive o relógio Astronômico, cujo original foi adicionado a fachada no seculo 16.

Mas a “paisagem” da praça não esta completa sem a torre da Igreja vizinha de São Pedro, que tem a torre mais alta da cidade (123 metros de altura).

A Igreja de São Pedro foi originalmente construida em 1209, e assim como todo o resto da cidade, destruída e reconstruída incontáveis vezes. Lá dentro é possivel ver uma exposição de fotografias jornalísticas tiradas durante a primeira e segunda guerra, e é incrivel ver como sua estrutura realmente foi aniquilada.

Mas o mais legal da Igreja é justamente subir no observatório lá no alto da torre, de onde dá pra ver bem a cidade inteira e ter vistas lindas do vale de Riga.

Outra igreja bem legal, e que decora a paisagem de Riga é a Catedral, ou Domo – cercada por uma pracinha muito linda e é considerada a maior igreja dos Balticos.

Bem ali atrás fica o Castelo de Riga, que até hoje é a sede do governo Nacional, mas que não tem extamente areas de palácio não… se não fosse pelos guardinhas na porta e uma única torre, esse predio passaria batido das visitas turisticas. Mas seguir seu roteiro até o castelo é uma ótima opção pra chegar até o Rio Daugava – e a ponte Akmens oferece um panaroma lindo da cidade.

Outros partes da cidade que valem a pena serem visitados:

– Três Irmãos”

Essas 3 casinhas visinhas (numeros 17, 18 e 19 na rua Maza Pils) representam os estilos arquitetônicos que apareceram pela cidade ao longo dos seculos, inclusive a Gótica numero 17, que foi construida no seculo 15 e permanece em pé até hoje (uma das pouquissimas estruturas que nunca foramdestruidas em algum ponto da historia milenar da Letônia) e é considerada a residência mais antiga do pais.

– A Casa do Gato

O Gato preto é simbolo de Riga e você vai ver estatuas, bonequinhos e souvenirs em todos os cantos da cidade.

Enquanto o mundo todo tem supertições negativas com gatos negros, Riga tem um historia bem legal, e pra eles o gato representa sua identidade nacional, igualdade e liberdade.

A história é mais ou menos assim: No final do seculo 19 a Letônia esta sob o domínio Alemão, e portanto comerciantes de origem Letônia não tinham os mesmos direitos nem acesso aos mesmo preços e taxas. mas um comerciante local queria fazer parte da associação de comerciantes da cidade, e tinha sido recusado pelos Alemães.

Então ele colocou uma estatua de gato preto no telhado de sua casa, com as costas arqueadas e o rabo levantado, de costas para a seda da associação, e rogou uma praga nos Alemães.

Depois de muitos protestos e uma batalha judicial, os comeriantes locais passaram a serem aceitos nas associações e o gato foi virado de frente pra praça – então até hoje esse gato simboliza a luta da população em busca de igualdade e aceitação.

– Monumento da Liberdade

Construída apenas em 1935 o pilar de marmore representa a tão sonhada liberdade que a Letônia buscava ha seculos. Ela represente os pilares da sociedade Letã: Trabalho, vida espiritual (e/ou religião), familia e amor a patria.

No alto da coluna tem uma estatua faminina segurando 3 estrelas, que representam as 3 regiões (ou estados) do pais: Kurzeme, Vidzeme e Latgale.

– Academia da Ciência

Também conhecido como o “bolo de aniversário de Estalin”, é o unico dos “arranha céus” construídos fora da Russia antes da queda do socialismo (já falei sobre esses predios aqui).

 

 

Mas nenhuma das atrações de Riga é assim imperdível, então resista a tentação de seguir um roteiro (como eu geralmente faço) e se permita simplesmente perambular pelas praças e ruas escondidas da cidade.

Isso foi oque mais fizemos durante nosso dias por lá, e foi sem dúvida alguma a parte que mais gostei da viagem!

Íamos passando de praça em praça até que de canto de olho você vê uma ruazinha fofa, com casinhas coloridas e cafés irresistiveis… Oque você mais vai ter pra fazer por lá é matar tempo, então se entregue ao dolce fa niente da vida Letã e faça inumeros pit stops pra tomar uma café, beber uma cidra de pêra, depois uma smoothie de frutas vermelhas… almoço, lanche da tarde, mais café, mais chá… e assim sucetivamente!

Todas as noites voltamos pra praça da rua Tirgonu Iela, onde todas as noites rolavam shows de musica ao vivo nos jardins dos cafés; pediamos algumas rodadas de cidra de pêra (made in Letônia e boa demais!) com uns belisquetes e ficavamos lá atéee a banda empacotar os instrumentos e os bares fecharem as portas!

Nossa principal intenção com essa viagem foi descansar, relaxar e gastar pouco, e foi exatamente isso que fizemos!

Os detalhes Práticos:

– Nós chegamos em Riga de onibus, e voamos de volta pra Londres com a Wizz Air.

– Ficamos hospedados no Green Apple Hostel, que é bem ruinzinho e ultra basico, mas que tem uma localização imbativel (bem no centrao da cidade antiga, parte do predio e da estrutura do luxuoso Hotel Riga – até o café da manhã era o mesmo, no salão do Hotel Riga), mas por 35 Euros por noite (casal) e wifi gratix não deu pra reclamar muito não. O Green Apple fica na movimentadíssima rua Valnu Iela, que é lotada de otimas opções de hospedagem, cafés, restaurantes, etc. e a 10 minutos da estação de onibus.

– A moeda é o LAT (ou LVL), e assim como em Vilnius o Euro não é aceito como moeda corrente, mas é facilmente convertido. E a Lita da Lituânia também não é aceita (mas também é facil de trocar uma moeda para a outra). O Euro entrou em vigor na Estonia e subistituiu o Kroon (EEK) no dia 1 de Janeiro de 2011.

– Riga não é tãaaao barata quanto Vilnius, mas ainda assim é uma cidade bem barata para os padrões da Europa Ocidental. Então se você esta viajando com o orçamento apertado, aproveite pra tirar o pé da lama um pouquinho!

 

 

Adriana Miller
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