22 Aug 2016
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Dicas de viagem ao Peru: Lima – hospedagem, restaurantes e como foi nosso ano novo por lá

Américas, Dicas de Viagens, Lima, Peru

Lima, a capital do Peru, definitivamente não recebeu a atenção merecida… Eu até tinha lido as muitas páginas dedicadas à cidade no nosso guia de viagem, e tínhamos mais ou menos um plano de ataque… mas desde que pousamos na cidade, e o trajeto até o hotel foi bem blá… Além de que já chegamos quase no meio da tarde, e a preguiça, cansaço da viagem e dos dias anteriores, uma cama macia e a piscina do hotel, falaram mais forte!

Nós ficamos hospedados no Sheraton Lima, bem no centro da cidade. Uma boa localização, e ótimo custo benefício – mas como acabamos não fazendo quase nada pela cidade, a não ser passear pela região de Miraflores, deveríamos ter ficado por lá.

LIma

Mas pra quem estiver indo a Lima com mais tempo e disposição e quiser turistar pela cidade e conhecer a parte histórica, o Sheraton é uma ótima opção!

E continuando a tendencia de Cusco, o que mais fizemos por Lima, foi flanar sem rumo e comer! E mais uma vez, comemos muitíssimo bem!

Logo na nossa primeira noite fomos jantar no La Rosa Náutica, um restaurante de comida Peruana e frutos do mar, construído num pier debruçado no oceano pacífico, bem no meio da praia de Miraflores!

Lima

Confesso que esse restaurante foi uma dos principais motivos que que fizeram querer conhecer Lima! Eu tinha visto uma foto dela ha muito tempo atrás e isso nunca mais saiu da minha cabeça!

O lugar é simplesmente maravilhoso, tanto por fora, no pier, quando por dentro, com uma decoração incrível! Mas a estrela é mesmo o mar à sua volta, não importa onde você sente no salão do restaurante, com o sol se pondo bem ali, no meio do Pacífico!

A comida gira em torno de peixes e frutos do mar, com muitas opções de Ceviche (um dos pratos mais típicos da culinária Peruana), massas e invenções maravilhosas!

Nós fomos num período de altísisma temporada, então a reserva antecipada foi crucial – fiz a reserva direto pelo site deles e foi super simples!

Como comentei no post do nosso roteiro de viagem pelo Peru, por causa da disponibilidade de voos e trens, nós acabamos passando 2 dias e 2 noites em Lima, sendo que uma delas foi o dia 31 de Dezembro.

Foi estranho estar no dia 31 numa cidade que não vive o ano novo tão intensamente, como o Rio de janeiro ou Londres…. E foi um dia como outro qualquer!

Passamos o dia quase todo em Miraflores, um bairro nobre de Lima, à beira da praia, e fomos direto pro shopping Larcomar, que era única referência que tínhamos do bairro.

Mas Larcomar é um shopping diferente, e sabíamos que seria um bom lugar pra dar umas voltinhas, mas também curtir a vista da cidade, e com boas opções de bares e restaurantes. Então o que dizer sobre o shopping?

Fomos praticamente direto para o Mango’s, escolhido única e exclusivamente por causa de sua localização no shopping e sua vista incrível da costa de Lima – e ali ficamos. Começamos com Pisco Souer e Chicha por volta das 11 da manhã, emendamos no almoço, e por ali ficamos boa parte do resto do dia!

No meio da tarde voltamos para o hotel para descansar e nos arrumarmos para o evento do dia! A virada do ano!

Um revellion em Lima nunca esteve no topo das minhas prioridades, mas sem planos para nada animadinho no Brasil, e com dificuldades de achar voos para voltar pro Brasil antes do dia 31 ($$$$), aproveitamos a oportunidade e curtimos da melhor maneira possível!

Mas uma coisa que sempre falo aqui no blog quando viajo no final do ano é: não existe revellion como o Brasileiro. Nenhum lugar no mundo comemora como nós comemoramos, então nunca espere o mesmo estilo de festas e balacobaco!

Mas pesquisei, rodei foruns e concluí que a melhor opção seria Miraflores.

