13 Mar 2015
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Museum of London – o museu para os apaixonados por Londres

Atrações Turisticas, Dicas de Londres, Dicas de Viagens, Europa, Inglaterra, Londres com Criancas, Museus

Uma confissão: em quase 10 anos de vida Londrina, eu nunca tinha entrado no Museum of London! Nao sei porque, mas numa cidade com tantas opcoes, a gente acaba ficando mal acostumado com a grandiosidade de certas coisas… Seja a historia mundial e milenar do British Museum, ou a suntosidade do National History Museum, ou o vanguardismo do Tate Modern… Seja qual for o motivo, tantas outras cosias acabam ficando em segundo plano! Mas desde que fiz o tour “secreto” da estacao (desativada) de metro Aldwych, que fiquei curiosa para conhecer esse museu. A estacao foi uma das muitas utilizadas como abrigo anti bomba pela populacao Londrina durante a Blitz da Segunda Guerra Mundial, e durante o tour o guía mostrou varias fotos e recortes de jornais que demonstravam a situacao e sempre fazia referencias ao Museum of London. Entao durante a visita dos meus país resolvemos ir ate la – eles tambem ja vieram a Londres varias vezes e queriam conhecer alguma coisa nova. Foi a desculpa perfeita. O museu eh enorme, mas bem pequeno ao mesmo tempo; e como o nome indica, eh inteiramente dedicado a historia da cidade de Londres. O museu comeca contanto a historia pre histórica da cidade, sobre a geología do solo e dos leitos do rio Tamisa e os muitos fosseis encontrados na regiao. Depois, ao poucos Londres passa a existir – primeiro contando um pouco sobre a histroa de Londynium, a capital norte do Imperio Romano e o legado deixado por eles. Depois a Londres medieval, e o comeco da historia da Inglaterra e do Reino Unido que conhecemos hoje em dia. Tem tambem uma ala toda dedicada ao grande incendio de 1666, a reforma religiosa do seculo 16 e a expansao da cidade ao longo da historia. E eu adorei, adorei, como o museu faz um link entre Londres e o mundo: todos os fatos e as coisas que foram criadas, inventadas e desenvolvidas em Londres e por Londrinos, que posteriormente foram exportadas para o resto do país e do mundo, impactando toda humanidade. Ja a ala “moderna”, que conta a historia mais recenté da cidade eh tambem super interesante, com uma mini cidade cenografica que mostra como era a Londres Victoriana do inicio do seculo 20, exemplares dos primeiros taxis Black cabs da Hackney Garage, o primeiro elevador da Selfridges (para os fans da serie “Mr Selfridges”!), a primeira escada rolante da Harrods, etc entre varias outras curiosidades. Tem tambem a parte dedicada a 1’ e 2’ guerra mundial, e como a cidade foi afetada, principalmente durante os bombardeios de 1944, onde Londres foi parcialmente destruida (mas nesse aspecto, o Imperial War Museum eh bem mais completo e interessante). E mostrando a evolucao da historia da cidade, pasando pelas Olimpiadas de 2012 e ate 2014. Interessantissimo, e a pesar de nao ser muito grande, tem muita coisa para ver e muita coisa legal demais! Daria para encaixar perfeitamente num roteiro/itinerario ali pela City e da aquele selo final de “nossa, que cidade incrivel”! (fica ali pertinho de St Pauls) A entrada eh franca, mas o museu sempre faz exposicoes especiais tematicas e sobre asuntos interesantes relacionados a Londres (ate Abril de 2015 a museu tem uma exposicao especial sobre Sherlock Holmes! Para os fans da historia, voces podem comprar os ingresos aquí). E como quase todos os museus em Londres, tudo eh muito interativo, com muitas coisas interessantes e educativas para criancas!

Para todas as outras dicas e passeios pela City, clique aqui (roteiros e itinerarios, atracoes, restaurantes, pubs etc).

Museum of London

150 London Wall, EC2Y 5HN

Planejando sua viagem para Londres?

