24 Feb 2014
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Dicas práticas para viajar com bebê (e ainda em processo de aprendizado!)

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Nos últimos anos pré-Isabella, nada me irritava mais do que comentários do tipo “aproveita mesmo, porque depois que os filhos vierem essa vida de viajar toda hora vai acabar…!”.

Ok que não da pra negar que a vida muda, mas daí a achar que a vida acaba depois que temos filhos nunca foi minha praça. E no quesito viagens, se eu sempre viajei com meus pais desde bebê, por que não faria o mesmo quando tivesse meus filhos?!

Os benefícios e delícias de se viajar em família são inúmeros (e o que não falta por ai hoje em dia são blogs sobre viagem com crianças e em família exemplificando isso!), mas também nunca me iludi e sempre soube que teríamos que fazer algumas mudanças e adaptações no nosso estilo de viajar para acomodar as necessidades de uma nova pessoinha!

E na verdade quando digo “viajar”, não necessariamente significa entrar num avião e ficar semanas a fio longe de casa… muitas das “dicas” a baixo são na verdade muito mais utilizadas no nosso dia a dia em Londres, e fins de semana passeando por ai, do que necessariamente “estar de ferias”.

Bons costumes e uma boa rotina no dia a dia da criança podem ser replicados em qualquer lugar do mundo, e sempre facilitam a vida dos pais, sem prejudicar a criança, e eh isso que importa!

Então logo que descobrimos a existência de um terceiro tripulante a bordo que já começamos a nos empolgar a mostrar o mundo pra nossa família, e nunca me passou pela cabeça que isso significaria o fim das viagens!

Com isso em mente, já nos planejamos para que de certa maneira pudéssemos criar um bebê que adore viajar como nós, e que ela viesse apenas para somar, e não atrapalhar. Tanto eu quanto o Aaron já somos pessoas naturalmente tranquilonas, e nunca me imaginei sendo uma mãe neurótica nem cheia de frescuras e medos – no dia a dia, e muito menos mundo afora.

Então esse post nada mais é do que alguns tópicos e pequenos detalhes que fizemos com a Isabella desde seus primeiros dias de vida, já pensando em como facilitar nossa vida lá na frente, quando começássemos a viajar com ela.

Muitas dessas “dicas” foram resultado de assistir amigas e conhecidas no dia a dia da “vida real”,  lidando com seus filhos, muito antes da Isabella nascer ou quando ela era bem pequena, e situações que me fizeram refletir comigo mesma e decidir: “Nunca quero ser assim”!

Não quero dizer que determinado comportamento seja certo e o outro errado, apenas foram detalhes e situações que eu sabia que não dariam certo pra mim.

Mas sei que nem sempre o que da certo (ou errado) pra uma família vai funcionar com outra criança, outra mãe ou outro pai… Então cada um tem que saber reconhecer o que pode ou não ser usado, separar o joio do trigo e não necessariamente fazer alguma coisa só porque todo mundo faz (ou não faz) ou porque leu num livro ou num blog.

Esse post esta no rascunho a muito tempo, mas fiquei na duvida se publicava ou não… geralmente não gosto desses posts “mommy blog” ditando regras, que dão a impressão de “olha como meu bebe e minha família são perfeitos e se você fizer diferente, será tudo errado”, sabe?

Mas ao mesmo tempo essas são as perguntas pais-e-filhos mais frequentes aqui no blog e no Instagram, que já respondi em outros comentários e posts, então achei mais pratico colocar tudo junto num lugar so.

Mas reforço que não estou ditando regras, nem profecias sobre o que é certo ou errado, e muito menos o que faz de alguém uma boa mãe ou não – são apenas as dicas que usamos em nosso dia a dia e em viagens, e que realmente fazem nossa vida tão mais fácil e leve!