Por ser um dos bairros mais bacanas da cidade, e bem na beira da praia, eles são uma das únicas regiões da cidade que sequer soltam fogos de artifício, e um (pequena) festa na rua. Mas como a praia por lá é meio estranha (a cidade/bairro fica lá em cima das falésias, enquanto que a praia fica láááá em baixo, sem uma comunicação direta fácil e simples), não queríamos fazer só isso e acabar passando horas sem nada pra fazer na rua por causa do fogos.

Revellion no Peru

Então a solução perfeita foi a festa e jantar de ano novo no Hotel JW Marriott, bem na beiradinha da falécia de Miraflores!

O jantar foi no restaurante “La Vista”, que como o nome indica, tem uma bela vista do mar e da praia, e de quebra, uma vista privilegiada dos fogos de artificio da virada!

O jantar foi em estilo buffett, mas com uma comida ótima, e uma decoração bem fofa e bem no clima. Além do champagne que rolava solto, ganhamos Panettone, mascaras, confete e serpentina, perucas e mais um monte de coisas legais!

Ano novo em Lima

Não foi exatamente um mega-festão, mas nos divertimos demais!!

Assistimos os fogos pelas janelas do restaurante, e logo depois fomos pra área do bar do hotel, onde aí sim estava rolando uma super festa!

DJ, malabares, mais fantasias e muita gente fantasiada, e um ótimo clima de festa e balada digna de revellion!

Ainda ficamos na festa bastante tempo, o quanto aguentamos, já pensando que no dia seguinte tínhamos que acordar cedo pra pegar um voo e enfrentar uma peregrinação de volta pro Rio de Janeiro!

Mas a festa foi bem legal, e realmente vale a pena pra quem estiver pensando em passar a virada de ano em Lima! E definitivamente nos arrependemos de não termos ficado hospedados no hotel também! Teria sido ainda melhor!

Nós reservamos o jantar especial de ano novo direto com a recepção do hotel, também com antecedência, e em Dezembro de 2015 custou 359 Soles por adulto (mais ou menos 100 USD na cotação da época).

 

Adriana Miller
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Adriana Miller
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19 Aug 2016
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Dicas de viagem pelo Peru: Cusco

Américas, Cusco, Dicas de Viagens, Peru

Nós chegamos em Cusco ainda sob o efeito pós Machu Picchu – e sabíamos que depois de visitar o santuário Inca, todo o resto seria bônus. Não de uma maneira depreciativa, ou como se não déssemos importância a Cusco ou o resto do país, muito pelo contrário. Mas passado Machu Picchu, o resto da viagem teve gosto de “férias das férias”. Sem compromissos, sem pressão.

Cusco

No outro dia alguém me perguntou no Instagram quais foram os passeios inéditos e inusitados que fizemos em Cusco, para fugir do lugar comum. Minha resposta? Nenhum!

Tivemos apenas 2 dias e 1 noite em Cusco, e estávamos longe de querer encarar uma gincana! Foram dois dias  de apenas curtir e perambular pela cidade, aproveitando tudo que Cusco tem de mais óbvio: seu centro histórico, bares e culinária!

Nós ficamos hospedados no incrível Palácio del Inka, bem no centro da cidade, e de frente para a catedral/templo Koricancha, e a 5 minutos (andando) da praça central da cidade.

Cusco

O hotel foi construído no casarão de um antigo convento Espanhol, então tem uma arquitetura incrível e decoração “colônia”, que só contribuiu para a experiência de uma das cidades coloniais mais antigas da America do Sul.

Os pátios internos, escadas suntuosas, restaurantes e bares, e claro, os quartos, super confortáveis e cheios de carácter! Com todas as modernidades necessárias na medida certa, mas com móveis característicos, tecidos pesados e muito conforto!

O único problema desse tipo de hotel é justamente o dilema “ficamos aqui pra curtir o hotel, ou saímos pra explorar a cidade?”! – decisão difícil!

Pegamos todas as dicas sobre o que fazer e onde comer na cidade com o concierge do hotel – eles sempre são uma fonte inesgotável de conhecimento local!

Então logo no nosso primeiro dia, nossa primeira refeição foi a recomendação do hotel: o restaurante (relativamente) escondido na praça central “Limo“, no segundo andar de um sobrado, com a vista da praça e da catedral, com culinária Peruana tradicional, porém muito moderna.