Alem de todas as dicas para aproveitar o maximo de Londres que voce encontra aqui no Blog, planeje tambem sua viagem com servicos e recomendacoes testadas e aprovadas:

E nao perca as dicas de Pubs e Restaurantes, o Calendario de Eventos para saber o que rola de mais interessante ao longo do ano e todas as demais dicas uteis para curtir Londres como um Londrino!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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05 Mar 2015
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Murano e Burano – explorando o arquipelago de Veneza

Dicas de Viagens, Europa, Italia, Veneza, Viagens pela Italia

A cidade de Veneza é um arquipélago, e seja a cidade “principal”, ou a “Ilha grande” (que por sua vez é composta por varias outras ilhas), assim como toda a “grande Veneza” é um arquipélago, incluindo varias outras ilhas que fazem parte de Veneza, mas não são a Veneza oficial que conhecemos.

Da outra vez que estivemos na cidade, aproveitamos umas horinhas sobrando antes de voltar para casa e fomos ate a ilha “Lido”, que é uma das maiores e mais próximas a Veneza (capital), mas que tem toda uma vibe única.

Lido é tipo a ilha de verão ou de ferias do Venezianos, com praias, beach clubs, hotéis tipo resort e uma sensação mais real de “cidade” (com ruas, avenidas e afins) do que Veneza.

Então dessa vez resolvemos ir mais alem e conhecer outras das duas ilhas que compõem Veneza, e também as mais populares entre os turistas: Murano e Burano.

 

– Murano

Murano é um nome familiar, pois é la na ilha que se fabrica o renomado “vidro de Murano”, conhecido no mundo todo.

São dezenas de famílias super tradicionais que vão passando a técnica e a arte da fabricação de vidro de geração em geração, sem perder a essência de “arte” que os tornou famosos.

Visitar Murano é super fácil, ficando a menos de 20 minutos de Veneza, seja de barco Vaporetto publico ou de taxi particular, ou até mesmo de excursão organizada.

 

Dependendo de onde voce estiver hospedado, e se comprar o passe diário para andar de Vaporetto, sua passagem ja esta incluida e é so ficar de olho nos horários da linha 12, que conecta a estacão “Fond. Nuove” no norte de Veneza com a estacão “Murano Faro” de Murano.

O nosso hotel, o Danieli oferece translado gratuito para seus hospedes, então pegamos um táxi direto na portinha lateral do canal do hotel que nos levou diretamente a Murano!

Chegando la, a atracão principal são as fabricas de vidro Murano, com direito a tour e explicação dos artesãos!

Nos fomos na fabrica da marcada familia Mazzega, que são especialistas em candelabros e lustres monumentais ha centenas de anos (inclusive os candelabros históricos do Hotel Danieli) e ganhamos uma aula de historia!

Para começar que todo o processo é fascinante, e o termo “blow glass” em Inglês (tipo uma “vidro assoprado” em Português) é a definição perfeita para essa técnica, que é toda feita a mão (e pulmão) com minérios aquecidos a mais de 500 graus de temperatura e trabalhados individualmente pelo artesão.

Assistimos todo o processo de criação de um vaso, e é muito surreal pensar que aquele bando de “areia” se derrete numa massa (visualmente) mole e transparente de vidro derretido, e através de pinças, assopros, cortes e talhos, pouco a pouco o artista vai criando e dando formato a sua obra.

 

Não é atoa que custa tão caro!

Alem de ser uma arte tao única, é um processo incrivelmente manual e trabalhoso, ainda feito da mesma maneira de quando a técnica foi desenvolvida, aqui mesmo em Murano ha centenas de anos atrás! (tirando os fornos, que agora são elétricos e mais seguros, todo o resto ainda é feito bem rusticamente).

O tour termina no showroom da marca, onde eles nos mostram algumas de suas obras mais espetaculares (cobicei demais o globo terrestre todo em vidro azul acquamarina!) e o estilos de candelabros feitos pela família Mazzega, incluindo fotos de algumas encomendas recentes (como uma Igreja em Manaus no Brasil e o Palácio de um governador na Indonésia), que são feitos peca por peca, demoram meses para serem perfeitamente montados e custam (grandes) fortunas!

E claro, eles também tem uma lojinha com produtos menores e mais em conta, e igualmente maravilhosos.

Muita gente no Instagram e Facebook me perguntou quanto custava, em media, um vaso de Murano – e realmente eles não são baratos.

Um vazinho ou tigela de tamanho médio/pequeno custam a partir de 100€/150€ Euros, com pecas maiores e mais elaboradas que custam quase o infinito.