 

– Alimentação:

Eu me preparei pra amamentar por o maior tempo possível. Afinal nada é mais prático do que amamentar um bebê – já esta tudo esterilizado, na temperatura certa, embalagem certa e prontinho para ser servido em qualquer lugar do mundo! Mas também nunca tive a pretensão de amamentar exclusivamente por anos a fio (afinal isso é uma escolha individual de cada mãe/bebê), então desde que introduzimos mamadeiras e fórmula na dieta da Isabella, eu ja tinha algumas ideias em mente.

Pesquisei bastante e escolhi mamadeiras que não demandassem muito tempo/esforço para serem limpas, esterilizadas e afins. Muitas pecinhas, tubinhos e mecanismos de promessas impossíveis?! Tô fora!

O mercado está cheio de mamadeiras que prometem mundos e fundos (imitar a sucção do peito, evitar cólicas, etc), mas depois de pesquisar bem e de conversar com um pediatra e as Health Visitors do NHS, cheguei a conclusão que nada poderia garantir promessa nenhuma… Então me decidi pelas mamadeiras da MAM, que são apenas 3 peças pra desmontar/lavar – e o principal – auto esterilizáveis (bastam 3 minutinhos no microondas com um pouquinho de agua e pronto! Nunca nem comprei aquelas esterilizadoras super trambolhão!).

Se já é chato ter que lavar mamadeiras nas férias, imagina ter que carregar um esterilizador?!

Estoque de papinhas e leite no cruzeiro pelo Caribe

O segundo detalhe foi: leite artificial, sempre na temperatura ambiente!

Nunca acostumamos a Isabella a tomar leite morno, desde o primeiro dia de leite em pó! Isso significa que a qualquer momento do dia ou da noite, seja lá onde estivermos, se ela estiver com fome, sua mamadeira estará pronta em questão de segundos!

(Isso foi uma dica de uma amiga aqui em Londres, enquanto tentava lidar com seu filho de uns 3 anos dando um verdadeiro escândalo porque o leite não estava morno… na época a Isabella ainda só amamentava, e ao ver a situação dela, fiquei com a “dica” na cabeça, e deu super certo pra gente!)

Não ter que carregar garrafa térmica com agua morna, ou ficar catando um lugar pra esquentar mamadeira ou agua pra preparar leite. Nunca tive que pedir pra comissaria de voo ou garçon de restaurante esquentar agua/leite pra Isabella, e isso facilita TANTO no dia a dia!

Depois que ela passou a comer papinhas e comida normal, uma outra “técnica/filosofia” muito popular aqui na Inglaterra e que deu muito certo com a Isabella eh o “Baby Led Weaning”, que basicamente dita que o bebe deve – na medida do possivel – sempre comer sozinho, e comer comida “normal”, e não apenas papinhas insossas, sem sabor nem texturas.

Não fui nem sou muito xiita em relação a isso não, e o fato de que a creche da Isabella usa a mesma filosofia também ajuda bastante.

Seção de leites e papinhas na farmácia do aeroporto em Londres

Além de todas as vantagens didáticas da “teoria” (pois estimula o senso de independência da criança, estimula o gosto por comida “de verdade” e não apenas um paladar infantil, estimula um ambiente de refeições em família e dá a criança um senso de “participação” em vez de sempre comer algo diferente, num horário e momento separado dos pais ou irmãos mais velhos), a verdade é que no dia a dia, e principalmente quando estamos fora de casa, também tem sido uma mão na roda.

Quando digo que não sou xiita, é porque na rapidez e praticidade do dia a dia, de segunda a sexta, eu também faço papinhas especiais pra ela, e durante a semana ela geralmente janta mais cedo que a gente mesmo, mas em compensação isso também significa que sempre que comemos fora ou viajamos não preciso ficar neurótica sobre como levar comida, onde esquentar comida, se os legumes são orgânicos, se agua foi benzida ou sei lá mais o que, e sempre da pra achar alguma coisa no cardápio que ela vai gostar e vai comer numa boa (mesmo sem dentes!).

Siiiiiim, faz uma sujeirada, mas nada que uma muda extra de roupa e uns lencinhos umedecidos na bolsa não resolvam!