A comida estava simplesmente sensacional, e a mistura perfeita de ingredientes e elementos Peruanos, com um toque bem moderno!

Acabamos ficando por lá bem mais tempo do que o planejado, mas sabe aqueles lugares perfeitos para um “almo-rave” (um almoço tão gostoso e relaxante que dura quase tanto quanto uma festa rave!).

Mas quando saímos de lá, já estávamos prontos e na cara do Gol para explorar a praça principal, a Plaza de Armas.

É ali o coração da cidade. Onde os primeiros exploradores construíram suas casas, igrejas e governo, e ao longo dos séculos foi se expandindo.

As duas atrações principais, são impossíveis de se perder: A Catedral de Cusco, e a Iglesia de la Compania.

Nós começamos pela Iglesia de Compania, menorzinha e bem no canto da praça, com uma vista privilegiada. E foi justamente isso que nos atraíu direto pra lá: vimos pessoas nas varandas das torres e imediatamente pensamos na vista!

Dicas de viagem Cusco

A Igreja é uma das mais antigas do Peru, construída em 1571, e tinha a intença de ser também a maior e mais imponente… Ela foi parcialmente destruída num terremoto no século 17, e logo depois reconstrída – mas seu interior parece que realmente viu a última mão de tinta mais ou menos nessa época!

Mas ao contrário do que pode soar, isso mantém o clima de “antigo” e carácter da Igreja – inclusive na escadinha que sobre até as torres, que é simplesmente apavorante! E se você mede mais que 1 metro e meio, cuidado com a cabeça!

Mas como imaginamos, a vista foi incrível! Então se você só tiver tempo de fazer uma única coisa em Cusco, suba na Torre da Iglesia de la Compania para ver a cidade lá de cima!

E logo na outra esquina, está a Catedral de Cusco, construída uns anos mais tarde (1560), mas que demorou mais de 100 anos para ficar pronta, e cada novo líder Espanhol que tomava a cidade, decidia acrescentar uma pouco mais e deixar sua marca.

Ambas as igrejas tem uma história controversa, pois foram construídas em cima de templos Incas, que foram destruídos como simbolismo da dominação Espanhola sobre os Incas, servindo de base a matéria prima para as novas construções.

Mas quando estávamos lá dentro ouvi uma bela explicação de um guia à uma família Espanhola, que comentaram justamente isso: que por serem Espanhóis, eles se sentiam “culpados” por tanta destruição, e em boa parte, pelo mundo não saber realmente quem foram os Incas.

E o guia respondeu que não – por mais que realmente isso seja uma página negra do passado Sul Americano e Espanhol, o Peru de hoje é o que é justamente por isso, por essa mistura, e pelas adversidades. Ninguém ali “culpa” os Espanhóis de hoje em dia, e muito menos os Espanhóis exploradores do século 16. Cada povo fez oq ue sabia fazer melhor, e a história de lá pra cá, conta a estória da vitória do mais forte.

Mas ainda assim, é impossível andar pela catedral sem reconhecer os elementos Incas e Peruanos nos detalhes e elementos da igreja, como por exemplo, o seu mais famoso mural, da Santa Ceia, onde Jesus e seus apóstolos ceiam porquinhos da índia assados (uma iguaria Peruana) e bebem “chicha”, uma bebida alcoólica tipica local, feita do milho vermelho.

De resto, tudo que fizemos em Cusco foi perambular e explorar as ruelas ao redor da Plaza de Armas, e os mercadinhos de artesanato e coisas típicas.

Fizemos também o circuito turistico da cidade antiga, que nada mais é do que um roteiro sugerido pela própria cidade, que passa por algumas ruas históricas, principais museus e galerias.

Tudo muito pitoresco e típico, e sempre com muitas mulheres em trajes típicos e coloridos! Muitas eram autênticas, indo e vindo em suas vidas, já outras estavam ali com suas Alpacas e Llamas justamente para chamar a atenção dos turistas.

Sei que essas coisas são de gosto debatível, mas foi impossível resistir às cores e aos sorrisos!

E no fundo, elas fazem parte da economia da cidade, esse é seu trabalho e famílias inteiras dependem disso.

