17 Aug 2016
5 comentários

Aguas Calientes – Onde se hospedar e onde comer (e como chegar a Machu Picchu)

Américas, Dicas de Viagens, Machu PIcchu, Peru

Aguas Calientes é a cidadezinha base de Machu Picchu, e é impossível chegar até à cidade Inka sem passar antes por Aguas Calientes, mesmo que você esteja fazendo um bate volta e não pretenda passar tempo nenhum pela cidade.

Machu Picchu não tem acesso direto ao “resto do mundo”, então os trens e grupos de excursões sempre chegam em Águas Calientes, e de lá saem as vans e micro ônibus que te levam até a entrada do parque arqueológico de Machu Picchu.

Nós queríamos tempo por lá, era nossa única exigência, e não quis saber de pacotes nem excursões com propostas de bate-volta.

Então chegamos em Aguas Caliente num fim de tarde e fomos direto pro nosso hotel, o Hatun Inti Boutique, super bem localizado, numa das ruas principais da cidade. Bem do lado do mercadinho de artesanato e 5 minutos andando da estação de trem, e poucos metros de distância dos pontos de ônibus que sobrem até Machu Picchu.

Apesar do nome “boutique”, o hotel era bem simples e rústico, mas achei que combinou perfeitamente com o cenário: nosso quarto era enorme, com direito a lareira, uma banheira enorme e vista para o rio (foi ótimo para dormir!).

Na nossa primeira noite por lá, demos uma voltinha pela cidade e paramos pra jantar num dos restaurantezinhos da Plaza Manco Capac (que é a Praça principal da cidade), com uma varandinha assistindo a vida pacata passar lá em baixo…

Na noite seguinte, já na volta de passar o dia todo em Machu Picchu, seguimos duas recomendações que muita gente nos deu: primeiro fomos tomar uns drinks e aperitivos no “Totos Cafe Bar” (que ficava bem do lado do nosso hotel, e com uma varanda com a vista pro rio bem gostosinha), e depois fomos jantar no “Índio Feliz”, um restaurante de (ótima!) comida Peruana e super-mega cool!

Adoramos a comida, o serviço e o clima do lugar!

A nossa última manha em Aguas Calientes, ainda conseguimos passear e fazer algumas comprinhas no mercadinho de artesanato (vale a pena! Muita coisa fofa e típica #enfeitedenatal, e beeeeem mais barato do que vimos em lojas de souvenir em Cusco e Lima! Tudo que deixei pra depois, acabei me arrependendo e não consegui mais achar), antes de pegar nosso trem para Cusco.

Mas é claro que a cidade vive e respira Machu Picchu, e tudo é voltado para os turistas de passagem pela cidade, a caminho ao Santuário. Não espere luxo nem clima de metrópole em absolutamente nada (muito pelo contrário), mas tudo muito bem organizado e preparado para a enxurrada de turistas diários. E principalmente, nos sentimos muito seguros o tempo todo por lá!

Nós compramos nossas entradas para Machu Picchu on line (esse é o link do site oficial, cuidado com as “agências” que vendem entrada do parque on line), assim que conseguimos reservar o trem (acho que realisticamente não iria esgotar, mas já queríamos garantir e não ter que lidar com isso na última hora – mas se você quiser escalar/trekk as montanhas ao redor de Machu Picchu, é imperativo comprar com bastante antecedência, pois a entrada é limitada, e esgota com bastante antecedência). Existem lojas e pontos de informções turistas espalhadas pelo Peru que vendem as entradas para Machu Picchu, mas hoje em dia já não é mais possível comprar as entradas na porta do parque – apenas compra com antecedência.

Com os ingressos já impressos e em mãos, assim que chegamos em Aguas Calientes, já fomos na estação de ônibus/vans comprar nossa passagem para a manhã seguinte, bem cedinho! (Você precisa apresentar sua entrada para Machu Picchu para poder comprar a passagem de ônibus que conecta Aguas Calientes ao santuário) além de ser necessário um documento oficial (de preferencia passaporte).

Os ônibus que sobrem até a entrada do parque começam a funcionar as 4:30 da manha, e partem a rua central de Aguas Calientes a cada 15 minutos nos horários de pico. Eles vendem passagens na hora também, mas a fila é enorme e os horários passam a não ser tão bons. Quanto mais cedo melhor!