Curtir as refeições em família e ver a Isabella comendo bem provando novos sabores compensa a bagunça!

Outra coisa que facilita bastante é que hoje em dia existem papinhas de bebê de ótima qualidade e variedade e fáceis de encontrar no mundo todo.

Papinha orgânica na Bósnia

Concordo que em viagens longas não é bom que a criança só como comidas artificiais várias vezes por dia, por muitos dias a fio, mas não vejo mal nenhum fazer um revezamento entre comida “de verdade” e comidas prontas.

Então geralmente o café da manhã dela é no hotel/apartamento (sempre que possivel tenho dado preferência a ficar hospedada em apartamentos ou flats com cozinha e tals), com frutas, cereais e iogurte, na hora do almoço dou alguma papinha pronta com alguma fruta (mas se formos comer em algum lugar que dê pra pedir alguma coisa pra ela, melhor ainda), e a noite tento dar mais alguma papinha feita em casa, ou sopa de legumes em algum restaurante e algumas variações do mesmo tema.

A Isabella não é muito de fazer lanchinhos não, e se ficar com fome entre as refeições, o que ela gosta mesmo é de leite (que é fácil, pois como ela não toma leite quente/morno, é facílimo preparar o leite dela a qualquer momento).

 

– Dormir:

Tivemos bastante sorte de ter um bebê que dorme super bem (e por MUITAS horas seguidas a noite) desde bem novinha, mas sempre evitamos criar um ambiente onde tudo no mundo tem que parar só porque ela esta dormindo.

Claro que ha limites, e é óbvio que um bebê de meses não tem a mesma disposição que um adulto (nem essa nunca foi a intenção), mas aos poucos fomos acostumando ela a dormir em qualquer lugar – no carrinho enquanto passeamos a tarde, ou no canguru pelos corredores de um museu ou aeroporto ou no bebe conforto no banco de trás do carro.

Ela tem uma rotina super regradinha (isso não adianta lutar contra! Toda criança precisa de uma estrutura), mas desde que mantemos esses horários e costumes, ela fica numa boa, seja onde for.

Na medida do possivel, sempre tentei criar um ambiente de “sonecas” que fosse confortável e aconchegante, mas que nao dependesse do quarto escuro, a musica X, a temperatura Y, que acaba deixando maes e criancas escravas de um custume dificil de quebrar.

(essa foi outra dica resultante de um trauma de ver uma outra amiga aqui em Londres que não podia fazer NADA fora de casa entre 12:00 e 15:00 porque se o filho não dormisse no seu berço, ouvindo a musica tal, com o bichinho Y, no escurinho, etc ele dava altos escândalos. Ele não ficava com ninguém, não se adaptou na creche etc por causa disso)

Outro “truque” que deu super certo com a Isabella é a base do carrinho que compramos pra ela (o Bugaboo Bee), que se chama “Cocoon”. Nada mais é que uma base macia e maleável e que faz as vezes de um Moisés pra recém nascidos. Só que esse “Cocoon” parece um mini saco de dormir, e é suuuuper aconchegante!! Então desde os primeiros dias de vida usamos esse “Cocoon” como a base de sua cestinha moisés que ficava no meu quarto nas primeira semanas, depois se mudou com ela para seu berço no seu quarto, e ia com ela onde for!

O “Cocoon” dentro do berço do hotel em Vail

Já serviu de base pra caminha na casa das avós nos EUA e no Brasil, serviu de cama improvisada no lounge do aeroporto, também fez as vezes de lençol/forro nos berços de hotéis de Vail a Búzios, e na cama do quarto de hóspedes na casa de amigos durante uma festa.

Hoje em dia, depois que ela ficou muito grande para o Cocoon, ela dorme num “baby grow”, que eh outro tipo de saco de dormir quentinho e confortável, próprio pra crianças mais velhas.