No centro de murano existem muitas outras lojinhas também, de produtores menores e mais artesanais, mas os preços são bem tabelados e não vi grandes diferenças entre os preços de diferentes lojas e artesãos.

Claro que em Veneza existem varias lojas que vendem pecas em vidro de Murano também, e quase todas são showroom das fabricas localizadas em Murano, e os preços também são os mesmo (tive a impressão de que tudo é super controlado e regulamentado nesse meio, justamente por ser uma “industria” tão pequena, fechada e única).

No mercadinho do Rialto é possível achar algumas pecas mais em conta (10% a 20% mais baratos), mas achei que todos tinham um pouco de cara de “resto” e tinham um acabamento mais grosseiro e mais “made in China” do que os vendidos nas lojas certificadas.

(nesse post aqui falei um pouco mais sobre custos, preço e compras em Veneza)

Aliais, uma coisa que vi na fabrica e em algumas das lojas de Murano foram os cartazes de uma campanha bem interessante, visando defender a autenticidade das pecas e da arte produzida em Murano, que dizia: “Não somos um mercado Global. Murano, só em Murano. Se sua peça foi comprada em outro lugar do mundo, ela é apenas um ‘vidro’”. Agressiva, mas definitivamente captei a mensagem! (e comprei os meus vasos em Murano!)

E sim, comprei um conjunto de vasos no estilo “mosaico” em vidro negro lindíssimos!

Almoçamos em Murano, no Da Tanduo super típico e bem baratinho, ali na “rua” do canal principal da cidade. O Spaghetti All’Amatriciana estava dos deuses, mas o que valeu a pena mesmo foi a torta de chocolate no final!!!

E de la mesmo, já pegamos um outro Vaporetto até Burano.

 

– Burano

A ilha Burano fica um pouco mais afastada de Veneza e Murano, e um pouco menos explorada por turistas – mas é uma verdadeira joia por si só!

Assim como Murano, a ilha Burano também é conhecida por seus artesãos, e a típica e tradicional renda de Burano, que lota todas as lojinhas da “minúscula” rua principal da ilha.

Mas confesso que não consegui prestar atenção nenhuma nas rendas quando me deparei com a cidade em si!!

Alem de ser o lugar mais fofo do mundo, com suas casinhas pequenininhas de boneca, e as cores únicas de cada casa são absolutamente fascinantes!

Nós pegamos dia horrível de inverno nas duas ilhas, mas Burano isso foi totalmente irrelevante!

Só no final, já a caminho da estacão de Vaporetto para voltar para Venezza é que me dei conta que não tinha tirado o guarda chuva da bolsa! Nem reparei no clima durante o tempo todo que estávamos la.

Mas em compensação, justamente por ser baixa temporada e um dia bem feio e cinza, as ilhas estavam vazias, e em Burano isso foi o máximo (deve ser meio difícil andar pelas mini calcadas que beiram os canais quando tudo fica lotado de turistas no verão!).

Não visitamos nada nem fizemos nada muito espetacular não.

Apenas perambulamos pelas vielas, pontes e canais, registrando as cores e explorando as esquinas desse lugar que mal da para acreditar que ainda existe!

Volta e meia víamos algum entrando e saindo das casas, ou uma velinha estendo a roupa no varal, ou alguém “estacionando” o barco na porta de casa recém chegado do trabalho.

Imagina que fascinante que deve ser a vida e a historia da família dessas pessoas que moram por la?!

Alem das rendas (se você conseguir controlar o deslumbre – eu não consegui! Fiquei em transe mesmo com o lugar! – vale a pena dar uma atenção as lojinhas, pois muitas leitoras comentaram que compraram pecas lindas de renda de Burano para suas casa!) Burano também é conhecido por seus restaurantes na beira do mar/canal servindo peixes e frutos do mar, e tínhamos planejado jantar por la, mas acabamos desistindo pois gastamos tempo demais fotografando as casas e andando pela ilha, e assim que o tempo começou a abrir um pouquinho e vimos que tínhamos chance de melhoria no clima, corremos de volta pro Hotel Danieli para curtir o por do sol em sua cobertura! (vale a pena!)

 

Adriana Miller
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04 Mar 2015
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O melhor ainda esta por vir!

