O Palácio de Lambeth é um dos edifícios mais importantes da Inglaterra, porém um dos menos conhecidos entre os turistas.
O Palácio é a residência oficial do Arcebispo de Canterbury, o mais alto posto e uma espécie de “chefe” do clero Anglicano.
Eu não sou muito entendida sobre as peculiaridades da “Church of England”, mesmo depois de todos esses anos morando aqui, mas acho fascinante toda a história por trás da “crianção” da religião!
Então sempre que eu ia correr/caminhar/passear com a Isabella no Albert Embankment eu passava ali na porta e morria de curiosidade sobre o local e sobre conhecer mais um pouco sobre essa religião.
Uma das peculiaridades da Igreja da Inglaterra é que seu “Papa” é a Rainha do Reino Unido, posto ocupado por seja quem for o Rei ou Rainha regente no momento desde que Henrique VIII deu início a Reforma religiosa na Inglaterra e cortou laços com a Igreja Católica Romana, criando uma versão mais liberal na ilha.
Porém é o Arcebispo de Canterbury que detém o poder do Clero, sendo o posto de maior poder e prestígio na hierarquia da Aristocracia Britânica, porém que pode ser ocupado por alguém não-Real com o prestigio de por exemplo, sentar-se ao lado na Rainha na Câmera dos Lords no Parlamento Britânico.
Mas o que torna o palácio tão desconhecido dos turistas e moradores, é que por ser a residência do Arcebispo e sua família, uma espécie de “Vaticano” da “Church of England”, o que torna o local uma area de segurança máxima.
Porém algumas vezes por ano eles abrem suas portas para tours guiadas do Palácio e dos jardins (e pouco divulgadas!), geralmente apenas dias da semana, por algumas semanas por ano (corre que ainda estão rolando as tours!!) e um fim de semana em Setembro, no evento do Open House London.
A tour conta um pouco sobre a história do Palácio e sobre o Arcebispo (Março de 2013 um novo Arcebispo foi apontado pela Rainha e o Primeiro Ministro), mostrando as diferentes áreas que compõem o atual palácio, com a capela subterrânea que data do século 11 (uma das estruturas medievais mais antigas do Reino Unido, sendo até mesmo mencionada no Domesday Book), a Igreja do século 16 que deu início a existência e importância política e religiosa ao Palácio, até as partes que foram bombardeadas na Segunda Guerra Mundial durante os “Air Raids” e reconstruidas na década de 60.
Além de ter sido palco de muitos julgamentos e interrogações, cujos culpados depois eram enviados para a Torre de Londres, Tâmisa abaixo, para serem enforcados ou decapitados (uma de suas “interrogadas” mais ilustres foi Ana Bolina, quando foi acusada por Henrique VII de traí-lo, poucos anos depois da “criação” da Igreja Anglicana).
O Palácio pode ser visto o ano todo (por fora) ao longo do Albert Enbankment, mas vale a pena ficar de olho nas datas de abertura e visitas guiadas pelo interior do Palácio, sempre disponíveis no site da Arquidiocese de Canterbury (e a venda pelo TicketMaster) ou durante o London Open House que acontece todos os anos em Setembro.
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