Ou seja, ela dorme numa boa, em qualquer lugar, porque pra ela, ela esta dormindo sempre no mesmo lugar! Tem a mesma textura, cheiro, maciez, etc

 

 – Banho

Essa dica eh simples e fácil!

Em casa a Isabella sempre tomou banho em sua banheirinha de bebe usando um daqueles “reclinadores” (que deixa a mãe com as duas mãos livres e sem medo de deixar o bebe escorregar, e por sua vez o bebe fica bem mais confortável!), mas ao mesmo tempo nunca passou pela minha cabeça levar aquele trambolhão pra lugar nenhum!

Hora do banho no hotel em Búzios

Então o que fizemos foi comprar uma daquelas piscininhas infláveis de bebe – são super baratinhas, leves e fácil de carregar na mala, e fáceis de encher e esvaziar.

Levamos em quase todas as nossas viagens, sem ocupar nenhum espaço na mala, mas mantendo ela confortável (e facilitando nossa vida na hora do banho).

É só encher com agua do chuveiro e voila!

Hoje em dia, depois que ela ficou muito grande pra banheirinha, passei a dar banho nas banheiras de hotel ou no chuveiro mesmo (quando não tem banheira), usando um copo de plástico ou canequinha pra faciliar!

– “Mãos livres”: Canguru, wraps e mochilas

Imediatamente depois que a Isabella nasceu, eu fui adepta dos cangurus e wraps.

Na verdade, tentei alguns wraps mais elaborados (acho liiiiindo aqueles bebes todos enroladinhos com as mães), mas a Isabella NUNCA se adaptou a nenhum deles (altos berreiros!) – mas em compensação ela adorava o Baby Bjorn (marca do nosso canguru), então eu fazia tudo com ela pertinho de mim! E de quebra, ainda ficava com as mãos livres!

Prestes a embarcar pro Brasil com o canguru

Eu saia de casa sem fralda extra, mas nunca saia de casa sem o canguru a mão!

Se ela estava com dificuldade pra pegar no sono: canguru. Se estava irritada ou manhosa: canguru. Acordou bem na hora que comecei a almoçar: canguru. Etc, Etc, Etc.

E claro, na hora de viajar, estar com as mãos livres é a melhor coisa que existe! Afinal seja qual for seu meio de transporte, você terá que carregar mala, passagens, passar por lugares apertados, montar e desmontar o carrinho e afins.

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Depois que ela ficou gorducha demais pro canguru, fizemos o upgrade para uma mochilinha, dessas próprias de carregar crianças.

Pra começar que ela A-DO-RA ver o mundo lá de cima, fica olho no olho com a gente e o resto das pessoas em volta, sem deixar de ficar confortável.

Na mochilinha a caminho dos EUA

O modelo que escolhemos foi a LittleLife, pois é bem versátil, mas sem ser um trambolhão (não queria nenhuma daquelas mochilas de trilha nem acampamento não, sabe? Queria algo mais portátil e menos horrenda!).

Quando esta fechada e sem a Isabella dentro, essa mochila tem cara de mochila “normal”, e ainda tem um compartimento extra onde colocamos as coisas dela (que iriam na bolsa de fralda), como mudas de roupa, fraldas extras, mamadeiras, brinquedos , etc (mas tem que ter cuidado pra não exagerar porque isso tudo estará nas suas costas também!), e quando abre, ela tem uma cadeirinha acolchoada, apoio pros pés, almofadinha pro rosto (se bem que não acho que ela fique muito confortável pra dormir bem não, então sempre tenho um “plano B” pra hora da soneca mais longa do dia).

Eu sei que existem alguns modelos de canguru que “duram” mais tempo, e podem ser usados com bebes/crianças mais pesadas, mas ainda assim preferimos usar a mochila, pois achei que tanto a Isabella quanto eu ou o Aaron (quem estiver carregando ela) ficaríamos mais confortável, pois assim como uma mochila de acampamento, a Little Life tem um suporte de alumínio nas costas, apoio pro quadril, etc facilitando o nosso uso por períodos longos. Além de poder ser usada por crianças ate uns 20 quilos (ou uns 3 anos, depende da criança).