Nossa última refeição em Cusco foi também uma recomendação do concierge do nosso hotel, e fomos jantar no “Chicha“, a versão Cusquenha e Peruana do aclamado chef Sul Americano Gastón Acurio (o mesmo do Astrid y Gastón que tem filiais em algumas cidades, e que nós conhecemos em nossa viagem ao Chile).

O Chicha não faz reservas, então tivemos que esperar um pouco antes de conseguir uma mesa, mas não foi nada terrível, principalmente por causa do belo bar de Pisco la dentro!

A comida foi muito mais tradicional e típica do que esperávamos, com muitos ingredientes que nem sequer sabíamos o que era! Mas igualmente deliciosos!

 

Adriana Miller
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18 Aug 2016
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Machu Picchu – A cidade dos Incas (Ingressos, como chegar, onde comer, como planejar seu dia, o que levar)

Américas, Dicas de Viagens, Machu PIcchu, Peru

Nem dá pra negar que Machu Picchu foi a principal motivo que nos levou ao Peru; Sim, o país tem vários outros encantos, e com tempo e orçamento ilimitado, poderíamos passar bastante tempo por lá.

Dicas de Viagem Machu Picchu

Mas não era nosso caso. Como descrevi no roteiro de 1 semana no Peru que montamos, o tempo disponível era contadinho, e queríamos aproveitar ao máximo tudo que desse. Mas a verdade verdadeira é que nada mais importava, apenas chegar e conhecer Machu Picchu!

Eu deveria ter escrito esse post logo depois da viagem, com as emoções à flor da pele… mas no fundo, a experiência de ver Machu Picchu lá do alto, assim ao vivo, não é uma sensação fácil de se esquecer.

Macchu PIcchu

E muito menos de descrever – nem com todos os adjetivos e eufemismos e exageros da nossa língua, ainda assim, não seria comparável.

E o engraçado é que demorou pra cair a ficha… Nós chegamos no parque bem cedo, o sol tinha acabado de nascer, e ainda éramos poucos turistas subindo as escadarias sem fim. Mas quando chegamos lá em cima, nos deparamos com apenas… nuvens e neblinas!

Cadê a entrada triunfante?! A vista impactante e inesquecível?

Ela apareceu, e aconteceu, mas foi aos poucos… tivemos tempo de recuperar o fôlego, sentar e absorver o que estava acontecendo à nossa volta.

Sim, porque tem todo aquele momento “me belisca porque não to acreditando”, e longas conversas entre nós dois sobre “o que fizemos de tão bom na vida para merecer estar aqui?! Assim, de verdade, ao vivo?!” – Isso é uma coisa que mesmo ao longo de muitos anos de viagem, e muitos países e lugares incríveis no currículo, eu nunca perdi essa sensação de agradecimento e embasbaca-mento que cada nova viagem me proporciona.

Seja um simples passar em frente ao Big Ben em Londres, ou o Pão de Açúcar no Rio (ambos feitos corriqueiros na minha vida, mas que nunca perderam o impacto que merecem!), ou entrar no Taj Mahal, visitar as Pirâmides do Egito, os templos de Kioto… e agora, Machu Picchu!

Mas a neblina ainda não tinha se dissipado… aos poucos começamos a ver as primeira ruínas da cidade lá em baixo, e para controlar a ansiedade, fomos passear e explorar a parte de cima do parque – longe dos turistas, longe da “vista”. Merecíamos o impacto de Machu Picchu à primeira vista… não queria apenas sentar e esperar o tempo passar.

Mas ao mesmo tempo, era época de chuvas…. E se a neblina nunca passasse? E se o tempo virasse e começasse a chover? E se Machu Picchu não me impressionar? Impactar? Se revelar de verdade? Se eu não sair daqui marcada pela experiência, ela vai valer?!

Montamos o equipamento para fazer um time-lapse das nuvens se movendo e fomos explorar (aliás, vocês já viram o vídeo da viagem??), mas sem se afastar nem demorar muito… E quando voltamos….

Ali estava ela, a magnifica citadela sagrada do Incas, Machu Picchu!

Foi impactante, foi marcante… foi tudo que eu sempre imaginei e sonhei! Respirei fundo e pensei. Pronto. Sou outra pessoa. Machu Picchu conseguiu me surpreender, ao mesmo tempo que atendeu à todas minhas expectativas, e depois dessa visão eu nunca mais serei a mesma!