Chegamos na fila um pouco antes das 5 da manha, e a fila já estava enorme – porém eficiente e rápida! Mas mesmo assim, entre ficar na fila, o trajeto em si, mais a fila pra entrar em Machu Picchu, só conseguimos entrar no parque quase as 6 da manhã – bem mais tarde do que havíamos planejado!

No final do seu dia em Machu Picchu, o esquema pra voltar pra Aguas Calientes é o mesmo – uma fila enorme esperando pelos ônibus, mas que chega e sai do mesmo lugar!

 

Mas se você quiser uma experiência mais exclusiva, acesso direto à Machu Picchu e evitar a todo custo os ônibus entre o centro de Aguas Calientes e Machu Picchu, uma ótima opção de hospedagem é o hotel Belmont Sanctuary Lodge, o único hotel no topo da montanha de Machu Picchu!

Apesar de tecnicamente não estar dentro da área de conservação arqueológica, os quartos tem vistas para as montanhas Huayna Picchu, 3 restaurantes, e o melhor de tudo: acesso direto ao santuário!

Quando nós fomos, por ser tão alta temporada, já estava absolutamente esgotado, mas aproveitamos nosso dia super longo em Machu Picchu para dar uma escapadinha, almoçar no hotel e depois voltar pra dentro do parque novamente!

 

Adriana Miller
Siga me!
Latest posts by Adriana Miller (see all)
Adriana Miller
5 comentários
16 Aug 2016
5 comentários

TV Everywhere: Vídeo da viagem ao Peru!

Américas, Cusco, Dicas de Viagens, Machu PIcchu, Peru, T.V. EveryWhere

Os dias que passamos no Peru foram corridos, mas intensos: aproveitamos cada segundo, e oque não faltou foram lindas fotos e vídeos!

A dificuldade foi justamente evitar que esse vídeo ficasse longo demais!

Viagem ao Peru

Não fizemos vídeos em estilo “vlog” – sem bate papo nem narração, mas pra quem estiver acompanhando os posts sobre a viagem, vai reconhecer vários momentos da viagem: da viagem entre o Brasil e Peru, a peregrinação até chegar em Aguas Calientes, e o auge da viagem, a chegada em Machu Picchu, onde nós passamos mais de 9 horas curtindo cada centímetro do lugar!

Por fim, nossa surpresa e encanto com Cusco! (Mas para minha surpresa, não fizemos vídeos em Lima… então fico devendo essa!)

Créditos:

Câmeras: Canon G7X http://amzn.to/2bkZqb0 e Canon 5D Mark III http://amzn.to/2aOWKpk

Óculos de sol: http://fave.co/2btH1tZ
Mochila: http://amzn.to/2biq1cQ
Jaqueta Branca: http://fave.co/2bzyd9d
Bolsa: http://fave.co/2btEWhB
Jaqueta de couro (parecida): http://fave.co/2btGkkc
Jaqueta militar (parecida): http://fave.co/2btHvQV

 

Adriana Miller
Siga me!
Latest posts by Adriana Miller (see all)
Adriana Miller
5 comentários
15 Aug 2016
1 Comentário

PeruRail – Nossa experiência em viajar de trem no Peru

Américas, Cusco, Dicas de Viagens, Machu PIcchu, Peru

Como contei no post sobre o roteiro da nossa viagem, um dos nossos principais empecilhos de planejamento foi a disponibilidade e horários dos trens que chegam em Aguas Calientes, que é a cidade base de Machu Picchu. Mas ao mesmo tempo, viajar de trem no Peru era uma de nossas prioridades da viagem!

viajar de trem no Peru

E é praticamente impossível evitar pegar trens para viajar pela região do Valle Sagrado e terra dos Inkas por lá, e as alternativas seriam horas e dias de viagens de ônibus ou carro.

viajar de trem no Peru

Então nosso roteiro foi meio que desenhado ao redor dos trens que conseguimos reservar.

E como valeu a pena!!

São 4 tipos de trem, com saídas de Lima, Cusco ou Ollayatatambo, operados pela PeruRail, ou então os trens operados pela empresa privada Inca Rail (menos opções de horários, e partindo apenas de Ollayatatambo.

Os mais comuns, e com mais disponibilidade de horários e classes são sem dúvida os trens da PeruRail, que oferecem assentos nas classes Expedition (Ecônomica), Vistadome (classe executive/Primeira classe) e os trens Hiram Bingham que são a opção super premium.