 

– Carrinho 

Entre as famílias viajantes, existe muito debate sobre qual o melhor carrinho escolher.

Antes do bebe nascer, todo mundo quer o mais potente, mais vistoso, mas cheio de perecotecos e fashion. Ai logo depois que bebe nasce a realidade bate a porta, e acabamos nos dando conta que o modelo X é muito pesado, o Y não cabe na mala do carro nem passa na escada rolante do shopping, ou que desmontar a marca Z na porta do avião (ou no estacionamento no shopping, antes de entrar no taxi, ou seja onde for)é muito difícil, etc, etc.

Então quem não conhece famílias que tem 2, 3 ou mais carrinhos encostados em casa? Haja dinheiro desperdiçado pra isso tudo heim?! E haja espaço de sobra nos micro apartamentos de hoje dia pra guardar isso tudo!

Pelas ruas de Les Baux, na Provence Francesa

Isso foi uma coisa que pensamos muito antes de decidir qual carrinho comprar, e queríamos um modelo resistente e confortável, porem compacto, de peca única, que fosse fácil de abrir e fechar e que fosse versátil, podendo ser usado de recém nascido ate uns 3 anos. Acabamos escolhendo o Bugaboo Bee e sem duvida alguma foi a melhor decisão feita no mundo paralelo do enxoval de bebe! (varias outras dicas, opiniões e duvidas sobre o Bugaboo nesse tópico aqui no fórum).

Dormindo no Bugaboo numa conexão em Nova Iorque

Ha quem defenda os carrinhos “guarda chuva” a ferro e fogo, e realmente deve ser bem mais fácil lidar com um carrinho desse estilo em comparação com modelos mais monstrengos (tipo Stokke, Silver Cross, alguns Quinny, etc), mas no nosso caso (por todos os motivos que nos levaram a escolher o Bugaboo Bee desde o inicio) não tenho a menor necessidade de um carrinho “pra viagem”.

Mas meu principal motivo por não gostar dos modelos gurda chuva eh o conforto pra criança. Afinal, se eu quero passar o dia todo batendo perna por ai, o mínimo que posso fazer pela minha filha é garantir que ela estará confortável e vai conseguir dormir numa boa, e tals, e a maioria dos guarda-chuva não oferecem isso.

Pois acho que trambolho por trambolho, eles também são, e no fim das contas são os pais carregando e empurrando o carrinho o dia todo de qualquer maneira.

Pelas ruas de San Juan, Puerto Rico

O meu carrinho (Bugaboo Bee) é bem compacto e prático (e fecha em uma peça só, que acho essencial), mas super confortável pra Isabella e isso que acho importante em viagens (porque ela consegue dormir tranquilamente durante horas no carrinho, enquanto passeamos com tranquilidade).

Talvez quando ela for maiorzinha, tipo uns 2 ou 3 anos pode ser que eu mude de ideia, mas o que vejo acontecendo com mães amigas é que elas compram um carrinho guarda chuva achando que vai ser mais pratico, só que nessa idade as crianças querem andar no chão e explorar as coisas e lugares (principalmente em viagens), então a mãe/pai acaba passando o dia todo carregando o trambolho do carrinho, e na hora que a criança cansa e quer voltar pro carrinho, não conseguem descansar nem dormir direito porque o carrinho não é confortável suficiente…

Bem, pode ser que ao longo do próximo ano eu mude de ideia, mas acho que a vantagem do carrinho que escolhi eh justamente essa, e não tenho planos de ter que comprar outro carrinho (nem tenho vontade, nem teria lugar pra guardar).

Carrinho sobrecarregado de tralhas no aeroporto

Viajamos com a Isabella pra tudo quanto é canto levando nosso carrinho normal mesmo e nunca tivemos problema (nem no dia a dia da viagem, nem na hora de embarcar, nem nada disso).