Pessoal, Trabalho

Uns dias atras eu postei uma “frase feita” no Instagram que gerou varias perguntas e curiosidade. Na verdade essa coisa de ficar dando “indiretas” nas redes sociais, ou frases feitas com mensagens psicografadas não faz nada meu estilo, e cheguei a debater se deveria comentar alguma coisa aqui no blog ou não – afinal o site tem focado cada vez mais nesse lado de “turismo” e “viagem”, mas ao mesmo tempo não quero que ele deixe de ser um blog pessoal – minha vida, minhas experiencias, meus erros e acertos.

Então nas ultimas semanas eu tomei uma grande decisão profissional e estou saindo da empresa onde trabalhei por quase 5 anos, e embarcando num novo desafio, com uma nova empresa.

Por um lado a decisão foi fácil, pois estava precisando dar uma chacoalhada na vida e dar uma renovada (odeio me sentir “acomodada” com as coisas!), mas ao mesmo tempo os últimos 5 anos foram de muito trabalho, realizações e reconhecimento, e de fato adorava meu trabalho!

Nos últimos anos trabalhei para um banco de investimento onde aprendi demais, me desenvolvi demais e encontrei a “carreira dos sonhos”! Boa parte desse tempo eu realmente achei que trabalharia por la pro resto da vida!

Mas desde que voltei da minha licença maternidade, muitas coisas mudaram, ganhei um novo chefe e acabei caindo no buraco negro de concertar as bobagens que fizeram no meu departamento durante os 9 meses que fiquei de licença.

No inicio eu enxerguei isso como um desafio, uma empolgação a mais, mas depois de quase 1 ano e meio de “volta a vida real”, a troca na estrutura da empresa e do departamento e as más decisões tomadas pela diretoria acabaram me deixando muito desanimada #QuemNunca

Então 2014 foi um ano difícil no lado “pessoal” da motivação profissional, com uma nova rotina familiar, novas responsabilidades e novas prioridades de vida. Não sou o tipo de pessoa (e profissional) que gosta de fazer as coisas pela metade e tarefas meia boca. Se me proponho a fazer alguma coisa, quero fazer bem feito, ser a melhor e receber todo mérito e reconhecimento que mereça. Mas foram tantas mudanças na empresa no ultimo ano, tantas más decisões fora do meu controle, que meu desanimo foi lá para baixo.

E a gota final, era minha viagem diária pro trabalho. O que por muito tempo eu até que gostava (pois fugia do horário de rush de Londres), ou simplesmente não me incomodava (pois viajei muito mesmo e raramente estava batendo ponto do escritório), passou a ser um estorvo na minha vida, roubando minutos preciosos de tempo com a Isabella durante a semana e engessando demais nossa rotina de 2’ a sexta.

Ate que em outubro, no fim de um dia péssimo, recebi uma ligação de um headhunter, com a proposta que estava precisando ouvir!

Um emprego praticamente feito sob medida para mim, como consultora de projetos na área de RH internacional ara uma das firmas de consultoria “big 4”.

O processo foi longo e difícil, como eu imaginei que seria, incluindo muitas entrevistas, provas escritas e orais, apresentações, business cases e dinâmicas, com um total de 3 meses de processo!

No finalzinho de Dezembro recebi o feedback final que tinha conseguido a vaga, e ainda assim, demoramos mais quase 5 semanas para negociar contrato, termos, números e datas.

Ate que semana passada, dia 27 de Fevereiro de 2015, chegou meu ultimo dia.

Do banco estou levando uma bagagem profissional incrível, contatos para vida toda, e principalmente muita vontade de fazer mais, aprender mais e continuar subindo!

Mas qualquer recomeço é assustador, então apesar da ótima oportunidade “no papel” ainda estou morrendo de medo da mudança, de me arrepender, de ter tomado a decisão errada. Mas isso, só o tempo dirá!

O que importa é a sensação de ter começado 2015 com o pé direito e mergulhando de cabeça nessa nova oportunidade!

Essa semana estou participando de um programa de treinamento de imersão, semana que vem vou tirar uns dias de ferias, e ai sim começo esse novo desafio com energias recarregadas!

Não sei o que essa mudança vai significar para a vida “virtual” no blog (em termos de tempo, rotina, etc), mas não pretendo abandonar o hobby de escrever por aqui, e já tenho bastante coisa preparada para atualizar sobre os últimos meses.

Adriana Miller
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