24 Feb 2012
12 comentários

Natural History Museum – Wildlife Photographer of the Year

Dicas de Londres, Inglaterra, Museus

Pra quem gosta de fotografia e viagem, o Museu de Historia Natural de Londres (National History Museum) organiza anualmente uma exposicao com os campeoes do concurso de fotografia “Wildlife Photographer of the Year”.

 

A competicao mostra as melhores fotografias dos melhores fotografos do mundo (tanto profissionais quanto amadores) em diferentes categorias: Tem a competicao so com fotos de paisagem (Landscape Photographer of the Year), ou com fotos de viagem (Travel Photographer of the Year) e essa de “vida selvagem” que tem como foco principal os animais.

Todos tem um denominador comum, que sao fotos muito, muito incriveis (todo ano que vamos na exposicao a gente acaba comprando o livro de fotos no final!), mas o mais legal sao as explicacoes sobre cada foto, onde foram tiradas e as historias sobre os perrengues que os fotografos tiveram que passar pra conseguir aquela imagem tao unica.

Algumas sao bem louca, e voce sabe que aquilo so seria possivel tendo toda uma estrutura profissional por tras (um dos vencedores foi uma foto-jornalista que cobriu o vazamento de petroleo da BP no Golfo do Mexico ano passado – ou seja, um turista ou fotografo amador nao teria acesso aquele lugar), mas a grandissima maioria das fotos vencedoras foram feitas por pessoas comuns, que tem seu emprego 9-to-5 mas que sao apaixonados por fotografias.

Um outro vencedor essa ano por exemplo foi um menino Ingles de 10 anos, que passou dias “acampado” no jardim de casa esperando um passarinho que ela ja conhecia voltar pro ninho – e a qualidade da imagem, que captura tao incrivelmente o momento eh realmente impressionante.

E tam tambem aqueles loucos neh, que fazem de tudo por uma foto, que passam dias dormindo na lama e na neve pra capturar a imagem do urso saindo da hibernacao, ou o cara que se jogou de um barco pra conseguir tirar uma foto “cara a cara” com uma baleia rara na Australia!

A primeira coisa que faco em cada imagem eh ir direto no mapa que mostra onde a foto foi tirada, o tipo de camera e os dados “tecnicos” utilizados, alem das historias loucas de cada vencedor.

Eh uma exposicao realmente incrivel, que me da inspiracoes mil de novas viagens, novos lugares e novas fotos que quero fazer!

E pra completar, a exposicao eh sempre no national History Museum, que eh um dos meus museus preferidos de Londres, e sem duvida alguma o mais bonito da cidade!

Goste voce ou nao do museu (que na verdade eh bem infantil e menos “historico” e “artistico” que seus concorrentes Londrinos), eh uma passeio imperdivel em Londres!

Nao tem como babar naquele predio lindo – por fora e por dentro tambem! – com sua estrutura de pedra em varias cores, seus vitrais, arcos e colunas!

E pra quem vem a Londres com criancas principalmente, esse museus eh imperdivel!

 

Adriana Miller
12 comentários
21 Feb 2012
12 comentários

Roka

Aniversario, Dicas de Londres, Inglaterra, Pub & Restaurantes, Restaurantes

A comemoracao adiantada do meu aniversario foi semana passada, quando saimos pra jantar no Japones Roka.

O Roka fica quase no final da Charlotte Street em Fitzrovia, uma rua lotada de bares e restaurantes incriveis nos arredores da Oxford Street.

Mas oque originou mesmo a fama do Roka nao foi seu endereco e sim seu chef badalado e empresario estrelado (o Londrino Rainer Becker) e por ter sido o lancamento spin off do tambem japones Zuma.

O Zuma (que depois eu falo com mais calma) ja aparece nas listas dos melhores restaurantes de Londres ha anos, e consequentemente esta sempre lotadissimo – e em Londres a tendencia sempre eh essa: se alguma coisa faz sucesso, o sucesso se multiplica.

E assim surgiu o Roka, a versao mais intimista do Zuma.

A disputa por mesas eh a mesma, o menu e a qualidade da comida tambem eh a mesma, incluindo as mesas de madeira pesada, o servico super amigavel, os infinitos drinks de saque e a estrela principal: a cozinha aberta no meio do restaurante.

E no caso do Roka, a cozinha fica bem no meio mesmo, e inclui um “balcao” em toda sua volta, onde os clientes podem sentar de frente pra acao e assistir enquanto os chefs preparam seus pratos.

E essa a justamente a especialidade do Roka, que se auto descreve como culinaria Robatayaki moderna – que eh a “arte” de grelhar dos Japoneses. Nos fomos de “Tasting Menu” que eh sempre uma otima opcao pra provar um pouco de tudo quando vamos a novos restaurantes.