E afinal, não ha maior prova de fogo pra portabilidade e durabilidade de um carrinho do que nosso dia a dia em Londres!

Claro que ha modelos E modelos de carrinho guarda-chuva, e alguns atá bastante confortáveis, mas ai por outro lado eles perdem as vantagens de serem leves e compactos… (alguns modelos McLaren por exemplo, são mais pesados e maiores – quando fechados – do que o Bugaboo Bee, por exemplo).

 

– Germes e esterelização

Atenção mães com fobia de germes e sujeiras: melhor fechar seu browser agora mesmo!

Taí uma frescura que não tenho de jeito nenhum! Acho que criança tem mais é que se sujar, colocar tudo na boca, rolar no chão! Como já diria minha avo, criança precisa de “vitamina S” pra crescer (“S”  de sujeira!).

Claro que tudo tem seu limite, e lencinhos umedecidos e álcool em gel estão ai pra isso, e prefiro deixar ela ficar rolando por ai enquanto eu vou atrás dela limpando suas mãos o tempo todo, do que não deixar ela brincar livremente ou explorar os lugares so por medo de “estar sujo”.

Rolando pelo chão do aeroporto em Houston, Texas

Rolando pelo chão do aeroporto em Houston, Texas

Outra mania que nunca tive com a Isabella é a esterelizacao de tudo que ela encosta.

Segui as recomendações do pediatra nas primeiras semanas de vida, mas já com uns 2/3 meses ele nos “liberou” e imediatamente parei de me preocupar com isso. Afinal essa eh a idade que os bebes começam a colocar tudo na boca de qualquer maneira, então de que adianta fica esterelizando todas as mamadeiras se seu bebe esta mordendo e chupando  a alça do carrinho ou do canguru?!

"Chão gostoso!" (sou dessas que primeiro tira a foto e depois sai correndo gritando não!)

“Chão gostoso!” (sou dessas que primeiro tira a foto e depois sai correndo gritando não!)

Além disso o próprio ato de tirar as coisas de dentro do esterelizador já dês-esterilisa tudo, a não ser que você mantenha os armários de sua cozinha e as prateleiras da sua casa sempre embalados a vácuo! Ninguém consegue criar crianças numa bolha o tempo todo (e nem deveria…!).

Lá em casa acho que facilita bastante o fato de termos uma maquina de lavar louca, que por lavar tudo com agua super quente, já meio que da uma esterilizada, mas quando viajamos, eu apenas levo detergente de louca e a escovinha de mamadeira e lavo tudo muito bem com agua quente, e voila!

Kit “lava mamadeira” de viagens

Então já me perguntaram como eu fiz pra esterilizar mamadeiras no cruzeiro, no hotel tal, no avião… Oi?

Mas ainda assim, para famílias menos “relax”, hoje em dia existem produtos (em liquido, tabletes, etc) portáteis que podem ser usados pra esterilizar os equipamentos de bebes sem necessidade de carregar esterilizador pra tudo quanto eh canto.

(continua sendo um estorvo na vida ma mae&pai da crianca ne? Afinal onde voce vai deixar a mamadeira de molho durante um voo?)

Ou simplesmente comprar marcas auto esterilizaveis e mais praticas (como mencionei as mamadeiras da MAM ai em cima)

(esse foi outro “trauma” ao vivo depois que assisti – horrorizada – uma amiga que esterilizava cada mamadeira, cada gota de agua, cada bico, cada chupeta mil vezes por dia, segundos antes de serem tocados por seu filho, que na época já tinha uns 6 meses. O menino tava lá, lambendo o sofá e mordendo o dedo de todo mundo, mas assim que ela tinha que dar uma mamadeira pra ele, lá ia ela esterilizar e ferver tudo freneticamente, enquanto a criança berrava de fome)

 

Enfim, como o proprio titulo do post indica, esse eh um process eterno de aprendizado, e cada nova fase da Isabella traz novos desafios e novas adaptacoes, a cada ano mais novidades surgem no mercado, e nunca ninguem tera todas as respostas e dicas infaliveis sobre como criar cirancas.