Na viagem de ida, entre Ollayatatambo e Aguas Calientes, nós viajamos no vagão Vistadome, que é o equivalente a primeira classe, e foi uma experiência sem igual!!

Pra começar que o trem é lindíssimo, com janelonas e tetos de vidro que oferecem uma vista panorâmica magnifica da subida dos Andes.

As poltronas são super confortáveis e espaçosas, com direito a um lanchinho a bordo, servido mais ou menos na metade do caminho.

Assim como outras viagens de trem que fizemos por ai, eles não impõem um limite de bagagem, mas o espaço para malas é restrito, e você é responsável por elas até a hora de embarcar (ou seja, nunca leva mais do que consegue carregar sozinho).

Na classe Vistadome as malas sao organizadas numa área especial pelo próprio pessoal do trem, mas nas outras classes, é cada um por si…

A viagem durou mais ou menos 3 horas (saindo de Ollayatatambo), e foi uma das mais legais que já fizemos, colocando muito trem Europeu no chinelo! Eu achei que a viagem já valeu só pela experiência de subir o Vale Sagrado de trem!

Na volta de Aguas Calientes a Ollaytatambo, nós viajamos no vagão Expedition (equivalente à classe Econômica, mas muito boa), que foi praticamente igual à experiencia no Vistadome.

Na verdade, por causa do horário e datas, acabamos pagando mais caro pela passagem numa classe inferior, mas no fundo não achei que fez tanta diferença não.

Os vagões são bem parecidos: muitas janelonas e tetos panorâmicos, mas as poltronas eram um pouco menores e mais apertadas, e sem serviço de bordo (eles passam um carrinho vendendo bebidas e umas besteirinhas pra comer, mas são pagos à parte e com pouca variedade/qualidade).

O difícil mesmo de viajar de trem no Peru é conseguir comprar as passagens, pois o site deles não é dos mais fáceis de usar, e o sistema bancário para o pagamento on line, aparentemente não se dá muito bem com cartões Brasileiros…

A princípio eu achei que a dificuldade de comprar as passagens fosse justamente por causa da lotação dos trens na época que fomos, mas acabei achando muitos fóruns (em Inglês e Português) falando sobre isso, e sobre a dificuldade de comprar e confirmar o pagamento on line no site do PeruRail.

A solução mais simples? PayPal! Registre seu cartão internacional no site do Paypal, e confirme sua compra assim!

Não tem nenhuma diferença de preço, nem taxas extras, nem nenhuma pegadinha (aliais, o PayPal é ótimo pra tudo! Uso muito no meu dia a dia).

A confirmação sai na hora, e você recebe o cartão de embarque no seu e-mail, que precisa ser impresso com antecedência e apresentado na hora do embarque.

E voilá! Prontinho!

No dia da viagem, eles pedem que você chegue na estação com meia hora de antecedência, para que dê tempo de verificar passagens e passaportes de todos os passageiros (eles requerem um documento na hora da compra, e o mesmo deve ser apresentado na hora do embarque), e para acomodar todas as bagagens, e o trem sai pontualíssimo!

Todos os vagões tem banheiros, e os funcionários são super prestativos, além de falarem Inglês super bem, e darem uma bela arranhada no Portunhol!

Foi uma experiência super tranquila, confortável e belíssima!

Minha dica é tentar pegar o trem num horário diurno, pra você poder aproveitar a vista também! (já que a noite não dá pra ver nada… você vai pagar pelas janelonas a toa).

Como mencionei acima, os trens são super disputados, principalmente em épocas de alta temporada (lembrando que nós estivemos no Peru bem na semana entre Natal e ano novo), e mesmo com várias semanas de antecedência, já não conseguimos nenhum dos horários que queríamos saindo de Cusco, e por isso tivemos que pagar por um transfer e viajar 3 horas até Ollayatatambo (já no meio do Vale Sagrado).

Saindo de Cusco, a viagem de trem é um pouco mais longa (acho que mais uma hora e pouco), mas acaba saindo bem mais econômico (de tempo e dinheiro).

Mas de qualquer maneira, a viagem até Ollayatatambo foi uma boa desculpa e oportunidade de viajar pelo Valle Sagrado e visitar algumas de suas cidades chave, que inicialmente não teriam entrado no nosso roteiro, mas que no fim das contas, valeu a pena!

Adriana Miller
Siga me!
Latest posts by Adriana Miller (see all)
Adriana Miller
1 Comentário