Piegas? Exagerado? Brega? Frase de traseira de caminhão? Talvez, pode ser…

Mas dados, fatos, estatísticas e dicas hoje se encontram em qualquer quia turístico, e qualquer blog. Mas eu nunca quero perder o frio na barriga de realizar mais um sonho, de ver ao vivo e com meus próprios olhos tudo que o mundo tem a nos oferecer!

Então colete toda as dicas posíveis. Esteja preparado para o previsível e os imprevistos também… mas não deixe que eles dominem sua viagem, suas emoções, e de absorver o que cada lugar acrescentará em nossas vidas!

Mas não se preocupem, afinal isso ainda é um blog de viagens, e como tenho recebido muitas perguntas e pedidos de dicas sobre a viagem nos últimos meses, pra fechar o post, ficam aqui nossas dicas práticas que nos ajudaram a aproveitar ao máximo nosso tempo por lá.

Dicas Práticas:

  • Ingresso

Compre seu ingresso on line e com antecedência! Tecnicamente, eu duvido que as entradas ao parque de fato se esgotem, mas parando pra pensar, são apenas 2.500 sortudos que entram por lá por dia.

Hoje em dia não é mais possível comprar ingressos na entrada do parque, mas existem agências e pontos de venda/informação espalhados pelo país afora. Mas sinceramente? Compre on line, com bastante antecedência, só pra garantir. É fácil, simples. Você imprime em casa e não se estressa mais com isso.

Basta acessar o site oficial de Machu Picchu, selecionar sua data, escolher se você escalar alguma das outras montanhas ao redor (essas sim tem entrada limitadíssima, e esgotam rápido), e pronto.

Você vai precisar apresentar seu ingresso para comprar a passagemd e ônibus que conecta Aguas Calientes à Machu Picchu, e depois novamente para embarcar no dia da visita, e claro, para entrar no parque.

Cada ingresso é válido por um dia inteiro, e você pode ir e vir do parque quantas vezes quiser e precisar (pois lá dentro não tem NADA, mas já já falo disso).

 

  • Como chegar até o parque arqueológico de Machu Picchu

Essa parte é fácil.

Como mencionei acima, e também no post sobre Aguas Calientes, você tem duas maneiras de chegar lá em cima: caminhando e escalando a montanha (que demora cerca de 2 horas, mas é bem marcado e identificado, e a preferência de muita gente). Ou de ônibus oficial que faz o trajeto em 20 minutos.

(Caso você esteja numa excursão fechada, o transporte provavelmente será em ônibus maiores de turismo organizados pela sua agência.)

Esse ônibus oficial não é barato (custa $24 USD a ida e volta), mas é eficiente e funciona. Você compra sua passagem na bilheteria bem em frente à estação de ônibus no centro de Àguas Calientes (não tem como errar), e eles só aceitam dinheiro (dólares Americanos ou Soles Peruano), e também verificam seu ingresso à Machu Picchu e seu passaporte.

Se você passar a noite em Águas Calientes e quiser subir pra Machu Picchu pela manhã, chegue cedo na estação! A fila é gigantesca, e só aumenta à medida que a manhã vai passando. Eles tem muitos ônibus que vão e vem o tempo todo, mas são “micro” ônibus que levam poucas pessoas de cada vez, então pode demorar bastante!

  • O que levar com você

A resposta é: Tudo!

Tudo que você achar que vai precisar, leve com você. Lá dentro do parque não tem absolutamente nada além das ruínas. Não tem banheiro, não tem lojinhas, não tem barraquinhas vendendo água, nem lanchinhos, nem protetor solar, nem nada, nada, nada. Achei ótimo, mas não estava esperando isso.

Mas como tínhamos nos planejado em chegar lá bem cedo mesmo, e passar o dia todo, ainda assim fomos super preparados: cada um de nós levou uma mochila com várias garrafas de água, barrinhas, frutas e biscoitos (você pode deixar pra comprar isso tudo até mesmo nas lojinhas que ficam bem em frente à estação de ônibus, enquanto espera na fila), bandaids e primeiros socorros, capa de chuva, e várias camadas de roupas (era verão, porém época de chuvas, e lá em cima dentro do parque pode fazer um friozinho, principalmente pela manhã).