Entao pode ser que daqui a uns meses eu mude de ideia sobre todos os pontos acima, ou quem sabe, resolva fazer tudo completamente diferente com um proximo filho – mas ate hoje estamos satisfeitos com as escolhas e decisoes que tomamos ao longo do primeiro ano de vida da Isabella, e temos uma dinamica familiar muito facil de ser administrada, e acho que isso eh que eh o moral da historia! :-)

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Adriana Miller
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23 Feb 2014
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Vinopolis

Bares & Baladas, Dicas de Londres, Dicas de Viagens, Inglaterra, Pub & Restaurantes, Restaurantes

OK que a Inglaterra não é exatamente conhecida por sua produção de vinho, e nem sequer pensamos em “degustação de vinhos” quando pensamos em Londres, mas esse fim de semana o Aaron me surpreendeu com um presente muito legal de aniversario!

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Veja bem, uma das minhas “resoluções” de aniversario de meus 30 e poucos anos era aprender mais sobre vinhos… Sou dessas pessoas que geralmente escolhem pelo preço (de preferência o mais barato) e pelo paladar, mas não entendo nada sobre tipos de uva, colheitas, e qual tipo de vinho combina com qual tipo de comida, mas sempre quis entender melhor essa “arte”.

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E nos últimos anos sempre aproveitamos algumas viagens pra visitar vinculas e aprender mais sobre todo o processo #AchoChique e sempre que vamos a algum restaurante mais bacana ficamos naquela de “não seria legal saber qual o melhor vinho escolher?!”

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Então demos o primeiro pontapé nessa jornada!

A surpresa foi um evento tipo “Vinhos para principiantes” no Vinopolis, em Londres, que foi divertidíssimo!

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A Vinopolis é um caso a parte, e cheguei a conclusão que eles estão para vinhos como Londres esta para o mundo: um lugar incrível que reúne o melhor do mundo todo!

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Se você quer visitar um lugar multi-cultural onde possa ver um pouquinho de cada canto do mundo reunidos, venha para Londres. Se você quer conhecer um pouquinho mais sobre todos os vinhos do mundo, vá para o Vinopolis!

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Sem falar que o espaço é o máximo: eles ocupam um mega galpão na vizinhança do Borough Market, se espalhando por inúmeros vãos dos trilhos de trem de London Bridge – criando aquele clima de “adega” incrível, com seus tuneis de pedras e tijolinhos com pé direito altíssimo!

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E além da loja GIGA de vinhos e bebidas em geral e restaurantes, eles também oferecem cursos e eventos “Vinopolis”, onde eh possivel ir aprendendo e degustando um pouquinho mais sobre vinhos (e eles também fazem um evento parecido sobre Wiskey Escoces!).

Pra quem já entende bem de vinhos, eh bem capaz de torcerem o nariz, e confesso que não sabíamos muito o que esperar, mas acabou sendo a introdução perfeita ao mundo dos vinhos, pois cada um escolhe seu ritmo e suas preferências.

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Funciona assim: o grupo entra num auditório onde um instrutor explica o evento e da alguns macetes básicos sobre como escolher vinho, como provar e o que procurar em cada tipo de uva/vinho.

Depois você recebe um cartão de chip que te da direito a suas degustações, e quando entramos no galpão, o espaço e os tuneis são separados por tipo de vinho, de uva, solo, altitude, clima e temperatura e todos os fatores que afetam o sabor e aroma de um bom vinho, e ai você vai lendo as descrições e escolhendo o que quer provar/degustar de cada vez.

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Achei o máximo, pois pudemos focar individualmente no que queríamos “aprimorar” – eu queria entender melhor sobre os diferentes tipos de uva, e queria explorar diferentes tipos de vinho tinto (que de regra geral não sou muito chegada, prefiro os brancos).