E o menu degustacao do Roka foi isso mesmo, com um total de 7 pratos com amostras de todas as especialidades da casa, incluindo algumas de suas espcialidades como o aspargos com gergelin e o filet de Robalo grelhado com molho de soja doce e finalizando com o prato de “amostras” de sobremesas, incluindo miniaturas de quase todas as opcoes da casa.

Outro ponto positivo que o Roka tem em relacao ao Zum eh que ele divide o endereco com o terceito empreendimento do grupo, o saque bar-lounge Shochu Lounge que fica no subsolo do Roka e sao interligados por dentro do restaurante.

Apesar de bem pequeno, o Shochu tem conquistado clientela justamente por isso: por ter um clima bem intimista, um menu invejavel de drinks Japoneses e uma vibe incrivel, mas que nao lembra nem de longe uma balada.

E o Shochu foi o fator decisivo na escolha do Roka em vez do Zuma (ou outrao restaurante qualquer) no meu aniversario, pois queriamos um sabado “integrado”, onde pudessemos combinar jantar + drinks num bar bacana sem ter que envolver sair de novo pra rua, procurar taxi, chrgar, esperar na fila, nao ter mesa etc.

E a dupla Roka + Shochu foi simplesmente perfeita!

Roka & Shochu

37 Charlotte Street

Fitzrovia, W1T 1RR

Tel: 020 7580 6464

 

Adriana Miller
12 comentários
07 Feb 2012
5 comentários

Leonardo da Vinci @ The National Gallery

Atrações Turisticas, Dicas de Londres, Eventos, Inglaterra, Museus

Semana passada, no dia 28 de Janeiro,  finalmente chegou o grande dia de visitar a exposição especial do Leonardo Da Vinci na National Gallery em Londres.

A exposição por si só é um feito rarissimo: a curadoria do National Gallery e seus patrocinadores (entre outros, a realeza Britânica) conseguiram juntar quase  todas as pinturas assinadas por Da Vinci, ao longo de sua carreira como pintor ao serviço da Corte do Ducado de Milão (onde ele teve os Sforza como seu mecena).

Se não me engano, a exposição conseguiu juntar 12 das 14 pinturas de Da Vinci – e as unicas que não fizeram parte da exibição foram a Santa Ceia (que foi pintada – e esta exposta – na parede da igreja Santa Maria Delle Grazie em Milão) e a Monalisa, que esta exposta no Louvre em Paris, mas que não foi concedida (outras pinturas dele e seus aprendizes que também são expostas regularmente no Louvre estavam na exibição).

Mas oque eu achei mais interessante mesmo na exposição não foram exatamente as pinturas, e sim todo o “material de apoio” reunido, que conseguiu mostrar direitinho o quanto Da Vinci era perfeccionista, e mostrando toda sua metodologia de aperfeicoamento para cada pintura.

Então para cada uma das obras expostas, era possivel ver também alguns de seus “rascunhos”, onde Da Vinci e seus aprendizes faziam desenhos que ia aperfeicoando cada tecnica e cada minimo detalhe que fazem dele um dos grandes genios que o mundo já viu.

Foi super legal ver que até ele precisava de “ensaios”, que cometia erros e que ia pouco a pouco tentando melhorar sua tecnica, e que não passava para a obra final até que estivesse com tudo ensaiado e aperfeiçoado!

Foram varios rabiscos e rascunhos com detalhes dos movimentos dos músculos humanos, o drapeado de tecidos, o sombreado da luz no rosto. Detalhes das mãos e pés de seus personagens, assim como animais e paisagens.

E não era preciso ser “entendedor” de arte e nem historiador para conseguir apreciar a força da arte do Da Vinci na humanidade, e principalmente apreciar o privilegio fenomenal que foi estar ali!

Apesar de ter sido uma exposição que realmente estava lotada (um pouco demais pro meu gosto), não deixa de ter sido um fato histórico e raro, um evento disputadissimo (os ingressos esgotaram no mesmo dia que foram postos a venda!) que durou menos de 3 meses, exclusivamente em Londres.

Quase todas aquelas pinturas podem ser vistas individualmente em varios museus ao redor do mundo, mas é realmente impressionante poder ve-las todas ao mesmo tempo, juntas sob o mesmo teto, e ter acesso a todo material de apoio, que são quase todos de propriedade privada (muitos deles são propriedade, e foram emprestados pela Rainha da Inglaterra) e rarissimos!

Mais um daqueles momentos “proceless” que só uma cidade como Londres proporciona, e que me faz adorar ainda mais cada uma das oportunidade maravilhosas que essa cidade me tráz!

P.S. Essas fotos são reprodurções do livro “Leanordo Da Vinci, Painter at the court of Milan” que comprei na National Gallery depois da exposição, pois lá dentro, obviamente não era permitido tirar fotos. O livro eh incrivel e vale a leitura e explicacao dos detalhes e significados por tras de cada uma das pinturas do Da Vinci! Souvenir eterno para os que foram na exposicao e tambem para os que nao foram!

 

Adriana Miller
5 comentários