Acabamos dando MUITA sorte com o clima (aparentemente choveu todos os dias no mês de Dezembro, menos no dia que subimos até Machu Picchu!), tanta sorte que a única coisa que não levamos em nossas mochilas foram bonés/chapéus e filtro solar, e torramos horrivelmente no sol lá em cima! O Aaron não aguentou e pediu pra usar o filtro solar de um outro turista!

Caso você precise sair do parque por qualquer motivo (ir ao banheiro, beber água, comer etc), seu ingresso é válido pelo dia todo, então você pode entrar e sair quantas vezes quiser. Mas não é uma coisa exatamente prática de se fazer… Um vez que você começa a se embrenhar pelas ruínas, você tem que seguir um caminho demarcado (e fiscalizado) e dar a volta em tudo até conseguir chegar na saída novamente.

Ou seja, não dependa disso e esteja preparado.

Nós até saímos do parque pra comer mais ou menos na hora do almoço, e comemos no restaurante do hotel Belmont Sanctuary Lodge, mas também tem uma lanchonete e guarda volumes bem do outro lado da rua, ao lado da entrada do parque. Depois de comer, beber, usar o banheiro e descansar, voltamos pro parque!

 

  • Quanto tempo ficar lá dentro

Quanto tempo você tem disponível?!

Tem gente que sai de Cusco bem cedinho, chega em Aguas Calientes no fim da manha, sonre pra Machu Picchu, da um rolê no parque, tira fotos e tals, e desce pra pegar os últimos trens do dia. Dá pra ver o que importa, tirar fotos da paisagem, um ou dois templos e só. É bem possível, mas diria que esse seria um dia extremamente caro e cansativo!

Outros roteiros recomendam um pernoite em Aguas Calientes, subir pra Machu Picchu cedo, passar a manhã por lá com (um pouco mais) calma, e descer de volta a Aguas Calientes pra almoçar e pegar um trem de volta.

Já nós dois, priorizamos Machu Picchu acima de qualquer outra coisa na nossa viagem. Sabíamos que numa viagem tão pingada com transportes não conectados (se pararmos pra pensar, muita coisa pode dar errado né? Entre voos, transfer, trem, ônibus e afins, foi um milagre ter dado tudo certo!), alguma coisa podia não acontecer como planejado, e não queríamos arriscar.

Além disso, por ser época de chuvas, sabíamos também que as chances de simplesmente não conseguir chegar à Machu Picchu, ou ver a paisagem completa por causa das nuvens era uma possibilidade, então queríamos ter tempo de sobra para imprevistos.

Por isso chegamos na véspera, dormimos em Aguas Calientes, subimos pra Machu Picchu cedíssimo e ficamos por lá até não aguentar mais meeeeeesmo.

Bem de manhã cedinho o parque estava super tranquilo, só nosso praticamente. Já lá pro fim da manha, e hora do almoço o parque lotou – todos os grupos de excursão e trens bate-volta chegam mais ou menos ao mesmo tempo e fica aquele caos. E lá pro fim da tarde as coisas se acalmam de novo…

Então conseguimos vários momentos “parece que só tem a gente aqui”, mesmo na alta temporada. Escapamos quando o sol ficou forte demais e as ruínas lotadas, e depois ainda voltamos pra dar mais um voltinha antes de voltar pra hotel no fim do dia.

Jantamos e pernoitamos mais uma vez em Aguas Calientes, e marcamos nosso trem de volta a Ollataytambo e Cusco só lá pra hora do almoço do dia seguinte – então se alguma coisa tivesse dado errado no nosso planejamento (principalmente por causa das chuvas) teríamos uma segunda chance de subir rapidinho em Machu Picchu.

  • Precisa de guia?

Isso foi uma cosia que ficamos meio na dúvida… muita gente nos recomendou contratar um guia oficial – eles estão disponíveis direto na entrada do parque, são identificados por crachás e uniformes, e muita gente já ia direto neles antes de entrar no parque!