Foi muito divertido, e mais fácil de entender e comparar os tipos de uva e vinhos do que quando visitamos vinícolas especificas – A Cada evento eles tem cerca de 150 diferentes tipos de vinhos sendo degustados de todas as regiões do mundo, tudo explicadinho.

Além disso eles também tem um bar de tapas, um Champagne bar e uma area dedicada a Whiskey e destilados, que também podem ser degustados.

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Foi um evento bem divertido a dois, mas seria incrível também com um grupo de amigos ou uma família maior (mas todos os participantes tem que ter mais que 18 anos), e daria pra ser estendido a noite toda!

Quem quiser aproveitar o momento e já aplicar alguns ensinamentos, eles também fazem uns pacotes “Wine and Dine” que incluem jantar em um dos restaurantes da area (nos fomos no El Mercato) e ai você janta e já pode escolher um vinho na carta (que são fornecidos direto pelas adegas do Vinopolis).

Na é exatamente uma coisa “típica” a se fazer em Londres, mas achei uma ótima opção de um evento diferente e divertido!

Vinopolis

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Adriana Miller
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21 Feb 2014
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Kit viagem – os preferidos do momento!

Beauty Everywhere, Cabelo, Necessaire de Viagem, Pele

A umas semanas atras eu viajei pra Madrid a trabalho e postei essa foto do meu “kit viagem” no banheiro do hotel:

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Na verdade nao eh a primeira vez que faco esse tipo de post por aqui, mas como os produtos estao sempre mudando e os preferidos vao se reciclando, acho valido sempre fazer novos posts!

Bem, da esquerda pra direita:

Clarins UV Mineral HP – Filtro solar mineral, levissimos da Clarins que ja rolou post aqui no blog!

SkII – Hidratante power da marca Japonesa SkII, que tambem ja fiz post a um tempinho atraz. Nao amo de paixao nao, mas eh excelente quando quero um produto mais denso ( ar em Madrid eh muito seco e minha pele sempre sofre quando fico por la bastante tempo!)

Advanced Night Repair da Estee Laurer – esse eh um preferidissimo antigo que nao sai da necessaire de jeito nenhum (tambem ja fiz alguns posts sobre ele ao longos do anos. Apesar de ser noturno, uso dia e noite!)

Kerastase Elixir Ultime – versao miniaturas do shampoo, mascara e oleo da linha Ultime da Kerastase (que estou usando atualmente e quando vi a versao mini pra viagem nao resisti e achei super pratico!)

Carmex de bastao – o melhor protetor labial do planeta (uso e ja usei varios outros, mas nada chega aos pes de se comparar com o Carmex, e a versao bastao eh ainda melhor! Pena que so vende nos EUA – entao sempre qu evou faco um super estoque!)

Creme de Corps Kielh’s – um super classico corporal, mas que nao gosto para o dia a dia (acho melequento demais), mas super bom pra viagens para climas secos que sei que a pele do corpor vai sofrer! A noite passo no copo todo depois do banho, mas depois do banho da manha passo so nas areas criticas, pois ele meleca mesmo e fica grudento na roupa (como malho todos os dias de manha tomo uma chuveirada rapida de manha e um banho “de verdade” a noite”)

Clinique All About Eyes Rich – amor eterno pelo creme de olhos da Clinique! Ja uso a tantos anos que ja ate perdi a conta! Tem uma texura perfeita e fica otimo pra usar por baixo do corretivo sem “craquelar”!

Cetaphil – sabonete cremoso para lavar o rosto

Degree – desodorante em bastao tamanho mini

Matrix Keratin Leave in – ganhei de presente da minha sogra (ela sempre me da umas miniaturas de viagem de presente pois sabe que eu uso muito!) e gostei! Nao sei se compraria pra usar todos os dias em casa, mas cumpriu bem sua funcao durante a viagem (deixou o cabelo bem macio, hidratado e afins).

 

Adriana Miller
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