Mas acabou que decidimos não pegar um guia. Talvez tivesse sido melhor e nos ajudado a “estrtuturar” melhor a visita e entender um pouco mais sobre o lugar. mas ao mesmo tempo não queríamos uma programação, roteiro e muito menos ter que seguir o “relógio” de outra pessoa. Queríamos flanar e explorar com calma, e não sentimos a menor falta de ter um guia conosco.

Então é uma questão pessoal.

Mas se seu tempo lá dentro de machu Picchu for corrido, acho que um guia seria uma ótima opção, pois eles podem te ajudar a navegar melhor pelas ruínas sem muito lenga-lenga, e principalmente, te levar de volta pra saída do parque sem se perder!

 

  • Mal de altitude

Isso é uma cosia que nos perguntaram muito, e eu fiquei meio sem saber o que fazer, pois simplesmente não nos afetou em nada!

Apesar de morarmos no nível do mar, já viajamos incontáveis vezes para lugares de altitude elevada (muito mais que o Peru), e nenhum de nós dois tivemos problemas. Inclusive, o Aaron morou muitos anos de sua vida no Colorado, que tem altitude mais alta que o Peru.

Além disso, nosso roteiro, por acaso, seguiu a ordem correta recomendada em altitudes elevadas: chegamos pelo ponto de maior altitude (Cusco) e aos poucos, ao longo de um dia, fomos descendo até Aguas Calientes. Passamos uma noite por lá antes de subir para Machu Picchu. E no total tivemos 2 noites numa elevação intermediária antes de voltar pra Cusco (que é mais elevado). (nosso roteiro completo está aqui:)

Então, ainda que por acaso, demos tempo ao tempo para nosso corpo se adaptar, e não sentimos absolutamente nada.

Mas pra não dar bobeira, tínhamos sempre muita água e remédio para dor de cabeça à postos!

Caso você se sinta mal, e seu roteiro siga uma ordem diferente , quase todos os hotéis e restaurantes tem um abundância de chá de folha de coca pra oferecer aos turistas, e esse realmente é a melhor cura para o mal de altitude.

Eu já vi alguns roteiros sugerindo que os turistas deveriam ir primeiro para Cusco, para se “acostumar” com a altitude, antes de seguir para o resto do país, e isso é uma dica furadíssima, errada e até perigosa! O corpo precisa ir se acostumando aos poucos, justamente para seu organismo não entrar em choque por falta de oxigênio (falta de ar, cansaço, dor de cabeça, enjoo, diarréia, etc…), e na verdade o ideal é deixar Cusco por último, depois de visitar lugares como o Valle Sagrado e Machu Picchu, que tem altitude elevada, porém intermediárias, que ajudam o corpo a se adaptar, mas não chegam a ser extremas a ponto de te fazer passar mal. Quanto mais gradual a elevação, melhor.

Por exemplo, quando nós escalamos o Kilimanjaro (6 mil metros de altitude e a montanha mais alta da Africa) e o Annapurna no Nepal (onde chagamos a quase 5 mil metros de altitude), foi justamente isso que aprendemos, e essa sempre foi a técnica de nossas escaladas – sempre começar de baixo, subir o máximo possível, e pernoitar num nível mais baixo. Ou seja, quanto mais “vai e vem” e “sobe e desce” na altitude você fizer, mais seu corpo se adaptará sem consequências nem sofrimento.

Só para efeito de comparação, Cusco tem um pouco mais de 3 mil metros de altitude, e foi nosso ponto de desembarque no Peru. De lá, descemos pela Valle Sagrado, que leva algumas horas, até Aguas Calientes, que tem menos de 2 mil metros de altitude. E só no dia seguinte subimos pra Machu Picchu, que esta a cerca de 2,5 mil metros de de altitude.

Então depois de 2 noites a cerca de 2 mil metros, quando voltamos a Cusco, a diferença de altitude foi de apenas mil metros, e portanto não nos afetou em nada. Provavelmente teria sido bem diferente se tivéssemos saído de Londres e Rio de Janeiro e ido direto pra Cusco…

 

  • Quando ir

A melhor época do ano pra visitar Machu Picchu, e toda essa região do Valle do Peru, é de Maio a Setembro, que é o período de Outono e Inverno no hemisfério sul, e portanto mais seco.

A pior época para visitar o país é entre Novembro e Março, que é o período de verão. Apesar de não fazer um calor muito extremo, é uma época que chove muito nas regiões de montanhas, e que pode estragar qualquer viagem.

Nós tínhamos pleno conhecimento disso, mas era nossa única disponibilidade para a viagem (pois estávamos no Brasil para as férias de natal e Ano Novo, e foi a oportunidade perfeita para a viagem), então resolvemos arriscar.

Planejamos cuidadosamente para dar tempo ao tempo e aos imprevistos, e levamos sapatos, roupas e capas apropriados para muita, muita chuva.

Acabamos dando uma sorte cósmica de ter pego os únicos 3 ou 4 dias que não choveu torrencialmente durante Dezembro, e ganhamos inclusive belas queimaduras de sol no dia da nossa visita a Machu Picchu!

Outra época de feriados e popular entre turistas Brasileiros é Fevereiro/Março que geralmente coincide com os feriados do Carnaval, e é uma das época de chuva mais intensa, e portanto não recomendado por muita gente.

Se for sua única oportunidade, vá. Mas esteja preparado para o clima e os imprevistos. Mas se puder planejar para uma época mais certeira, melhor!

 

  • Dá pra levar crianças para Machu Picchu?

Bem, isso é uma coisa que comentei num outro post, e quem me acompanha ha uns anos, sabe que eu não tenho esse tipo de frescura e até hoje não deixamos de viajar pra lugar nenhum no mundo, por ser um Lugar “de crianças” ou que “não é lugar de crianças”.

Ou seja, dependendo do seu nível de desprendimento parental, claro que dá pra viajar com crianças pequenas para Machu Picchu.

Ou seja, se você tem mais tempo para evitar a correria inerente à essa viagem (muito transporte pingadinho, esperas, conexões e baldeações que nem todo mundo tem saco de encarar com crianças), não se importa em eliminar ou limitar certos programas e encara perrengues em geral numa boa, vá sem medo.

O Peru é seguro, as pessoas são extremamente simpáticas e solícitas, e você não terá dificuldade de achar comida, fraldas e bla bla blas.

Mas confesso: dei graças a Deus de não ter levado a Isabella nessa viagem! (na época ela estava com quase 3 anos).

Principalmente porque nosso foco realmente foi Machu Picchu, a experiência teria sido bem diferente, e beeeeem mais difícil com ela.

Lá dentro do parque não tem nada. Nada mesmo. Numa emergência, não tem lugar pra comprar água, nem comida, nem banheiro. Trocar fraldas então, nem pensar. Carrinhos de bebê são simplesmente impossível e eu duvido que sequer sejam permitidos (vimos algumas crianças, mas todas “mais velhas” e muitas locais, mas não vimos bebês e muito menos carrinhos). São muitos precipícios, escadas de pedras e trilhas/caminhos de solo desnivelado que seriam bem difícil para crianças (ou adultos com crianças no colo, ou mochila ou canguru). E sem falar na multidão. Não só os caminhos são estreitos e perigosos (para crianças pequenas), como ainda são lotados de pessoas o tempo todo.

Mas por outro lado, nós já passamos por uma situação parecida com a Isabella (quando visitamos Pompeia, na Itália) e nos viramos numa boa. Sabíamos que seria uma viagem bem mais limitada do que o normal, e já chegamos sabendo que não íamos conseguir ver tudo, não íamos curtir tudo, e íamos ralar bastante carregando o carrinho dela no muque pra cima e pra baixo. Valeu à pena? Pra gente sim, apesar dos pesares. Mas entendo perfeitamente quem discorda e diz que não iria a Pompéia com crianças pequenas de jeito nenhum.

Então no nosso caso, acabou que foi a decisão ideal viajar para o Peru sem ela, e foi sem dúvidas a melhor decisão. Mas por outro lado, se simplesmente não tivéssemos outra opção se não leva-lá, eu com certeza não teria deixado de visitar o Peru e Machu Picchu por causa disso! Teria sido beeeem diferente, e talvez até menos “especial”, mas ainda assim teria sido uma viagem ótima por outros motivos!

Mas é claro qeu se seus filhos são mais velhos, acostumados a viajar e a andar pra cima e pra baixo sem problemas, então isso nem se discute! Pode ir sem medo!

 

Adriana Miller
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